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A BÍBLIA, O DEUS BÍBLICO E A DÚVIDA HUMANA?

  • Writer: desaovicente
    desaovicente
  • May 29, 2023
  • 22 min read

Updated: May 31, 2023

A bíblia é um Livro difícil de entender, porque a Bíblia não é somente um Livro; é uma compilação de 66 Livros (39 do Velho testamento mais 27 do Novo testamento);


É uma obra literária Milenar, que detém simultaneamente as 4 fontes de conhecimento universal (O conhecimento Histórico, científico, profético e comum)

Mas a maior particularidade da Bíblia é ela ser um Livro de inspiração divina, e de carácter intemporal e eterno.


Ler a Bíblia e conseguir entender os contextos, princípios fundamentais, doutrinas basilares, ensinamentos práticos, mensagens ocultas e as lições espirituais não é uma tarefa possível a todos os Homens, mas somente a todos aqueles a quem Deus conceder por meio do Espírito Santo num relacionamento de humildade e sujeição à autoridade Divina que a governa.


A bíblia é o único Livro que se dispara num Homem espiritualmente morto, para lhe dar vida.

A CREDIBILIDADE DA BÍBLIA

A Bíblia é a Palavra de Deus, e é realmente o único lugar que alguém pode conhecer Deus por quem Ele realmente é! A Bíblia é ainda chamada de A Palavra da Verdade, que aponta para a Própria essência de Deus em Jesus como uma das pessoas da Trindade Divina.

Por isso Jesus se apelidou a si mesmo dizendo ser a Verdade: "Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." (João 14:6); Jesus é a Palavra de Deus revelada (Apocalipse 19:13), também descrito como "O Verbo que se fez carne" (João 1:14); Portanto a Verdade registada na Bíblia, aponta para Jesus como a Verdade manifesta.

A credibilidade da Palavra de Deus, é a própria credibilidade de Jesus no centro das Escrituras. É acerca DELE que se trata toda a bíblia.

No Livro de Salmos, o Rei David falando directamente com Deus em oração de Louvor, diz: "A tua palavra é a Verdade desde o princípio" (Salmos 119:160); e no livro de provérbios afirma: "Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam Nele." (Provérbios 30:5) Claro que se alguém não tiver toda a Bíblia como um Livro credível, confiável e sério, fica difícil entender certos aspectos dela que parecem ao primeiro olhar ser altamente contraditórios.

Fica até difícil falar de de Deus por que se entra rapidamente nos campos das experiências sensoriais, que são altamente parciais.


A Verdade de Deus tem de ser alheia è mente humana para ser credível e confiável.

Se a Bíblia fosse apenas um livro como qualquer outro sem inspiração Divina, então era um livro para desconsiderar completamente.

A Bíblia é um Livro de absolutos, que ou se crê ou não se crê. Não existe um meio termo para crer somente numa parte e noutra não. Se alguma parte da bíblia fosse questionável, toda a Bíblia o era.

A bíblia também nos informa que em Jesus e na Sua obra Deus terminou de comunicar aos Homens a Verdade que salva, e que liberta.

Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho.


Fora da Bíblia não existem mais revelações a ter em conta no que diz respeito a mensagens de Deus ou partilha de Verdades absolutas. A Bíblia é mais que suficiente para sozinha destruir argumentos e oposição, firmar e afirmar verdades, render inúteis as opiniões pessoais, desconstruir falsas doutrinas, e combater a falsa espiritualidade.

Adicionar ou remover alguma parte da Bíblia é considerado um pecado digno de maldição eterna, o que nos garante que a Bíblia por si só é uma obra completa.

João regista no último capítulo da Bíblia, nos últimos versículos o seguinte:

Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro;

E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro.


A bíblia é um Livro tremendamente complexo e repleto de simbolismos que requer reverência, rigor, zelo, fé, santidade, humildade, decência, idoneidade, integridade espiritual, e uma outra infinidade de características da parte de quem se dirige a ela.

A bíblia é o único Livro que nos lê de volta.


Os textos Bíblicos são de Inspiração Divina por isso podem ser por vezes difíceis de interpretar ou digerir sem um contexto geral, sem fé, e sobretudo sem o auxílio do Espírito Santo de Deus que nos convence da Verdade enquanto nos conduz nos seus caminhos (João 16:13).

Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra. 2 Timóteo 3:16,17 Jesus numa oração a Deus Pai diz: "Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade." (João 17:17); Em muitos outros momentos Jesus defende as Escrituras como a Verdade de Deus, inerrante e infalível. Ele honrou a Lei do Antigo testamento, que é parte integral da Verdade moral de Deus comunicada, enquanto introduzia a Graça como a parte final da obra de Deus começada na Lei. Através da Fé em Cristo, temos entrada nesta graça, e por ela à Aliança com Deus (Gálatas 3:19-26). Se Jesus honra a Lei e os profetas, demonstrando que tudo o que está escrito é Verdadeiro e traçado na eternidade, então podemos descansar na certeza de que Deus preservou a Sua Palavra intacta até aos dias actuais. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus. Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido. Mateus 5:16-18 O verbo "Abrogar" usado por Jesus quer dizer destruir ou abolir; portanto quando Ele diz que vem "Cumprir" a Lei, e honrar os profetas, Ele está a demonstrar que tudo aquilo que estava escrito no Velho testamento era verdadeiro, e representava a autoridade e a justiça de Divinas que Ele também trazia ao mundo. Se alguém nega o Deus do Antigo testamento, e o conteúdo nele contido, nega também a Jesus que é a expressão viva desse mesmo Deus. Ele é "o resplendor da Sua Glória e a expressa imagem da Sua pessoa" (Hebreus 1:3) Se alguém acredita em Jesus e na veracidade das Suas palavras, tem de acreditar forçosamente na credibilidade das Escrituras que Ele mesmo aprovou publicamente. Quando as pessoas pensam que a Bíblia pode ter sido manipulada por Homens, elas estão simultaneamente a demonstrar que elas não crêem primeiro que Deus tenha poder e autoridade para preservar a Sua Palavra intacta, e que a Bíblia nos formatos originais seja realmente a verdadeira Palavra de Deus.

Onde já se viu crer num Deus eterno, Omnipotente e Todo-Poderoso, que nem pode proteger e preservar a Sua Palavra intacta de forma a estar disponível a todos os que a buscarem? Especialmente quando Ele mesmo determinou ser ela a bússola para encontrar-mos a Verdade em Jesus!


Existem sim inúmeras versões adulteradas da Bíblia à venda por aí, precisamente porque é impossível destruir a original.

A variedade infindável de versões pervertidas pretende colocar a legítima somente como mais uma, mas quem tem um compromisso sério de buscar a Verdade de Deus, Ele a tornará disponível evidenciando-a de entre as demais.

Se assim não fosse, então todo o conhecimento de Deus, estava entregue às emoções e percepções humanas falíveis e manipuláveis. Se a palavra de Deus estivesse manipulada por Homens, sem ela, TODO o conhecimento de Deus estaria completamente manipulado também, o que seria impossível de crer em qualquer verdade que transcendesse a natureza do pensamento e realidade humana terrena.

O conhecimento de Deus estaria entregue à opinião e sensibilidade de cada um de nós. 8 Biliões de pessoas criariam 8 Biliões de "deuses" segundo suas próprias opiniões e experiências sensoriais. O Deus na figura do Pai no velho testamento, tem padrões mais severos, e implacáveis porque o propósito é evidenciar a Lei, e como ela foi criada para condenar o mal; quem comete mal é portanto condenável.

Porque a lei opera a ira. Porque onde não há lei também não há transgressão.

Imagine-se um criminoso diante de um tribunal após serem relatados todos os seus crimes, afirmar que o sistema judicial, o policia que o prendeu, o Juiz que o julga, são todos maus, muito severos, injustos e que têm falta de amor.

A falta de Amor e justiça vem do acto de julgar o crime, ou vem do praticá-lo?


A Ideia equivocada de que Deus parece bom quando abençoa e mau quando castiga, é fruto da infantilidade emocional, de uma criança que diz o mesmo de seus pais por não ter bem enraízados os valores da integridade em seu pensamento e coração.


A Bondade de Deus é proporcional à Sua justiça. A Justiça é a manifestação directa e aplicada da Verdade, portanto será sempre Agradável se estivermos protegidos por ela, e severa se formos confrontados com ela. Cuidado pois para que não sejamos ingénuos na forma como criamos conceitos híbridos do bem e do mal, de forma a desviarmo-nos da Verdade em Jesus, o único lugar onde está a benignidade de Deus.


Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas para contigo, benignidade, se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira também tu serás cortado.


