O SALMO 83 - Estudo completo
- desaovicente
- Sep 20
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1 Ó Deus, não estejas em silêncio; não Te cales, nem Te aquietes, ó Deus,
2 Porque eis que Teus inimigos fazem tumulto, e os que Te odeiam levantaram a cabeça.
3 Tomaram astuto conselho contra o Teu povo, e consultaram contra os Teus escondidos.
4 Disseram: Vinde, e desarraiguemo-los para que não sejam nação, nem haja mais memória do nome de Israel.
5 Porque consultaram juntos e unânimes; eles se unem contra Ti:
6 As tendas de Edom, e dos ismaelitas, de Moabe, e dos agarenos,
7 De Gebal, e de Amom, e de Amaleque, a Filístia, com os moradores de Tiro;
8 Também a Assíria se ajuntou com eles; foram ajudar aos filhos de Ló. (Selá.)
9 Faze-lhes como aos midianitas; como a Sísera, como a Jabim na ribeira de Quisom;
10 Os quais pereceram em Endor; tornaram-se como estrume para a terra.
11 Faze aos seus nobres como a Orebe, e como a Zeebe; e a todos os seus príncipes, como a Zebá e como a Zalmuna,
12 Que disseram: Tomemos para nós as casas de Deus em possessão.
13 Deus meu, faze-os como um tufão, como a aresta diante do vento.
14 Como o fogo que queima um bosque, e como a chama que incendeia as brenhas,
15 Assim os persegue com a Tua tempestade, e os assombra com o Teu torvelinho.
16 Encham-se de vergonha as suas faces, para que busquem o Teu nome, Senhor.
17 Confundam-se e assombrem-se perpetuamente; envergonhem-se, e pereçam,
18 Para que saibam que Tu, a quem só pertence o nome de Senhor, és O Altíssimo sobre toda a terra.
Este Salmo para ser bem entendido requer algum entendimento histórico sobre a Nação de Israel, seu povo, e seus conflitos geopolíticos.
A história de Israel está marcada por eventos sobrenaturais inexplicáveis, de conquistas improváveis ou ainda impossíveis, e de vitórias inesperadas contra todas as probabilidades.
Israel não é uma Nação à semelhança de todas as outras Nações, não porque eles em si mesmos sejam grande coisa, mas porque O Deus que está com eles é Grandioso em poder e O Seu nome é O Senhor dos exércitos!
O nosso Redentor cujo nome é O Senhor dos Exércitos, é O Santo de Israel.
Israel portanto é uma Nação abençoada e protegida por Deus; um povo particular, a quem Deus levantou de entre todas as Nações do mundo, para realizar o seu plano e obra eterna centrado em Jesus Cristo O Deus vivo, O filho de Deus, que nasceria desta grande Nação, como um Judeu. Só esta particularidade faz da Nação de Israel uma Nação especial, lembrando que Jesus escolheu esta nacionalidade, esta etnia, e até à Língua hebraica para se comunicar ao mundo.
A bíblia e o povo Judeu nela descrito não nos apresenta nunca Homens grandes, mas homens pequenos, movidos por um Grande Deus. A nossa ideia da grandeza do povo Judeu nunca deve ser dissociada da noção de que é O Próprio Deus que os engrandece. A Glória é toda do Deus de Israel, do único Deus que se faz conhecer ao mundo através do povo que Ele mesmo escolheu para esse fim!
É a Aliança que Deus fez com Abraão, e com a sua descendência, tanto a da carne (O povo Judeu) (Génesis 12:2-3) como a da fé (A igreja) (Gálatas 3:27-29) (Romanos 4:16) a origem da bênção de protecção, segurança e direção no meio das Nações do mundo em oposição e trevas. É NELE que vivemos, nos movemos e existimos (Actos 17:28), sejamos nós Judeus de etnia, ou não.
O povo Judeu recebeu de Deus nessa Aliança direcções específicas para guardar, e ao longo da Bíblia vemos vários episódios de andando nos caminhos do Senhor, recebiam a bênção, a prosperidade e a vitória contra seus inimigos, como também fora dos seus caminhos, recebiam castigos e derrotas para serem humilhados de entre as Nações inimigas como o Salmo 74 à semelhança do Salmo 83 demonstra.
Lemos a promessa da bênção em obediência:
Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o SENHOR vosso Deus para ensinar-vos, para que os cumprísseis na terra a que passais a possuir;
Para que temas ao Senhor teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida, e que teus dias sejam prolongados.
Ouve, pois, ó Israel, e atenta em os guardares, para que bem te suceda, e muito te multipliques, como te disse o Senhor Deus de teus pais, na terra que mana leite e mel.
Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.
E igualmente a promessa de castigo na desobediência:
Guarda-te, que não te esqueças do Senhor, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão.
O Senhor teu Deus temerás e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás.
Não seguireis outros deuses, os deuses dos povos que houver ao redor de vós;
Porque o Senhor teu Deus é um Deus zeloso no meio de ti, para que a ira do Senhor teu Deus se não acenda contra ti e te destrua de sobre a face da terra.
Se olharmos cuidadosamente para a Nação de Israel dos dias modernos, vemos que ainda sendo abençoados por Deus grandemente, eles estão a convidar a desgraça novamente, apoiando causas como "gay prides" (as marchas homossexuais), causas pró-aborto, envolvidos nestas e outras práticas seculares completamente anti-Deus.
Deus trará juízo sobre eles eventualmente, e o período da tribulação que está para chegar em breve é o castigo de Deus para o Seu povo, para aperfeiçoá-los pelo fogo (Malaquias 3:1-4) para que todo o Israel seja salvo pelo Senhor conforme profetizado (Romanos 11:25-27).
