QUANDO É LEGÍTIMO DESISTIR DAS PESSOAS?
- desaovicente
- Dec 6, 2023
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Quando iniciamos a vida cristã, e por conseguinte a vida em comunhão de Igreja como "O Corpo de Cristo" (1 Coríntios 12:27), nós damos entrada numa vida onde o processo de santificação deve ser partilhado por todos.
A santificação na Verdade é a vontade de Deus para a Sua Igreja (João 17:17) (Hebreus 12:14) (Efésios 1:4) (1 Pedro 1:16).
A prática consecutiva e voluntária do pecado é um grande impedimento à santificação portanto deve ser combatida e não relativizada.
A Santificação de um Corpo Unido, edifica a Igreja e cria uma barreira de defesa contra os dardos inflamados do maligno (Efésios 6:16);
O termo "guardar-se" (Phulax) (2 Pedro 3:17) trata de descrever um "atalaia", aquele que está acordado nas muralhas da cidade a vigiar, enquanto os outros dormem, e também descreve uma antiga formação militar impenetrável (Phalanx), usada pelos romanos e os gregos na antiguidade, face ao inimigo.
Quanto mais a santidade e santificação dos membros do Corpo na defesa impenetrável da fé bíblica, mais difícil é do Diabo entrar na Igreja para promover o pecado e a divisão.
Por isso a ideia de uma "Armadura de Deus" ser necessária nesta constante batalha espiritual (Efésios 6:11).
A vida Cristã ao serviço do Senhor Jesus é uma batalha espiritual, onde não lutamos verdadeiramente e directamente contra a carne e o sangue (ou seja contra pessoas particularmente) mas contra as "hostes espirituais da maldade" como as forças das trevas que estão por trás daqueles à nossa volta que as servem (Efésios 6:12).
Cada membro do corpo portanto deve ter a noção da responsabilidade individual que recai sobre ele, na comunidade Cristã, e na comunhão em Espírito.
Isto porque cada um, influencia de alguma forma o corpo com a sua contribuição (positivamente se andando em espírito, ou negativamente se andar porém na carne); Por isso lemos: "De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele." (1 Coríntios 12:26)
Agora na contribuição positiva ou negativa é que convém atentar, para sabermos como proceder quando dentro da Igreja há alguém activamente a contribuir não para o benefício mas para o prejuízo do corpo.
A maneira de se lidar com erros básicos, como a má conduta por impulso, ou mau entendimento escriturístico, negligência na obra, má doutrina que não produza heresia ou blasfémia, deve sempre ser com amor e paciência de forma a que nos vamos ajustando aos poucos uns aos outros, edificando-nos por meio do conselho e admoestação, e assim prosseguirmos juntos "suportando-nos uns aos outros em amor" (Efésios 4:2).
Todos erramos, e todos nós, mesmo regenerados não estamos imunes ao erro.
Mas quando se trata de pecado professo e contínuo dentro do seio do corpo de Cristo, a igreja deve agir diferente (ainda que com amor e justiça), usando de disciplina.
A disciplina eclesiástica está presente nas Escrituras, desde a criação da Igreja - a Eclésia - ou ekklésia em grego.
A aplicação de justiça de Deus é o que determina a nossa própria injustiça; Se Deus não fosse justo, e o "Seu mandamento santo, justo e bom" (Romanos 7:12), então nenhum de nós poderia receber disciplina como aplicação da justiça de Deus.
O Apóstolo Paulo disse aos Romanos: "E, se a nossa injustiça for causa da justiça de Deus, que diremos? Porventura será Deus injusto, trazendo ira sobre nós? (Falo como homem). De maneira nenhuma; de outro modo, como julgará Deus o mundo?" (Romanos 3:5,6)
Portanto a disciplina eclesiástica como aplicação de Justiça de Deus para a boa ordem e a saúde da Igreja, não é somente uma sugestão, mas uma obrigação, como servos de Deus, "despenseiros da Sua multiforme graça e sabedoria" (1 Pedro 4:10) (Efésios 3:10).