A forma de se viver longe da condenação, é não praticar actos condenáveis, certo? Se um juiz terreno tem legitimidade para não perdoar crimes, e aplicar sentenças duras, às quais nós não discordamos por saber que são necessárias para manter a ordem, quanto mais Deus que é O JUSTO JUIZ (Salmos 119:137)

O Velho testamento quer deixar evidente que o ser humano nunca poderá por si mesmo parar de fazer coisas condenáveis, porque esta é a sua real natureza: Deus olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos, e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não, nem sequer um. Salmos 53:2,3

Podíamos de uma forma simplista dizer que o Velho testamento trata de uma forma mais abrupta a realidade da condenação humana diante da Ira de Deus, enquanto que o Novo testamento introduz amorosamente a absolvição disponível debaixo da misericórdia de Deus.

Os 2 testamentos não se contradizem ou se negam um ou outro, mas ao contrário se completam perfeitamente.

Após ficar bem evidente que o homem por si só está perdido, Jesus vem introduzir a Graça como resposta à Lei, demonstrando que Deus embora tivesse instituído a Lei no Velho testamento, Ele abriu o caminho para a Graça, para perdoar e redimir aqueles que recebessem Jesus como o cordeiro sacrificial para tomar o seu lugar na cruz. Por isso Jesus veio ao mundo cumprir Ele mesmo a Lei que para nós era impossível cumprir; Veio obedecer em sujeição como nós jamais poderíamos, tendo nascido em rebelião e pecado. Mas Jesus embora tivesse vindo contrastar o peso severo da Lei pela Graça, isto não quer dizer que ELE discordava da severidade de Deus Pai no velho testamento, ou que Sua mansidão é sinónimo de frouxidão para com o pecado. Jesus condenou o pecado e a hipocrisia dos judeus religiosos severamente. A passagem de Mateus 23 assim o confirma. O contraste à Lei pela graça é o próprio plano de Deus Pai para em Jesus demonstrar a misericórdia e compaixão que Ele sempre preparou evidenciar no Filho.

Não é que O Pai é severo por natureza, e O Filho manso, como se fossem "Deuses" diferentes. Jesus e O Pai são o mesmo Deus (João 10:30), não agindo Um contra o outro, mas se complementando. A própria obra da salvação revela este trabalho de equipa da Trindade, em que somos Eleitos pelo Pai, redimidos pelo Filho, e selados na Salvação pelo Espírito. Neste trabalho de equipa, Deus Pai (O Deus que muitas pessoas rejeitam por causa do Velho testamento) predestina, planeia e ordena todas as coisas, e Jesus obedece como um bom Filho que honra ao Pai. Por isso Jesus disse: "Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou." (João 6:38), o que atesta para a mansidão de Jesus ser obra directa de obediência e sujeição a Deus Pai. Isto porque nem sempre Jesus terá esta postura de mansidão em relação à Humanidade. Está bastante específico na Bíblia que Jesus voltará agora no final dos tempos, não mais como redentor e salvador, mas como Justo Juiz e Vingador! Depois do Evangelho do arrependimento ser pregado a todos os Homens, e todos ficarem inescusáveis, Jesus voltará para exercer o juízo que O Próprio Deus Pai lhe deu para julgar a terra (João 5:22) (Atos 17:31) (Apocalipse 19:11-16) O acto de julgar, para ser justo e verdadeiro, precisa de análise profunda e ponderada; em Tribunal quando alguém é julgado é preciso mais que opiniões e sentimentos e achismos; é preciso testemunhos credíveis, factos, provas e evidências. O ser humano precisa de Humildade para ler a Bíblia, e para se aproximar de Deus.


Muitas pessoas por ignorância basta lerem meia dúzia de páginas da Bíblia sem entendimento nenhum do que lêem, e passam logo a julgar a Deus e a presumir de si mesmas como acham que Deus é, ou como é que Ele deveria ser, para estar de acordo com as suas ideias, sem terem nada de concreto e verificado, a não ser a forma como "sentem" o que está escrito.

A bíblia diz: "Porquanto qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado." (Lucas 14:11) É preciso muita arrogância para se presumir julgar as obras de Deus tendo nós visões tão limitadas sobre tudo o que acontece que nós não vemos, mas Deus vê.

Deus não vê vítimas, crianças, bebés, homens mulheres, nem olha a aspectos físicos, para julgar cada um de nós. Ele somente vê pecadores, enquanto olha para os corações de cada alma que recebe vida para andar sobre a Terra.

porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.