Obviamente entre várias lições terríveis Deus castigou o Seu povo com exílios, fome, conflitos políticos e guerras internas entre as tribos, derrotas militares e vários tipos de provações, mas isto não com o intuito de os exterminar, mas de os aperfeiçoar dando-lhes resiliência e coragem, inteligência e superioridade em todas as suas capacidades, de modo a sobreviver no meio de nações que os rodeiam com o desejo de os dizimar da face da terra.
O exemplo da sobrevivência de Israel rodeado de inimigos de todos os lados, é uma bela lição da fidelidade de Deus para todo o mundo, e para a Igreja nos dias actuais, pois nós também à sua semelhança, como filhos de Deus pela Fé (Gálatas 3:7) estamos rodeados de inimigos, de traições e de planos para a nossa destruição, tanto física como espiritual.
A sociedade em que vivemos está sobre a influência do maligno (1 João 5:19) e como tal, há uma natural inimizade contra Deus e contra o Seu povo.
Mas a fidelidade de Deus para connosco à semelhança da Nação de Israel nos garante a vitória em Jesus Cristo apesar de quaisquer provações (Romanos 8:35-37).
O SALMO 83 E O ESTADO DE ISRAEL
A instituição do estado de Israel começou em 1947 e foi oficialmente terminada a 14 de Maio de 1948. Em menos de 24 horas depois, os exércitos do Egito, Jordânia, Síria, Líbano e Iraque invadiram o país, forçando Israel a defender a soberania que acabara de reconquistar em sua pátria ancestral.
Na chamada Guerra de Independência de Israel, as recém-formadas e pouco preparadas forças de defesa de Israel (IDF) expulsaram os invasores em ferozes batalhas intermitentes, num período que durou aproximadamente 15 meses e custou a vida de seis mil israelitas (quase 1% da população judaica do país na época).
Nas décadas de 1950 e 1960, estava em ascensão o nacionalismo árabe, liderado pelo presidente do Egito e posterior presidente da República Árabe Unida (RAU), Gamal Abdel Nasser.
Abdel Nasser era apoiado por Hafez al-Assad, da Síria, pelo rei Hussein, da Jordânia, e por outros chefes de Estado árabes, sobretudo os que integravam a Liga Árabe.
Na Segunda Conferência do Cairo, de 1964, esses países deixaram claro, por meio de uma declaração, que um dos seus objetivos principais era a destruição do Estado de Israel.
Esta intenção terrorista professa promovida por estes criminosos, levaria mais tarde Israel novamente rodeado a ter de se defender da tentativa de genocídio orquestrada por eles, no que ficou conhecido como a "guerra dos 6 dias".
Desta vez, era Israel contra o Egito, Síria, Jordânia e Iraque, que, por sua vez, receberam o apoio do Kuwait, Líbia, Arábia Saudita, Argélia e Sudão.
O desejo de erradicar Israel do Mapa, em clima de ódio genocida, é algo que o povo Judeu conhece bem dos seus inimigos que os rodeiam. Se não fosse pela Aliança de Deus com eles, e do plano eterno do Senhor de usar aquela Nação para se glorificar como fez contra Faraó e os deuses do Egipto (Êxodo 14:18) (Romanos 9:17), já há muito que o plano da coligação árabe e dos terroristas islâmicos tinha sido bem sucedido.
Bem sabemos que "Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Romanos 8:31) por isso cremos com toda a confiança que nenhuma tentativa de erradicar Israel do mapa será bem sucedida (e tentativas certamente não faltaram).
Por certo veremos sim em breve Deus ser glorificado não só sobre o Egipto, o Líbano, o Irão mas sobre todo o mundo, quando as profecias para os dias do fim se centralizarem todas em Israel culminando na volta gloriosa do SENHOR JESUS na batalha contra as Nações congregadas (Zacarias 14:1-12), pois os inimigos de Israel são inimigos do Próprio Deus que os fez Seu povo particular.
Israel, que ainda nem era um país formado, acabaria então por vencer na guerra da independência uma coligação de cinco países maiores e mais fortes: Egito, Jordânia, Síria, Líbano e Iraque, com o apoio da Arábia Saudita e do Iêmen; e uma segunda vez contra outra coligação formada pelo Egito, Síria, Jordânia e Iraque, com o apoio do Kuwait, Líbia, Arábia Saudita, Argélia e Sudão.
Esses países árabes tinham o propósito de, atacando por todos os lados, fazer os judeus recuarem até Tel-Aviv, junto ao mar, para os destruírem. O lema dessa coligação era: “Lançar os judeus ao mar”, ou “ao mar com os judeus!"
Hoje o lema deles continua sendo "do Rio ao Mar, Palestina Livre", que por outras palavras quer dizer exactamente a mesma coisa; O território do Rio Jordão ao Mar mediterrâneo, é o território habitado por Israel, que estas Nações querem tomar, promovendo a completa destruição da Nação de Israel naquele território.
As 2 grandes guerras de Israel têm algo profundamente poético para nos ensinar no Livro de Salmos.
A guerra da independência de 1948 e a guerra dos 6 dias de 1967 estão profeticamente representadas em 2 salmos particulares.
O livro de Salmos é o 19º Livro da Bíblia:
(1)Gênesis;(2)Êxodo;(3)Levítico;(4)Números;(5)Deuteronômio;(6)Josué;(7)Juízes;(8)Rute;(9)1 Samuel;(10)2 Samuel;(11)1 Reis;(12)2 Reis;(13)1 Crônicas;(14)2 Crônicas;(15)Esdras;(16) Neemias;(17)Ester;(18)Jó;(19)Salmos.
