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O EVANGELHO

  • Writer: desaovicente
    desaovicente
  • Oct 30, 2021
  • 48 min read

Updated: Dec 23, 2021


-O QUE É O EVANGELHO? Evangelho, do grego clássico εὐαγγέλιον, significa «boa nova», composto de εὐ «bem, ou bom» e ἄγγελος «mensageiro, anúncio». São um género de literatura do cristianismo primitivo que conta de perto a vida de Jesus, a fim de preservar seus ensinamentos ou revelar aspectos da natureza Divina de Deus da qual faz parte como a terceira Pessoa da Trindade.

O desenvolvimento do cânon (compilação) do Novo Testamento deixou quatro evangelhos canônicos, que são aceites como os únicos evangelhos autênticos para os cristãos que reconhecem neles a mesma linguagem e assinatura presentes nos demais livros (a inspiração Do Espírito Santo de Deus).

Embora existam outros "pseudo-evangelhos" de cariz apócrifo (não revelado) escritos por homens, sem o auxílio, direcção e vontade do Espírito Santo, eles não são reconhecidos por não terem a mesma óbvia superioridade escriturística, coerente, sincronizada, fiel e consistente da Palavra revelada em todos os outros livros que compõe a Bíblia como uma compilação.

Desta forma a Bíblia compilada que hoje temos acesso composta pelos 66 Livros (39 do Velho testamento e 27 do Novo) são a Verdade de Deus completa, e os 4 Evangelhos, o relato da vida e obra do Senhor Jesus.

Paulo diz:

Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. Romanos 1:16

Várias expressões são sempre usadas em relação ao termo "Evangelho" como as Boas notícias dirigidas aos homens, e sempre focam na natureza do Filho, no carácter da Obra, na origem do Reino, no tempo da eternidade, no mérito da Graça, na mensagem de paz e de salvação:

  • O Evangelho do Reino (Mateus 4:23) (Mateus 9:35) (Mateus 24:14).

  • O Evangelho de Jesus Cristo (Marcos 1:1) (Romanos 15:19) (1 Coríntios 9:12) (2 Coríntios 2:12).

  • O Evangelho de Deus (Marcos 1:14) (Romanos 1:1) (Romanos 15:16).

  • O Evangelho da Graça de Deus (Atos 20:24).

  • O Evangelho de Seu Filho (Romanos 1:9).

  • O Evangelho da Glória de Cristo (2 Coríntios 4:4).

  • O Evangelho da nossa salvação (Efésios 1:13).

  • O Evangelho da paz (Efésios 6:15).

  • O Evangelho eterno (Apocalipse 14:6).


-QUAIS SÃO AS "BOAS NOVAS" OU "BOAS NOTÍCIAS" ENTÃO? Se o Evangelho trata de anunciar algo de bom, de que se trata? A verdade é que embora O Evangelho sejam boas notícias, elas são dirigidas a homens que estão em más circunstâncias diante de Deus; O evangelho como boa notícia está primeiramente rodeado de más notícias acerca da condição em que o homem se encontra, razão pela qual a boa notícia vem como Luz no meio da escuridão. A Boa notícia é o resgate, a luz ao fundo do Túnel, a esperança no meio da desgraça, a salvação para quem está perdido. É impossível que alguém veja o evangelho como uma boa notícia, sem se aperceber primeiro que está em apuros, espiritualmente falando.

Enquanto o mundo vive a celebrar e a declarar independência, O Evangelho da Graça é uma declaração professa de dependência de Deus. Vivemos e dependemos Dele (Atos 17:28), e anunciamos a Boa Nova da Graça por meio do arrependimento, pois todos os que vivem independentes de Deus estão debaixo da ira de Deus em condenação. Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o Senhor e contra o seu ungido, dizendo: Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas. Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles. Então lhes falará na sua ira, e no seu furor os turbará. Salmos 2:2-5 A independência dos homens busca liberdades para viver longe da autoridade de Deus, mas é a Graça de Deus que verdadeiramente nos liberta; A independência do homem é escravidão ao jugo de satanás por meio do pecado; e o fim dela é o inferno. A dependência de Deus é Liberdade para a vida eterna no Reino dos céus.

  • BOA NOVA DA OBRA DE JESUS

-De que se trata então a "Boa nova" precisamente? Como vimos na descrição do Apóstolo Paulo, o evangelho é "o poder de Deus para a salvação daquele que crê"; (Romanos 1:16) Sendo os Evangelhos um relato detalhado da vida, e ensinamentos de Jesus, O Evangelho como obra de proclamação da Verdade, refere-se à Obra de Jesus, centrada Nele como O enviado de Deus dos céus, (O filho é O Próprio Deus encarnado) (Hebreus 1:3) (João 14:9); Noutras palavras, o que Paulo está a dizer é que o Evangelho é o próprio evento da obra de Cristo consumada, ou seja, O Cristo crucificado, Sua obra completa terminada na cruz. Sobre isto, Paulo dá mais detalhes, escrevendo aos Coríntios;

Paulo fala que a salvação pelo ouvir do evangelho é a mensagem de que “Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15:1-4).

Esta obra é a obra da salvação, que uma vez consumada na totalidade como Jesus atestou na Cruz (João 19:30), iliba o homem dos seus pecados diante de Deus, para que nenhuma condenação haja mais para aquele que Nele crê. Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte. Romanos 8:1,2 Uma vez crido na Verdade do Evangelho que Jesus de facto é Deus enviado ao mundo, e que sua obra era entregar a Sua vida por nós, padecendo perseguição, afronta, inimizade, desprezo (Isaías 53:5) para depois culminar na Sua morte e gloriosa ressurreição, nenhum homem jamais poderá perder de novo a salvação, pois ela foi comprada com o sangue precioso de Jesus que saldou a sua dívida para com Deus; o homem que crê para a salvação é como se morresse para o pecado como Jesus morreu na cruz, e Sua permanência na graça é obra Do Espírito Santo que nos conduz em santidade para uma regeneração de vida em consciência, pensamento e coração transformados para reconhecer as verdades espirituais, da realidade celestial e em tudo o que diz respeito à vida eterna. Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória. Efésios 1:13,14 Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas. O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente; Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados. 1 Pedro 2:21-24