Nenhum de nós lê corações, mas Deus os Lê (Salmos 44:21).

Temos que nos humilhar diante de Deus reconhecendo a pequenez dos nossos pensamentos e percepções, pedindo que seja Ele a iluminar-vos com discernimento e sabedoria para entender tudo o que Ele faz, e os desígnios que Ele tem para cada um de nós.


A Bíblia é bem clara também ao dizer que: "Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes." (Tiago 4:6); Deus não tem nenhuma obrigação de trabalhar com indulgências, cedendo aos caprichos humanos, ou de se humilhar diante da nossa presunção para ser julgado por nós.


No fim só haverá 1 tribunal e 1 Juiz, ao qual comparecerão todos os Homens para serem julgados.

Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.


Nós é que temos de descobrir interiormente a nossa pequenez e miséria, sabendo que nada somos diante Dele. Aquele que olha para fora de si está a dormir, mas aquele que olha para dentro está acordado.

Muitas pessoas adormeceram espiritualmente, tendo seus sentidos entregues aos devaneios sem sentido de uma mente confusa e dispersa.

Por toda a Bíblia vemos Deus "endurecer" o coração de alguns homens perversos entregando-os ao juízo, e "compadecer-se" de outros dando-lhes a graça.

Isto para que nenhum Homem ache-se a si mesmo merecedor, ou presuma ainda arrogantemente, não precisar da compaixão de Deus.


O Apóstolo Paulo dá os exemplos de Jacó e Esaú e ainda de Faraó sobre a forma distinta como Deus tratou estes Homens no passado dizendo:

Como está escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú. Que diremos pois? que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma. Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece. Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra. Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer. Dir-me-ás então: Por que se queixa ele ainda? Porquanto, quem tem resistido à sua vontade? Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Romanos 9:13-20

O que Deus quer fazer é abater a soberba daqueles que acham que podem reivindicar de Deus alguma coisa de direito, como se houvesse neles algum mérito de recompensa, ou benefício. Nós estamos todos debaixo da rebelião natural contra Deus em pecado.

A única coisa que Deus nos devia dar é juízo e condenação. O "salário do pecado é a morte" (Romanos 6:23) sendo o termo salário respectivo ao "pagamento devido".

Se Deus endurece o coração de alguém, é precisamente por causa da rebelião e afronta professa. Nós não deveríamos ficar chocados com a afirmação de como Deus "odiou a Esaú", mas de como foi possível Deus "amar a Jacó?! Deus devia odiar ambos, pois ambos são inimigos de Deus, pecadores rebeldes, e merecedores do Juízo eterno. A passagem de Romanos 6, quando fala do salário do pecado, logo a seguir refere que "O dom gratuito de Deus é a vida eterna por Jesus Cristo nosso Senhor". Focar no aspecto de Deus odiar a Esaú, mais do que focar na realidade Dele Amar a Jacó, é o resultado da hipocrisia espiritual moralista que vem da soberba. Há um sábio provérbio antigo que diz: "O espírito mesquinho é como um microscópio. aumenta as mais pequeninas coisas, ao mesmo tempo que impede de ver as grandes". Isto é o que faz a mediocridade humana quando tenta tornar as decisões de Deus injustas baseadas em percepções pequenas do grande plano de Deus. Para entendermos bem o carácter de Deus e Seus atributos Divinos comunicados na Bíblia, é preciso ter um relacionamento directo com Deus através do Espírito Santo na fé em Jesus e na Sua obra gloriosa, centrada na sua vida e morte sacrificial. A própria morte de Jesus demonstra a ira de Deus sobre o pecado, em que Deus Pai, leva Jesus O Filho à Cruz para ser martirizado em nosso lugar. Jesus ao submeter-se voluntariamente a isto, demonstra sintonia com a ideia do pecado pedir justiça e juízo, da mesma forma que igualmente dá legitimidade à ira e furor de Deus sobre o pecado. Jesus o "justo que morreu pelos injustos" (1 Pedro 3:18) não se indignou com a ira de Deus caindo sobre Si, e nós ficaríamos agora indignados ao vermos Deus usar de ira para com o pecado? Somos nós mais perfeitos que Jesus ou temos nós melhores padrões morais que Ele? Deus Pai derramou a Sua ira para com o pecado do Mundo sobre O SEU PRÓPRIO FILHO para que nós fôssemos poupados? Como alguém pode chamar Deus de Injusto? Se Deus fosse Justo segundo o pensamento humano moralista, então, Ele teria poupado O Filho Jesus, e teria dizimado o mundo inteiro. Então afinal Ele é justo ou injusto?

