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           A TRINDADE

   -O PODER TRÍPLICE DE DEUS-

Quando falamos de Cristianismo Bíblico, falamos da Verdade relativa ao Deus Bíblico, O Deus da Antiguidade que criou os Céus e a Terra, e que se revelou ao homem como O único Senhor de toda a Criação. 

O Cristianismo (Como transformação da mente e do coração para a sujeição a Cristo, e não como "religião secular", por mera tradição como é comumente conhecido pela maioria) é Monoteísta na sua essência, e Fundamentalista (Fundamentado na História, pelo rigor da Palavra de Deus e na Verdade - revelação dada directamente por Deus aos Homens) e, toda a revelação Bíblica desde o Velho até ao Novo Testamento na criação da Igreja de Cristo, assim o confirma. 

Que há 1 só Deus, e 1 só Senhor; e que O Deus de Israel, O Deus Eterno, não divide a Sua Glória com nenhum Outro. Ele mesmo assim o diz na Sua Palavra:

 

Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura.
Isaías 42:8

 

Então não há outros deuses dignos de adoração, ou personagens a quem devamos adorar, reverenciar ou cultuar. Isto inclui "santinhos populares da tradição secular", Maria, Fátima, e quaisquer outras imagens ou símbolos pagãos, ligados directamente ou indirectamente ao Cristianismo ou a qualquer outra religião, seita ou sistema místico e esotérico.

O Deus Bíblico, O único Deus é um Deus zeloso, Zeloso da Sua Glória, e Principalmente do Seu Nome e isso é notório ao longo de toda a Escritura.

 

Porque não te inclinarás diante de outro deus; pois o nome do Senhor é Zeloso; é um Deus zeloso.
Êxodo 34:14

 

Qual é então a importância do "Nome" para Deus? Nome que Ele mesmo refere em Isaías 42:8, acima referido: ..."Este é O Meu Nome";

Curioso que "O Nome" está intimamente ligado "à Minha Glória" (Ainda se referindo a Si mesmo). Existe aqui expressa nesta passagem a ideia do Zelo e da Exclusividade que deita por terra qualquer ideia de Deus competir, ou dividir o Seu estatuto Divino Supremo com qualquer outro. Ele é O único Deus.

 

O Nome serve para a Identidade, ou seja, para designar a estrutura, e identificar o carácter ou a realidade de alguém ou de alguma coisa. Nós damos nomes a todas as coisas que fazem parte do nosso Universo reconhecível, porque elas têm identidade atribuída; 

- ou inanimada no caso dos objectos e dos conceitos; 

- ou de Natureza Viva; animais e pessoas com Identidade Própria, personalidade e carácter;

Os nomes são importantes também para a comunicação e a definição das relações pessoais que nós temos com com tudo, Por isso mesmo Deus colocou em Adão o Privilégio de nomear todas as criaturas lá em Génesis, no Início da Criação (Génesis 2:20), e por isso a importância que Deus dá referindo-se ao Seu próprio Nome - "Este é O Meu Nome" - (Nome pelo qual O reconhecemos, cultuamos e Adoramos) - Relação que Ele quer connosco Suas criaturas; criadas para esse mesmo propósito; para o relacionamento.

 

Esse ÚNICO DEUS, que é reconhecido por nós por muitos nomes, Jeová Shalom (Deus de Paz) Jeová Jireh (Deus de Provisão), El Shaddai (Deus todo poderoso), Elohim (Deus no controle), Kadosh (Deus Santo), Shamah (Deus presente), El Elion (Não há outro Igual) Tsidikenu (Minha Justiça), Emmanuel (Deus connosco) é O Deus de Israel, O Senhor dos Exércitos, O Criador de todas as coisas, O Pai da Eternidade, O Alfa e O Ômega, O que É, e que Era e que Há de vir, Deus Eterno. (Apocalipse 1:8)

O Nome tem poder, porque a Palavra tem poder (vemos isto logo no acto da criação- "E disse Deus: Haja luz; e houve luz. (Gênesis 1:3). É nítida a relação entre o Nome de Deus e a Autoridade; A Palavra e a criação; e é na pessoa Do Senhor Jesus que descobrimos a Centralização da Glória de Deus, Onde O Pai e O Espírito Santo trabalham em perfeita sintonia com o único propósito de Glorificar O Filho.

E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.

Atos 4:12  

 

Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome;
Filipenses 2:9

 

Quando lemos na Bíblia que Deus não divide a Sua Glória com Ninguém, e vemos igualmente Cristo Glorificado e exaltado por Deus na figura Do Pai, torna-se evidente, que Cristo também É DEUS. De outra forma O Pai não dividiria a Glória com O Filho.

Basta Ver a seguinte Passagem:

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
João 1:1

Estava e Era, 2 verbos ambos usados para definir acção em relação Ao Verbo e a Sua ligação a Deus.