Até diante dos principados e potestades nos céus Deus demonstra a Sua justiça por meio da Igreja, na Terra; Não é à toa, que a nós futuramente nos será dada também a capacidade de julgar os próprios Anjos:
² Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas?
³ Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?
Devemos portanto julgar na Igreja os irmãos que estão a andar contrariamente e a promover persistentemente a prática do pecado e da injustiça, antes que esses pecados levem a problemas maiores que acabem até por vezes como acontecia entre os Coríntios, com litígios ao abrigo da lei dos Homens:
⁴ Então, se tiverdes negócios em juízo, pertencentes a esta vida, pondes para julga-los os que são de menos estima na igreja?
⁵ Para vos envergonhar o digo. Não há, pois, entre vós sábios, nem mesmo um, que possa julgar entre seus irmãos?
⁶ Mas o irmão vai a juízo com o irmão, e isto perante infiéis.
A realidade de dentro de uma Igreja local, haverem pessoas a cometer injustiça deliberadamente àqueles a quem chamam de "irmãos" com o objectivo danoso de malícia não é somente de agora (1 Coríntios 6:8).
Na igreja encontraremos sempre todo o tipo de gente; aqueles que querem servir a Deus com seriedade e Verdade, e os que querem servir a Deus servindo-se a si mesmos segundo o seu coração. O Senhor Jesus disse na sua parábola, que quando a rede é lançada ao mar, recolhe todo tipo de peixes: "bons e ruins" (Mateus 13.47,48);
Dentro da Igreja sempre haverá os "bons" (na figura dos convertidos em processo de santificação) e os "maus" (na figura dos religiosos que permanecem no pecado).
A importância da disciplina na Igreja, serve o propósito de restringir o mal de proliferar no seio do corpo de Cristo, quando a admoestação e exortação não conseguiram moderar e reprimir a prática do pecado entre os crentes.
A expressão "cortar o mal pela raíz" é então necessária para impedir a "doença espiritual" instalada de se propagar e contaminar todos os membros restantes ainda não afectados.
O Velho Testamento nos revela como o pecado de um só homem, Acã, prejudicou todo o povo de Israel (Josué 7:1) e como foi necessário que ele fosse julgado e retirado do meio para restituir a bênção de Deus sobre todos:
¹¹ Israel pecou, e transgrediram a minha aliança que lhes tinha ordenado, e tomaram do anátema, e furtaram, e mentiram, e debaixo da sua bagagem o puseram.
¹² Por isso os filhos de Israel não puderam subsistir perante os seus inimigos; viraram as costas diante dos seus inimigos; porquanto estão amaldiçoados; não serei mais convosco, se não desarraigardes o anátema do meio de vós.
¹³ Levanta-te, santifica o povo, e dize: Santificai-vos para amanhã, porque assim diz o Senhor Deus de Israel: Anátema há no meio de ti, Israel; diante dos teus inimigos não poderás suster-te, até que tireis o anátema do meio de vós.
¹⁴ Amanhã, pois, vos chegareis, segundo as vossas tribos; e será que a tribo que o Senhor tomar se chegará, segundo as famílias; e a família que o Senhor tomar se chegará por casas; e a casa que o Senhor tomar se chegará homem por homem.
¹⁵ E será que aquele que for tomado com o anátema será queimado a fogo, ele e tudo quanto tiver; porquanto transgrediu a aliança do Senhor, e fez uma loucura em Israel.
¹⁶ Então Josué se levantou de madrugada, e fez chegar a Israel, segundo as suas tribos; e a tribo de Judá foi tomada;
¹⁷ E, fazendo chegar a tribo de Judá, tomou a família dos zeraítas; e fazendo chegar a família dos zeraítas homem por homem, foi tomado Zabdi;
¹⁸ E, fazendo chegar a sua casa, homem por homem, foi tomado Acã, filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zerá, da tribo de Judá.
¹⁹ Então disse Josué a Acã: Filho meu, dá, peço-te, glória ao Senhor Deus de Israel, e faze confissão perante ele; e declara-me agora o que fizeste, não mo ocultes.