Disto propriamente falou o profeta Isaías acerca da vinda futura de Jesus e seu sacrifício 700 anos antes: Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca. Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo ele foi atingido. E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca. Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão. Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si. Isaías 53:7-11 Lemos que: "ao Senhor agradou moê-lo", dizendo que Deus Pai se agradou em moer o Filho; Isto porque Deus é sanguinário e injusto e tinha prazer em fazer mal ao seu Próprio Filho? Ou porque Ele sabia que O Filho podia suportar, aquilo que nós não podíamos, e que logo a seguir, essa obra serviria para Glorificá-lo diante de todo o mundo? Leia-se o que Diz Paulo aos Filipenses: De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. Filipenses 2:5-11 Se houver em nós o mesmo sentimento que houve em Jesus, não haverá indignação em relação à ira de Deus sobre o pecado, mas temor, que leva à obediência e sujeição. Não haverá arrogância, mas humildade; Nem Dúvida sobre o carácter do Pai, mas total confiança que no fim do sofrimento virá a Glória. No Cristianismo verdadeiro, segundo o belo exemplo de Jesus, só usa a Coroa quem carrega a Cruz! É difícil crer num Pai que está disposto a punir sem misericórdia um Filho perfeito e amoroso, de forma a beneficiar e salvar inimigos Seus, por misericórdia. Ainda é difícil também ver Um Filho que ama Seu Pai e se sente amado por Ele, entregar-se para morrer por amor, por Homens que O odeiam e desprezam. Mas é exactamente o que aconteceu e que estava profetizado acontecer, desde o Livro de Génesis, 2000 anos antes de Cristo vir à Terra, quando no Capítulo 22, Deus nos dá uma figura desse Seu plano através do pedido que faz a Abraão para matar seu Filho Isaque. Este pedido de Deus, assim como vários mandamentos e Leis dadas a Moisés, parecem mostrar um "Deus sanguinário", "Injusto" ou "mau"; O Livro de génesis tem muitos contextos importantes a saber, para se entender este pedido de Deus a Abraão. Se não entendermos bem o contexto, o pedido em si parece uma coisa terrível de se digerir. Mas ao contrário do que parece, este é um pedido que traz consigo um gesto de Amor, compaixão, Misericórdia e Fidelidade. Brevemente explicando como é possível ver estas virtudes num pedido desta natureza, é necessário saber quem era Abrão e qual era o seu relacionamento com este Deus que lhe pedia para ele matar o seu próprio Filho. Abraão era um pagão idólatra, que vivia numa cidade chamada "Ur dos Caldeus" (Gênesis 15:7) na zona da Mesopotâmia. Como Deus é o único Deus que existe (Isaías 46:9) Ele não vê com bons olhos, o ser humano adorar "deuses" fabricados por idolatria em aberta afronta à Sua autoridade e domínio (Êxodo 20:3-5) (Isaías 42:8) (Jeremias 16:20). Por isso Ele aparece a Abrão e faz uma Aliança directa com ele, dizendo-lhe para abandonar aquele lugar e para se dirigir a uma terra especial que Deus tinha preparado para ali criar um povo, e uma Nação, pela qual esta Aliança podia passar a todos os Homens da Terra (Gênesis 12:1-3). Quando Deus então mais tarde já havendo desenvolvido alguma ligação com Abrão ao longo de vários anos, lhe pede para sacrificar o seu filho (Gênesis 22:1-3), há um contexto muito importante de um plano traçado por Deus na eternidade, ao qual nem Abraão, nem nenhum de nós saberia se não tivesse sido registado na Bíblia com todos os detalhes (começando esta revelação particular com este pedido inusitado). Quando Deus diz: "Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e oferece-o ali em sacrifício" (Gênesis 22:2) nós vemos que Abraão não parece surpreendido, nem aparenta rejeitar o pedido que lhe é feito. Como ele vinha do paganismo idólatra, era muito comum esses "deuses" da Antiguidade, pedirem os filhos em sacrifício. Estas "divindades" diabólicas como Moloch, Astaroth, Baal, Quemós, eram conhecidos por isto. Abraão estava agora a conhecer O Deus verdadeiro, mas como ele ainda não sabia muito bem a diferença entre Ele