Não só Ele -Estava- (no sentido de mostrar singularidade e pluralidade na presença física) como -Era- (no sentido de mostrar que na pluralidade havia a mesma identidade);

Isto é maravilhoso de se contemplar, pois revela essa natureza misteriosa de Deus que muitos não conseguem compreender, porque projectam em Deus realidades humanas (Lógica, física, Biologia) criadas para nos medir a nós, e não a Ele.

A Trindade é vísivel e notória, e não é porque o termo "Trindade" não aparece dessa forma explícita nas Escrituras que vamos dizer que não existe Trindade, pois claramente o poder Tríplice de Deus está presente tanto nas pessoas Do Pai, como Do Filho, como Do Espírito Santo e isto é evidente do ponto de vista Escriturístico; é uma Verdade Bíblica incontestável.

Se o Espírito Santo não fosse Deus, e não fosse dignificado na Sua identidade pessoal, porque razão a Bíblia afirmaria que a blasfémia contra O Espírito Santo é o único pecado sem perdão? -Não seria então a blasfémia contra "O Pai" de maior gravidade? Sendo que O Pai é maior que todos? (Ver João 10:29) ( Blasfémia contra o Espírito encontra Referência em Marcos 3:29 / Lucas 12:10 / Mateus 12:32)

 

Uma das grandes e maravilhosas formas como Deus se identifica, e se Revela a nós, é como Um Deus Trino ou Triúno; Um Deus completo que embora sendo 1 Só Deus, se manifesta de 3 formas distintas em 3 pessoas distintas. O conceito de Trindade tem sido objecto de muita confusão, por causa das agendas ecuménicas que pretendem unificar todas as "percepções" culturais da natureza de Deus, da "Teologia" hiper-intelectualizada que se desvia da Verdade, e do paganismo sincrético fundido no "cristianismo" secular, fruto da ignorância e da natureza idólatra dos Homens.

 

É notório O papel distinto das 3 pessoas da Trindade no plano de Deus para o nosso resgate e Salvação. O nosso Deus distingue-se de todas as "divindades criadas" pela mente humana, precisamente por Sua natureza Trina completa, que precede todas as deturpações e desvios da Verdade que deram origem ás seitas e religiões humanas.

O satanismo por exemplo também tem a sua "trindade satânica", composta pelo "dragão", a "besta" e o "falso profeta"; no Hinduísmo por exemplo encontramos "Brahma", "Shiva" e "Vishnu" assumindo a mesma triplicidade. Podemos encontrar noutras religiões ancestrais imensas personagens mitológicas, assumindo similaridades com um suposto carácter tri-partido. A diferença dramática entre as "cópias" e o "formato original", é precisamente o facto da Trindade de Deus, ser composta por 3 pessoas distintas, sendo que existe singularmente 1 só DEUS. Esta natureza Divina é inédita e não se assemelha a nenhuma outra.

 

No Cristianismo a Trindade opera um papel glorioso na Criação, na manutenção de toda a vida, e na realidade da Eternidade. Mas onde é evidente O papel de cada pessoa da Trindade é no plano da Salvação que Deus preparou desde o princípio dos Séculos.

-Somos chamados pelo Pai, justificados pelo Filho, e Selados pelo Espírito.

Pai, Filho e Espírito Santo, São 1 só Deus, não são 3 Deuses distintos convém novamente salientar.

Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas.
1 Pedro 1:2  

A sintonia das 3 Pessoas da Trindade trabalhando com o mesmo propósito revelam a unidade do poder Tríplice de Deus, provando que O nosso Deus é Um único Deus, e não 3 Deuses distintos. 

Existe muita dificuldade em entender isto, e por isso muitas pessoas rejeitam a Divindade do Senhor Jesus, afirmando que Ele não é Deus, como é o caso comum na seita dos Testemunhas de Jeová.

 

Voltando ao "Nome" do Deus zeloso referido nas passagens acima de Isaías e êxodo, e agora lendo a seguinte passagem de actos, conseguimos entender não só a Unidade da Trindade, mas a Divindade de Jesus.

 

para nós, porém, há um único Deus, o Pai, de quem vêm todas as coisas e para quem vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, por meio de quem vieram todas as coisas e por meio de quem vivemos. 
1 Coríntios 8:6

 

Muitas pessoas imediatamente diriam, Então se só há um único Deus - O Pai -, significa que Jesus não é Deus, e  é compreensível até certo ponto como numa primeira instância esta referência pode induzir alguém com pobre conhecimento bíblico e pouco discernimento em erro.

 

Mas, Vejamos a seguinte passagem:

Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.
Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?
Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras.

João 14:8-10  

 

"Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe?" -Se a pergunta era conhecer O Pai, e Jesus responde, "não me tendes conhecido", não é notória a Verdade que Jesus e O Pai são um? Não é evidente que até na Identidade de Deus existe Unidade Plural?

