top of page
Search

PORQUE NÃO ME ENVERGONHO DO EVANGELHO

  • Writer: desaovicente
    desaovicente
  • May 8, 2022
  • 6 min read

Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.

Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé.


–“Porque não me envergonho do Evangelho” é uma expressão poderosa! é quase possível sentir a determinação com que Paulo profere estas palavras.

Quando Paulo afirma cheio de convicção não ter vergonha (OU GAR EPAISCHYNOMAI) ele está simultaneamente a evidenciar o sentimento de honra que ele sente em poder anunciar O Evangelho.

Somente alguém que ainda não descobriu a honra e privilégio que é poder falar da vida eterna e do plano de Deus é que pode ter vergonha de falar do Evangelho de Jesus e tudo o que dele se trata.

O Rei Davi expressa bem este prazer em anunciar a grandeza da obra de Deus: “Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração. Preguei a justiça na grande congregação; eis que não retive os meus lábios, Senhor, tu o sabes. Não escondi a tua justiça dentro do meu coração; apregoei a tua fidelidade e a tua salvação. Não escondi da grande congregação a tua benignidade e a tua verdade.” (Salmos 40:8-10)

O Rei David teve este compromisso durante toda a sua vida: “A minha boca manifestará a tua justiça e a tua salvação todo o dia, pois não conheço o número delas. Sairei na força do Senhor DEUS, farei menção da tua justiça, e só dela. Ensinaste-me, ó Deus, desde a minha mocidade; e até aqui tenho anunciado as tuas maravilhas. Agora também, quando estou velho e de cabelos brancos, não me desampares, ó Deus, até que tenha anunciado a tua força a esta geração, e o teu poder a todos os vindouros.” (Salmos 71:15-18)

Muitos crentes no início do seu percurso de Fé, estão ainda cheios de insegurança espiritual, e porque vêm do mundo e da cultura da aprovação social, temem que, sendo o evangelho mal visto, que eles sejam ridicularizados ou marginalizados por falarem do Deus eterno.

Muitas pessoas não têm medo de falar de “espiritualidade” se ela tocar em filosofias orientais místicas; a cultura “Zen” da Nova Era até está na moda. Falar em “deus” de uma forma abrangente, como uma força cósmica Universal, ou um poder maior etéreo ainda vai sendo aceitável, mas assim que O DEUS de Israel, e Seu filho Jesus são o centro da mensagem, rapidamente vem afronta e o escárnio.


Paulo à semelhança do Rei David não se envergonha de falar do Evangelho de Deus a quem quer que seja: “Também falarei dos teus testemunhos perante os reis, e não me envergonharei.” (Salmos 119:46) Para muitos falar de Deus em ambientes longe do seu círculo social onde ninguém os conhece é mais fácil, mas impensável nos lugares que frequenta e onde é conhecido. Normalmente a habilidade de falar de Deus sem vergonha para muitos crentes vai até onde reside o perigo de ficar mal visto perante as pessoas que ela considera iguais ou superiores a si mesmo, pois é neles que a afronta é mais sentida. O sentido de vergonha está associado ao complexo de inferioridade perante os outros em relação à aprovação ou desaprovação que eles podem demonstrar publicamente em relação a nós.

David como Rei, faz questão de falar do seu Deus aos outros Reis, mostrando que pouco lhe importava o estatuto de quem ele se dirigia para dar testemunho.

O Senhor Jesus deixou bem claro que o sentimento de vergonha de um crente é vergonhoso; Muitos crentes até dizem até certo ponto que não se envergonham do Evangelho, só para demonstrar de seguida que eles mesmos são uma vergonha para o Evangelho.

-De quem é o Evangelho? -De Cristo! Quem se envergonha do Evangelho, é de Cristo que se envergonha!

Diz O Senhor Jesus:

Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos. Marcos 8:38


Paulo dirigindo-se a Timóteo como mais jovem e sensível a estas coisas da carne, fala que O Espírito de Deus nos dá ousadia para falar com entusiasmo dos eternos planos de Deus em Cristo: “Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação. Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes participa das aflições do evangelho segundo o poder de Deus, Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; “(2 Timóteo 1:7-9)

Paulo continua falando do seu ministério aos gentios e de todas as injustiças que tem padecido, colocando a vergonha do lado oposto à confiança da Sua Fé em Jesus: “Para o que fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios. Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia.” (2 Timóteo 1:11,12)

Pedro deixa uma mensagem de apelo à consciência da responsabilidade de cada crente, debaixo do julgamento de Deus que se agrada quando Seus filhos padecem injustiças por amor a Ele: “Mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus nesta parte. Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?” (1 Pedro 4:16,17)

O termo (EPAISCHYNOMAI) como palavra composta por (EPI) (intensidade de alguma coisa) + (AISCHUNOMAI) (desfigurar-se e cair em desgraça) é traduzido por “Vergonha”. Este sentimento retrata uma dor ou prejuízo doloroso como sensação de “perda de estatuto” (status social) por causa de algum evento ou situação particular; descreve a consciência de culpa, ou de exposição desconfortável, ou ainda de medo de embaraço que as expectativas a seu respeito se provem falsas. Ou seja, alguém que está mais preocupado com a forma como é visto pelos outros, do que com a realidade de quem na verdade ele realmente é. Alguém cuja segurança reside na opinião que os outros têm a seu respeito.


Paulo diz com toda a determinação que ele não sente vergonha do Evangelho, e realmente por causa disso ele passou por várias situações que testaram a sua convicção; Foram-lhe rasgadas as vestes publicamente, açoitado e lançado na prisão em Filipos (Atos 16:22,23); foi perseguido e escorraçado de Tessalónica (Atos 17:2-9); teve de fugir às escondidas de Beréia (Atos 17:13-15); foi escarnecido e desprezado em Atenas (Atos 17:32) e chamado de paroleiro (Atos 17:18) foi tido como louco e ignorante em Corinto (1 Coríntios 1:22-25) mas Paulo continuou determinado em ir a Roma, ao centro contemporâneo da poder político e religioso pagão.

Toda a passagem de Coríntios 4 bem demonstra o espírito fervoroso de Paulo, e a razão porque ele não se envergonha do Evangelho e sua boca não cessa de anunciá-lo:

Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo.

Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida.

E temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso também falamos.


A segurança do crente está em Cristo e não no mundo e sua cultura; A afronta do mundo é a principal causa do medo da vergonha que muitos crentes sentem na defesa e testemunho da sua fé; A vergonha de falar de algo maravilhoso como a salvação em Jesus vem da soberba da vida, em que as pessoas preferem dar mais importância ao que os outros homens pensam a seu respeito, do que com o que Deus pensa!

Mas olhando para Jesus nós podemos ver como Ele mesmo desprezou a afronta do mundo vencendo os que Dele gozavam e escarneciam:

Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.


O gozo do mundo” (como afronta e escárnio) não produziu vergonha em Jesus, mas prazer no “Gozo que lhe estava proposto” (sentimento de honra e agrado);

Devemos honrar a Deus em primeiro lugar e sentir prazer em sermos Seus instrumentos de trazer Verdade e Luz ao mundo. Este foi o grande testemunho que Jesus nos deixou; Ele não amou o mundo, nem se importou com a afronta que lhe estava preparada enfrentar.


João regista esta verdade perfeitamente:


Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.

E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre. 1 João 2:15-17




 
 
 

Comments


Jesus Cristo é o único Salvador. Ora vem Senhor Jesus. Maranatha.

bottom of page