  • A FÉ QUE CRÊ

Sabemos que o acto de crer em Jesus, crer na obra, crer na existência de Deus, e que Jesus é Deus é somente possível aos homens através da Fé; Pois sem ela é impossível agradar a Deus e receber a capacidade de entender a realidade espiritual da salvação e da condenação. Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam. Hebreus 11:6 Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé. Romanos 1:17 Viver pela Fé dá ao homem a certeza da vida eterna; a vida eterna é uma dádiva gratuita de Deus através do sacrifício de Jesus na Cruz entregando a Sua própria vida por todos nós; é pela graça por meio da fé; Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; Efésios 2:8,9 "Isto" referindo-se à fé, não tem origem directamente no coração idólatra dos homens, mas procede de Deus. Se alguém não tem fé, é porque ele só conta consigo mesmo em consciência. Até a falsa fé é falta de fé, pois está centrada nas expectativas do coração perverso que busca conveniência para a vida em pecado; a falsa fé pretende buscar a Deus para se servir a si mesma. A fé verdadeira que alguém demonstra buscando servir a Deus, porém, é a fé que vem de Deus buscando o Homem para o salvar. Por ser difícil penetrar no interior do coração humano, e julgar as intenções da fé, é que existe tanto conflito até dentro das igrejas, contudo Deus sabe a quem dá o dom de crer. A Palavra de Deus bem manuseada porém ensina-nos a identificar alguns pontos fundamentais da fé verdadeira e da fé falsificada, de forma a que nos separemos desses conflitos pelos quais o diabo tenta dispersar os crentes; No demais, irmãos, rogai por nós, para que a palavra do Senhor tenha livre curso e seja glorificada, como também o é entre vós; E para que sejamos livres de homens dissolutos e maus; porque a fé não é de todos. Mas fiel é o Senhor, que vos confirmará, e guardará do maligno. 2 Tessalonicenses 3:1-3 A Fé que crê, é a fé que opera mudança radical na forma de encarar o pecado e a santificação; Quando alguém diz que creu, mas sua consciência das misérias que o tornam pecador não muda para uma vida de negação à carne, e sujeição a Deus, sua fé não foi espiritual mas emocional, e não tem valor algum. O Espírito de Deus convence do pecado, da justiça e do Juízo (João 16:8), portanto se alguém não é convencido do seu pecado, e da justiça de Deus que determina um juízo debaixo da ira de Deus, essa pessoa não tem O Espírito de Deus, portanto não é convertida porque não creu em verdade Na gloriosa obra de Jesus.

Muitos ditos crentes querem "O Jesus Salvador", mas não querem "O Jesus Senhor", embora não saibam que não há um sem O outro. Ora, pois, já que Cristo padeceu por nós na carne, armai-vos também vós com este mesmo pensamento, que aquele que padeceu na carne já cessou do pecado; Para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus. 1 Pedro 4:1,2 Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição; Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado. Porque aquele que está morto está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos; Sabendo que, tendo sido Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte não mais tem domínio sobre ele. Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus. Assim também vós considerai-vos certamente mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor. Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências; Nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça. Pois que? Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum. Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça? Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues. E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça. Falo como homem, pela fraqueza da vossa carne; pois que, assim como apresentastes os vossos membros para servirem à imundícia, e à maldade para maldade, assim apresentai agora os vossos membros para servirem à justiça para santificação. Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça. E que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte. Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna. Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor. Romanos 6:1-23 A Salvação é uma vida nova, transformada pela Verdade por meio da Fé; O Fim da fé é a salvação da alma do pecador que creu na suficiência da obra de Jesus como único meio para a redenção pela Graça de Deus. Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, Para uma herança incorruptível, incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus para vós, Que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo, Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo; Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso; Alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas. 1 Pedro 1:3-9

-PORQUE PRECISA O HOMEM DE SER SALVO? -A DEPRAVAÇÃO E A GRAÇA Se a alguém é dito que ele precisa de salvação, a primeira pergunta natural é:

-Preciso de ser salvo do quê?

A Doutrina da depravação humana identifica o contraste entre a natureza caída da graça dos homens pecadores, e a Santidade de Deus; Porque Deus é Santo (Isaías 6:3) e nós pecadores (Lucas 5:32) existe uma natural inimizade, tanto da parte dos homens que odeiam a ideia de Deus existir e exercer autoridade sobre eles, como também da parte de Deus que não suporta o pecado como rebelião e afronta à Sua Santidade. Esta inimizade também existe entre aqueles que já são de Deus e os que não são, mas pela graça e misericórdia Divinas, todas estas inimizades são destruídas pela Fé em Cristo. Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades. E, vindo, ele evangelizou a paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam perto; Efésios 2:15-17


  • A NATUREZA INTERIOR CONTAMINADA

A doutrina da depravação humana portanto é essencial estar presente no acto de evangelização. O Evangelho retrata a realidade que os homens precisam se arrepender de seus pecados, e que nós cometemos pecados porque somos pecadores; É a realidade prática de uma consciência desperta para a natureza interior do pecado que leva o homem a entender que sem Jesus e a Salvação que existe Nele somente, ele está condenado à morte eterna. O pecado não é algo externo a nós, e que nos afecta somente quando fazemos algo de errado; O pecado está em nós, e é de dentro que o pecado origina; E dizia: O que sai do homem isso contamina o homem. Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as fornicações, os homicídios, Os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfémia, a soberba, a loucura. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem. Marcos 7:20-23 A morte eterna em contraste à vida eterna, denuncia que na esfera espiritual todos somos eternos; fomos criados para existir para sempre, uns porém salvos por Jesus viverão para sempre nos reinos celestiais com Deus, e os outros, sofrerão eternamente a condenação ao inferno. A Bíblia é clara ao dizer tudo o que diz respeito à nossa natureza pecadora diante de Deus, e por isso também Jesus começa o Seu ministério apelando ao arrependimento; O Evangelho começa com o apelo à consciência para o arrependimento, porque primeiro a consciência deve saber sem rodeios que quem vive em pecado sem o perdão de Deus e a absolvição através da obra de Jesus, não pode herdar o reino de Deus e está debaixo da ira; O pecado contamina desde a gestação, e O Rei David atesta para isto escrevendo: Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias. Lava-me completamente da minha iniquidade, e purifica-me do meu pecado. Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista, para que sejas justificado quando falares, e puro quando julgares. Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe. Salmos 51:1-5 Esta é postura que todo o pecador deve assumir diante de Deus em sujeição e submissão;

  • A NEGAÇÃO DA CARNE

A submissão e a sujeição são posturas que denunciam um coração preparado para agradar a Deus; Jesus fala sobre a negação e a renúncia do ego, pelo qual todo o homem pecador está ensoberbado em super-individualismo (Razão porque resiste ao arrependimento e reconhecimento do pecado). Por isso é notório que todo o verdadeiro crente se negue a si mesmo diariamente sendo sujeito e submisso a Deus tendo por contraste a rebeldia como a postura dos falsos crentes e ímpios manifestos. É pela sujeição em oposição à rebeldia que podemos constatar se alguém crê pela fé ou pela emoção. A sujeição pede negação de si mesmo; A sujeição e negação são as condições base do serviço real ao Senhor Jesus; Por isso Jesus assumiu sempre uma postura pública de humildade e sujeição diante de uma Vontade maior que Ele, e diz: "Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou." (João 6:38); Nenhuma outra afirmação podia ser mais clara para demonstrar a postura e o carácter submisso de Jesus ao Pai. Jesus não era pecador, mas demonstrou como exemplo que um coração perfeito diante de Deus é um coração preparado para servir. Já diz o sábio ditado: "Quem não vive para servir, não serve para viver"; A negação da natureza pecaminosa faz parte da mensagem do Evangelho e isto é evidente registado nos 4 evangelhos por Mateus, Marcos, Lucas e João: Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; Mateus 16:24 E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Lucas 9:23 E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. Marcos 8:34 Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo odeia a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna. Se alguém me serve, siga-me, e onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará. João 12:25,26 Perceba-se que Jesus antes da sentença “negue-se ou renuncie-se a si mesmo”, Ele usa a expressão “vir após mim”. Essa expressão significa “unir-se a Ele”. Aqui Jesus utilizou como base o facto de que Ele era frequentemente seguido por multidões, mas andar literalmente atrás dele não significava ser Seu seguidor. Hoje muitos dizem serem Seus seguidores, mas não O têm com Senhor das suas vidas.