 

Vejamos ainda o que disse Jesus noutro momento aos fariseus:

Eu e o Pai somos um.
João 10:30  

 

A reacção dos Judeus ás palavras de Jesus, de que Ele e O Pai eram Um, eram esperadas, fruto da incapacidade de entenderem a verdadeira natureza de quem estava entre eles. Estes, acusavam Jesus de se fazer "passar por Deus", por causa das Palavras que Ele proferia, e por isso O queriam apedrejar. Hoje temos muitos ditos "crentes", que apedrejariam Jesus pelas mesmas razões.

“Os judeus responderam, dizendo-lhe: ..."Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfémia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo”. (João 10:33).  

 

Consideremos a seguinte passagem:


Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um.
E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam num.

1 João 5:7,8  


A análise expositiva leva-nos a identificar os seguintes pontos:

Primeiro no Versículo 7:

  1.  3 testificam no Céu, ou seja 3 dão testemunho. 

  2. "Estes 3 são um" refere novamente a Unidade distinta dos 3. Os 3 são distintos, mas os 3 têm a mesma natureza - "São" (Verbo ser);  É de notar a referência de Deus ser Louvado pelos querubins como 3x Santo em (Isaías 6:3), 1 vez por cada um que testifica -Santo (O Pai), Santo (A Palavra), Santo (O Espírito);

  3. (O Pai); (A Palavra); (O Espírito); -"Estes 3 são Um"; Unânimes; Esta Expressão revela Unidade, Singularidade, ou seja a mesma essência, mesma consistência, mesmo propósito; Por isso O testemunho é o mesmo. 

 

A Trindade mais uma vez, não são 3 Deuses, mas Um só Deus. Estes 3 são Um, mas são 3 distintos a testificar conforme nos é apresentado no versículo acima. Encontramos portanto 3 testemunhos.

De seguida no Versículo 8:

  1. 3 testificam na Terra, ou seja, 3 servem de testemunho. (O Espírito); (a água); (o Sangue); Curioso que exista uma clara distinção entre 3 no céu, e 3 na Terra, (3 São/3 servem de testemunho) Mas os primeiros 3 "São Um", e os segundos 3 "concordam num". Distintos, mas o propósito parece ser o mesmo entre todos eles; testificar ou testemunhar de alguma coisa. -Do quê particularmente poderia alguém questionar?

  2. Os três que são descritos testificando na terra, como se fossem pessoas, é elegantemente subserviente às três pessoas testificando no céu. Por isso (3 São/3 concordam); "São" é referente a pessoas; "Concordam" alusão ao Símbolo de concordância/coerência de testemunho; O Espírito - Na palavra, confirmada por milagres. A água - Do baptismo, em que somos dedicados ao Filho (com o Pai e o Espírito), tipificando a Sua pureza imaculada e a purificação interior da nossa própria natureza. E o sangue - O sacrifício de Jesus na Cruz do Calvário, pagando o Bom preço, representado na ceia do Senhor, e aplicado às consciências do crente. E estes três harmoniosamente concordam em - dar o mesmo testemunho - que Jesus Cristo é o Divino Filho de Deus, O completo, e único Salvador do mundo, O Senhor de todas as coisas. Este é o Testemunho comum tanto nos céus, como na Terra.

 

Esta é a razão porque O Baptismo é operado mais uma vez (Nos Nomes) - Do Pai; Do Filho, e Do Espírito Santo. E a razão porque antes de o afirmar, Jesus disse eloquentemente: " É-me dado todo o poder no céu e na terra." 

Mais uma vez se comprova na passagem acima dos 3 testificando no céu, e 3 testificando na Terra agindo de acordo com a declaração ousada de Jesus de que Lhe é dado TODO o Poder. Não é muito difícil perceber-se a Unanimidade dos testemunhos, e de quem testemunha, e a Unidade singular entre os 3.

 

E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.
Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, baptizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;

Mateus 28:18,19  

A pluralidade da Trindade, coexistindo na Singularidade de 1 só Deus, é confuso para muitas pessoas, e por isso este tema ser um tema até controverso dentro das próprias "comunidades Cristãs".

 

Verifiquemos as seguintes passagens:

(Em Génesis 1:26) "E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança;..." 

(Em Génesis 11:7) "Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua..."

 

Em ambas as Passagens, é Deus quem fala em relação ao Homem; Na primeira passagem aquando da criação do Homem, e na segunda, quando no evento da construção da Torre de Babel, Deus se indignou com a rebeldia do Homem e o puniu.

Curioso a aplicação dos verbos: "Façamos"; "Desçamos"; "Confundamos"; sempre usados no Plural, denunciando que Deus não falava de si mesmo no Singular. Para quem falava Ele? Para os Anjos? Nós fomos feitos à imagem e semelhança de Deus e não dos Anjos.