²⁰ E respondeu Acã a Josué, e disse: Verdadeiramente pequei contra o Senhor Deus de Israel, e fiz assim e assim.
²¹ Quando vi entre os despojos uma boa capa babilônica, e duzentos siclos de prata, e uma cunha de ouro, do peso de cinquenta siclos, cobicei-os e tomei-os; e eis que estão escondidos na terra, no meio da minha tenda, e a prata por baixo dela.
²² Então Josué enviou mensageiros, que foram correndo à tenda; e eis que tudo estava escondido na sua tenda, e a prata por baixo.
²³ Tomaram, pois, aquelas coisas do meio da tenda, e as trouxeram a Josué e a todos os filhos de Israel; e as puseram perante o Senhor.
²⁴ Então Josué, e todo o Israel com ele, tomaram a Acã filho de Zerá, e a prata, e a capa, e a cunha de ouro, e seus filhos, e suas filhas, e seus bois, e seus jumentos, e suas ovelhas, e sua tenda, e tudo quanto ele tinha; e levaram-nos ao vale de Acor.
²⁵ E disse Josué: Por que nos perturbaste? O Senhor te perturbará neste dia. E todo o Israel o apedrejou; e os queimaram a fogo depois de apedrejá-los.
²⁶ E levantaram sobre ele um grande montão de pedras, até o dia de hoje; assim o Senhor se apartou do ardor da sua ira; pelo que aquele lugar se chama o vale de Acor, até ao dia de hoje.
O ensinamento aqui nos revela que a contaminação com o pecado por meio da "rebelião" em fazer voluntariamente o contrário à vontade de Deus (isto é a desobediência professa), pode trazer inevitavelmente o juízo e o prejuízo sobre todos.
Muitos ficam com indignação ao entender que "pagavam os justos pelos pecadores" e que Deus exercia o castigo sobre todos em vez de somente sobre aqueles que voluntariamente praticavam o pecado.
A lição passada por Deus é que o pecado espalha-se como uma doença contagiosa; da mesma forma como impedimos uma doença de se propagar com medidas por vezes drásticas, devemos ter uma maior noção de perigo ainda, em relação ao pecado que se propaga no meio cristão.
Quem se der com alguém que sofre de uma doença altamente contagiosa, sabe que vai pagar o preço sendo ele também contaminado. Ora o pecado é a doença mais contagiosa que alguma vez existiu, contudo dela os Homens incautos não fogem.
Deus fez Jesus O Justo, pagar pelos pecadores, com este mesmo fim, de nos mostrar que o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23), e que é necessário medidas drásticas para dar um "cessar a transgressão e dar fim aos pecados" (Daniel 9:24).
Não é à toa que vemos no Antigo Testamento a Lepra associada ao pecado e à imundícia, e à expulsão do meio para "fora do arraial" de forma a que depois se examine se há condições de "cura" para aquela pessoa ser restituída novamente ou expulsa permanentemente do meio (Levítico 13) (Levítico 14).
Um belo exemplo da Lepra associada ao pecado está registado num episódio envolvendo Naamã, Geazi e Eliseu em (2 Reis 5:27)
Esta rebelião de colocar a vontade pessoal à frente da vontade do Senhor, é um pouco à semelhança do que também fez Saul em (1 Samuel 15:23-26), e por isso foi rejeitado.
Se não queremos ser todos rejeitados pelo Senhor por permitir a desobediência professa, e a rebelião de atentar contra a Santidade do Senhor em comunhão de Igreja, devemos então à semelhança de Josué , Samuel, e Eliseu, aplicar a disciplina devida no tempo certo.
O interessante em comparar nas 2 personagens de Acã e Saúl, é notarmos que tanto um como outro demonstraram um suposto "arrependimento" (Josué 7:20) (1 Samuel 15:24-25) que ainda assim não reverteu o juízo que Deus ordenara aplicar.
Cuidado com a rebelião que pensa que um arrependimento superficial bem colocado faz alguém ser "poupado" de ainda assim receber o castigo!
