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Livre-arbítrio? Não obrigado

  • Writer: desaovicente
    desaovicente
  • Aug 11, 2019
  • 7 min read

Ao estudarmos meticulosamente a história das civilizações antigas (ainda sem qualquer referência bíblica tomada em conta), é possível ver que a auto-adoração é a primordial religião humanista, mesmo que os seus apetrechos sejam tão variados e diversos, como os povos, Nações, e indivíduos que a praticam. Quando o Homem cobiça distinções Teológicas sobre si mesmo, e aplica no seu comportamento uma equivocada superioridade "espiritual", ele está menos apto a discernir que existe um standard comportamental maior que o seu, e que exista um Justo Juíz observando e reprovando as suas acções. Actualmente é possível notar sem grande investimento pessoal uma crescente e tão descontrolada guerra ideológica onde novos patamares são diariamente alcançados no "quebrar" da tradição, na imposição de um novo modelo de consciência; Por séculos o Humanismo tem convencido a cultura, que nós, na individualidade exclusiva de cada um, somos a derradeira fonte de propósito, e hoje, a consciência de que existe um Deus Soberano sobre toda a Criação é totalmente desconsiderada, para se encontrar na mente hedonista comum, o culto do prazer, segundo o propósito que cada um tem encontrado na expectactiva que projecta no mundo e seus artifícios. Por isto, é também descoberto o culto do "Livre-arbítrio", celebrado como a maior fonte de autoridade, e não a vontade soberana de um Deus Soberano.

Em vez de esperarmos por uma Entidade externa para nos revelar o que é e o que não é agradável e correcto, nós podemos confiar nos sentimentos, desejos e emoção, para tomarmos as nossas próprias decisões, e definirmos novas verdades sobre a razão colectiva, mesmo que na verdade, esta proposta seja de facto centrada somente na razão pessoal. Desde a infância que somos bombardeados com uma variedade de slogans estrategicamente induzidos para este mesmo fim; -"Ouve-te a ti mesmo"; "Tu mereces"; Tu podes; Tu consegues; "Segue o teu coração"; "Sê fiel a ti mesmo"; "Faz o que te faz sentir bem";

Jean jacques Rousseau, na sua obra "Emile" (A Bíblia humanista do Século XVIII) afirma que quando procurava as regras da conduta na sua vida pessoal ele encontrou-as nas profundezas do seu "eu interior", traçadas pela natureza e carácter singular do seu coração, cuja autoridade era sobre tudo o resto. Afirma ainda que desta forma ele, eu e você não precisamos de consultar nada nem ninguém, senão a nossa própria consciência, para definir conceitos como certo e errado, tornando o "Bem e o mal" conceitos relativos que sabemos todos ser, um dos grandes lemas humanistas do "pensador moderno" e seus clichets auto-induzidos. Daqui procede a ideia do "Livre-arbítrio" consciente, que alimenta a ideia utópica generalizada de que somente nós podemos construir um mundo melhor, apelando ao bom senso que só precisa de estímulo. Na Igreja "moderna" (não falamos da igreja Eterna - a verdadeira) existe também esta ideia de que temos de estimular as pessoas, atraindo-as para um Evangelho apelativo, de entretenimento e benefícios, onde a Salvação pessoal é o propósito (O benefício maior- e dito isto desta forma quem não o queriria - Lucas 16:16 expressa isto muito bem). Desta forma a Salvação dos Homens deixou de ser para a Glória de Deus, e passa a ser a benefício dos Homens. Não é o benefício pessoal um dos grandes mantras do Humanismo? Quando se converte um pecador, os Anjos cantam no Céu, mas esse Júbilo e Louvor, não é em honra do redimido, mas em Honra do Redentor...algo que tem sido convenientemente esquecido em muitos púlpitos espalhados por aí.

Esta forma de pensar embora aparentemente "iluminada" e sensorial de Rousseau demonstra Livre-arbítrio ou uma óbvia escravidão carnal ao prazer? Estaria a sua "Liberdade de consciência", verdadeiramente Livre para arbitrar segundo estes princípios, como "Escolher a Deus" ou "Escolher o pecado"? Ou será esta Liberdade para pecar desenfreadamente, tudo aquilo que o Homem natural tem em si mesmo como resposta? (A tal herança famigerada de Adão) E a aptidão para o discernimento Espíritual, um favor misericordioso de Deus? Não é na consciência somente que vive o culto do prazer? Serão Liberdade de consciência e Livre-arbítrio a mesma coisa? Onde se originou o "Humanismo" consciente, e o desejo de auto-suficiência?