E por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo? Lucas 6:46

A condição de “negar-se a si mesmo” refere-se a realidades distintas do comportamento humano:

  • Negar-se a si mesmo é amar ao Senhor acima de todas as coisas, sendo um verdadeiro servo fiel ao serviço do Reino, e à causa do Evangelho acima de qualquer outro empreendimento pessoal.

  • Negar-se a si mesmo é dizer não a natureza humana caída (e ao pecado que reina na carne) ou seja, renunciar a idolatria da carne que compete directamente com as coisas do Espírito.

  • Negar-se a si mesmo é renunciar toda a confiança nos méritos e valor pessoais, da religiosidade, capacidade e obras para reconhecer que a salvação depende exclusivamente de Deus, na obra de Cristo Pelo Espírito Santo.

A importância do negue-se a si mesmo pode ser notada na segunda parte do capítulo 14 do Evangelho de Lucas, onde Jesus conta a Parábola do Construtor da Torre e o Rei Guerreiro. Nesse capítulo Jesus utilizou três vezes a expressão “não pode ser meu discípulo” (Versículos 26,27,33).

Ora, ia com ele uma grande multidão; e, voltando-se, disse-lhe: Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo. Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, Dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar. Ou qual é o rei que, indo à guerra a pelejar contra outro rei, não se assenta primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil? De outra maneira, estando o outro ainda longe, manda embaixadores, e pede condições de paz. Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo. Bom é o sal; mas, se o sal degenerar, com que se há de salgar? Nem presta para a terra, nem para o monturo; lançam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Lucas 14:25-35


No versículo 26, onde a sentença aparece pela primeira vez no capítulo, Jesus volta-se para a multidão e ensina que os verdadeiros seguidores O amam acima de tudo e de todos até ao ponto de darem as suas vidas por Ele. No versículo 27, onde a sentença se repete pela segunda vez, Jesus ensinou que os verdadeiros seguidores sempre estão dispostos a sofrer pela causa do Evangelho (Exemplificado no acto de carregar a Cruz). Finalmente, no versículo 33, Jesus conclui que para segui-Lo e servi-Lo, seus discípulos precisam renunciar tudo o que possuem, como demonstração de uma lealdade incondicional, uma completa negação de si mesmo. A obra de edificar uma torre simboliza a ascensão espiritual, ou a edificação na Fé, na qual alguém deve realmente ponderar até onde está disposto a investir de forma a não se achar a meio incapaz de concluir seu empreendimento. Quantos são os que começam na suposta fé cheios de fervor e deixam suas torres inacabadas, desertas, em ruínas, voltando para o mundo? Se alguém porém demonstra dificuldades em negar-se a si mesmo, lembre-se que a ordem é: Negar, tomar a cruz e seguir; Se alguém diz que crê para seguir, mas não crê negando-se a si mesmo, ela não está apta a servir a Jesus conforme o pretendido.

É importante referir isto, para que as pessoas não se iludam enganando-se a si mesmas com uma falsa ideia de conversão e de fé puramente emocional e passageira, centrada em expectativas de benefício pessoal.

Por isso, rejeitando toda a imundícia e superfluidade de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas almas.

E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos.

Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural;

Porque se contempla a si mesmo, e vai-se, e logo se esquece de como era.

Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecediço, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito.

Por isso é muito triste que actualmente tenhamos Pastores que têm de estar o tempo todo evangelizando dentro das igrejas nos púlpitos, quando o processo de evangelismo devia ocorrer na rua dirigido aos ímpios. Dentro das Igrejas deviam estar crentes convertidos edificando-se somente, e aqueles que foram levados a congregar depois de terem sido devidamente evangelizados. Muitos crentes infelizmente não sabem evangelizar e dependem do Pastor da sua Igreja para fazer este trabalho por eles o que é de todo lamentável. Por isto Paulo diz aos coríntios, à igreja dos convertidos ali naquela cidade: Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados. 2 Coríntios 13:5 Hoje até devemos estar preparados para evangelizar aqueles que se dizem nossos próprios irmãos na fé, apelidando-se de "evangélicos" ou "baptistas", ou qualquer outro nome pelo qual creiam serem da fé, mas que na verdade são apenas títulos de auto-justiça religiosa. O Evangelho apela para a consciência segundo a Palavra de Deus que contempla uma obra centrada em Jesus, mediante um Plano eterno para a salvação de um povo especial retirado do meio de um mundo condenado pelo pecado. É na fé bíblica e permanência na Palavra que se nota se o evangelho ouvido, produziu crentes verdadeiros e arrependidos. Todo o crente verdadeiramente arrependido pela Palavra evangelizada aprendeu a negar-se a si mesmo cumprindo a vontade de Deus. O termo "Nascer de novo" (João 3:3-7) está associado à negação do homem que sendo de novo gerado pelo Espírito através da Palavra (que é Jesus) vive uma vida coerente entre a profissão de fé e a prática das obras. Por isso é possível dizer que se alguém não se nega a si mesmo diariamente na caminhada da fé, é porque na verdade ainda não vive a novidade de vida. A Palavra de Deus viva sempre pede cumprimento, fidelidade, compromisso, zelo, sujeição e Verdade. Por isso é apelidada de "viva e eficaz"; (Hebreus 4:12) Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre. Porque toda a carne é como a erva, e toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor; Mas a palavra do Senhor permanece para sempre. E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada. 1 Pedro 1:23-25

  • -A DEPRAVAÇÃO, O PECADO, O ARREPENDIMENTO, E A GRAÇA

É a depravação humana a responsável pelo pecado; se o pecado é a transgressão da lei de Deus, é a depravação no interior do homem, que gera o impulso para transgredir; Não é o pecado que gera depravação, mas a depravação que dá lugar ao pecado. A Palavra bem diz que é do interior do homem (Mateus 15:19) que procedem todos os mais variados pecados.