No caso de Acã foi a morte por apedrejamento (Josué 7:25) e no caso de Saúl foi a rejeição total do seu título de Rei e da sua liderança sobre o povo (1 Samuel 15:26).
A rejeição da palavra do Senhor e da obediência à sua vontade em ambos os casos nos leva a perceber que esta é uma das causas mais evidenciadas na Bíblia para a razão porque Deus rejeita os Homens; Leia-se:
⁶ O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos.
-Quando a nossa Igreja passa por episódios de rebelião, e de desobediência professa à vontade do Senhor, devemos fazer o quê como servos de Deus face a esta afronta contínua?
Como é óbvio, não vamos apedrejar ninguém, nem desejar a morte daqueles que dentro da Igreja têm esta postura, mas devemos agir por meio da Graça de uma forma igualmente séria em disciplina.
Convém referir que nem com Josué, nem com Samuel houve "falta de amor" na aplicação do juízo merecido; Nós vemos em ambas as passagens que esse juízo veio de Deus e essa justiça O agradou.
Por vezes há sempre aqueles crentes com pobre conhecimento da palavra de Deus, que acham que a aplicação de disciplina é "falta de amor" por aquele que está em pecado, desprezando a realidade que a ausência de disciplina na Igreja, é fruto da "falta de amor" a Deus em primeiro lugar.
A Bíblia nos ensina a não comunicar com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condená-las. (Efésios 5:11), em todo o lugar por onde andarmos, mas especialmente se elas estiverem abertamente dentro da Igreja entre os salvos.
-O que é que a Palavra nos ensina exactamente a fazer dentro do corpo da Igreja especificamente, em relação a pessoas desta natureza rebelde, e das obras pecaminosas promovidas por eles?
Algumas das obras comuns de rebelião e pecado professo dentro da Igreja, que nós sabermos serem comuns a todas as congregações de crentes em todas as épocas da Igreja ao redor do mundo são por exemplo: Invejas (Tiago 3:14), conflitos e dissensões (1 Coríntios 11:18) por mesquinhez ou rivalidade de egos; má língua, mentiras e intrigas (1 Pedro 2:1) (Provérbios 6:16-19); desonestidade (Romanos 13:13); roubo ou fraude (1 Pedro 4:15); introdução de heresias ou blasfémias (1 Coríntios 11:19) e enganos (2 Timóteo 3:13); adultério (Hebreus 13:4), fornicação (1 Coríntios 5:1) entre outros;
As igrejas não são compostas por pessoas perfeitas, e ninguém espera perfeição de ninguém, a não ser o desejo de perfeição, que é o que Deus pede de nós por meio da Sua Palavra:
¹⁶ Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça;
¹⁷ Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.
¹³ Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.
¹⁴ Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz.
Contudo, o pecado deve ser adereçado devidamente, especialmente o pecado professo, aberto, persistente e contínuo entre os crentes;
-Quando porém, é que podemos determinar pela prática do pecado, se uma pessoa é verdadeiramente crente ou não? -Ou quando é que vale a pena continuar a investir nela, ou simplesmente desistir?
Notem-se as palavras seguintes do Próprio Senhor Jesus:
¹⁵ Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão;
¹⁶ Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada.
¹⁷ E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano.
3 Investidas de exortação ou admoestação para chamar alguém do pecado à razão:
-1 tentativa a sós para evitar vergonha desnecessária;
-1 Tentativa com testemunhas;
-1 Tentativa diante da Igreja e Sua direcção;
A repreensão Pública é sempre a mais complicada, porque ninguém tem prazer em expor as fraquezas, pecados e misérias de ninguém diante de todos, contudo, se isto acontece numa Igreja deve ser porque nenhuma outra solução anterior funcionou para demover a pessoa em questão a sair do erro.
