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A PÁSCOA E A MALDIÇÃO REVERTIDA

  • Writer: desaovicente
    desaovicente
  • Mar 30, 2024
  • 11 min read

¹ E falou o Senhor a Moisés e a Arão na terra do Egito, dizendo:

² Este mesmo mês vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano.

³ Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada família.

⁴ Mas se a família for pequena para um cordeiro, então tome um só com seu vizinho perto de sua casa, conforme o número das almas; cada um conforme ao seu comer, fareis a conta conforme ao cordeiro.

⁵ O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras.

⁶ E o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde.

⁷ E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem.

⁸ E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão.

⁹ Não comereis dele cru, nem cozido em água, senão assado no fogo, a sua cabeça com os seus pés e com a sua fressura.

¹⁰ E nada dele deixareis até amanhã; mas o que dele ficar até amanhã, queimareis no fogo.

¹¹ Assim pois o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do Senhor.

Êxodo 12:1-11


É natural que se pense que esta é a primeira vez que a Páscoa aparece nas escrituras, dado que é de facto a primeira vez que a palavra "Páscoa" é citada na Bíblia e descrita como um ritual religioso de simbolismo espiritual.


Porém logo no início no primeiro Livro da bíblia e no princípio da história dos Homens sobre a Terra em pecado, nós vemos simbolismo sendo usado profeticamente para revelar o que Deus preparou na Sua obra eterna a nossa favor. A páscoa está presente desde o início da Bíblia, em símbolos espirituais como as túnicas de peles com que Deus cobriu os corpos em pecado de Adão e Eva (Génesis 3:21).

Animais morreram, e seu sangue foi vertido para que aquelas peles fossem usados, de modo a que a ideia do sangue derramado para cobrir o pecado apontasse logo ali para Jesus.


Indo até ao episódio da arca de Noé e do Dilúvio, nós vemos precisamente no capítulo 8 de Génesis as figuras da Páscoa e O Senhor Jesus sendo anunciado como a Salvação dos Homens.

Esta passagem complementa muito bem a passagem de Êxodo 12 e é importante analisar ambas paralelamente para sermos maravilhados com o poder de Deus na Sua Palavra.


Na bíblia o número 8 simboliza ressurreição e nova vida e é por isso também o Número que representa O Senhor Jesus;  Neste  capítulo 8 de Génesis  então, vemos que 8 pessoas apenas entraram e sobreviveram ao Dilúvio segundo os desígnios e a vontade de Deus (Génesis 7:7).

Diz a Palavra, na altura que era hora de sair da arca para a "Nova vida": "Sai da arca, tu com tua mulher, e teus filhos e as mulheres de teus filhos." (Gênesis 8:16), Noé e sua mulher (2 pessoas); seus 3 filhos (3 Pessoas) e suas 3 mulheres (3 pessoas) 2+3+3 = 8


Noé porém no meio das 8 pessoas é a figura do Homem que Deus usa para trazer a Salvação, prefigurando obviamente a Pessoa do Senhor Jesus como "O Salvador", por isso Pedro o chama particularmente da "8ª Pessoa" (2 Pedro 2:5) quando se refere ao "Mundo antigo" pré-dilúvio.


-Mas onde vemos nós a Páscoa propriamente neste episódio de Génesis 8 e que tem isto a ver com a passagem principal de Êxodo 12?


É feita uma referência da data que a arca repousou em terra seca (Génesis 8:4) sobre os montes de Ararate; (na actual região da Arménia) no 7º mês do calendário civil Judaico precisamente no dia 17 (Gênesis 8:4) que é o Mês de Abibe ou Nissan equivalente a Março/Abril (a altura que celebramos a Páscoa); 


Para muitas pessoas isto não parece coincidir e se torna confuso, porque em (Génesis 8:4) diz que a arca pousou no dia 17 do Sétimo mês; E na passagem de (Êxodo 12:2) fala do Primeiro mês e só refere o 10º dia (Êxodo 12:3) e depois o 14º dia (Êxodo 12:6) em relação à Páscoa.


-Que maravilhas Deus nos está a ensinar através destas duas passagens, que só com alguma atenção conseguimos contemplar?!


