ELISEU E A MORTE NA PANELA
- desaovicente
- Dec 4, 2023
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Os Profetas na Bíblia representam a autoridade de Deus entre os Homens, na comunicação da Verdade, e na direcção da vontade de Deus ordenada.
Os Profetas eram a O Voz de Deus nos tempos antigos, a meio da desordem, da rebelião e da ignorância instalada.
Sempre que Deus levanta profetas no meio dos Homens, Seu objectivo é demonstrar que existe uma carência de autoridade escriturística em algum meio, de ignorância ou negligência condenáveis, e na necessidade de direcção ou redirecção.
A passagem de 2 Reis capítulo 4 revela o Profeta Eliseu, como um destes Homens, e é notório que onde este Homem passava, as pessoas testemunhavam de milagres, e do poder de Deus que estava com ele.
3 bons exemplos desta demonstração de poder, estão neste capítulo para nos passar a ideia de quem era Eliseu, e de como Deus agia através dele naqueles dias, e como Ele ainda continua a agir entre nós actualmente.
Em todas as congregações cristãs espalhadas pelo mundo, Deus levanta "Eliseus" ainda nos dias de Hoje, com os mesmos fins e propósitos.
O grande problema é que muitas vezes não os identificamos e reconhecemos diante de nós, porque não estamos aptos a discernir a autoridade do poder de Deus e Sua acção entre nós.
Quantos Pastores, Ministros e homens de Deus, infelizmente dentro das Igrejas são desprezados e mal apreciados por crentes ingratos e néscios, sem amor natural.
Honrar aqueles que presidem entre nós no Senhor não é só uma responsabilidade mas um privilégio:
¹² E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam;
¹³ E que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós.
Eliseu nesta passagem de 2 Reis, muito nos ensina como um Homem de Deus verdadeiro pode trazer tanta bênção sobre aqueles à sua volta, e como é necessário fazermo-nos rodear de pessoas assim.
3 Exemplos portanto são colocados diante de nós para lições valiosas de aplicação prática:
1º Exemplo - "A multiplicação do Azeite da viúva" - (2 Reis 4:1-7)
O Azeite na Bíblia tem muitas vezes o simbolismo do Espírito Santo agindo em forma de unção e bênção; Neste relato, Eliseu após ser confrontado com a realidade de dívida da viúva, e da possível escravidão dos seus filhos como forma de pagamento, opera um Milagre de multiplicação do azeite, trazendo bênção sobre aquela família e libertação da dívida.
Após leitura do texto citado, notamos que o que Eliseu pediu que a viúva fizesse parecia ser impossível, pois de apenas uma vasilha sairia azeite suficiente para preencher todas as outras.
No entanto, é no impossível que Deus manifesta os seus milagres por meio de nós (Lucas 1:37) (Mateus 19:26).
O combustível do impossível é a própria acção do Espírito Santo de Deus agindo sobre os que crêem (Mateus 17:20).
Então se O Espirito Santo é representado no azeite, nós somos as vasilhas, que estando vazios do mundo e tornados disponíveis, podemos ser preenchidos pelo Espirito de Deus como símbolos de riqueza espiritual.
A abundância do Azeite, deu libertação da escravidão aos filhos, proporcionou o pagamento da Dívida, e ainda deu a promessa de prosperidade futura, para que aquela família pudesse encontrar de novo a alegria de viver.
A Abundância do Espírito Santo em cada um de nós, produz também a abundância de obras espirituais dignas diante de Deus e de todos os Homens:
Antes da promessa de Jesus de ir para junto do Pai e enviar O Consolador para ficar connosco, Ele cuidadosamente prepara a mente dos seus discípulos com a parábola da Videira Verdadeira, e dos frutos; Isto porque estando em Jesus por acção do Espírito Santo, é a única forma de se agradar a Deus Pai; Afinal a nossa salvação é o resultado de uma obra completa operada pela Trindade: Eleitos pelo Pai, Redimidos pelo Filho, e Selados pelo Espírito!
¹ Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.
² Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.
³ Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado.
⁴ Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.
⁵ Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
⁶ Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.
⁷ Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.
⁸ Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.