Se separarmos as datas de 1948 e 1967 em 19-48 e 19-67 lembrando que Salmos é o 19º Livro da Bíblia, os capítulos 48 e 67 têm uma mensagem particular profética para observarmos.
Um breve resumo do salmo 48 e do salmo 67 logo nos esclarecem acerca do plano eterno de Deus para o Seu povo e Nação.
Estes salmos falam da Glória de Deus manifestada no mundo através de Israel Sua Nação, e Jerusalém Sua cidade Santa; Falam de como a Nação de Israel foi levantada do mundo para fazer todas as Nações tremerem diante do poder de Deus alegrando-se também na Sua Salvação.
Pois tanto Israel como Jerusalém são símbolos da Aliança de Deus, Sua fidelidade, Sua graça, Seu poder, e Seu plano eterno de reinar habitando entre os Homens.
É de Israel e de Jerusalém propriamente que O Senhor Jesus reinará na Terra governando as Nações com vara de ferro, um reino de equidade e Justiça.
Por isso lemos "Como o ouvimos, assim o vimos na cidade do Senhor dos Exércitos, na cidade do nosso Deus. Deus a confirmará para sempre. (Selá)" (Salmos 48:8)
Coligações para destruir Israel ou para dividir Jerusalém, são tentativas inúteis pois é Deus que batalha por Israel a favor do Seu povo.
O SALMO 83
Essas não foram as únicas vezes que Israel se viu diante de uma coligação militar temível contra todas as probabilidades. O Salmo 83 foi escrito diante de uma liga de nações que se levantou contra os israelitas para dar fim a eles.
Este salmo serve como uma lembrança de todo o tipo de opressão que Israel sofreu em determinado período de tempo.
O Salmo 83 é um cântico, de acordo com a tradição, escrito por Asafe, que evidencia a inimizade existente entre os povos que tiveram o patriarca Abraão, como progenitor, ou, que faziam parte da terra natal da sua família.
Deus prometeu a Abraão que faria multiplicar os seus descendentes, de modo que não se poderia contar, e que dele procederiam nações e reis (Génesis 13:16) (Génesis 17:6).
As Nações que actualmente estão contra Israel com inimizade perpétua são descendência de Abraão por Ismael; Estes são Os Ismaelitas que representam as Nações do povo árabe, os "filhos da carne" referidos por Paulo aos Romanos (Romanos 9:7-8).
A maioria dos números (o povo árabe) em relação à Minoria (o povo Judeu) também está descrita por Paulo quando ele fala sobre a perseguição que estes povos fazem ao povo Santo desde sempre:
Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava, e outro da livre.
Todavia, o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas, o que era da livre, por promessa.
O que se entende por alegoria; porque estas são as duas alianças; uma, do monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar.
Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos.
Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é mãe de todos nós.
Porque está escrito: Alegra-te, estéril, que não dás à luz; Esforça-te e clama, tu que não estás de parto; Porque os filhos da solitária são mais do que os da que tem marido.
Mas nós, irmãos, somos filhos da promessa como Isaque.
Mas, como então aquele que era gerado segundo a carne perseguia o que o era segundo o Espírito, assim é também agora.
Os filhos da solitária são os descendentes de Ismael, e os de Sara que tinha Abraão como marido são os descendentes de Isaque. Esta perseguição não tem nada a ver com nenhuma Palestina que nunca existiu em lado nenhum a não ser na mente doente e demente do povo árabe que à força pretendem fazer-se herdeiros de Abraão para atestar legitimidade para contestar aquele território.
O conteúdo deste salmo é tanto histórico como de algum modo profético, na medida em que refere eventos do passado da História dos conflitos entre o povo Judeu e seus inimigos, mas simultaneamente, nos deixa um vislumbre de como a História sempre se repete. Nos dias actuais, estamos literalmente a comprovar isto ao acompanhar as notícias e o cumprimento das profecias bíblicas sobre os dias do fim, das quais Israel e Jerusalém são o centro. Até as Nações ou tribos descritas no Salmo 83 contra Israel, podem ser rastreadas hoje Às Nações que estão em conflito e oposição contra Israel.
No Salmo 83, dos versículos 1 ao 4 vemos o clima de tensão de Israel no passado, debaixo da opressão dos seus inimigos, e lemos:
1 Ó Deus, não estejas em silêncio; não Te cales, nem Te aquietes, ó Deus,
2 Porque eis que Teus inimigos fazem tumulto, e os que Te odeiam levantaram a cabeça.
3 Tomaram astuto conselho contra o Teu povo, e consultaram contra os Teus escondidos.
4 Disseram: Vinde, e desarraiguemo-los para que não sejam nação, nem haja mais memória do nome de Israel.
Aqui é feita uma oração de intercessão, pedindo a intervenção de Deus activa sobre os eventos que decorriam. Claramente se entende aqui que os inimigos de Israel são inimigos de Deus ao lermos expressões como "Teus inimigos" e "os que Te odeiam".
Na sua oração o salmista dá um motivo para Deus agir activamente naquela situação; Ele evidencia que os inimigos de Deus eram altivos ao desafiá-Lo, causando tumultos.
Astuciosamente, conspiravam contra o povo de Deus que, em última instância, era o Seu tesouro, a sua propriedade conforme lemos Moisés referir-se ao povo. “Porque povo santo és ao SENHOR teu Deus, o SENHOR teu Deus te escolheu, para que lhe fosses o seu povo especial, de todos os povos que há sobre a terra.” (Deuteronômio 7:6).