Quando Deus no âmbito da Páscoa e da passagem do Anjo do Senhor para ferir o Egipto de morte, decide instituir um novo calendário ao povo Judeu em (Êxodo 12:2) dizendo: "Este mesmo mês vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano.", não o faz à toa;

Este mês que era o 7º mês Civil em Génesis 8 passa a ser o 1º mês religioso, como uma data importante a ter em conta, e isto porque apontava para O Senhor Jesus O Cordeiro do sacrifício que Abraão havia dito a Isaque “Que Deus proveria” (Gênesis 22:8).


Toda a gente sabe da maravilhosa história e valiosa lição que Deus nos dá em Abraão, quando lhe pede o filho em sacrifício (Génesis 22:7-8). Esta é apenas mais um dos simbolismos da "Páscoa" onde "o cordeiro sacrificial" aponta directamente para O Senhor Jesus e a obra gloriosa da Cruz a nosso favor.


Então agora sabendo que o sétimo mês e o primeiro mês aqui descritos nestas passagens são o mesmo mês, vamos entender que o 14º dia do "cordeiro sacrificado à tarde" se refere profeticamente à morte do Senhor Jesus, que ocorreu exactamente no dia 14 do mês de Nissan Milénios mais tarde. 


Mal sabiam os fariseus que levando O Senhor Jesus à cruz, não crendo que ELE era O Messias anunciado, estavam a cumprir matematicamente a profecia acerca da Sua morte. 

Fazendo isto só acabaram por atestar que Ele era O Messias, pois só Deus podia fazer com que os Seus inimigos cumprissem esta data e na sua desobediência e rebelião, obedecessem à profecia que assim o determinou.


Da boca do próprio Caifás na sua ignorância, isto se cumpre, quando lemos dizer:


⁴⁹ E Caifás, um deles que era sumo sacerdote naquele ano, lhes disse: Vós nada sabeis,

⁵⁰ Nem considerais que nos convém que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação.

⁵¹ Ora ele não disse isto de si mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação.

⁵² E não somente pela nação, mas também para reunir em um corpo os filhos de Deus que andavam dispersos.

João 11:49-52


-Mas então o que tem a arca aqui em comum, e o dia 14, com o dia 17 deste mês, e que isto tem a ver com a Páscoa e O Senhor Jesus?


Jesus 3 dias depois da Sua morte, ressuscita cumprindo a Obra que lhe estava proposta a favor de cada um de nós (Marcos 16:6)

A resposta que liga o dia 14 ao dia 17 está nos 3 dias (Mateus 27:63) (Mateus 12:40) em que Jesus O Cordeiro de Deus sacrificado à tarde (Mateus 27:45ficou morto e ressuscitou

No mesmo dia, do mesmo mês, com uma diferença de milhares de Anos, Deus profetiza ao novo mundo a salvação em Jesus Cristo!


Mas ainda há mais, para entender acerca de como Deus é maravilhoso em tudo o que faz.  Em (Gênesis 8:4) quando lemos que: “a arca repousou no sétimo mês, no dia dezassete do mês, sobre os montes de Ararate.“ convém atentar para o pormenor que o nome do Monte -Ararate- traduzido (Arar+at) quer dizer literalmente: Maldição revertida;

Assim quando Deus reverte a maldição do Dilúvio, e traz 8 pessoas para um "novo mundo" Ele nos ensina, que dentro da arca há protecção, fora da arca há juízo.

Da mesma forma que em Jesus há Salvação, e fora Dele só condenação.


Estas 2 passagens associadas nos revela que a ressurreição de Jesus, assim como a arca repousar no cume do monte, simbolizam a maldição do pecado revertida, e a entrada na Graça para a nova vida.

O Dilúvio de Noé e a Páscoa no Egipto são eventos que apontam para o mesmo plano de Deus de revelar O Senhor Jesus.

A ordem de tomar um “Cordeiro” sacrificial para usar o seu sangue como protecção contra o Juízo do Senhor (Êxodo 12:12-13) aponta directamente para a obra da Cruz.

Abraão foi usado como Noé, para nos passar a verdade que Deus é um Deus de Salvação não só da morte física, mas da morte espiritual eterna.