"Imagem e semelhança" porventura faz de nós "deuses"? Claro que não, contudo a imagem e semelhança procede de Cristo, da Sua natureza física Eterna de Glória, e por isso Ele despojou-se da Sua Glória para vir à Terra relacionar-se connosco, e por isso é que nós seremos glorificados também com Ele na eternidade. (Romanos 8:17)

Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.
Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.

João 1:10,11

Agora note-se a descrição detalhada deste conceito de um Deus Grandioso fazendo-se Homem com o único propósito de co-habitar connosco; Criador e criaturas nas seguintes passagens.

E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
João 1:14 

 

Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;

Filipenses 2:6,7  

"Sendo em forma de Deus" é uma expressão tão flagrante que é ímpossível negar a Divindade de Jesus só por este versículo apenas.

Agora vejamos a Divindade de Jesus expressa pela Sua Própria boca quando Ele faz referência ao Velho Testamento para eloquentemente afirmar que Ele mesmo é O Deus da Antiguidade:

Deus falando na pessoa Do Pai:

E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós.
Êxodo 3:14  


Jesus Falando, ou Deus falando na pessoa Do Filho:
Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou.
João 8:58  

Vejamos ainda:

Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho,
A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.
O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas;
Feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles.

Hebreus 1:1-4  

 

Aqui em Hebreus referindo-se a Cristo, lemos: "O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa". Porventura haveria descrição mais óbvia da Divindade do Senhor Jesus?

A dificuldade parece muitas vezes estar, em algumas pessoas verem Deus "Humanizado" na pessoa de Cristo, como uma espécie de "Downgrade" (Descer de patamar da Glória) que fosse impossível para Deus.

Seria impossível sim, se Deus não tivesse uma natureza Trínitária e se Jesus não fosse uma das Pessoas da Trindade.

Por isso a referência de Filipenses descrevendo: "... esvaziou-se a si mesmo ..."; ou seja desprovendo-se da Sua Glória, única forma de Ele poder de facto co-habitar connosco, visto não sermos nem dignos de estar na Sua presença na Figura Do Pai.

Isto é evidente na natureza descritiva dos Querubins que se cobrem com suas asas por estarem na presença do Deus 3x Santo (Isaías 6:2-3), e no episódio de Moisés descalçando os sapatos (êxodo 3:5) e não olhando directamente para Deus (êxodo 3:6), e ainda na transformação ocorrida de ter ficado resplandecente só por ter estado na presença da Glória de Deus. (êxodo 34:29-30)

Jesus é a manifestação Visível de Deus, pois sem Ele, e sem O Espírito Santo, não nos seria permitido, conhecer a Deus em intimidade, nem tampouco Vê-lo. Esta é a razão porque a Natureza Trinitária de Deus é-nos descrita em detalhe.

Vejamos:


Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou.
João 1:18  

Aqui vemos notoriamente O Espírito, comum tanto Ao Pai, como Ao Filho, na revelação que nos é a nós concedida sobre a real Natureza de Deus.

Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.
Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.
Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.
As quais também falamos, não com palavras que a sabedoria humana ensina, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais.
Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.

1 Coríntios 2:10-15  

 

Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.
1 Timóteo 2:5  

 

Então Jesus como Mediador - (Simultaneamente Deus e Homem, fazendo a ponte entre Criador e Criatura), à Luz de toda esta revelação Escriturística, faz mais sentido, e torna mais fácil perceber o plano de Deus na Igreja; Sermos (Nós os Filhos de Deus) uns com Ele (Cristo O Filho de Deus), como Ele é um com O Pai. 

 

Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.
Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim.

João 17:21-23  

 

"Sermos perfeitos em Unidade" é mais um comprovativo da Unidade singular deste Deus Trinitário que se revelou a Nós, e da Grandiosidade do Seu plano Eterno, centrado na pessoa de Jesus Cristo, O Senhor dos Senhores, Nosso Salvador e Rei. 

 

Agora contemple-se a seguinte passagem:

O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;
Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele.
E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.
E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência.
Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse,
E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus.

Colossenses 1:15-20  

 

Tomé, o discípulo, prostrado em adoração, declarou a respeito de Jesus: “Senhor meu, e Deus meu!” (João 20:28); Curioso perceber-se que Jesus não o corrige, e se deixa ser adorado. A passagem de (Tito 2:13) encoraja-nos a esperar pela "volta de nosso Deus e Salvador, Jesus Cristo" (note-se ainda também II Pedro 1:1) Referindo-se ao Senhor Jesus como Deus. 