O ódio das Nações Árabes, descendentes de Abraão por Ismael, vai muito além de possessão de Terra que eles conquistaram, ou direitos de primogenitura, por Ismael ser o primogénito e Isaac ter recebido o título de herdeiro de Abraão seu Pai (Génesis 17:18-21). Este ódio é primeiramente dirigido contra Deus, em rebelião, não se sujeitando eles aos decretos da autoridade de Deus que designou assim todas as coisas, quando enviou Abraão àquela terra, e a deu em possessão eterna.
O dono de toda a Terra deu aquela região a Abraão para a sua descendência se estabelecer e criar ali uma grande Nação (Génesis 12:1-3). Contestar aquela terra então, é contestar os desígnios soberanos de Deus e a legitimidade de Deus em dar o território a Israel em primeiro lugar.
Desde a falta de submissão de Agar a Sara sua senhora (Génesis 16:4), da inveja e despeito de Ismael para com Isaque (Génesis 21:9), satanás sempre esteve criando sua teia de oposição aos planos de Deus, começando logo por influenciar Abraão por meio de Sara de não confiar em Deus e fazer um filho à escrava (Génesis 16:1-3).
Aliás o próprio carácter de Ismael foi profetizado por Deus a Agar para que ficasse logo ali marcado o clima de conflito que a Nação árabe criaria não só contra Israel, mas para com todo o mundo, tornando-se um povo odiado e temível por todos, e lemos: "E ele será homem feroz, e a sua mão será contra todos, e a mão de todos contra ele; e habitará diante da face de todos os seus irmãos." (Génesis 16:12)
No versículo 4 particularmente está descrito o ódio da Nação árabe à Nação de Israel, e é deles que parte qualquer intenção genocida. Desde sempre que seu desejo é exterminar Israel do Mapa, e não escondem de modo algum suas intenções.
No entanto é Israel que é acusado de genocídio quando se defendem destas Nações terroristas.
Dos versículos 6 ao 8 do Salmo 83, vemos a descrição detalhada de quem são os inimigos, e suas afiliações contra Israel.
6 As tendas de Edom, e dos ismaelitas, de Moabe, e dos agarenos,
7 De Gebal, e de Amom, e de Amaleque, a Filístia, com os moradores de Tiro;
8 Também a Assíria se ajuntou com eles; foram ajudar aos filhos de Ló. (Selá.)
O Antigo Testamento não descreve nenhum ataque feito em conjunto por todas essas nações. Nesse caso, alguns estudiosos supõem que se trata de referências a diversos episódios de conflito geopolítico do passado como a tentativa de invasão surpresa por parte dos amonitas, moabitas – os “filhos de Ló” e edomitas nos dias de Josafá (2 Crónicas 20.1-30) ou às agressões lideradas pela Assíria no tempo de Ezequias (2 Reis 18 e 2 Reis 19).
A referência aos ismaelitas e agarenos ambos moradores nos arredores de Gileade, na Transjordânia (Gn 37.25; 1Cr 5.10) –, e de Gebal, Amaleque, Filístia e Tiro (v.7) – que ocupavam quase toda a faixa litoral do Mediterrâneo, do Líbano até a faixa de Gaza e península do Sinai, tendo ainda o apoio do império assírio, parece apontar para o salmo como uma lembrança de todos os tipos de opressão que Israel sofreu em determinado período de tempo, ou ainda, que muito possivelmente também se possa referir a um momento futuro profético ainda por vir.
Neste último caso, podemos bem estar a presenciar o desenrolar de uma profecia antiga prestes a se cumprir, nos conflitos que Israel enfrenta nos nossos dias contra estas mesmas Nações descritas.
Passamos a observar por ordem a lista dos inimigos descrita na passagem:
Edomitas
Abraão gerou a Isaque, segundo a promessa, e Isaque, por sua vez, gerou a Esaú e a Jacó. Como Isaque não era o primogénito, mas, era dele que a promessa de descendência seria chamada, veio a palavra de Deus à mulher de Isaque, Rebeca, dizendo: o maior servirá o menor. e lemos: "E O Senhor lhe disse: Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor." (Génesis 25.23); e ainda: "Estas, pois, são as gerações de Esaú, pai dos edomeus, na montanha de Seir.” (Génesis 36.9).Se repararmos bem, todos os Inimigos de Israel têm no seu passado a particularidade de serem rejeitados por Deus, ao contrário de Israel ser escolhida por Deus. Por isso lemos que Deus "amou a Jacó e odiou a Esaú" (Romanos 9:13) e ainda: “E odiei a Esaú e fiz dos seus montes uma desolação e dei a sua herança aos chacais do deserto.” (Malaquias 1.3).
Duas vezes o primogénito não é feito herdeiro conforme a tradição, uma vez com Isaque no lugar de Ismael, e novamente com Jacó no lugar de Esaú.
A tradição é costume dos Homens, e Deus queria evidenciar que o direito à herança eterna da Graça, seria determinado por Deus segundo o conselho da Sua vontade, e não segundo a vontade dos Homens e da sua tradição. A reversão da ordem à qual os Homens estavam habituados, foi intencional para revelar os corações rebeldes dos primogénitos que não se sujeitaram aos desígnios de Deus, em comparação a Jesus "O primogénito de Deus" obediente e sujeito em quem a herança estaria colocada por meio da Fé.