Paulo disse a Timóteo ensinando-lhe a disciplina em autoridade: "Aos que pecarem, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor." (1 Timóteo 5:20)
Há 4 níveis distintos portanto no processo de disciplina que o Senhor ensinou resultando em 3 tentativas e 1 conclusão:
1. (Tentativa) Repreensão pessoal;
2. (Tentativa) Repreensão com testemunhas;
3. (Tentativa) Repreensão pública;
4. (conclusão) Exclusão.
Após falharem as tentativas, Jesus diz para essa pessoa ser "considerada como um gentio ou publicano"; -O que quer isto dizer?
-Gentio (Ethnikos em grego) é aquele que é estranho a Deus, que não é participante da Aliança, estando ainda sem conhecimento verdadeiro de Deus; Alguém de outro povo que não do povo de Deus; Pagão; Isto define alguém que pode e deve ser considerado por todos como alguém "não convertido" ou "não crente" de verdade.
-Publicano (Publicani em Latim, e Telonai em Grego) é aquele que tem um perfil de pessoa que vive para seu próprio benefício; Alguém desonesto de duas caras, que aparenta uma imagem de justiça, sendo ele mesmo injusto; este termo refere-se aos cobradores de impostos das regiões locais, associados aos cobradores regionais romanos, que abusavam da sua posição para cobrar em tom de desonestidade, malícia e interesse de forma a ganhar alguma coisa com isso.
O Apóstolo Paulo Falou sobre pessoas com este perfil nos últimos dias:
¹ Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
² Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
³ Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
⁴ Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
⁵ Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.
Este "afastamento" ensina-nos a identificar muitas vezes pessoas dentro da nossa própria congregação, vivendo em Igreja, mas como um espírito diferente, de alguém que não é povo de Deus, estranhos à Aliança, cujo propósito é o seu próprio ventre!
Claro que sempre há pessoas que sabemos dentro da Igreja não serem pessoas convertidas, a quem devemos continuar a interceder e a incentivar à Fé, se permanecem na sua ignorância inofensivas à integridade da Igreja; (Muitos deles são futuros irmãos em processo de conversão, a quem amamos e intercedemos diante de Deus).
A esses "que resistem" pela incredulidade devemos continuar "Instruindo com mansidão, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade, E tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos." (2 Timóteo 2:25,26)
Porém se na sua resistência houverem pecados professos que após serem adereçados persistem em tom de oposição criando dano à congregação, então a disciplina eclesiástica deve excluir estas pessoas do corpo.
Na Bíblia são citados exemplos de Homens que se faziam passar por Homens que conheciam a Deus, mas suas obras demonstraram o contrário;
Como eles, outros seguem os mesmos passos aos quais convém prestar o devido cuidado; Alguns exemplos e algumas advertências dadas à Igreja sobre o perigo de sua má conduta estão em:
¹¹ Ai deles! porque entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prémio de Balaão, e pereceram na contradição de Coré.
¹² Estes são manchas em vossas festas de amor, banqueteando-se convosco, e apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas;
¹⁶ Estes são murmuradores, queixosos da sua sorte, andando segundo as suas concupiscências, e cuja boca diz coisas mui arrogantes, admirando as pessoas por causa do interesse.
¹² Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção,
¹³ Recebendo o galardão da injustiça; pois que tais homens têm prazer nos deleites quotidianos; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em seus enganos, quando se banqueteiam convosco;
¹⁴ Tendo os olhos cheios de adultério, e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição;
¹⁷ Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva.
¹⁸ Porque, falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne, e com dissoluções, aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro,
¹⁹ Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo.
Quando pessoas desde calibre, cujo carácter está enraizado no pecado, estão dentro da Igreja, escândalos acontecem, e a Igreja sofre o dano.
Diz O Senhor Jesus:
⁷ Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!
O Apóstolo Paulo torna a ensinar à Igreja o valor precioso do "Afastamento" necessário e bíblico:
¹⁷ E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles.
¹⁸ Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples.
O Apóstolo Paulo ainda vai mais longe, mostrando que certas condutas, pecados e pessoas devem ser não só afastados, mas entregues às consequências do Juízo de Deus:
¹⁶ Se alguém vir pecar seu irmão, pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore.
¹⁷ Toda a iniquidade é pecado, e há pecado que não é para morte.