Nas Escrituras, várias vezes Jesus recebe adoração (Mateus 2:11; 14:33; 28:9-17; Lucas 24:52; João 9:38). Ele nunca reprova as pessoas quando recebe adoração, e isto é sinal de que a adoração era legítima. Aliás a adoração ao Senhor Jesus começou logo após o Seu nascimento, quando os Reis Magos o adoraram (Mateus 2:11). Se Jesus não é Deus, Ele teria dito às pessoas para não ser adorado, assim como fez o anjo em Apocalipse. (Apocalipse 22:9)

A razão mais importante a contemplar para Jesus ser Deus é que se Ele assim não o fosse, a Sua morte não teria sido suficiente para pagar a pena pelos pecados do mundo inteiro (I João 2:2). 
Somente um Deus infinito poderia pagar esse preço. Somente Deus poderia carregar os pecados do mundo (II Coríntios 5:21), morrer e ressuscitar, provando a Sua vitória sobre o pecado e a morte.

 

O Senhor Jesus é uma das 3 pessoas da Trindade, e Ele É Deus, e qualquer outra noção que se desvie desta Verdade é heresia. Há diversas passagens em que as três pessoas da Trindade são expressamente mencionadas, como por exemplo, em relação ao baptismo de Jesus (Lucas 3:21-22); no discurso de despedida de Jesus (João 14:16-17); na Grande Comissão (Mateus 28:19); na bênção apostólica (2 Coríntios 13:13), e também em passagens como estas: Lucas 1:35; 1 Coríntios 12:4-6; 1 Pedro 1:2, etc. 

O Novo Testamento oferece a revelação clara do Deus que envia O seu Filho ao mundo (João 3.16; Gálatas 4.4; Hebreus 1.6; 1 João 4.9); e os dois, Pai e Filho, enviam O Espírito Santo (João 14.26; 15.26; 16.7; Gálatas 4.6).

Encontramos o Pai dirigindo-se ao Filho (Marcos 1:11; Lucas 3:22); O Filho comunicando com o Pai (Mateus 11:25-26; 26:39; João 11:41; 12:27-28) e o Espírito Santo intercedendo por nós a Deus (Romanos 8:26).

A cumplicidade entre os 3: -Pai, Filho e Espírito Santo é inegável.

 

Os sabelianos do séc. III da era Cristã, negaram a existência das três pessoas na Divindade, e afirmaram que Deus se revelou como Pai na criação e na transmissão da lei, como Filho na encarnação e como Espírito na regeneração e santificação. As três pessoas eram reduzidas a uma SÓ PESSOA E NATUREZA.

(O Dogma verdadeiro é: Uma só Natureza Divina em TRÊS PESSOAS distintas: Pai, Filho e Espírito Santo)

 

Se não existisse Trindade, Jesus não poderia ser Deus, e todas as passagens bíblicas que assim o demonstram estariam em contracenso, colocando TODA a Escritura em cheque, pois uma das características da Bíblia é ser Toda igualmente divinamente Inspirada.

Vejamos uma breve descrição do Lado Humano e Divino Do Senhor Jesus e como Ele notoriamente faz parte da Trindade.


JESUS REVELADO COMO DEUS ENCARNADO:

  • Ele é adorado (Mateus 2:2-11; 14:33; 28:9)

  • As pessoas oram pra Ele (Actos 7:59; 1 Coríntios 1:2)

  • Ele é chamado de Deus (João 20:28; Hebreus 1:8)

  • Ele é chamado de Filho de Deus (Marcos 1:1)

  • Ele não tem pecado (1 Pedro 2:22; Hebreus 4:15)

  • Ele sabia de todas as coisas (João 21:17)

  • Ele dá a vida eterna (João 10:28)

  • Ele perdoa pecados (Lucas 7:48; Marcos 2:5; Lucas 5:20-23) 

  • Toda a plenitude da Divindade habita nele (Colossenses 2:9)


JESUS PLENAMENTE HUMANO:

  • Ele nasceu (Isaías 9:6)

  • Ele orava ao Pai (João 17:1)

  • Ele foi chamado de homem (Marcos 15:39; João 19:5)

  • Ele foi chamado de Filho do Homem (João 19:35-37)

  • Ele foi tentado (Mateus 4:1)

  • Ele cresceu em sabedoria humana (Lucas 2:52)

  • Ele demonstrou emoções humanas; -perturbou-se (João 11:33), e Chorou (João 11:35); -Agonizou (Lucas 22:44)

  • Ele teve um corpo de carne e ossos (Lucas 24:39)  

  • Ele morreu (Romanos 5:8)  

 

Agora referente ao Espírito Santo, ou ao Espírito Do Senhor, como aparece em algumas passagens, vejamos: 

Se O Espírito Santo não faz parte da Divindade de Deus, então todo o conceito de quem Deus é cai por Terra. Aliás basta que Uma das pessoas da Trindade seja desprovida da Sua Divindade, para todas serem desconsideradas.