Isto é a obra da Salvação em Jesus, O milagre de Deus a favor de cada um de nós; Fomos libertos da escravidão ao pecado (Romanos 6:16-23); a nossa dívida foi paga (Colossenses 2:14) e vivemos agora na esperança da nossa redenção para a entrada na vida eterna (Tito 1:2) (Tito 3:7).
Assim da mesma forma, uma Igreja de "vasilhas" tornadas disponíveis, repletas do Espírito Santo de Deus, podem ser riqueza para o mundo, proporcionando libertação da escravidão ao pecado, levando as almas perdidas a Jesus, para saldarem suas dívidas, e descobrirem a alegria da salvação, na prosperidade da vida eterna.
A figura de Eliseu, multiplicando o Azeite, é na narrativa uma poderosa figura do que O Senhor Jesus fez na Cruz, através da Sua gloriosa obra, abrindo o caminho para a vinda do Consolador (João 16:7), O Espírito Santo fazendo Templo no corpo da Igreja (1 Coríntios 3:16), habitando abundantemente em nós pela Fé, para uma vida de Obras para a Glória de Deus Pai.
2º Exemplo - "A honra da mulher de Suném" - (2 Reis 4:8-37)
Ao lermos a passagem, de seguida, encontramos Eliseu envolvido noutro episódio onde uma Mulher aparentemente importante é colocada em destaque.
Eliseu recebe dela hospitalidade e cortesia que posteriormente dá lugar a uma série de eventos entre bênção e provação.
O reconhecimento da mulher de que Eliseu era "um santo Homem de Deus" (2 Reis 4:9) com o intuito de honrá-lo e abençoá-lo, foi o que deu início à Bênção sobre a sua própria vida.
Assim também deve ser entre nós (1 Tessalonicenses 5:12-13) para que as Bençãos de Deus caiam sobre todos; "Reconhecer aqueles que presidem entre nós no Senhor", não deve ser somente uma sugestão à decisão pessoal de cada um, mas uma responsabilidade, que Deus muitas vezes torna o caminho mais rápido para a entrega da bênção na nossa vida.
A Valiosa lição da construção de um "quarto permanente" para Eliseu (2 Reis 4:10), demonstra a necessidade de deixarmos que os "Homens santos de Deus", que trazem a Verdade com eles em forma de Bênção, façam "morada" fixa nos nossos corações.
Devemos desejar ter por perto estes Homens e Mulheres, por isso é importante a vida em Igreja, em comunidade, onde a Bênção derramada sobre um, é derramada sobre todos.
Eliseu demonstra o desejo de retribuir a Bênção à Mulher mediante a honra com que lidou com ele, mas ela nem sabia o que pedir de Eliseu.
Muito aprendemos sobre tanto o carácter de Eliseu como da mulher de Suném; Qualquer Homem Santo de Deus, deseja a bênção a todos, e sabe o valor da retribuição. A honra ainda que de direito, deve ser prestada de forma voluntária, e deve ser retribuida de igual forma (Romanos 13:7) (Romanos 12:10).
Não devemos honrar e abençoar ninguém, porém, visando logo em mente o benefício pessoal, como a mulher bem nos ensina, não tendo ela noção do que pedir, quando Eliseu a constrange.
Outro ensinamento valioso é que, quando estamos dispostos a fazer o bem, especialmente àqueles a quem O Senhor também honra, não há necessidade nenhuma ou carência alguma, que Deus não tenha o poder de suprir e reverter.
Aquela mulher aparentemente importante tinha tudo, mas não tinha aquilo que somente Deus podia lhe dar.
Quando a falta de esperança da bênção para nós, não nos demove de ainda assim querer abençoar os outros, Deus se interpõe para vir ao encontro de qualquer necessidade.
Como lemos ao longo destes versículos, a bênção dela veio com provação ainda assim, ensinando-nos que quando o nosso coração é posto à prova, a nossa sinceridade serve de testemunho a outros.
As aflições vêm sempre por meio de circunstâncias terrenas, mas nunca devemos esquecer de quem vêm os Milagres! Os Homens Santos de Deus são levantados entre nós, para que nos lembremos de quem entre nós tem a autoridade do Senhor, como fonte de credibilidade para proporcionar verdadeira ajuda.