¹⁸ Este mandamento te dou, meu filho Timóteo, que, segundo as profecias que houve acerca de ti, milites por elas boa milícia;
¹⁹ Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.
²⁰ E entre esses foram Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar.
Alguns destes nomes associados como: Himeneu e Fileto (2 Timóteo 2:17,18) Himeneu e Alexandre (1 Timóteo 1:18-20) Alexandre e Demas (2 Timóteo 4:10-14) Caim, Balaão e Coré (Judas 1:11) e Janes e Jambres (2 Timóteo 3:7-9), todos representam pessoas que, ou resistem à Verdade, ou têm espírito Apóstata (de abandono de Deus ou abandono da Verdade) para amarem o mundo primeiro.
Demas: "desamparou Paulo, amando o presente século" por cobardia face à perseguição (1 Timóteo 4:10)
Alexandre: "causou muitos males" a Paulo e "resistiu muito às suas palavras" (1 Timóteo 4:14-15) "naufrágio da fé, em rejeição por meio da má consciência e blasfémia" (1 Timóteo 1:19-20)
Himeneu: "falatórios vãos e profanos, e propagação de mentira e engano" (2 Timóteo 2:6-18) "naufrágio da fé, em rejeição por meio da má consciência e blasfémia" (1 Timóteo 1:19-20)
Fileto: "falatórios vãos e profanos, e propagação de mentira e engano" (2 Timóteo 2:6-18)
Caim: "o caminho de Caim" (Judas 1:11) aponta para o "sentimento de inveja e rivalidade" para com Abel seu irmão levando-o ao homicídio e ao afastamento de Deus (Génesis 4:3-8)
Balaão: "o engano do prémio" (Judas 1:11) refere-se à "desonestidade e corrupção de Balaão" ensinando Balaque a levar os filhos de Israel à prostituição com os Moabitas (Número 22) (Números 23) (Números 24)
Coré: "a contradição de Coré" (Judas 1:11) refere-se a uma "rebelião contra a autoridade de Moisés e Arão" determinada por Deus (Números 16:1-5)
Janes e jambres: "Resistiram à Verdade e a Moisés, sendo corruptos de entendimentos e reprováveis na Fé" (2 Timóteo 3:8)
Um versículo que bem define estas pessoas e quão vazia é a sua caminhada temporária por esta vida, é que "aprendem sempre e nunca podem chegar ao conhecimento da Verdade" (2 Timóteo 3:7);
Paulo diz a Timóteo logo de seguida, como é que os verdadeiros filhos de Deus porém, se devem comportar em relação a estes Homens:
¹⁰ Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, amor, paciência,
¹¹ Perseguições e aflições tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icónio, e em Listra; quantas perseguições sofri, e o Senhor de todas me livrou;
¹² E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.
¹³ Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados.
¹⁴ Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido,
Muitas vezes a própria santidade do crente verdadeiro, estimula o ódio do falso crente no seu meio, porque a justiça e amor do Santo de Deus à verdade se torna um incómodo ao ímpio que não vive dessa maneira.
Isto muitas vezes é a origem da maledicência e da inveja dentro das igrejas e da inimizade rival que brota no coração destas pessoas sentadas lado a lado na Igreja junto aos salvos.
Nós porém só temos de nos preocupar em viver como a escritura ensina:
¹² Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem.
A inveja por meio da maledicência é sempre o primeiro recurso daqueles que desejam perseguir a Igreja verdadeira; Quando o coração está cheio de pecado, a língua, diz a Palavra ser: "um mundo de iniquidade":
⁶ A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno.
¹⁴ Mas, se tendes amarga inveja, e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade.
¹⁵ Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica.
¹⁶ Porque onde há inveja e espírito faccioso aí há perturbação e toda a obra perversa.
-O que têm em comum Demas, Alexandre, Himeneu e Fileto como sendo os primeiros apóstatas do Cristianismo? -"O naufrágio da Fé".