Essa falta de sujeição de tanto Ismael como Esaú de quererem forçar seus supostos direitos contrariamente à vontade de Deus é a real causa da inimizade dos povos árabes contra Israel.Ainda depois de séculos de conflito e de confirmação da Aliança de Deus com Israel, não aprenderam a sua lição.
Nos dias actuais os Edomitas descendentes de Esaú, representam a região da Transjordânia parte de Jordânia actual que faz fronteira com Israel.
Ismaelitas
À semelhança de Esaú, Ismael tinha sido anteriormente rejeitado por Deus também no que diz respeito à Eleição como direito à primogenitura. Como Sara era estéril, ela resolveu gerar filhos a Abraão, por intermédio de sua serva, Agar. “E disse Sarai a Abrão: Eis que o SENHOR me tem impedido de dar à luz; toma, pois, a minha serva; porventura terei filhos dela” (Gênesis 16:2).
Nasceu Ismael, que segundo promessa de Deus, tornou-se uma poderosa nação. “E quanto a Ismael, também, tenho te ouvido; eis aqui o tenho abençoado, fá-lo-ei frutificar e fá-lo-ei multiplicar-se, grandissimamente; doze príncipes gerará e dele farei uma grande nação.” (Gênesis 17:20); “Estas, porém, são as gerações de Ismael filho de Abraão, que a serva de Sara, Agar, a egípcia, deu a Abraão. E estes são os nomes dos filhos de Ismael, pelos seus nomes, segundo as suas gerações: O primogênito de Ismael era Nebaiote, depois Quedar, Adbeel e Mibsão, Misma, Dumá, Massá, Hadade, Tema, Jetur, Nafis e Quedemá. Estes são os filhos de Ismael, e estes são os seus nomes, pelas suas vilas e pelos seus castelos; doze príncipes, segundo as suas famílias.” (Génesis 25:12-16).
Esaú tomou uma das filhas de Ismael para ser sua esposa. (Gênesis 28:9), o que nos indica que os inimigos de Israel sempre se juntaram tendo em comum o mesmo ódio por conta do despeito de não serem os escolhidos de Deus conforme suas pretensões.
2 primogénitos rejeitados, unidos pelo mesmo ódio a Israel.
O inimigo do meu inimigo é meu amigo, sempre foi o lema dos povos que tinham em comum o ódio pelo povo escolhido de Deus.
Estes 12 príncipes herdeiros de Ismael e suas tribos que designamos Ismaelitas se espalharam pelas regiões da Arábia saudita, Emirados árabes Unidos, Iémen, Omã, sendo hoje impossível designar um território fixo onde encontrar sua descendência.
Moabitas
Uma das filhas de Ló, ao conceber do seu próprio Pai, que era sobrinho de Abraão, deu à luz a Moabe, pai dos moabitas, e lemos: “E a primogênita deu à luz um filho e chamou-lhe Moabe; este é o pai dos moabitas, até ao dia de hoje.” (Génesis 19:37).Este é um povo que claramente tem origem na perversão do pecado, tornando-se um povo maldito, inimigo de Deus e de Israel.Muito tempo depois, os moabitas, com medo de Israel, que acabara de sair do Egito, contrataram Balaão para profetizar contra os filhos de Israel, e os filhos de Israel, pouco tempo depois, se prostituíram com as filhas dos moabitas. E lemos: “Vem, pois, agora, rogo-te, amaldiçoa-me este povo, pois mais poderoso é do que eu; talvez o poderei ferir e lançar fora da terra; porque eu sei que, a quem tu abençoares será abençoado, e a quem tu amaldiçoares será amaldiçoado. Então, foram-se os anciãos dos moabitas e os anciãos dos midianitas, com o preço dos encantamentos, nas suas mãos e chegaram a Balaão e disseram-lhe as palavras de Balaque.” (Números 22:6-7); E ainda: "E ISRAEL deteve-se em Sitim e o povo começou a prostituir-se com as filhas dos moabitas.” (Números 25:1).O conflito entre o povo Judeu e os Moabitas era inevitável, e em várias ocasiões nós vemos episódios de confronto entre eles (Juízes 3:28-30); (2 Crônicas 20:10).
Nos dias actuais os Moabitas estariam no território da Jordânia onde habitavam nos dias Bíblicos descritos.
Agarenos
Os Agarenos são uma ramificação dos ismaelitas, que habitavam as regiões de Jetur, Nafis e Nodabe, situadas a leste de Gileade. O nome Agarenos é entendido como derivativo de Agar, mãe de Ismael, escrava de Sara.
Saul entrou em guerra contra os Agarenos e os derrotou. “E nos dias de Saul fizeram guerra aos hagarenos, que caíram pela sua mão, e eles habitaram nas suas tendas, defronte de todo o lado oriental de Gileade.” (1 Crónicas 5:10).
Nos dias Actuais, os Agarenos situavam-se a leste do Rio Jordão na Jordânia.
Gebal
Josué lista uma cidade de nome Gebal (GËVÅL), entre as conquistas dos filhos de Jacó, cujos habitantes são chamados de Gebalitas.
Presume-se ser uma terra costeira no Líbano; E Lemos: “Como, também, a terra dos gebalitas e todo o Líbano, para o nascente do sol, desde Baal-Gade, ao pé do monte Hermom, até a entrada de Hamate;” (Josué 13:5).
Nos dias actuais Gebal muito provavelmente se trata de uma localidade no território do Líbano chamada de Giblet, também conhecida pelos gregos como Byblos a norte de Beirute.