É Deus quem dá a bênção, mas são muitas vezes os Seus Santos que a entregam à sua porta.
Por Vezes Deus também dá a aflição, usando as circunstâncias para que a Bênção seja valorizada tanto como a aflição.
Por vezes a ausência de aflições estraga o nosso carácter, pois a abundância das bênçãos, torna-nos ingratos e egoístas.
A figura de Geazi o servo de Eliseu, contrastando com o próprio Eliseu, serve para nos mostrar onde a esperança realmente está.
Geazi não pode reverter a situação da morte do filho da mulher sunamita com o bordão, pois ele prefigura aqui a imagem da "ajuda religiosa", que em toda a sua boa vontade, não têm a autoridade de Deus para proporcionar nenhuma ajuda concreta, contudo em Eliseu, a esperança foi bem colocada, pois ele sim, tinha a autoridade e o poder de Deus do seu lado.
Mais tarde descobrimos realmente o carácter de Geazi e a razão porque ele não tinha poder para operar os milagres do Senhor em contraste a Eliseu (2 Reis 5:23-27);
É importante portanto fazer um paralelo em relação à vida do crente, que busca muita das vezes soluções em algo ou pessoas que não possuem a resposta, ao invés de buscarem em Deus e seus Homens Santos que O servem.
A diferença entre o bordão nas mãos de Geazi, e o corpo de Eliseu sobre o corpo do menino, revela que só aquilo que tem vida pode dar vida; Religião não pode dar vida a ninguém, mas só Deus pode dar vida em Cristo! (Colossenses 3:3) (2 Timóteo 1:1)
3º Exemplo - "A sopa e a morte na panela" - (2 Reis 4:38-44)
Eliseu ao longo deste capítulo é usado para nos mostrar a bênção de Deus por meio de Unção, retribuição e provação.
Neste último exemplo, Eliseu é aperfeiçoado aos nossos olhos como um "Profeta" verdadeiro, e esta última lição deixa claro a importância de haverem Homens destes entre nós, para que a a igreja de Deus seja um lugar de bênção e de Verdade, diante de um mundo religioso de engano e mentira.
Eliseu como figura de profeta nos mostra a autoridade que Deus dava àqueles a quem levantava nos dias pré-Jesus, para que agora nos dias pós-Jesus saibamos que a autoridade da Verdade não está realmente nos Homens, mas em Deus que a dá.
A Palavra de Deus é autoridade sobre toda a Igreja, e qualquer Homem que conheça, maneje, e viva em integridade a Palavra de Deus, recebe uma autoridade como "Profeta" para a edificação do povo de Deus.
Os Milagres testemunhados no velho testamento ainda são possíveis, pela mesma palavra, e pelo mesmo Deus de Eliseu!
"Profetizar" nos dias actuais (1 Coríntios 14:1), não é o acto de proferir palavras de adivinhação ou previsão do futuro, mas tão somente de "anunciar a verdade de Deus revelada"!
Os Milagres que Deus quer fazer em cada um de nós, são principalmente interiores, na transformação da nossa mente e coração ou exteriores, nos testemunhos de vida, e na prática da piedade (1 Pedro 4:10-14) (2 Pedro 1:3).
Segundo a realidade descrita em (Hebreus 1:1) é através do Filho Jesus, a Palavra Viva revelada, que os "profetas" actuais têm autoridade para "profetizar" na Igreja.
Mas a condição para haver abundância de profetas nas Igrejas, é haver primeiro a abundância de Verdade!
Um sábio provérbio diz: "A cabeça é como o estômago, e é mais fácil de envenenar quando está vazia".
-Vazia de quê perguntamos?
De Zelo; de Rigor; de Reverência; de Verdade; de discernimento; prudência e sabedoria;
Se Meditarmos sobre o resto da passagem e o contexto de “A morte na panela” entendemos de que perigo se trata e da função de Eliseu ali naquele lugar.