Até onde podemos rastrear esta corrente filosófica centrada no prazer da auto-Glória?

"E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo." (Isaías 14:13,14)


O pecado original não teve ínicio na desobediência de Adão e Eva, mas primeiramente no coração do Próprio Lúcifer:

"Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti." (Ezequiel 28:15)


O desejo de querer ser igual a Deus, foi o primeiro pecado Humano, não foi a desobediência. E o primeiro pecado Humano, foi o mesmo pecado com que "a serpente" foi previamente tentada. A desobediência foi apenas o resultado dessa tão grande ilusão de que alguém pode se comparar a Deus, determinando para si mesmo o que é certo ou errado, segundo a sua própria consciência. Ninguém pode tomar decisões espirituais (Porque na verdade todas elas correm no mesmo sentido: Glorificar a Deus ou a si mesmo), segundo a sua própria atribuída autoridade. A permissão de Deus para toda esta Gloriosa Obra partindo da queda ao resgate, serve precisamente o propósito de Deus nos ensinar que a nossa "consciência" assim como a nossa "liberdade", não podem existir sem a Sua autoridade e domínio, pois nada no Universo subsiste de forma autónoma ou auto-suficiente.

Exaltar a "humanidade" a um patamar de Divindade, é portanto uma das mais antigas e profanas práticas da Antiguidade, mas o seu desenvolvimento ideológico abraçado pela cultura é caracterizado por uma espécie de "revelação moderna avant-garde". Esta exuberância nas declarações Humanistas actuais, vem em parte da sensação que o Homem e a Mulher modernas, desprenderam-se dos grilhões desactualizados da Tradição Antiga, para ganharem uma nova experiência de Liberdade nunca antes experimentada. Liberdade esta que ganha dimensão naquilo que a decadência moral designou o acto de "quebrar as regras", "romper com os costumes", desafiar e ousar e chocar com o que foi previamente definido para o beníficio maior da Humanidade. ""Que conforto!""- Reflectia o "Herói" da Utopia de Aldous Huxley (admirável mundo Novo), -"To be in a place where the Fall was an exploded Doctrine" (...)


"...E sereis como Deus, sabendo o bem e o mal." (Gênesis 3:5)


Algum Homem tem provado em si mesmo saber estas coisas, longe da autoridade de Deus, e Sua Santidade? O mundo reflecte esta promessa da Serpente a Eva? Olhar para "dentro": "O antídoto para um mundo sem propósito, sem regras e sem uma existência de autoridade responsável, proporcionado pelo humanismo; uma revolução, uma nova crença que tem transformado as consciências nos últimos séculos, culminando nesta selva abominável de "meias -verdades" e seus auto-proclamados gurus. a religião humanista, adora e cultua a Humanidade, e espera que a Humanidade detenha o lugar que Deus ocupa no Cristianismo, e que as Leis da Natureza ocupem o Lugar que detêm no Budismo e Taoísmo. Onde tradicionalmente o grande plano cósmico de Deus, tinha dado propósito ao Homem, agora inversamente, o Humanismo reverte os papéis. O Homem espera que as suas experiências sensoriais confiram propósito ao cosmos. De acordo com o Humanismo, os Homens devem retirar de dentro de si as respostas não só para as suas próprias vidas, mas também as respostas para toda a complexidade do Universo. Este é o primeiro grande mandamento do Humanismo: Criar propósito para um universo sem propósito. Da mesma forma, a centralizada revolução religiosa moderna, não está somente a perder a fé em Deus, mas a ganhar progressivamente mais fé na Humanidade e seus méritos. Este trabalho demorou séculos a produzir seus frutos. Pensadores escreverem seus panfletos; escritores, seus poemas; Artistas suas obras e sinfonias; Políticos, seus tratados; e Juntos convenceram pela cultura a Humanidade a acreditar que podemos projectar no Universo o propósito que sem Deus não pode existir. Quando Nietsche disse" Deus está morto"; era a isto que ele se referia. Morto para a consciência rebelde do homem que faz de si próprio um deus. Morto para si mesmo, segundo uma consciência morta para Deus.


"Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, E aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; Para que nenhuma carne se glorie perante ele. Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; Para que, como está escrito: Aquele que se gloria glorie-se no Senhor." (1 Coríntios 1:18-31)


"Livre-arbítrio" sem a autoridade de Deus moldando o meu entendimento soberanamente e dirigindo todas as minhas decisões? Não Obrigado.


"Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade." (2 Coríntios 3:17)




 
 
 

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Jesus Cristo é o único Salvador. Ora vem Senhor Jesus. Maranatha.

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