Deslizando para o Fogo

Muitas pessoas acham muito pouco "Cristão" que a Bíblia ensine separação.

Separação não é de cristão dizem muitos, apelando para coisas como "Jesus comeu com os ímpios"; Jesus deu-se com prostitutas; Jesus era do "povão"; entre outras barbaridades ditas de forma bem dúbia, para justificar amores mundanos, usando Jesus como um estandarte para os seus afectos seculares e sua rebelião emocional.

Muitos crêem portanto que o "espírito cristão", é o espírito de confraternização social, tipo cristão compincha, amigão de toda a gente, apelando sempre a uma espécie de neutralidade que faz com que este esteja sempre de bem com todos, não contrarie, não corrija, não cause incómodo, não destabilize os círculos, e ao contrário seja de todos conhecido como o "tolerante", o que "compreende", o que "aceita", o que "não reprime", "não julga", não "Dita verdades" etc.

A Bíblia refere para "nos afastarmos deles" (dos ímpios isto é) (2 Timóteo 3:5 - Romanos 16:17); ou para "nem os saudarmos" (2 João 1:11); para não "nos determos nos seus caminhos" (Salmos 1:1): para "odiarmos seu pecado" (Salmos 139:21-22); "sair do meio deles" (2 Coríntios 6:14-17); "não nos aliarmos a eles" (Êxodo 34:12-16); "evitá-los" (Tito 3:10); "não nos associarmos com eles" (1 coríntios 5:9-13); "Não participar dos seus rituais" (apocalipse 18:4); "Não os amar em intimidade" (2 Crónicas 19:2)...(...)etc, etc...

Para muitos é difícil entender a separação, pois não é atribuído um valor honesto e puro ao acto da separação, pois o separar para o mundo é sinal de "orgulho, ou elitismo, ou arrogância, ou complexo de superioridade". O mundo vê esta separação com desdém, porque projecta seu desdém no cristão que se separa, contudo, esta separação é naturalmente o desejo da aproximação a Deus. Quando mais desejamos intimidade com Deus, menos afinidade temos com o mundo e suas decadências.

A separação não serve para prejudicar o ímpio, mas, para proteger a Santidade do Filho de Deus. Não é um acto de desprezo, mas um acto de selectividade. Não trancamos a nossa porta de casa à noite, porque odiamos todos os que estão lá fora, mas trancamos as portas porque amamos todos lá dentro.

Se repararmos bem, a separação não é uma "sugestão" de Deus para nós, mas a ordem que Deus sabe ser necessária para andarmos em Santidade. Isto porque Deus sabe, que a impiedade do mundo exerce mais poder sobre nós, do que o controlo que nós temos sobre nós mesmos.

A primeira evidência para você perceber se você tem se separado coerentemente do mundo, é perceber se bem antes disso, o mundo já se decidiu afastar de você.

Muitos dizem adorar a Deus, enquanto cultuam os deuses do mundo no secretismo dos seus corações. O deus do namoro; o deus do sexo; o deus do dinheiro; o deus das amizades; o deus da popularidade; o deus da relevância; o deus do humor; o deus da festa; o deus do entretenimento; o deus da bebedeira; o deus dos jantares; o deus da aventura; o deus da adrenalina; o deus dos sonhos... estão invisivelmente andando atrás de si, com palmadinhas nas costas, enquanto você olha de frente para o fogo que você diz não constituir perigo algum....

Se você se sente incomodado ao ouvir estas palavras, imagine o incómodo quando esses "deuses" invisíveis que você cultua em segredo, lhe pregarem uma rasteira, de onde não há volta atrás....

"Agora, pois, temei ao Senhor, e servi-o com sinceridade e com verdade; e deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais além do rio e no Egito, e servi ao Senhor. Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor."

(Josué 24:14,15)