e todos os outros, pareceu-lhe normal o pedido. Convém referir que o filho em questão que Deus pedia em sacrifício era o próprio filho que Deus havia dito a Abraão que lhe daria por Herança, por quem viria uma descendência tão grande como as estrelas do céu (Gênesis 15:3-5). Parece ainda mais perverso o pedido, sabendo que este filho era "O Filho da promessa" pelo qual Abrão esperou mais de uma década para receber de Deus, só para agora ir sacrificá-lo. Quase parece que Deus estava a brincar com os sentimentos daquele Pai por maldade; Mas isto é o problema de se ler a bíblia somente pelo intelecto e a emoção, e não pelo Espírito e a fé dentro do contexto. Quando Abraão está para tomar a vida de Isaque seu filho, amarrado a uma pilha de lenha, Deus levanta a voz dos céus e impede Abraão de cometer este acto, proporcionando então um carneiro que por ali aparece preso num arbusto. Mas o anjo do Senhor lhe bradou desde os céus, e disse: Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. Então disse: Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único filho. Então levantou Abraão os seus olhos e olhou; e eis um carneiro detrás dele, travado pelos seus chifres, num mato; e foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu filho. E chamou Abraão o nome daquele lugar: o Senhor proverá; donde se diz até ao dia de hoje: No monte do Senhor se proverá. Gênesis 22:11-14 Esta momento está repleto de simbolismo que aparece por toda a Bíblia desde o jardim do éden, que revela que o pecado gera morte, e a capacidade de obter vida, e perdão é somente pelo acto sacrificial de total sujeição a Deus, que é a antítese do comportamento de Adão e Eva por quem o pecado veio ao mundo. Eles não foram sujeitos e obedientes a Deus, e pelo seu pecado, toda a humanidade foi condenada; Isto está brilhantemente explicado pelo Apóstolo Paulo na carta aos Romanos (Romanos 5:6-21) O carneiro, que foi sacrificado no lugar do Filho de Abraão, representa Jesus "O Cordeiro de Deus" sacrificial que se entregou para morrer na cruz em nosso lugar. Este era o simbolismo que viria a ser instituído na lei de Moisés, através dos sacrifícios de expiação do pecado. Quando Deus grita dos céus, interrompendo Abraão, Ele estava a demonstrar a razão porque Ele é UM DEUS diferente de todos esses "deuses" pagãos que Abrão conhecia. Enquanto que todos esses "deuses" pediam os filhos dos homens em sacrifício, Deus demonstra que Ele prefere sacrificar o Seu Próprio Filho, para que nós e nossos filhos possamos ser poupados. Os "deuses" pagãos são sanguinários, mas Deus é um Deus de Amor. O facto de se saber que Deus é um Deus de amor, não impede ainda de Ele ser igualmente um Deus de Justiça. Aliás a Bíblia bem evidencia que Deus é Amor debaixo da obediência e sujeição de Jesus. Fora de Jesus Deus é somente justiça e condenação (João 3:18). O velho testamento até a vinda de Jesus então, visa demonstrar essa Ira de Deus intransigente para com o pecado, dura e severa para com a idolatria, e de juízo implacável para com a rebelião e a afronta. Debaixo da Lei, todos os Homens estão condenados, porque a Lei é perfeita, mostrando a exigência de Deus. Só a perfeição, a Santidade, a justiça, e a Verdade agradam a Deus, que é um Deus perfeito, Santo, justo e Verdadeiro. O ser humano por natureza contaminada com o pecado é o oposto disto, então debaixo da Lei, ele merece a morte. Quando Deus é "implacável" com o pecado, isso não faz Dele mau, mas JUSTO! Nós não devíamos ficar chocados de como Deus decide exterminar o pecado e os pecadores por afinidade, afinal se Deus é Santo, Ele não pode deixar que o mal fique impune. Quando nós vemos o mal singrar sobre o bem, ficamos indignados no nosso senso de justiça básico, sendo nós também pessoas maldosas por natureza. Por isso adoramos ver filmes e séries e novelas com o final feliz em que o mal é castigado e o bem triunfa. Agora imagine-se Deus que não pode misturar-se com o Mal, ver a maldade impune não só no comportamento humano, mas no pensamento e coração onde nasce cresce e contamina a Terra.