A Depravação trata de um desejo interior despertado para se servir a si mesmo, e foi este desejo depravado que primeiro surgiu no coração de Lúcifer (Ezequiel 28:15,16) e pelo qual ele semelhantemente tentou Eva a pecar. (Gênesis 3:3-7)

Por isso é necessário haver arrependimento da parte do homem, e esse é o apelo do Evangelho à consciência; Não o arrependimento somente das obras cometidas em transgressão, mas da natureza herdada na desobediência pela qual estamos todos inclinados para nos servirmos somente a nós mesmos. Temos de nos arrepender de sermos pecadores, e não somente de cometermos pecados. A depravação fez com que todos os homens caíssem para se tornarem impuros diante de Deus.

O arrependimento portanto é o golpe de misericórdia no velho homem; Arrependimento significa mudança de postura; Ora, o homem pecador, precisa de nascer de novo, e isto só acontece mediante a consciência interior da transgressão gerando arrependimento e contrição e culpa pelo pecado. A Salvação quando recebida, lava o pecado, regenera o coração, purifica a mente, e extingue a culpa; e isto só por Jesus e Sua gloriosa obra da Cruz.

Por isso Jesus começa o Seu Ministério, e lança a obra do Evangelho, anunciando Reino dos Céus, através do apelo à consciência depravada dos homens dizendo: Arrependam-se! Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus. Mateus 4:17 E dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho. Marcos 1:15 A Bíblia deixa bem claro que o interior do homem não é bom, e que as coisas boas que são feitas, são feitas pelo mérito da Graça comum que Deus derrama sobre todos os pecadores possibilitando desta forma que homens verdadeiramente maus possam ainda cometer pontualmente boas obras. Pelo coração do homem apenas no mérito do esforço humano, não há um homem sequer que faça o bem. Muitas vezes até coisas que aparentemente são "boas" aos olhos de Deus são perversas, porque são feitas com a intenção da Auto Glória e não para a Glória de Deus. Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, e cometido abominável iniquidade; não há ninguém que faça o bem. Deus olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos, e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não, nem sequer um. Salmos 53:1-3 Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. A sua garganta é um sepulcro aberto; Com as suas línguas tratam enganosamente; Peçonha de áspides está debaixo de seus lábios; Cuja boca está cheia de maldição e amargura. Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. Em seus caminhos há destruição e miséria; E não conheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos. Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus. Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado. Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas; Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus. Romanos 3:10-26 É a Graça portanto a fonte do mérito da salvação de homens pecadores condenados. Sempre que um homem rejeita a Deus e despreza a obra gloriosa da Cruz onde Jesus entregou a Sua vida para saldar a dívida do pecado, ele não se está a condenar mais; ele apenas testifica que sua condenação é merecida. A Palavra diz que quem não crê Nele (em Jesus) já está condenado: Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigénito Filho de Deus. João 3:18 -O JUSTO JUÍZO SOBRE O PECADO É impossível falar da natureza humana depravada, e da realidade da salvação e da condenação, sem focar na justiça e juízo de Deus sobre todos os homens. Como transgressores ou "criminosos" espirituais diante de Deus, a absolvição e a condenação presumem um juízo aplicado. Todos sabemos que num tribunal, um criminoso é exposto e encurralado diante das provas que o incriminam. No Tribunal de Deus porém não há inocentes; Todos os homens são pecadores; Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus. Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado. Mas agora se manifestou sem a lei a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas; Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus. Romanos 3:19-26 A realidade de um pecador diante de Deus é sempre de réu, tendo O Altíssimo como Justo Juíz (Salmos 119:137) (Salmos 7:11) (Apocalipse 16:7); Portanto a saída do homem da condenação é somente pela Graça em sujeição a Deus por meio da obra redentora de Jesus; Não há como contornar isto; O amor e justiça de Deus não estão presos ao sistema da moralidade humana do politicamente correcto; não buscam conveniências tendenciosas; não podem ser coagidos e obedecem somente À misericórdia de Deus demonstrada no sacrifício da Cruz pelo qual Jesus já determinou ser suficiente para o resgate de todo aquele que Nele crê. Quem não crê porém, segundo a sua própria liberdade de consciência, terá de contar com um tribunal preparado para julgá-lo e condená-lo.

  • O PRESTAR DE CONTAS

A salvação e a condenação estão ligadas directamente à liberdade de consciência humana debaixo da autoridade, Soberania e domínio de Deus; Assim como nós observamos na nossa vida quotidiana, as escolhas geram consequências; A Lei determinada para a ordem colectiva aponta para conceitos de bem ou mal, certo ou errado, debaixo de padrões base de comportamento pré-definido para se criar estabilidade, ordem, segurança, prosperidade e dignidade. Para isto a Lei visa a justiça e a aplicação de benefício ou prejuízo associadas ao cumprimento ou incumprimento do que nos é pedido enquanto sociedade. Todo este conceito deriva da Palavra de Deus e das ordenanças dadas por Ele aos homens. O Evangelho também aponta para a realidade da eternidade, e para as consequências das escolhas tomadas temporariamente por nós até que a justiça de Deus final nos reúna diante do grande tribunal de Cristo. Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal. 2 Coríntios 5:10 Como qualquer criminoso por meio de verdadeiro arrependimento pode obter perdão, e absolvição pelos seus crimes. O chamado ao arrependimento que Jesus determina, aponta para a Graça de Deus agindo sobre a Lei aplicada na cruz, onde Jesus pagou o preço da nossa liberdade e perdão. Se por Jesus temos perdão, estamos absolvidos e dívida foi saldada; Sem Jesus contudo, a Lei determina a nossa condenação. Se o Sangue de Jesus não pagou o meu pecado, Deus requererá o meu próprio sangue como pagamento da dívida; Quem rejeita Jesus, já está condenado, pois a Bíblia é clara em dizer que o salário do pecado é a morte, e o contexto fala de morte eterna na realidade do inferno. Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor. Romanos 6:23 Portanto mesmo que em vida qualquer homem rejeite e renuncie a graça de Deus, vivendo uma aparente vida de liberdade para satisfazer suas próprias vontades, como qualquer criminoso debaixo de uma vida de anarquia, quando chegar o tempo de enfrentar a Lei, terá de aceitar a consequência de um juízo aplicado. O prestar de contas deve sempre acompanhar a mensagem do evangelho, para que ao homem seja entregue a verdade entre a realidade com Deus e a realidade sem Deus numa perspectiva eterna. E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar. Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno. Hebreus 4:13-16 E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação. Hebreus 9:27,28 Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, E toda a língua confessará a Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. Romanos 14:11,12 Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons. Provérbios 15:3 O Senhor olha desde os céus e está vendo a todos os filhos dos homens. Do lugar da sua habitação contempla todos os moradores da terra. Ele é que forma o coração de todos eles, que contempla todas as suas obras. Salmos 33:13-15 Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, E os seus ouvidos atentos às suas orações; Mas o rosto do Senhor é contra os que fazem o mal. 1 Pedro 3:12 Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal. 2 Coríntios 5:10 Quem é injusto, seja injusto ainda; e quem é sujo, seja sujo ainda; e quem é justo, seja justificado ainda; e quem é santo, seja santificado ainda. E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. Apocalipse 22:11,12 De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau. Eclesiastes 12:13,14

-PORQUE SE ANUNCIA O EVANGELHO?