Amom
Os amonitas são descendentes do filho da filha mais nova de Ló, Ben-Ami, que concebeu de seu próprio pai, Ló. E lemos: “E a menor, também, deu à luz um filho e chamou-lhe Ben-Ami; este é o pai dos filhos de Amom, até o dia de hoje.” (Génesis 19:38).
À semelhança dos Moabitas dos quais são família de sangue sendo ambos filhos de incesto das filhas de Ló com seu pai, os Amonitas também são um povo maldito e perverso cuja influência sobre Israel foi somente de pecado, vergonha e conflito.
Deus se manifesta claramente contra os amonitas e moabitas proibindo-lhes entrada na congregação do Senhor, ainda que fossem família de Abraão, por não terem auxiliado o povo Judeu na saída do Egipto (Deuteronómio 23:3), e por isso existiria sempre uma inimizade entre eles (Deuteronómio 23:6).
Salomão deixou-se influenciar também por mulheres Amonitas como Moabitas, acabando por cultuar a abominação idólatra dos deuses Milcom e Moloque; Por isso Deus o castigou criando conflito entre os 2 povos (1 Reis 11:4-16).
Juntamente com os filhos de Moabe, os Amonitas se juntaram para fazer guerra contra Jeosafá e o povo Judeu (2 Crónicas 20:1).
Actualmente os Amonitas estariam situados algures na região da Jordânia até à Síria.
Amaleque
Amaleque foi quem se opôs aos filhos de Israel, quando terminaram de atravessar o deserto de Sim, e o povo de Israel os derrotou.
E lemos: “Então veio Amaleque e pelejou contra Israel, em Refidim.” (Êxodo 17:8-9).
Por causa dessa oposição dos amalequitas, Deus prometeu a Abraão que os destruiria, completamente. “Então, disse o SENHOR a Moisés: Escreve isto, para memória, num livro, e relata-o aos ouvidos de Josué: que eu hei de riscar, totalmente, a memória de Amaleque, de debaixo dos céus.” (Êxodo 17:14).
Os Midianitas e os Amalequitas juntamente com os filhos do oriente se juntaram e oprimiam o povo Judeu destruindo as suas colheitas e deixando-os na pobreza até que Deus os dá na mão de Gideão em confronto no vale de Jizreel (Juízes 6:2-33);
A região de Amaleque e dos amalequitas era ao sul de Israel, no deserto do Sinai até à costa fronteira com Gaza.
Filistía
Refere-se a uma região, descrita em (Josué 13:2-3) e (1 Samuel 6:17) compreendendo Ascalão, Asdode, Ecrom, Gate e Gaza, Terra dos Filisteus.
Desde Isaque, os filisteus sempre se opuseram aos filhos de Israel, por um longo período de tempo. E lemos: “E tinha possessão de ovelhas e possessão de vacas e muita gente de serviço, de maneira que os filisteus o invejavam. E todos os poços, que os servos de seu pai tinham cavado nos dias de seu pai Abraão, os filisteus entulharam e encheram de terra.” (Génesis 26:14-15).
Dos conflitos entre o povo Judeu e os Filisteus, temos algumas referências bíblicas relatando seu confronto, como (1 Crónicas 10:1-10) e (1 Samuel 7:7-13).
A Filistía e os Filisteus habitavam na região litoral que é hoje a região da "Palestina" onde recentemente temos visto se cumprir perfeitamente a profecia de (Sofonias 2:4-5)
Tiro
Tiro era uma cidade fenícia na costa do mar Mediterrâneo, a cerca de 30 km de Sidom. Os fenícios foram uma civilização da antiguidade, que habitavam as regiões localizadas no norte da antiga Canaã, ao longo das regiões litorais, dos atuais Líbano, Síria ao norte de Israel.
Nos tempos do Rei David e Salomão, O Rei de Tiro havia feito uma parceria comercial com Israel para adquirir material para a construção de suas residências.
E lemos: “Então Hirão, rei de Tiro, mandou mensageiros a Davi e madeira de cedro, pedreiros e carpinteiros, para lhe edificarem uma casa.” (1 Crónicas 14:1); “E Salomão mandou dizer a Hirão, rei de Tiro: Como fizeste com Davi, meu pai, mandando-lhe cedros, para edificar uma casa, em que morasse, assim, também, faz comigo.” (2 Crónicas 2:3)
No novo testamento No discurso do Senhor Jesus, Tiro aparece associada à cidade de Sidom, demonstrando tratar-se de estrangeiros, estranhos às comunidades de Judá e Israel. “Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que, em vós, se fizeram, há muito, que se teriam arrependido, com saco e com cinza.” (Mateus 11:21);
Ainda que vejamos num certo momento Tiro do lado de Israel numa parceria benéfica para ambos, esse reino era um reino associado a Idolatria, tanto que há uma profecia de Ezequiel contra o Príncipe de Tiro, associando-o ao próprio satanás, e sua queda (Ezequiel 28:1-12).
Outra profecia associada, coloca Tiro entre os inimigos de Deus e de Israel recebendo o seu juízo em (Zacarias 9:1-6).
Tiro é ainda uma cidade nos nossos dias situada no Líbano onde já há conflito com as Tropas Israelitas a ocorrer nas notícias.
Assíria
Os assírios (caldeus) se opuseram aos filhos de Israel e, por mão dos assírios, se deu o primeiro exílio, imposto aos filhos de Jacó, já que o povo do reino de Israel foi levado cativo para as suas terras estrangeiras.