Há pessoas que ao lerem a bíblia ficam extremamente indignadas e revoltadas, por atribuírem conotação maligna injustificada a decisões que Deus toma, e acham que têm esse direito. Ao mesmo tempo que condenam o facto de Deus se irar e indignar com a malignidade do coração humano. Isto é o cúmulo da hipocrisia!


Por isso a Bíblia afirma que "Deus é juiz justo, um Deus que se ira todos os dias." (Salmos 7:11); e ainda que: "As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim;" (Lamentações 3:22)

Um cirurgião e um assaltante podem esfaquear você, um para retirar um cancro que se está a espalhar para que você viva, e o outro para que você morra e ele lhe roube os seus pertences. Se a sua ideia de "bom ou mau" for somente o acto de esfaquear, e a dor, você não saberá distinguir um do outro, nem o benefício do prejuízo. Se o seu único padrão moral é a dor ou a sensação de injustiça do seu ponto de vista centrado em si mesmo, o cirurgião será tão mau como o assaltante. Nós não podemos ter a presunção de querer atribuir a Deus um juízo de valores, baseados somente na nossa noção pobre de moralidade que está contaminada com o pecado. Deus toma muitas decisões na bíblia que parecem duras, terríveis e injustas, mas isto somente porque não estamos a ver do ângulo certo, no contexto real, e com os olhos postos nos benefícios futuros que essas decisões produzem.


Muitas pessoas ao Lerem a Bíblia sem um relacionamento directo com Deus ficam um pouco "decepcionadas" ao lerem qualquer coisa que fuja ao padrão que elas projectaram em Deus. (como se a imaginação que elas têm sobre Deus determinassem quem Deus é)


Por isso convém sempre lembrar que crer que existe um "deus" não é a mesma coisa que crer no "DEUS" que existe.

Se você pensa que O Deus descrito na Bíblia podia ser "melhor" do que é, então você não conhece O Deus da Bíblia!


A presunção do Homem que se acha sábio o suficiente para julgar a Deus é tida como Loucura por Deus (Romanos 1:22) (1 Coríntios 3:18). Deus usa de sabedoria Divina para confundir a presunção humana para que nenhuma pessoa se eleve em suas ideias mais do que deve:


Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados.

Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;

E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são;

Para que nenhuma carne se glorie perante ele.

Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção;

Para que, como está escrito: Aquele que se gloria glorie-se no Senhor.

Valores e pensamentos humanistas em que o homem é o centro do universo, sempre acabam em deturpação da ordem instituída por Deus, o que pede obviamente juízo. O estado da Terra, a decadência da cultura, a perversão generalizada, e a corrupção institucionalizada são sinais evidentes da moralidade relativa do coração humano. Tudo aquilo que nos parece injustiça na bíblia vem do sequestro moral de valores adulterados na consciência humana pela cultura, de tal forma que se inverteu a ordem natural que Deus instituiu. Agora são os Homens que julgam a Deus, cheios de auto-justiça e hipocrisia, como se fossem eles os autores da moralidade, ou ainda como se neles houvesse alguma autoridade para determinar sobre o carácter de Deus aquilo que é bom ou mau. A nossa própria ideia de justiça ou de moralidade vem de Deus, pois é a Sua natureza comunicável que nos dá o conceito de que leis são necessárias, ordem é essencial, justiça é agradável, e juízo é inevitável. Porventura não sabeis? Porventura não ouvis, ou desde o princípio não se vos notificou, ou não atentastes para os fundamentos da terra? Ele é o que está assentado sobre o círculo da terra, cujos moradores são para ele como gafanhotos; é ele o que estende os céus como cortina, e os desenrola como tenda, para neles habitar; O que reduz a nada os príncipes, e torna em coisa vã os juízes da terra. E mal se tem plantado, mal se tem semeado, e mal se tem arraigado na terra o seu tronco, já se secam, quando ele sopra sobre eles, e um tufão os leva como a pragana. A quem, pois, me fareis semelhante, para que eu lhe seja igual? diz o Santo. Levantai ao alto os vossos olhos, e vede quem criou estas coisas; foi aquele que faz sair o exército delas segundo o seu número; ele as chama a todas pelos seus nomes; por causa da grandeza das suas forças, e porquanto é forte em poder, nenhuma delas faltará. Isaías 40:21-26 Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos. Porque, assim como desce a chuva e a neve dos céus, e para lá não tornam, mas regam a terra, e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come, Assim será a minha palavra, que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei. Isaías 55:6-11


 
 
 

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Jesus Cristo é o único Salvador. Ora vem Senhor Jesus. Maranatha.

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