O Evangelho é o convite à única forma de espiritualidade que tem utilidade sobrenatural; a entrada na única fé que salva; o único conhecimento preciso e correcto sobre quem Deus é e como Ele deseja ser conhecido.

O evangelho de Cristo rapidamente distingue espiritualidade de religião. O Evangelho é necessário pois trata da Verdade de Deus para os Homens no que diz respeito ao seu estado natural de condenação, e que trata da realidade eterna da Salvação.


Muitas pessoas estão enroladas até ao pescoço em "pseudo-espiritualidade" e não se deixam convencer de que aquilo em que depositam a sua "fé" e "crenças" está totalmente oposto à pretensão que eles intendem. Pessoas buscam Deus para terem saúde espiritual, contudo, entrando nos caminhos largos da religião e do misticismo rapidamente são engolidas numa esfera tenebrosa de mentiras e enganos.

Na realidade, no espectro da espiritualidade, só existem realmente 2 posições, ou duas "religiões" se quisermos usar o termo para definir "espiritualidade";

Quem não é de Deus é do Diabo pois só existem 2 caminhos e dois posicionamentos espirituais; Embora esta afirmação possa parecer dramática ou radical, ela é bem precisa e em prática. Não há como contornar esta realidade.

Só existe Espiritualidade no Deus triúno (O único Deus); Nas pessoas Do Pai, Do Filho e Do Espírito Santo.

Crenças em qualquer outra coisa que não isto, não é a Espiritualidade, e não vem de Deus; A "espiritualidade cultural" misturada com religião está mergulhada em espiritismo; misticismo; esoterismo; ocultismo; paganismo e demonologia (Tudo obras do Satanismo). Se não procurarmos o Deus Verdadeiro, tudo o que encontrarmos terá a assinatura do próprio Diabo; O caminho do Deus verdadeiro é estreito e objectivo; o do Diabo porém, é largo e subjectivo. Jesus falou disto mesmo, quando coloca em exemplo "a porta larga", e "a porta estreita" em simbolismo; Vamos entender isto desta forma: CAMINHO ESTREITO: Salvação = Vida eterna. CAMINHO LARGO: Perdição = Morte eterna.

Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;

E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.

Curioso que Jesus fale sobre a porta estreita e a porta larga, como somente 2 opções no apelo à consciência:

  • 2 caminhos; (Somente 2 )

  • 2 portas; (Somente 2 )

  • 2 destinos; (Somente 2 )

Os Caminhos terceiros da conveniência pessoal também levam ao inferno que é um dos 2 destinos! Você pode escolher múltiplos caminhos e andar por todos eles como bem entender, mas na altura de chegar ao fim do percurso, você não terá múltiplos destinos para escolher. Você pode entrar no avião dos prazeres do mundo e divertir-se durante a viagem, mas rapidamente lamentará o destino.


Jesus disse ser O caminho (e já vimos que esse caminho é estreito) (João 14:6) Jesus noutra ocasião, falando sobre si mesmo afirma ser Ele mesmo a Porta, por onde entram as suas ovelhas; (João 10:9) Na passagem de Mateus 7 antes mesmo de especificar a porta estreita Jesus já nos revela algo fundamental; Ele afirma que devemos entrar nela. Se notarmos as palavras seguintes sobre "perdição", entendemos que são sobre a porta larga, então esta introdução assertiva que o Senhor faz antes de sequer focar na porta larga, é que devemos entrar na porta estreita. Isto para enfatizar que é por ela que devemos trilhar as nossas escolhas, e definir nosso percurso; o termo "estreito" significa também: “apertado; justo; de pouca folga”. Este caminho estreito sempre foi ensinado por Deus aos homens, especialmente no campo da "Obediência" em contraste com o "relativismo" do coração humano; Os teus olhos olhem para a frente, e as tuas pálpebras olhem direto diante de ti.

Pondera a vereda de teus pés, e todos os teus caminhos sejam bem ordenados!

Não declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal.

Um caminho apertado, é um caminho de sujeição, pois é notório que o caminho espaçoso é mais apetecível, mais apelativo e sobretudo mais relativo. A mornidão de que Jesus fala em Apocalipse é o "estado relativo" em que muitos se encontram, dizendo que querem a porta estreita, enquanto andam em caminhos largos, onde tudo lhes é permitido e disponível; Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente!

Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.

Caminhos largos, levam à porta larga, e caminhos estreitos à porta estreita; O filho de Deus sabe que todas as coisas são lícitas, mas que nem todas convêm (1 Coríntios 6:12) (1 Coríntios 10:23), e isto porque entendemos que nos caminhos de Deus há coerência, sujeição, Temor, reverência e desejo de perfeição. Todas estas coisas são os frutos Do Espírito que estão de acordo com o caminho estreito. E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito. Gálatas 5:24,25

O Evangelho então traz uma boa notícia, mas que é apresentada por um único caminho, sem rodeios.

O Evangelho não trata de espiritualidade pessoal, centrada na conveniência daquele que a busca, mas de espiritualidade colectiva, partindo de Deus para os Homens, e não dos homens para com Deus. Se a espiritualidade fosse pessoal, e nós somos 8 Biliões de pessoas definindo ideias sobre quem Deus é, quantos "deuses" seriam verdadeiros então?

Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.


Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele.

-Porque é importante perceber que só há 2 caminhos e 2 portas e 2 destinos? Porque quanto mais consciente for a nossa percepção do caminho onde andamos, mais rapidamente podemos contemplar o que nos está reservado. Sem verdadeira espiritualidade (intimidade com Deus), só existe religião, fanatismo, hipocrisia, misticismo e idolatria.

Muitas pessoas crêem ter "descoberto" uma forma de "espiritualidade" pessoal que lhes tem trazido benefícios, e por isso acham que andam em caminhos válidos e legítimos, dos quais não se arrependem e mudam mas não sabem que o destino que lhes está reservado ali é totalmente contrário à sua e. Toda a espiritualidade falsa de origem satânica, tem como principal fundamento "o bem maior", ou seja o benefício pessoal ou até colectivo (desde que vá ao encontro das próprias concepções individuais de cada um), mas a Palavra de Deus bem nos ensina que caminho é este que o coração humano designa como "correcto": Há um caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte.