Segundo o conselho e admoestação de Paulo devemos andar de forma contrária à forma com que andavam estes homens reprováveis: "Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé." (1 Timóteo 1:19)
A "conservação da Fé" e a "Boa consciência" (em reconhecimento da Verdade, e não a de se estar confortável no engano), são as duas características ausentes que Paulo aponta terem sido responsáveis pelo naufrágio espiritual que sofreram, forçando a sua decisão de "os entregar a Satanás" (1 Timóteo 1:20), que aqui tem o mesmo intento descrito em Romanos: "Por isso Deus os abandonou às paixões infames" (Romanos 1:26).
Paulo, seguindo o mesmo princípio de Deus para com os Homens rebeldes e resistentes à Verdade, "entrega-os a Satanás" (1 Timóteo 1:20), ou seja, os abandona, como refere ainda o versículo aos Romanos: "os entregou às concupiscências de seus corações" (Romanos 1:24) para se desonrarem entre si para a perdição.
Se virmos em Romanos o que leva a Deus a justificar este abandono, entendemos que novamente se trata da "resistência e abandono da Verdade" por parte dos Homens: "Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador" (Romanos 1:25);
Toda a ideia humana que leva ao abandono da Fé e da Verdade está intimamente ligada à noção de "liberdade" ou "Libertação" com que o homem se contagia por meio da rebelião (Salmos 2:1-5).
Liberdade para perseguir desejos e vê-los realizados a todo o custo; Liberdade para provar e reprovar a Deus, segundo uma autoridade pessoal em combate contra a autoridade de Divina;
Uma das evidências mais flagrantes é que homens ímpios (e os falsos crentes estão aqui incluídos) não buscam a companhia dos homens santos, mas convenientemente, se afastam dos que andam em Verdade, para preferir a companhia dos que amam o mundo e seu engano.
O problema com falsos crentes dentro das Igrejas, e a importância que há saber identificá-los é que sua vida em pecado desonra a Cristo, afronta a Deus, e contamina a congregação.
Por trás da mera religiosidade, ou da falsidade da fé, está SEMPRE o amor ao mundo, identificando uma falsa conversão.
Pior que um ímpio professo em prostituição no mundo, é um falso crente, prostituindo-se espiritualmente com o mundo enquanto finge ter um relacionamento de fidelidade com Deus.
⁹ Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem;
¹⁰ Isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo.
¹¹ Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais.
¹² Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro?
¹³ Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai pois dentre vós a esse iníquo.
Novamente o Apóstolo Paulo refere a separação e o "afastamento" destas pessoas de dentro da Igreja para fora.
Concluindo, quando uma Igreja bíblica e verdadeira experimenta estes ataques de dentro, reconhecendo o pecado e a rebelião professa, e somente após várias tentativas de trazer os perdidos à razão, e ao arrependimento, é que deve haver um reconhecimento da aplicação de medidas mais severas por meio da Disciplina.
Não praticamos a disciplina quando a pessoa se arrepende verdadeiramente, mas sim quando ela finge arrependimento que não produz mudança de direcção, ou quando ela se recusa abertamente a arrepender-se. E neste caso, dentro de uma progressividade visível e testemunhada.
A repreensão é uma responsabilidade bíblica dada aos filhos de Deus e deve ser exercida por TODOS e uns aos outros mediante a necessidade; Ao longo das escrituras o acto necessário de Julgar, provar, admoestar, redarguir, exortar, repreender, aconselhar, indicam que o erro não deve ser desconsiderado, desculpado sem arrependimento, ou dado livre transito para agir livremente dentro da Igreja.
Muitos não sabem sequer o verdadeiro sentido de alguns destes termos e por isso não sabem também como agir devidamente face ao erro instalado;
-EXORTAR (Persuadir/ Convencer/ Dissuadir/ Orientar/ instruir/ Demover)
-ADMOESTAR (Avisar/ Advertir/ Repreender/ Censurar/ Acusar/ Estimular)
-REDARGUIR (Recriminar/ Replicar/ Refutar/ Contestar/ Retorquir/ Contrapor)
-PROVAR por exemplo no grego original tem um sentido perfeito para ser usado aqui; O versículo seguinte diz:
¹ Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.
