A Páscoa do Senhor
- desaovicente
- Apr 20, 2019
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O mundo que rejeita e despreza a existência de Deus, celebra o Seu nascimento, com "pinheiros e presentes"; O mundo que Odeia o Carácter de Deus, festeja o Seu Sacrifício por nós, com "Chocolate" e "Ovos" e Coelhinhos;
A substituição da verdade pela mentira e da doutrina por folclore, tem levado muitos a celebrar estas datas cristãs, como meras oportunidades para não ir trabalhar, ou para justificar somente o espírito de diversão em regime de "evento", que o mundo aplaude em regime de negócio.
É lamentável ver multidões inteiras celebrar em ignorância, a trivialidade do engano que foi montado em montras apetecíveis, sem nunca sequer entenderem o que de facto estão a celebrar. Estas datas afinal para muitos são até sinal de condenação, quando corrompidas para satisfazer propósitos superficiais. Pois ao fazê-lo desprezam o verdadeiro simbolismo desonrando a Deus e a Sua obra.
A Páscoa, não é um evento, mas um -Homem-, Que descendo à Terra para habitar entre nós, fez-se nascer da carne, e esta é a permuta que, em sua bondade infinita, Ele quis fazer connosco: recebeu a nossa pobreza, e nos transferiu as suas riquezas; levou sobre si a nossa fraqueza, e nos fortaleceu com o seu poder; assumiu a nossa mortalidade, e fez nossa a Sua imortalidade; desceu à terra, e abriu o caminho para o céu; fez-se Filho do homem, para nos fazer Filhos de Deus.
Assim que o pecado entrou no mundo (lá no jardim do Éden), foi necessária a morte de um inocente que agradava a Deus como substituto do verdadeiro culpado.
Vemos isto quando O Próprio Deus, para cobrir a vergonha do pecado e a nudez em Adão e Eva, sacrificou um animal para fazer túnicas de peles, e os vestiu. (Gênesis 3:21)
Assim Deus mostrou a necessidade da morte de um inocente para "cobrir" um culpado.
Ao longo do Velho Testamento e dos rituais sacrificiais dos Judeus é notório o peso do "sacrifício" que era imposto aos Homens pelas suas contínuas transgressões, e o peso serviu para demonstrar que o derramamento de sangue nunca cessaria, pois o coração do Homem está permanentemente em pecado.
A razão porque Deus permitiu nesta determinada dispensação (Período de tempo), que o Homem carregasse sobre si o peso de operar os seus sacrifícios, é para evidenciar estes pontos incontornáveis:
-Sacrifícios de animais não podem satisfazer a ira de Deus permanente sobre o pecado contínuo e constante; (Hebreus 10:1-8) (Salmos 40:6)
-O Homem opera o sacrifício, mas não entende o valor do Sacrifício, enquanto o sacrifício não tiver um rosto permanente; (Hebreus 9:22-26) (Hebreus 10:9-12)
-Mostrar ao Homem que até o "acto do sacrifício" para produzir perdão dos pecados e salvação é da total autoria e mérito de Deus, para "cobrir" permanentemente as nossas transgressões, e evidenciar o esforço do mérito humano como insuficiente e inútil. (Mateus 19:25,26) (Romanos 3:10-12)
Em (Gênesis 22:7,8) Encontramos um exemplo deste costume no episódio de Abraão e Isaque. Era necessário que o pecado fosse pago pelo derramamento de sangue, por isso Isaque perguntou pelo cordeiro para o sacrifício.
Isaque sabia que um holocausto apenas com fogo e lenha seria inútil e insuficiente. Nesta ocasião Abraão profetizou acerca da vinda futura do Cordeiro de Deus, e Seu Sacrifício Eterno e Permanente: “Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto”.
Este seria Cristo Jesus, “O Cordeiro de Deus”.
A razão porque Deus pede a Abraão seu filho Isaque em sacrifício não devia ser mal interpretada sem o conhecimento amplo do contexto.
E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi.
Abraão vinha de um passado pagão, e de uma cidade que era um dos maiores centros de adoração da "deusa" mesopotâmica Nanna.
Antigamente praticamente todos os falsos deuses pagãos (Nanna, Moloque, Quemós, Astarote, Baal, e por aí fora) pediam sacrifícios como símbolos de adoração.
Por isso Abraão não estranhou o pedido que O Deus ELOHIM lhe pedia.
Mas Deus tinha uma valiosa lição para registar ali na provação de Fé de Abraão.