E lemos: “Nos dias de Peca, rei de Israel, veio Tiglate-Pileser, rei da Assíria, e tomou a Ijom, a Abel-Bete-Maaca, a Janoa, e a Quedes, a Hazor, a Gileade, a Galiléia e a toda a terra de Naftali e os levou à Assíria.” (2 Reis 15:29); “E o rei da Assíria transportou a Israel para a Assíria e os fez levar a Hala e a Habor, junto ao rio de Gozã e às cidades dos medos;” (2 Reis 18:11);
Como seria de esperar, esta Nação está associada a alguém que se revela rebelde contra a autoridade de Deus, pois foi de uma das terras de Sinear, onde ficavam as cidades de Ninrode, filho de Cão, descendente de Noé, que surgiu a Assíria. E lemos: “Desta mesma terra saiu à Assíria e edificou a Nínive, Reobote-Ir e Calá,” (Gênesis 10:11).
Na profecia de (Sofonias 2:13) também vemos O Senhor levantar a Sua mão contra a Assíria para os destruir.
Nos dias actuais a Assíria é a região do Norte do Iraque até ao Sul da Turquia. Antigamente parte também do Império Babilónico que forma o pais do Irão actualmente.
Os inimigos do povo de Deus e as lições de fé e confiança
Os ismaelitas, Agarenos e edomitas representam a descendência da carne de Abraão, que sempre se oporá à descendência, segundo a promessa.
A perseguição de Ismael a Isaque acabou por estabelecer uma alegoria entre aqueles 2 irmãos e agora entre o povo Judeu e o povo árabe, assim como entre eles com os Cristãos (a Igreja) pois ambos os odeiam de morte: “Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da livre. Todavia, o que era da escrava nasceu, segundo a carne, mas, o que era da livre, por promessa. O que se entende por alegoria, porque estas são as duas alianças: uma, do monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar. Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém, que agora existe, pois, é escrava com seus filhos. Mas, a Jerusalém, que é de cima, é livre, a qual é mãe de todos nós.” (Gálatas 4.22-23).
Para a Igreja do Senhor Jesus nos dias actuais, o conflito entre o povo Judeu e as Nações árabes agora controladas pela religião islâmica, muito nos ensinam como a religião misturada com os pecados da carne só criam inimizade contra Deus, conflito e pedem juízo Divino terrível.
Contudo, rodeados de inimigos, tanta na guerra geopolítica ou militar, como na guerra espiritual que ocorre sem cessar ao redor dos Santos, que lições devemos tirar do Salmo 83?
A primeira Lição ou primeiro fundamento é: -Deus não se isenta de agir a favor daqueles a quem ama!
O Salmista sabia disto quando diz: "Ó Deus, não estejas em silêncio; não te cales, nem te aquietes, ó Deus," (Salmo 83:1)
Confirmando esta certeza lemos no Livro de Isaías: "Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de Ti que trabalha para aquele que Nele espera." (Isaías 64:4)
Muitos de nós podem enfrentar batalhas e guerras espirituais na família, no trabalho, em sociedade com as pessoas à nossa volta, ou até guerras interiores de origem emocional e psicológica, contudo, Deus nos pode livrar de todas (Salmos 34:19); O bom sono, o descanso e a paz de espírito numa vida de segurança vêm somente Dele (Salmos 4:8); a força o vigor e a resiliência para lutarmos cada batalha, vêm do Senhor (Isaías 40:29); Se enfrentarmos perigos do qual precisamos de livramento, é do Senhor que vem o socorro (Salmos 121:1-2);
Devemos sempre orar a Deus pedindo seu auxílio, mas confiando com plena certeza de que Ele não nos faltará. Lembrando das palavras de Ezequias Rei de Judá ao povo que temia os exércitos da Assíria:
Esforçai-vos, e tende bom ânimo; não temais, nem vos espanteis, por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele, porque há Um maior connosco do que com ele.
Com ele está o braço de carne, mas connosco O Senhor nosso Deus, para nos ajudar, e para guerrear por nós. E o povo descansou nas palavras de Ezequias, rei de Judá.
A segunda lição ou segundo fundamento é: -Deus tem um histórico de acção libertadora e de vitória sobre qualquer batalha!
Nas palavras do Salmista, vemos que se o futuro de Israel parecia incerto, o passado da nação era um testemunho marcante do poder de Deus para protegê-los. Por isso, o salmista confia em Deus sabendo que sua capacidade não mudou desde os dias passados e, assim, roga pela repetição de duas grandes vitórias nos dias dos juízes.
Estas 2 vitórias estão expressas nas palavras do salmista citando a história do passado e a acção de Deus dizendo:
9 Faze-lhes como aos midianitas; como a Sísera, como a Jabim na ribeira de Quisom;
10 Os quais pereceram em Endor; tornaram-se como estrume para a terra.
11 Faze aos seus nobres como a Orebe, e como a Zeebe; e a todos os seus príncipes, como a Zebá e como a Zalmuna,
12 Que disseram: Tomemos para nós as casas de Deus em possessão."
Deus já havia demonstrado seu grande poder agindo a favor do Seu povo no passado, de forma a que a memória da vitória das lutas passadas deve sempre ser o nosso descanso e esperança.
A primeira foi a memorável vitória de Gideão sobre o povo de Midiã onde uma pequena minoria venceu uma grande maioria (Juízes 7) e (Juízes 8).
Tudo isso fez Deus utilizando apenas trezentos israelitas sob o comando de Gideão, na proporção de um israelita para quatrocentos inimigos.
Não há probabilidade ou chance contra nós, que Deus não possa tornar a nosso favor!
A segunda grande vitória se deu por meio do comando de Débora e Baraque contra Jabim, rei de Canaã baseado em Hazor (Juízes 4), e contra seu general Sísera.