2 caminhos poderiam levar ao mesmo lugar, se acaso ambos os caminhos tivessem Destinos semelhantes, mas o que acontece nestes 2 caminhos é que eles são diametralmente opostos; Todos aqueles que estão nos caminhos espaçosos do mundo (1 João 5:19), estão servindo cegos ao diabo, o "deus deste século" a quem todos adoram pelo pecado (2 Coríntios 4:4); A Bíblia bem nos ensina que estes caminhos, na prática notoriamente afastados, encontrarão no destino final consequências também distintas; e todos os Homens que percorrem ambos os caminhos não estão apenas separados em vida (espiritualmente falando), mas estarão eternamente separados (Lucas 16:26), quando o modelo de vida como o conhecemos for interrompido por Aquele que determinou o dia para que assim seja. E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; Mateus 25:31-34

​A esquerda e a direita (e aqui não falamos de política, embora haja alguma ironia semelhante) define 2 destinos separados: O Favor e a rejeição; a bênção e o castigo; o céu e o Inferno; Muitos ficam indignados com este cenário final, mas, se realmente pararmos para pensar não é lógico que quem em vida segue o diabo, siga-o também na morte?

Muitas pessoas preferem a "espiritualidade aguinha com açúcar" porque querem um "deus" impessoal, sem personalidade vincada, atributos imutáveis, e características precisas, que vá ao encontro das suas expectativas pessoais. Um "deus", tipo "tela branca", onde cada um pinta o que bem entender. Um Homem de cabelos e barbas brancas sentado nas nuvens; Um deus de relâmpagos nas mãos e olhos fulminantes; Um deus radical que faz skate no arco-íris, um deus fofinho que faz truques de magia e atira flores e pirilampos de dentro das mangas; um "deus "interior" segundo o prazer e a relevância pessoal; Assim nesta tela cada um pode segundo as suas preferências determinar quem Deus é, e como Ele pode ou não interferir nas expectativas e desejos daqueles que o imaginam.

Ora se Deus é um fruto da imaginação de cada um, Ele não existe; Se Deus é fruto da expectativa de cada um, Ele é insuficiente; Se Deus é resultado da necessidade de cada um, Ele é substituível; Se Deus é limitado por percepções humanas, Ele é insignificante; Se Deus é restringido à vida miserável de cada um que O procura, Ele não é Deus.

O Deus verdadeiro, o Deus de Israel, YHWH (Javé), Aquele cujo Nome está acima de todo o Nome (Aquele que: É, O que É - אֶהְיֶה אֲשֶׁר אֶהְיֶה, pronunciado Ehyeh Asher Ehyeh (Êxodo 3:14) que também pode ser traduzido como "Eu serei o que Serei", Dá-se a conhecer, segundo todos os atributos, e características que Ele determinou serem a forma como nós O conheceríamos, e é por isso que a Bíblia é a única fonte de autoridade sobre a percepção humana de quem Deus é. "EU SOU O QUE SOU", no fundo quer dizer, "EU NÃO SOU o que vocês querem que Eu seja, mas EU SOU O QUE SOU; (isto para desencorajar qualquer pessoa a inventar "o seu próprio deus" ou a projectar NELE, características que ELE não tem).

Portanto ao evangelizar pessoas que já se dizem "crentes" mas sabemos que não são, temos de as consciencializar de que se elas pensam que esse "deus" que proferem conhecer, fruto da sua "intuição" ou "sensibilidade" é verdadeiro, e as pode salvar, elas estão redondamente enganadas. Provavelmente a única coisa inútil em toda a Criação, é um ser humano que decide quem Deus deve ser. A quem, pois, Me fareis semelhante, para que Eu Lhe seja igual? diz O Santo.


O Evangelho serve também portanto para separar O Deus Verdadeiro de todos os outros, e o Cristianismo de toda a religião e seita definida como "espiritualidade".

Jean Paul Richter afirmou: "A cabeça é como o estômago, sendo mais fácil de envenenar quando está vazia".

Mark Twain disse: "É mais fácil enganar pessoas do que convencê-las de que foram enganadas."

Devemos encher a nossa cabeça e o nosso pensamento com a Palavra de Deus o tempo todo, para não nos deixarmos enganar pelas astutas ciladas do Diabo, porque há uma guerra travada entre a Luz e as trevas, e O Deus Eterno é o único que vai sair dela vencedor (e todos os que estão com Ele é claro)

Ouvi a palavra do SENHOR, vós filhos de Israel, porque o SENHOR tem uma contenda com os habitantes da terra; porque na terra não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Deus. Oséias 4:1 Disse Jesus que "a Verdade nos libertará" (João 8:32); -De que precisamos ser libertos? Jesus disse também ser Ele mesmo A Verdade (e já vimos que essa Verdade liberta pois Ele é O libertador) Libertos em Cristo nós nos tornamos:

  • Libertos de nós mesmos, do domínio do pecado em nós; (Gálatas 2:20)

  • Libertos dos perigos do pecados ao nosso redor (Salmos 34:7)

  • Libertos dos grilhões da cegueira espiritual (Isaías 42:7)

  • Libertos da escravidão das Trevas do pecado; (Colossenses 1:13)

  • Libertos da ignorância em relação às Trevas do pecado; (2 Coríntios 4:6)

Ora uma vez Livres, devemos rejeitar e condenar toda a falsa espiritualidade, assim como nos devemos tornar verdadeiros apologetas (defensores) da Verdade de Deus, vivendo a Verdade e comunicando-a aos que ainda estão em Trevas (espiritualmente falando).

Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho. Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. João 14:4-6

SÓ HÁ 1 DEUS!

-COMO SE ANUNCIA O EVANGELHO Através do proselitismo que é a defesa da verdade; E Pelo amor e compaixão pelas almas perdidas que é a medida abundante da Graça;

E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.


Evangelizar uma pessoa em "trevas espirituais" é amá-lo como Jesus nos ama, pois o Evangelho da Graça é a maior riqueza partilhada a benefício de alguém. E o Evangelho deve sempre espelhar abundantemente o amor de Deus em Jesus. Se as pessoas resistem e não nos ouvem, e recebem com maus olhos o Evangelho devemos ainda assim amá-las e interceder por elas a Deus em oração.

Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus ouve-nos; aquele que não é de Deus não nos ouve. Nisto conhecemos nós o espírito da verdade e o espírito do erro.

Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.

Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.

Nisto se manifestou o amor de Deus para connosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos.

Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.

Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros.

Ninguém jamais viu a Deus; se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeito o seu amor.


Evangelizar é anunciar a Verdade de Deus aos homens. Devemos ter sempre a verdade segura na mente e coração, e estudar sobre ela com um claro entendimento. É pela palavra de Deus somente e não por nossa opinião pessoal que podemos anunciar a verdade eficazmente. Qualquer tentativa de evangelizar sem domínio da Palavra de Deus e instrução do Espírito Santo provar-se-á inútil, e pior ainda se for feito sem amor.

Afinal foi pelo amor que nós mesmos fomos evangelizados e entramos na Graça.