Quando Abraão obedecendo ao pedido de Deus decide imolar o seu filho, Deus o interrompe dizendo: "Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. Então disse: Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único filho." (Gênesis 22:11,12)
Deus logo de seguida providencia um carneiro que ali estava por perto preso num arbusto pelos chifres (Gênesis 22:13).
O que Deus queria deixar bem evidente, é que Ele era diferente de todos os deuses pagãos que Abraão conhecia que pediam os filhos dos homens em sacrifício.
Quando Deus brada dos céus a Abraão para impedir o sacrifício de Isaque, Ele mostra, que ao contrário do que seria de esperar, Ele é um Deus que prefere sacrificar Seu Próprio Filho perfeito, para poupar os filhos dos pecadores.
O Deus Elohim é um Deus de amor sacrificial, que opera sozinho o resgate dos pecadores, e essa é a obra gloriosa da Cruz que Jesus veio fazer por todos nós, para revelar o Amor incondicional de Deus, e a compaixão que Ele tem dirigida de mão aberta a quem se entregar a Ele pela Fé.
O Inocente (O Próprio Cristo) que foi feito culpado por todas as nossas transgressões, passadas, presentes, e futuras, padeceu na morte de cruz, derramando o Seu precioso Sangue para que com um Só Sacrifício, fôssemos eternamente cobertos da Graça e perdão Divinos, e removidos da Mira da Ira de Deus para com o Pecado.
Pela descrição Bíblica do Sacrifício agradável a Deus, sabemos que só O Próprio Senhor Jesus poderia ocupar o lugar de Redentor Eterno, num derradeiro e mais que suficiente Sacrifício;
O significado do sacrifício de um animal em muito nos ensina doutrinas básicas de Deus e da salvação por Cristo: Por Ex:
-Que a morte é necessária para pagar pelo pecado (Provérbios 8:36) (Romanos 6:23) (Tiago 1:15);
-O inocente pagará pelo culpado (Romanos 5:6) (1 Pedro 3:18)
-Deus só pode ser agradado pela maneira que Ele mesmo estipulou; (Isaías 53:10,11)
-Não serve qualquer animal para o sacrifício: o tipo, a idade e o sexo do animal como também a forma oferecida foram determinados por Deus. (Levítico 22:18-20) (Êxodo 12:5)
-É necessária uma obediência perfeita para que Deus aceite o sacrifício dado (Gênesis 4:2-5) (Filipenses 2:8,9);
O sacrifício da Páscoa é um exemplo bem claro do Único Sacrifício que agrada a Deus -o de Jesus Cristo:
Em (Êxodo 12:1-11) a páscoa foi instituída pela ordem de Deus antes mesmo do seu povo sair do Egito.
As qualificações do Cordeiro Pascal Apontam para Jesus, O Cordeiro de Deus, "A Nossa Páscoa, que foi sacrificado por nós" (1 Coríntios 5:7).
O cordeiro para a primeira páscoa foi escolhido “cada um por si” (Êxodo 12:3), ou seja, para a necessidade particular de cada um.
Isto era um símbolo em que a responsabilidade e a obediência individual são ensinadas. O reconhecimento pessoal da participação neste sacrifício é incutido em família. Para satisfazer todas as necessidades de cada um na sua casa, este cordeiro pascal foi escolhido pelo líder do lar.
Jesus é o sacrifício de oferta eleito por Deus (João 3:16) (Isaías 28:16) (1 Pedro 2:4-6), “mas para Deus, eleita e preciosa”). Tudo sobre Cristo agrada a Deus no lugar do pecador (Isaías 42:1). Jesus é ”por si” “O Cordeiro de Deus”.
Deus julgou Jesus suficiente para todas as necessidades de cada pecador que venha pela fé a Deus (Hebreus 10:16-23)
A Páscoa é tanto acerca de Crucificação, sacrifício e morte, como é de Purificação, Redenção e Nova Vida, pois Cristo morreu por nós, mas não permaneceu morto.
Ele Vive, e nós que com Ele fomos sepultados para o pecado, agora Vivemos também, e a morte não nos pode separar do Seu Amor.
Esta é a nossa Páscoa, e a nossa celebração eterna é de que a morte foi aniquilada e nos foi dada a chave da vitória em Cristo Jesus nosso Salvador.
"Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade.
E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória.
Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?
Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.
Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo."
(1 Coríntios 15:53-57)
"Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?
Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.
Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.
Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro.
Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.
Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir,
Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor."
(Romanos 8:31-39)
3 cruzes são 3 exemplos para nós:
-1 homem morreu em seus pecados;
-1 homem morreu para o pecado;
-1 Homem morreu PELOS PECADOS!
O túmulo está vago, a cruz vazia, mas o trono está ocupado!
ELE VIVE!

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