 

A DIVINDADE DA PESSOA DO ESPÍRITO SANTO:

Existem 3 características que são ÚNICAS e EXCLUSIVAS de Deus:

1)-OMNISCIÊNCIA (Sabe tudo)
2)-OMNIPRESENÇA (Está em todo lugar)
3)-OMNIPOTÊNCIA (Pode Tudo).

O Espírito Santo é Deus pois Ele existe antes da criação, -No Princípio- ("o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas" -Gênesis 1), Ele é pré-existente, e Só Deus é pré-existente, sendo que, é ímpossível negar que Ele É Deus, Pois Deus não foi criado, não conhece início nem fim (Este é o conceito verdadeiro de Eterno -"Fora do tempo"). 
Se O Espírito Santo não é Deus, porque é que a Bíblia afirma no Antigo Testamento que Moisés, Davi, Saul, Elias, Samuel e outros foram cheios do Espírito Santo? Algumas versões usam Espírito de Deus ou Espírito do Senhor, e o termo que é usado no hebraico (Ruach-רוח) foi traduzido no Grego para Paracletos ou Pneumatos, que é um referência clara ao Espírito Santo. 

Vejamos a referência por exemplo de Joel:

E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.
E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito.

Joel 2:28,29

A Omnipresença do Espírito de Deus é evidente como também o é a Sua Divindade.

Note-se:

Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.

João 4:23,24

A Trindade evidentemente interligada; O Pai na adoração em espírito, Pelo Espírito Santo, e em Verdade, por Jesus Cristo (A Verdade -João 14:6)

-Se O Espírito Santo não é Deus porque encontramos na Bíblia tanto ênfase a Ele dirigido, principalmente no Novo Testamento?

Jesus disse aos Apóstolos que O Pai, lhes enviaria "outro" Consolador; Aqui o termo “outro” significa “igual a mim”, com os mesmos “poderes”, a mesma Divindade, a mesma essência. Se o Espírito Santo não é Deus, como podemos afirmar princípios básicos acerca das Escrituras tais como:  A Inerrância das Escrituras, a própria existência de Deus? E a nossa Salvação? O Espírito Santo é tanto o Espírito de Deus como O Espírito de Jesus, assim como Jesus é O Filho, mas é Um com O Pai.

A razão porque O Espírito Santo só viria depois de Jesus Partir comprova esta mesma verdade. O despojar da Glória para viver como Homem carecia desta separação.

Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei.
E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.
Do pecado, porque não crêem em mim;
Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais;
E do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.

João 16:7-11

 

Se percebermos que o Espírito Santo tem 3 principais funções, até ali percebemos os papéis da Trindade operando.

Vejamos O Espírito Agindo tanto em sintonia com O Pai como com O Filho:

  1. Convencer do Pecado: O Espírito agindo na consciência;

  2. Convencer da Justiça: O Filho, pagando o Alto e Bom preço, derramando O Sangue precioso na Cruz por nós;

  3. Convencer do Juízo: O Pai, O Fogo Consumidor; A Ira Santa e a Vingança Eterna.

Em contraste com a filosofia grega, cuja base repousa no conhecimento do Homem, o Cristianismo tem como fundamento o conhecimento de Deus. Esse conhecimento é o “principio da sabedoria” (Provérbios 9:1) e a condição para a “vida eterna” (João 17:3). Somente através da revelação divina, conforme expressa na Sua Palavra, poderemos chegar a uma correta compreensão de Deus. Entretanto, ao estudarmos a respeito de Deus não nos devemos esquecer de que estamos em terreno sagrado e como tal, devemos ter imensa reverência, Temor e sujeição a Deus, quando partimos por aí a opinar sem conhecimento Bíblico profundo; Se assim não for, rapidamente estaremos a crer e a espalhar heresias.

Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo,
Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.

Efésios 4:13,14  


Muito embora a palavra “Trindade” não se encontre na Bíblia, a ideia por ela expressa é uma das verdades fundamentais das Escrituras. Na Bíblia, voltamos a frisar, que, as prerrogativas divinas são atribuídas a três pessoas distintas: Ao Pai, Ao Filho e Ao Espírito Santo. Todos os demais conceitos teológicos são afectados directa ou indirectamente pela noção que tivermos dessa doutrina.

 

Logo no início das Escrituras encontramos uma descrição de Deus em termos plurais, subentendendo que O Criador deve ser tanto uma unidade quanto uma diversidade.

O texto diz: 

“E disse [singular - unidade] Deus [plural - diversidade]” (hebraico: wayyomer ElohimFaçamos (naaseh) [plural] o homem [unidade - adamà nossa [plural] imagem (besalmenu) e à nossa [plural] semelhança" (kiḏmuṯênu).