Dokimázō (δοκιμάζω) termo grego traduzido por - provai - significa: (Aprovar por teste; por à prova; determinar o que é bom por triagem; julgar por comparação e aprovar o que é bom); princípio semelhante à palavra krínō (κρίνω) traduzido por - "Julgar" - que significa: (Separar ou distinguir; chegar a uma escolha (decisão, julgamento) ao fazer uma apreciação tanto positiva (um veredicto favorável) ou negativa (uma condenação); pronunciar-se; considerar; apreciar ; submeter a crítica; expor à Lei);
-Onde na Bíblia podemos encontrar alguns versículos desta responsabilidade passada a cada um de nós?
Leia-se:
Rogamo-vos, também, irmãos, que admoesteis os desordeiros;
²⁸ A quem anunciamos, admoestando a todo o homem, e ensinando a todo o homem em toda a sabedoria; para que apresentemos todo o homem perfeito em Jesus Cristo;
¹⁶ A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração.
¹⁶ Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça;
¹² Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo.
¹³ Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado;
¹⁴ Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim.
Muitas pessoas após se deixarem estar confortavelmente no erro, sua resistência à exortação e à Verdade, produz uma natural inimizade para criar a dificuldade da repreensão ser bem aceite.
O termo "Herege" (hairetikós) usado por Paulo em carta a Tito (Tito 3:10-11) fala de alguém "faccioso" ou com "espírito de divisão" criando um lado alternativo à Verdade, permanecendo em intransigência e resistência a qualquer tentativa de trazê-lo à razão por meio da Verdade.
Este termo Herege serve para descrever alguém que questiona e resiste a Verdade apresentada, seja ela em forma de doutrina, de autoridade escriturística em ensino, admoestação ou repreensão.
¹⁰ Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o,
¹¹ Sabendo que esse tal está pervertido, e peca, estando já em si mesmo condenado.
O Próprio Senhor Jesus, O pináculo da perfeição por quem o amor, a misericórdia, a compaixão, o perdão, a paciência e a Graça abundam deixou claro que é legítimo desistir de certas pessoas quando elas demonstram desprezo e falta de amor à Verdade.
O desistir refere-se claro a criar afastamento entre nós e eles, deixando-os seguir livremente nos caminhos que escolheram desprezando ao Senhor Jesus.
¹² E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a;
¹³ E, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz.
¹⁴ E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés.
O Acto de "sacudir o pó" (Actos 13:51) (Actos 18:6) (Lucas 10:11) expressa a vontade expressa de abandonar a responsabilidade sobre aquela determinada pessoa, casa ou cidade, entregando-os às consequências das suas escolhas.
E O Senhor Jesus remata logo de seguida:
¹⁶ Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas.
"Ser prudente como a serpente" fala de prudência (phrónimos) como uma espécie de inteligência ou sagacidade, na capacidade de olhar e ver exactamente o que está diante de si para ser visto.
"Inofensivo como a pomba" fala de inofensivo (akéraios) como em inocência ou em pureza sem qualquer mistura com o mal; Alguém que permanece intocado pelo pecado.
Para permanecermos puros temos de evitar misturar a Igreja do Senhor Jesus com os Filhos de Belial que têm por Pai o Diabo; Mas para tal, é primeiro a prudência para aprender a distinguir quem é de Deus e quem é do Diabo.
Se você ainda não aprendeu isto, provavelmente está prestes a descobrir o terrível preço de "não desistir" das pessoas a tempo!
Às vezes a melhor decisão e deixar as pessoas seguirem o seu próprio caminho, para perceberem sozinhas, o erro das suas decisões.
O mudar de direção operado por Deus é uma redirecção!
Quem não sacode o pó dos seus pés aos ímpios, logo logo está comendo o pó, aos pés dos ímpios.
¹³ Ele, porém, respondendo, disse: Toda a planta, que meu Pai celestial não plantou, será arrancada.
¹⁴ Deixai-os; são cegos condutores de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova.

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