Quando Deus promete um filho a Abraão, depois lhe pede o filho em sacrifício, manda-o também ao cume de umas montanhas (Génesis 22:2); O Monte Moriá onde o Holocausto foi feito e o "Cordeiro" aparece para substituir Isaac no sacrifício, também nos ensina que o plano de Deus desde o princípio está se cumprindo de forma infalível. 


O Monte -Moriá- (Mōriyāh) pode ser traduzido como: Ordenado ou considerado por Deus; Na passagem ainda lemos que Abraão chamou àquele lugar: “O Senhor proverá; donde se diz até ao dia de hoje: No monte do Senhor se proverá.” (Gênesis 22:14) isto porque segundo Abraão, provavelmente Deus considerou quem devia tomar o lugar do sacrifício, e como tal logo providenciou o Cordeiro no lugar do Seu filho.


O Nome Moriá no Hebraico (Mōriyāh) contudo é a abreviação e junção de três palavras. As palavras hebraicas que formam Moriá são:

  • -Maqon- (lugar)

  • -Raah- (ver, examinar, inspecionar, perceber, considerar)

  • -Yah- (a forma contraída ou o diminutivo do nome de Deus)


Sendo assim, o significado exacto dessa palavra pode também ser definido como “o lugar onde Deus é visto”.

Muitos julgam a Deus por nesta passagem Ele pedir a Abraão seu filho em sacrifício sem entenderem bem, o que Deus realmente quer demonstrar a cada um de nós.

Se alguém quer realmente "Ver Deus" por quem ELE realmente é, tem que analisar profundamente o que está relatado na passagem completa.


Em (Gênesis 22:7,8) vemos então que era necessário que o pecado fosse pago pelo derramamento de sangue, por isso Isaque perguntou pelo cordeiro para o sacrifício.

Isaque sabia que um holocausto apenas com fogo e lenha seria inútil e insuficiente; Nesta ocasião Abraão profetizou acerca da vinda futura do Cordeiro de Deus, e Seu Sacrifício Eterno e Permanente dizendo: “Deus proverá para Si o cordeiro para o holocausto”.

-Este seria Cristo Jesus, “O Cordeiro de Deus”.


A razão porque Deus pede a Abraão seu filho Isaque em sacrifício não devia ser mal interpretada sem o conhecimento amplo do contexto.

Abraão vinha de um passado pagão, e de uma cidade que era um dos maiores centros de adoração da "deusa" mesopotâmica Nanna.


Na antiguidade praticamente todos os falsos deuses pagãos (Nanna, Moloque, Quemós, Astarote, Baal, e por aí fora) pediam sacrifícios como símbolos de adoração.

Por isso Abraão não estranhou o pedido que O Deus ELOHIM que se havia revelado a ele, lhe pedia.

Mas Deus tinha uma valiosa lição para registar ali na provação de Fé de Abraão, para servir de exemplo para todos nós.


Quando Abraão obedecendo ao pedido de Deus decide imolar o seu filho, Deus o interrompe dizendo: “Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. Então disse: Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único filho.” (Gênesis 22:11,12)

No versículo 14 vemos logo de seguida que Deus providencia um carneiro que ali estava por perto preso pelos chifres num arbusto (Gênesis 22:13).


O que Deus queria deixar bem evidente, é que Ele era diferente de todos os deuses pagãos que Abraão conhecia que pediam os filhos dos homens em sacrifício.

Quando Deus brada dos céus a Abraão para impedir o sacrifício de Isaque, Ele mostra, que ao contrário do que seria de esperar, Ele é um Deus que prefere sacrificar Seu Próprio Filho perfeito, para poupar os filhos dos pecadores.

O Deus Elohim é um Deus de amor sacrificial, que opera sozinho o resgate dos pecadores, e essa é a obra gloriosa da Cruz que Jesus veio fazer por todos nós, para revelar o Amor incondicional de Deus, e a compaixão que Ele tem dirigida de mão aberta a quem se entregar a Ele pela Fé.