Por isso devemos sempre condenar o erro, e mostrar o caminho da verdade, como disse Paulo: "Nada podemos contra a verdade, senão pela verdade" (2 Coríntios 13:8)

O Amor de Deus está intimamente ligado à Verdade, e serve o propósito de tirar do erro aqueles que amam estar nele. O Amor em verdade cobrirá uma multidão de pecados tanto naquele que a ouve e aceita, como naquele que a honra e anuncia.


Irmãos, se algum dentre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter,

Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados.

Tiago 5:19,20 O Apóstolo Paulo a respeito disto diz ainda: Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2 Timóteo 2:15 Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes. Tito 1:9 Conhecer a verdade é conhecer a Palavra de Deus:

  • Conhecer os Livros, capítulos e versículos, seu conteúdo, mensagem e se possível sua localização para boa orientação;

  • Conhecer as personagens bíblicas, suas histórias, testemunhos e exemplos através dos quais Deus nos revela a verdade sobre a natureza e condição humana debaixo do Seu domínio;

  • Conhecer a história de Israel e do mundo narrada nas escrituras através da história das civilizações antigas que deram origem às Nações actuais;

  • Estudar a língua original se possível e o contexto de cada momento descrito para uma interpretação e preservação fiel da mensagem original;

  • Contemplar o plano e obra eterna de Deus em Cristo ao longo das Escrituras desde o primeiro livro do Velho testamento ao último do Novo testamento;

  • Conhecer o carácter do Deus Santo e a gloriosa essência da Trindade, Sua pessoalidade, Seu poder, Sua autoridade, Sua vontade e atributos Divinos espelhados em todas as Escrituras e Doutrinas nela contidas.

O nosso erro, má doutrina, má interpretação, relativismo espiritual, mornidão de fé, mau testemunho sempre procede de falta de conhecimento das Escrituras, o que muitas vezes produz apenas mera religiosidade sem salvação. Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus. Mateus 22:29 Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados. Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra. 2 Timóteo 3:13-17

  • Com Espontaneidade, naturalidade e zelo;

Anunciar o Evangelho é um acto livre, espontâneo, que deve criar oportunidades a qualquer momento para dirigir uma alma perdida à verdade. Muitos cristãos estão repletos de diplomacia e princípios mundanos, pelos quais crêem ter necessidade obedecer de forma a cumprir com a sua responsabilidade de evangelizar. Qualquer retração que haja por meio de constrangimentos sociais que impeçam o livre curso do Evangelho, são originados na diplomacia de um coração secularizado que visa primeiramente agradar ao mundo e só depois honrar a Deus. Todo o segundo da vida de um perdido é o "timing" certo para se ouvir a Verdade da salvação, pois o fim da vida de um perdido pode estar na passagem de um segundo para o outro. A nós cabe-nos a responsabilidade de agir em tempo oportuno, o qual Paulo criou para evangelizar os atenienses: Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos. Atos 17:30,31

  • Apontando para a miséria do mundo em contraste com as infinitas maravilhas de Deus;

O acto de evangelizar deve sempre ser contrastável com aquilo que o pecador já tem por seguro e adquirido; Uma vida de stress, de dificuldades, de insegurança, ansiedade em relação ao futuro, buscando o contexto da realidade prática de um mundo caído em desgraça para contraste com a boa nova prestes a ser anunciada que é a resposta ao coração humano carente, frágil e impotente. A decadência e corrupção do mundo é o cenário ideal para se focar logo antes das boas novas, para que um pecador reconhecendo o estado do mundo, esteja alinhado com a realidade de um reino de Justiça que brevemente será instaurado por Jesus no fim dos tempos. Muitas pessoas estão iludidas com as promessas e sonhos que o Diabo promove através de uma cultura de desejos. Devemos frisar que a Salvação embora pela Graça, requer na consciência de uma fé sincera, um abandono do mundo, de forma a que somente as coisas celestiais representem valor e importância (Colossenses 3:2); A amizade ao mundo é inimizade para com Deus na medida em que o coração que ainda não aprendeu que o mundo não pode verdadeiramente satisfazer ninguém, não pode encontrar satisfação plena em Jesus e na realidade da vida eterna no reino dos céus. Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes? Antes, ele dá maior graça. Portanto diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações. Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza. Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará. Tiago 4:4-10 Evidenciando a renúncia e abandono do mundo, como a mudança de pensamento e de coração desejável no que diz respeito aos afectos e prioridades, um pecador pode ser revestido de uma nova esperança e consciência de paz e plenitude. A realidade espiritual é totalmente contrária à carnalidade; A conversão que ocorre na salvação quando alguém ouve o evangelho e crê produz quebrantamento e contrição. Se o Evangelho da Graça não convence um pecador do pecado ao ponto de isso envergonhá-lo com temor e tremor diante de Deus, é porque não houve salvação (João 16:8); A conversão convence qualquer pecador das suas próprias misérias e a insuficiência dos seus esforços como mérito diante de Deus. Assim que um homem inicia o processo de regeneração interior pela Graça, ele "perde" os afectos pelas coisas terrenas e passageiras, e substitui-as pelo amor a Deus nas coisas espirituais; A negação de um pecador convertido agrada a Deus que a recompensa com galardão, representando riqueza e engrandecimento no reino de Deus; E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará. Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Ou, que daria o homem pelo resgate da sua alma? Marcos 8:34-37

  • O Evangelismo deve ser pela acção do Espírito através da mente de Cristo para ser eficaz e não um evangelho segundo palavras de persuasão humana;

A Palavra de Deus é actual e precisa e em todas as épocas é o espelho fiel que relata e expõe a natureza caída do homem e sua rebelião contra a justiça de Deus. Outra forma de preparar o espírito de alguém para ouvir a Verdade de Deus No Evangelho da Graça, é identificar os problemas e as circunstâncias não só espirituais, mas físicas, emocionais, psicológicas, sociais e materiais, daquele que está perdido no pecado. Sabemos que o endurecimento dos corações é uma realidade do homem caído e sabemos que o Diabo cegou os homens para não crerem naturalmente no evangelho; Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus. 2 Coríntios 4:3,4 O desejo de Evangelizar deve ser sempre acompanhado de oração interior e de sujeição na dependência de Deus; Qualquer esforço meramente intelectual, ainda que dotado de conhecimento e verdade, não será frutífero e poderoso espiritualmente. O Evangelho é uma mensagem espiritual, que deve ser acompanhada de discernimento do Espírito de Deus para cunho sobrenatural. Conversas religiosas e intelectuais por muito interessantes que sejam, lidam somente com o poder humano que sabemos ser insuficiente para produzir mudança no interior de um coração que não reconhece o pecado. Só o poder de Deus através do Espírito Santo pode tornar um evangelista, missionário, Pastor ou obreiro capaz de produzir salvação nas almas perdidas que o ouvem. E a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus. Todavia falamos sabedoria entre os perfeitos; não, porém, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam; Mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; A qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória. Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. As quais também falamos, não com palavras que a sabedoria humana ensina, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo. 1 Coríntios 2:4-16