O verso seguinte (v.27) diz:

 “E criou [singular] Deus [plural -Elohim]  o homem [unidade – ha adamà sua [singular]  imagem (besalmow), macho (zakar) e fêmea (uneqebah) [diversidade] os Criou" [plural]. 

É inegável que o texto faz um jogo entre singular (unidade) e plural (diversidade), tanto em relação a Deus, quanto em relação ao homem, criado semelhante a Deus. Deus cria uma só espécie (humana) com dois sexos distintos (macho e fêmea) a fim de reflectir a unidade e a diversidade de Deus ("Serão uma só carne" -Génesis 2:24). Outras passagens veterotestamentárias também usam nomes e verbos plurais para falar de Deus (Gênesis 3.22; 11.6,7; Jó 35.10; Salmos 149.2; Isaías 54.5; Eclesiastes 12.1; Provérbios 9:10;  30:3; Josué 24.19).

Em Isaías 6:3 e 6:8 a apresentação de Deus em termos plurais ("Quem há de ir por nós") aparece junto com a adoração tríplice “Santo, Santo, Santo”.  

 

Já vimos que A unidade e a Diversidade/pluralidade de Deus não apresenta 3 Deuses mas 1 Só Deus e 1 Só Senhor, mas consideremos novamente:


(Deuteronómio 6.4): “Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor.”

O texto afirma inequivocamente a unidade absoluta de Deus: “Yahweh elohenu Yahweh ehad” (“O Senhor, nosso Deus, o Senhor é Um”). 

Deus é nomeado como “Yahweh”, (em hebraico: יהוה - é o Tetragrama (em grego clássicoτετραγράμματον; transliterado: Tetragrammaton, "constituído por quatro letras") usado primariamente para representar o Nome Sagrado (Teônimo hebraico) de Deus conforme a escrita hebraica original)

O nome pactual Do Senhor que O apresenta como um Deus de relacionamento e de Aliança. Yahweh é essencialmente um Deus de relacionamento pessoal e pactual. Além de apresentar o Senhor como um Deus Pessoal, o nome Yahweh também carrega os significados de imutabilidade, eternidade e autoexistência (Êxodo 3.14).

A palavra Um (ehad) significa uma unidade que pode admitir uma diversidade de pessoas (Gênesis 2.24).

Assim, Yahweh é um Ser Pessoal não apenas ad extra, (Para outros) mas também em Sua própria essência, (em Si mesmo). Ele É um relacionamento pessoal e pactual. Assim como Ele É O amor; e Ele É a Verdade. A personificação de conceitos no carácter da natureza de Deus, nos revela que ELE é a autoridade sobre todos estes conceitos. É assim que podemos vislumbrar a magnificência e Glória daquilo que entendemos por Entidade Divina ou -Deus-, na nossa tão grande limitação humana.

Provavelmente aduzindo a esta confissão do Shemá (“Yahweh é Um’’), o apóstolo Paulo declarou que a Igreja crê em “Um só Deus, o Pai” (Grego: Heis Theos ho Pater) e “Um só Senhor, Jesus” (Grego: Heis Kyrios Iesous). Isso é dito num contexto no qual o apóstolo está a tratar da questão dos sacrifícios aos ídolos. Paulo chama os ídolos de “deuses (theoi) e senhores (kirioi) e nega a existência real dessas divindades pagãs.

Assim quando Paulo chama o Pai e o Filho de “Único Deus e único Senhor”, ele está afirmando que a Igreja não cultua os deuses falsos, mas sim o único Deus Verdadeiro, o Pai e o Filho. Kyrios é um sucedâneo do nome Yahweh, de modo que a confissão de Jesus como “um só Kyrios” reflete a confissão do Shemá do “um só Yahweh”. De facto, o Pai e o Filho existem numa unidade essencial e relacionam-se eternamente de maneira pessoal e pactual. Paulo também identifica o Espírito Santo como Yahweh: 

“Ora, O Senhor [Kyrios] é o Espírito, e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade". 

Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor."
2 Coríntios 3:17-18

 

Assim, há uma só essência divina autoexistente, eterna e imutável na qual existe um relacionamento pessoal entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Isto é a Trindade manifesta inegável e Gloriosa.

 

Todas as outras percepções de "divindade", são fruto da idolatria e do Paganismo, misturadas e diluídas pela mitologia e imaginação humana que inspirada pelos conceitos Originais da Natureza de Deus, se deixaram corromper para gerar novas percepções da realidade, e da Divindade de Deus.

Este é um dos trabalhos mais bem sucedidos de Satanás no inconsciente colectivo; O de rejeitar o formato Original, e a contínua busca pelo oculto, e o místicismo espiritual, área onde os demónios têm efectivamente trabalhado para desviar a Humanidade da Verdade. Hoje encontramos inúmeras "versões" da Verdade, e a criação de milhares de deuses, de símbolos, de ídolos, conspurcando a mente humana para que a Verdade seja sempre confundida ou tida como "uma" e não "A" Verdade.