E, voltando Eliseu a Gilgal, havia fome naquela terra, e os filhos dos profetas estavam assentados na sua presença; e disse ao seu servo: Põe a panela grande ao lume, e faz um caldo de ervas para os filhos dos profetas.Então um deles saiu ao campo a apanhar ervas, e achou uma parra brava, e colheu dela enchendo a sua capa de colocíntidas; e veio, e as cortou na panela do caldo; porque não as conheciam.Assim deram de comer para os homens. E sucedeu que, comendo eles daquele caldo, clamaram e disseram: Homem de Deus, há morte na panela. Não puderam comer.Porém ele disse: Trazei farinha. E deitou-a na panela, e disse: Dai de comer ao povo. E já não havia mal nenhum na panela.
Este é um episódio interessante. "Gilgal" significa "uma roda"; (como "Gilgul" no pictograma circular da cabala Judaica) talvez, aqui, um local de habitação de profetas ao norte de Israel, segundo os historiadores estudiosos.
Um dos possíveis, primeiros “seminários” em que os alunos se assentavam em círculo, ao redor do profeta mestre.
Nessa época havia fome naquela região conforme se lê na continuidade do texto.
Gente com fome não é exigente quanto ao cardápio; come qualquer coisa. O profeta Eliseu sabendo disto deu ordens para que se alimentassem primeiro, e para tal que fosse preparado um “ensopado”.
-Aqui o problema foi qual?
Na melhor das suas “intenções”, quando alguém quer contribuir com a sua ajuda, mas por ignorância, falta de rigor ou zelo, ou simples negligência, não se submete a si e as outros a uma examinação fiel, algo aparentemente inocente e inofensivo pode tornar-se extremamente perigoso ou mortal.
Quem apanhou aquele ingrediente (a erva chamada colocíntida) não tinha a menor noção do perigo que ela representava, nem mesmo o chefe da cozinha, pois ninguém sabia do que se tratava.
Se virmos o “ajudante” como um “Membro ou servo" na congregação e o “chefe de cozinha” como um “Líder ou Pastor”, e o “ingrediente” como a “Apostasia”, entendemos que não estamos a falar de coisas ligeiras.
A comida estava envenenada. A planta era tóxica e todos corriam perigo de morte. Aquelas pessoas estavam literalmente a ser alimentadas de puro veneno.
O veneno se tornou em alimento, tão somente, porque todos os que participaram da preparação da refeição, desconsideraram, a legitimidade daquele que foi "apanhar ervas".
Isto muito nos diz, do perigo de haver uma congregação inteira, confiar em determinada pessoa para desempenhar um papel, que desde o princípio estaria óbvio que não estava apta a fazê-lo.
Por seu erro, toda a congregação de pessoas ali em Gilgal ficou de repente, a correr sérios riscos de vida.
Felizmente a figura de Eliseu, que é símbolo de alguém verdadeiramente amadurecido na fé, pode intervir a tempo, e proteger a congregação de Homens ali e reverter a acção do veneno que havia sido introduzido no alimento pronto a ser servido.
Quando lemos: "Porém ele disse: Trazei farinha. E deitou-a na panela, e disse: Dai de comer ao povo. E já não havia mal nenhum na panela." (2 Reis 4:41) entendemos que a intervenção precisa de Eliseu resolveu o problema.
Aqui vemos o profeta Eliseu introduzindo um ingrediente que vem neutralizar todo o efeito do veneno e tornar a comida saudável.
Este novo ingrediente (A farinha) que veio neutralizar por completo o efeito tóxico da planta venenosa, pode ser vista como a Rigorosa Palavra de Deus, manuseada com habilidade; e Eliseu quem representa?
Aquele com capacidade de identificar o erro e ensinar como neutralizá-lo. Como o faz? Com a farinha que é a aplicação fiel e rigorosa da Palavra.
-Que se aprende com esta última lição?
Cuidado com aquilo que vos é servido Espiritualmente. A fome cega, desejosa apenas de satisfação pessoal impede o discernimento. Devemos comer não movidos pelo único desejo de satisfação, mas também para o fortalecimento e a saúde.
Aquela trepadeira era uma colocíntida, agradável aos olhos, e aparentemente comestível, contudo altamente tóxica.
São assim muitas vezes as “verdades do mundo”, enganando muita gente esfomeada, com apetite voraz por tudo aquilo que vier para dar satisfação!!