  • O Evangelismo mais eficaz é o testemunho;

À medida que evidenciamos o pecado pelo qual é necessário arrependimento, devemos ser pacientes, fervorosos na Fé e no Espírito para demonstrarmos também as infinitas maravilhas da graça de Deus em nós; O melhor método de evangelismo é o testemunho vivido da graça e a completa certeza da salvação por meio da paz que excede todo o entendimento. Qualquer pessoa convertida, crente, que reconhece a responsabilidade, o dever e o prazer em evangelizar, tem a sua própria história de vida como testemunho. Cada pecador salvo, sabe como Deus operou na sua vida de forma a convertê-lo das trevas, trazendo-o para a Luz. O testemunho é um poderoso método evangelístico desprezado por muitos crentes. Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti. E ele foi, e começou a anunciar em Decápolis quão grandes coisas Jesus lhe fizera; e todos se maravilharam. Marcos 5:19,20 Se recebemos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior; porque o testemunho de Deus é este, que de seu Filho testificou. Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu. E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. 1 João 5:9-12 O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida (Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada); O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão connosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo. Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra. E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas. Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. 1 João 1:1-9

  • O Evangelho sempre aponta para Cristo que é o centro de toda a mensagem dirigida ao pecador, pois é Ele a Verdade que liberta;

Cristo é a peça fundamental de qualquer iniciativa evangelística ou doutrinária; Sem Cristo todo o esforço intelectual humano é inútil, e toda a mensagem desprezível. Não há como falar em Deus, no amor de Deus, Sua verdade e Justiça, sem revelar O Filho a quem O Pai constitui herdeiro de tudo; Cristo é aquele por quem vivemos e existimos; Não há como conhecer a Deus, sem Jesus Cristo O Deus vivo! Muitas religiões pensam que o termo "Deus" nos une a todos debaixo de uma mesma fé, contudo só Existe Um Deus, e um Só Senhor, revelado na pessoa de Jesus O Eterno Deus! Todavia para nós há um só Deus, O Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por Ele. 1 Coríntios 8:6 O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas; E de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós; Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração. Sendo nós, pois, geração de Deus, não havemos de cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens. Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos. Atos 17:24-31 Sem a consciência de que Jesus Cristo é Deus, e que Sua obra é a gloriosa obra da Salvação pela qual os homens devem ser salvos, só existe um "outro evangelho" maldito, o qual não é outro conforme Paulo descreve aos gálatas; (Gálatas 1:8) Por isso crer que existe um "deus", não é de todo a mesma coisa que crer no "DEUS" que existe. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos. Atos 4:12 E dizia-lhes: Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo. Por isso vos disse que morrereis em vossos pecados, porque se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados. Disseram-lhe, pois: Quem és tu? Jesus lhes disse: Isso mesmo que já desde o princípio vos disse. Muito tenho que dizer e julgar de vós, mas aquele que me enviou é verdadeiro; e o que dele tenho ouvido, isso falo ao mundo. Mas não entenderam que ele lhes falava do Pai. Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levantardes o Filho do homem, então conhecereis que EU SOU, e que nada faço por mim mesmo; mas isto falo como meu Pai me ensinou. E aquele que me enviou está comigo. O Pai não me tem deixado só, porque eu faço sempre o que lhe agrada. Dizendo ele estas coisas, muitos creram nele. Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. João 8:23-32 O Evangelho que traz consolo ao coração perdido é aquele que fala do amor de Deus em Jesus, em quem estão todas as riquezas e maravilhas eternas. Conhecer e reconhecer Jesus como O eterno Deus é o último grau da evolução interior; o mais nobre e erudito conhecimento a alcançar; a única verdadeira forma de inteligência; o único tesouro a possuir. Para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em amor, e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus e Pai, e de Cristo, Em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência. Colossenses 2:2,3 -O EVANGELHO DE CRISTO O Evangelho deve ser entendido como o cumprimento da promessa central do Antigo Testamento na Aliança entre Deus e Abraão. O próprio Senhor Jesus nos ensinou a entender O Evangelho, e a Sua vinda dessa forma. Em várias passagens, Jesus identifica as profecias registadas no Antigo Testamento como uma descrição de seu próprio ministério. E João, ouvindo no cárcere falar dos feitos de Cristo, enviou dois dos seus discípulos, A dizer-lhe: És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Ide, e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes: Os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não se escandalizar em mim. Mateus 11:2-6 E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler. E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor. E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos. Lucas 4:16-21 O mesmo entendimento foi seguido pelos Apóstolos. Apesar de no livro de Gênesis (Gênesis 3:15) encontrarmos a mais antiga promessa acerca da redenção pela justiça de Deus, é na promessa de Deus a Abraão que podemos compreendê-la de maneira mais clara. Foi assim que o Apóstolo Paulo entendeu. Escrevendo aos Gálatas (3:8), ele ressalta como o Evangelho foi pregado primeiramente a Abraão. Paulo refere-se à seguinte promessa: “Em ti serão abençoadas todas as nações” (Gênesis 12:3) (Gênesis 18:18) (Gênesis 22:18). No decorrer do próprio capítulo 3 de Gálatas, Paulo explica qual deve ser a maneira correta de interpretar essa promessa. A “benção” citada na promessa é a justificação pela fé, e a expressão “em ti” refere-se ao próprio Messias (Não propriamente a Abraão), ou seja, à “semente da mulher” descrita no texto de Gênesis; Refere-se à descendência de Cristo, daqueles que como Abraão são justificados pela fé em Jesus nascendo de novo. Esse princípio fica claro quando entendemos que a expressão “todas as nações” referia-se a algo ainda futuro como ao povo eleito escolhido de entre todos os povos, tribos e Nações para a Glória de Deus Pai (Apocalipse 7:9). Sobre isso, o próprio Paulo conclui dizendo: Assim como Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.

Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão.

Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti.

De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão.

Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.

E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé.

Ora, a lei não é da fé; mas o homem, que fizer estas coisas, por elas viverá.

Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;

Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito.

Irmãos, como homem falo; se a aliança de um homem for confirmada, ninguém a anula nem a acrescenta.

Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua descendência, que é Cristo.

Gálatas 3:6-16 Por toda a antiga dispensação, o Evangelho foi anunciado, porém foi por meio da morte e ressurreição de Cristo que a mensagem se tornou mais explicita. Este é o glorioso Evangelho da Graça, O Evangelho de Cristo! Porque Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã. Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, E aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; Para que nenhuma carne se glorie perante ele. Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; Para que, como está escrito: Aquele que se gloria glorie-se no Senhor. 1 Coríntios 1:17-31


 
 
 

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Jesus Cristo é o único Salvador. Ora vem Senhor Jesus. Maranatha.

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