Não é à toa que a pergunta dos incrédulos face ao Evangelismo Cristão seja sempre a mesma: -"Porque é que o "teu Deus" é que é o deus verdadeiro?

Muitos inclusivé não se têm por pessoas religiosas ou espirituais, contudo servem deuses que eles criam no seu próprio coração, por causa do amor ao seu próprio ventre. (Romanos 16:18)

Muitos têm feito do Dinheiro um deus, ou do sexo, ou dos amores e paixões mundanas, porque o fundamento é o seu próprio ventre, ou seja, a satisfação do prazer pessoal. Corações centrados em si mesmos, nas suas próprias expectativas, ambições, e necessidades, por meio de 2 pesos e 2 medidas e opiniões frívolas. 

Por isso vivemos numa sociedade hedonista e antropocêntrica, onde Deus já não é mais visto como O Centro de todo o propósito, mas ao invés, O Homem tem sido exaltado para o culto do prazer, do ego e do entretenimento cultural.

Muitos têm-se feito a si mesmos "senhores" das suas próprias vidas, e por isso confundem-se ídolos com Bibelots, hedonismo com auto-estima, Ego com dignidade, e paganismo com espiritualidade.

Pessoas emocialmente fracas e espiritualmente mortas têm dominado as esferas da opinião Pública, e têm sido os porta-vozes dos "Ted talks", das conferências, dos forúns Humanistas, da comunidade ciêntifica internacional e até de muitos púlpitos espalhados pelo mundo.

Nunca em outro tempo Satanás reinou com tanta eficácia, e nunca esteve ele tão perto de fazer "Babel chegar aos céus" (Quem tem ouvidos para ouvir, ouça)

Pessoas relativistas e rebeldes, obstinadas e superficiais lhe têm dado poder para governar sobre si mesmas, e cegas nos seus devaneios têm desprezado o Evangelho, o apelo à consciência, e a misericórdia de Deus. ("Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos" -Romanos 1:22)

Inúmeros "senhores" e nenhuma autoridade; variadíssimos "deuses" e pouca glória; muita ciência e pouco conhecimento.

Os filhos de Deus devem ter conhecimento Escriturístico para se desviarem destes caminhos e destas filosofias vãs, despindo-se de todo o relativismo, e firmando-se no zelo e na sujeição a Deus, para não se contaminarem como os demais.

Vejamos a seguinte passagem que expressa tão bem esta Verdade.

 

Assim que, quanto ao comer das coisas sacrificadas aos ídolos, sabemos que o ídolo nada é no mundo, e que não há outro Deus, senão um só.
Porque, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores),
Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele.
Mas nem em todos há conhecimento; porque alguns até agora comem, com consciência do ídolo, coisas sacrificadas ao ídolo; e a sua consciência, sendo fraca, fica contaminada.

1 Coríntios 8:4-7     

 

Até a Trindade de Deus tem sido posta em causa no meio das "comunidades ditas cristãs", tal é o grau de ignorância Bíblica que se tem visto entre os "crentes modernos". Toda a confusão gerada em torno da Natureza de Deus visível e invisível, e no conceito de Trindade, acontece por falta de conhecimento das Escrituras, e da nossa pobre capacidade de contemplar a Grandeza de Deus. É visível nos Evangelhos, as reacções por vezes "toscas" dos Apóstolos, quando não percebiam o que Jesus lhes dizia, e a paciência Do Senhor, lidando com a situação.

Daí a Seguinte referência de Jesus aos apóstolos:

Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.
João 16:12

 

Ou ainda as Palavras dele aos Judeus que não criam Nele:


E dizia-lhes: Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo.
Por isso vos disse que morrereis em vossos pecados, porque se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados.
Disseram-lhe, pois: Quem és tu? Jesus lhes disse: Isso mesmo que já desde o princípio vos disse.

João 8:23-25  

Quando comprometemos a Doutrina da Trindade, rejeitando as evidências de que existe apoio Escriturístico para tal fundamento, estamos a colocar a Veracidade e a inerrância das Escrituras em dúvida, e ainda pior, a por em causa a Divindade Do Senhor Jesus, e a Centralidade do Plano Do Pai e Do Espírito em focar Nele, concedendo-Lhe toda a Preeminência.

Para muitos este tema é um mistério, e objecto de confusão, mas com As Escrituras nas mãos, e O poder do Santo Espírito de Deus, podemos ser guiados pela Verdade, com discernimento e iluminação, para conhecermos mais e melhor Esse Único e Grandioso Deus que honramos e servimos, e com quem iremos Reinar Eternamente.


E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória.
1 Timóteo 3:16  

Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém.
Judas 1:25  

Jesus Cristo é o único Salvador. Ora vem Senhor Jesus. Maranatha.

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