Porque a Escritura diz: Todo aquele que Nele crer não será confundido.                          Romanos 10:11


Quando na Escritura, Deus diz a Abraão “o teu único filho” (Gênesis 22:2) já apontava para o desejo de Deus providenciar o Seu único Filho em lugar de Isaque.

Isaque não era o único filho porque Abraão também era Pai de Ismael, mas a figura de Isaque como filho da promessa, era um símbolo do Próprio Filho de Deus, O Cordeiro sacrificial.


Em Jesus nós também somos todos poupados da morte, sendo feitos filhos da promessa também, participantes de Cristo de modo a nos tornarmos também família de Deus e co-herdeiros da herança da eternidade.


⁷ Nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência.⁸ Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência.


¹³ Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;

¹⁴ Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito.

¹⁵ Irmãos, como homem falo; se a aliança de um homem for confirmada, ninguém a anula nem a acrescenta.

¹⁶ Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua descendência, que é Cristo.

¹⁷ Mas digo isto: Que tendo sido a aliança anteriormente confirmada por Deus em Cristo, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a invalida, de forma a abolir a promessa.

¹⁸ Porque, se a herança provém da lei, já não provém da promessa; mas Deus pela promessa a deu gratuitamente a Abraão.


²⁸ Mas nós, irmãos, somos filhos da promessa como Isaque.

²⁹ Mas, como então aquele que era gerado segundo a carne perseguia o que o era segundo o Espírito, assim é também agora.

³⁰ Mas que diz a Escritura? Lança fora a escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da escrava herdará com o filho da livre.

³¹ De maneira que, irmãos, somos filhos, não da escrava, mas da livre.


Só há 2 tipos de Homem então, e a Páscoa do Senhor bem nos revela esta grande verdade.

Na arca só haviam os que estavam dentro (eleitos por Deus no meio de uma geração perversa); E os que ficaram de fora (os que desprezaram a Noé, e se fizeram ocupados com os prazeres da vida);

No Egipto, só havia os que untaram suas portas com o sangue do cordeiro (os que celebraram a Páscoa do Senhor); E os que viviam na idolatria (os que eram inimigos de Deus e também do Seu povo)


Em breve o Anjo do Senhor irá passar por toda a Terra, não somente pelo Egipto,  e não para despejar água em forma de dilúvio, ou fazer cair as paredes de água do Mar vermelho, mas para despejar um fogo consumidor sobre todos aqueles que à semelhança daqueles homens nos dias antigos, não tinham Jesus O Cordeiro de Deus Pascal como Salvador, aqueles cuja maldição do pecado ainda não foi revertida, para uma vida nova, num mundo novo onde habita a Justiça!


Na Páscoa do Senhor, o cordeiro cozinhado era comido de "Lombos cingidos", "sapatos nos pés", "cajado na mão", e "apressadamente" (Êxodo 12:11), como figura de quem estava devidamente preparado para "partir", pois Deus já havia anunciado a saída do Egipto (o cativeiro espiritual) em direção à Terra prometida (a Libertação para uma vida de Bênçãos debaixo do favor de Deus).


Será que todos nós os que proclamados ter o sangue do Cordeiro nas ombreiras das nossas portas, estamos realmente neste mundo, nesta Páscoa, prontos para "partir", preparados, bem cingidos, devidamente apoiados no Senhor, e com "pressa" para ir embora?


Se O Senhor Jesus não for a Sua Arca, não adianta quão bom nadador você é!

Por isso é sempre bom lembrar, que o Deus do arco-íris, também é o Deus do Dilúvio!


²⁶E, como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem.

²⁷ Comiam, bebiam, casavam, e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio, e os consumiu a todos.

²⁸ Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam;

²⁹ Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos.

³⁰ Assim será no dia em que o Filho do homem se há de manifestar.

³¹ Naquele dia, quem estiver no telhado, tendo as suas alfaias em casa, não desça a tomá-las; e, da mesma sorte, o que estiver no campo não volte para trás.

³² Lembrai-vos da mulher de Ló.

³³ Qualquer que procurar salvar a sua vida, perdê-la-á, e qualquer que a perder, salvá-la-á.





 
 
 

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Jesus Cristo é o único Salvador. Ora vem Senhor Jesus. Maranatha.

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