Apesar de o livro de Juízes citar a derrota de Jabim e a morte de Sísera nas mãos de Jael, o local da derrota do exército cananita só é informado no próprio Salmo 83 – a cidade de Endor (no versículo 10).
O curioso é que, não obstante as duas nações (versículo 12) terem dito “ Tomemos para nós as casas de Deus em possessão.” ambas foram derrotadas pelo Senhor e “tornaram-se estrume para a terra”.
Por isso lemos:
13 Deus meu, faze-os como um tufão, como a aresta diante do vento.
14 Como o fogo que queima um bosque, e como a chama que incendeia as brenhas,
15 Assim os persegue com a tua tempestade, e os assombra com o teu torvelinho.
16 Encham-se de vergonha as suas faces, para que busquem o teu nome, Senhor.
17 Confundam-se e assombrem-se perpetuamente; envergonhem-se, e pereçam,
Este é o fim de todos os inimigos de Deus e do Seu povo. Deus sempre mostrou que Ele vinga o Seu povo santo, e que se levanta com indignação sobre as nações dos ímpios e sua rebelião; (Salmos 94:1-5) (Ezequiel 25:14-17) (Jeremias 51:35-37) (Números 31:3)
Todos aqueles que odeiam a Deus e a sabedoria de reconhecer a Sua majestade, amam a morte (Provérbios 8:36).
A terceira lição ou terceiro fundamento é: -Deus é soberano sobre todas as Nações e sobre todos os Homens!
No último trecho do salmo 83, o escritor refere-se a Deus como o “Altíssimo sobre toda a Terra” (‘elyôn ‘al-kol-ha’arets).
O termo “Altíssimo” (‘elyôn) surge no Antigo Testamento para transmitir a noção de que Deus é Todo-poderoso e governa as nações e as forças do universo (Deuteronómio 32:8) (Salmos 91:1) (Isaías 14:14).
Aqui não é diferente, e lemos:
18 Para que saibam que tu, a quem só pertence o nome de Senhor, és O Altíssimo sobre toda a terra!
O que fica evidente pela forma como o salmista coloca os Homens diante da grandeza de Deus comparando-os à "a aresta diante do vento", é que fique claro diante de todos que nenhum Homem em todo o seu grande número ou poderio militar pode enfrentar Deus e vencer.
O que ele pede é bem claro: que todo o poderio militar dos inimigos fosse tratado como “nada” diante de Deus, assim como resíduo de sementes mortas e palha seca são levados pelo vento sem oferecer qualquer resistência. Não se trata de o salmista achar que o poder dos inimigos fosse pequeno e que seus exércitos fossem incompetentes, mas que o poder de Deus, comparado ao dos inimigos, é infinitamente maior.
Com poder soberano que ninguém pode conter, o salmista vislumbra a justiça de Deus recaindo sobre os povos ímpios de maneira tão avassaladora que ele lança mão de duas metáforas para representar o que aconteceria – um incêndio e uma tempestade: "Como o fogo que queima um bosque, e como a chama que incendeia as brenhas, Assim os persegue com a tua tempestade, e os assombra com o teu torvelinho".
O resultado da intervenção soberana de Deus teria duplo impacto: a destruição irreversível dos Seus inimigos, e o reconhecimento amplo de que Deus é Todo-poderoso para dominar sobre toda a Sua criação.
Por isso a autoridade de Deus em vingança sobre Seus inimigos é amplamente associada a um fogo consumidor e uma tempestade sobre a terra conforme lemos:
27 Eis que o nome do Senhor vem de longe, ardendo a sua ira, sendo pesada a sua carga; os seus lábios estão cheios de indignação, e a sua língua é como um fogo consumidor.
28 E a sua respiração como o ribeiro transbordante, que chega até ao pescoço, para peneirar as nações com peneira de destruição, e um freio de fazer errar nas queixadas dos povos.
19 Eis que saiu com indignação a tempestade do Senhor; e uma tempestade penosa cairá cruelmente sobre a cabeça dos ímpios.
20 Não se desviará a ira do Senhor, até que execute e cumpra os desígnios do seu coração; nos últimos dias entendereis isso claramente.
Nós estamos a viver os últimos dias, e também igualmente o cumprimento de várias profecias centradas em Israel com as Nações do mundo a congregarem-se dando lugar ao cenário do Apocalipse, e das últimos batalhas que trarão nos céus em Glória O Senhor dos Exércitos para julgar a Terra e dela destruir os pecadores.
As nações congregadas que darão lugar à batalha do Armagedão e de Gogue e Magogue já começaram suas coligações, repetindo a história, naquela que será a maior batalha e o maior desafio que Israel irá enfrentar, contudo diante de Deus que se ri, os esforços desesperados do Diabo usando os miseráveis deste mundo, serão esmagados debaixo dos pés do nosso glorioso Salvador e Rei, Jesus Cristo O Rei dos Reis e Senhor dos Senhores!
1 Por que se amotinam os gentios, e os povos imaginam coisas vãs?
2 Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o Senhor e contra o seu ungido, dizendo:
3 Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas.
4 Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles.
5 Então lhes falará na sua ira, e no seu furor os turbará.
6 Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte de Sião.
7 Proclamarei o decreto: o Senhor me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei.
8 Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão.
9 Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro.
10 Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra.
11 Servi ao Senhor com temor, e alegrai-vos com tremor.
12 Beijai O Filho, para que Se não ire, e pereçais no caminho, quando em breve se acender a Sua ira; bem-aventurados todos aqueles que Nele confiam.






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