Quantos "cozinheiros" na direção de congregações servem humanismo contaminado, afirmando que é puro cristianismo?
A morte na panela é precisamente a mistura do evangelho com a religião; da Verdade com o relativismo; A substituição do poder de Deus por palavras persuasivas de sabedoria humana, e a instrução do Espírito Santo substituída pelas vozes dos “Teólogos”, "intelectuais" e pensadores actuais.
Cuidado com o alimento servido nos seminários, na internet e nos púlpitos deste mundo. Muitos deles não têm um “Eliseu” por perto para agir no momento certo.
Por isso vemos, infelizmente, Jovens Pastores que se lançam ao Ministério, para o qual não estão preparados, teólogos sem conhecimento de Deus, Diplomas e certificações que não habilitam ninguém à obra, e as Igrejas entregues a instituições seculares, cujas alianças que promovem são contrárias às Alianças Bíblicas que Deus fez connosco para nos separar do mundo.
O final da passagem (2 Reis 4:42-44) mostra que logo após o perigo passar, Deus restaura de novo a bênção, e Ele mesmo providencia a abundância daquilo que está em falta.
Muitas pessoas por causa da fome e da falta de confiança e dependência de Deus, ainda sabendo que seu alimento é nocivo para a saúde espiritual, por causa da fome, preferem correr o perigo optando permanecer naquilo que já lhes é habitual na ementa, pois seu verdadeiro propósito está somente centrado na barriga cheia e no comodismo.
Contudo Deus nos diz, que quando estamos dispostos a agir de forma a neutralizar imediatamente o veneno introduzido, Deus abençoa e providencia.
Logo vemos então o surgimento de um Homem que traz consigo àquele lugar, alguns pães e espigas com os quais Deus proporciona um Milagre de multiplicação para saciar a fome de todos aqueles Homens ali.
O número 20 (Associado aos pães) e o número 100 (associado ao número de Homens) nos ensinam também o simbolismo desta lição; Na bíblia o Número 20 está associado a "serviço" e o número 100 a "pagamento devido".
O que O Senhor nos quer fazer ver, é que todos aqueles que O servem legitimamente em Verdade, rigor e zelo serão devidamente recompensados, sendo que o número 100 também representa o valor da "abundância".
Todos nós estamos individualmente ao serviço de Deus na pessoa do Senhor Jesus Cristo por quem fomos comprados mediante o preço do Seu sangue (1 Tessalonicenses 1:9) (1 Coríntios 6:20).
Se o nosso serviço for segundo a Verdade, haverá bênção abundante em formato de pagamento, pois Deus não é um Deus omisso na retribuição que Ele mesmo nos ensina a desenvolver.
O desejo de Deus para a Sua Igreja é de Bênção, Alegria, Liberdade, Prosperidade, mas todas estas bênçãos devem ser conquistadas na Verdade.
A apologética como defesa da Verdade pode ser vista como radical, mas a Verdade de Deus é totalmente intransigente para com qualquer tentativa de relativizar, contrariar, adulterar ou menosprezar a sua natureza e identidade. Tudo aquilo que não é Verdade, é mentira. (1 João 2:21)
A Verdade completa, é absoluta; uma verdade incompleta, é relativa.
Não foi à toa esta referência feita pelos hipócritas a Jesus “Mestre, sabemos que és homem de verdade, e de ninguém se te dá, porque não olhas à aparência dos homens, antes com verdade ensinas o caminho de Deus” em (Marcos 12:14).
Os fariseus elogiavam esta característica em Jesus ao mesmo tempo que desprezavam completamente essa característica Nele.
Ainda Hoje encontramos pessoas assim incluindo nas igrejas, que servindo-se de falsos elogios (Romanos 16:18) tecem artimanhas para acusar e denegrir aqueles que têm um compromisso zeloso com a Verdade que os condena.
Jesus era firme na exposição da Verdade, inflexível, íntegro, intransigente para com os fariseus e sua religiosidade hipócrita, e por isso o odiaram até à morte.
Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.
Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus ouve-nos; aquele que não é de Deus não nos ouve. Nisto conhecemos nós o espírito da verdade e o espírito do erro.

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