top of page

O Evangelho PHD

Somente pessoas que entenderam a Verdade, desejam obedecê-la. Somente pessoas que experimentaram a Verdade, desejam praticá-la. Somente pessoas que foram transformadas pela Verdade, desejam partilhá-la. Somente pessoas que se movem pela Verdade, pretendem defendê-la. Somente aqueles que não mereciam a Verdade, puderam encontrá-la.

O Evangelho não é para o forte que pode muito, ou para o fraco que pode pouco, mas para o morto que não pode nada. Uma das coisas mais belas e inexplicáveis que ocorre no "metanóia" (do Grego antigo μετανοεῖν - Mudança contínua da mente/modo de viver, com impacto a nível intelectual, moral e Espiritual, que ocorre no acto da conversão), é um novo discernimento, percepção e estado de consciência que é continuadamente transformado, polido e elevado para entender a Glória de Deus em Cristo. Esta nova percepção (o cair das escamas) chega até nós inspirada pelo Espírito Santo para que entendamos os desígnios de Deus, e possamos contemplar em absoluta claridade de consciência a magnitude, a excelência e a soberania desse Deus infinitamente Glorioso. Com esta nova consciência, vem simultaneamente o domínio sobre o pecado (capacidade de detectar e resistir às tentações da carne), a auto-examinação íntegra (capacidade de ver as reais motivações escondidas no nosso comportamento, convicções e prioridades), e um novo coração (capaz de distinguir a diferença entre uma vida sem Deus, e a vida em Deus, que culmina no desejo incansável de imitar a Cristo, segui-LO, amá-LO e servi-LO em todos os desdobramentos que Ele proporciona em absoluta gratidão.

Uma das condições normais e mais óbvias de um Homem não regenerado, que nunca passou pelo processo do Metanóia, é centrar em si, nas suas aspirações, percepções e expectativas, uma realidade pessoal, pelo seu prisma individual, fruto do egocentrismo natural que lhe é inerente. 

Para este, tudo gira em torno de si mesmo, visando o seu bem-estar, a sua afirmação no meio em que se insere, que ele interpreta subconscientemente por - Felicidade

O desejo da Felicidade é natural; O desejo de Santidade é sobrenatural. Esta é a grande diferença de um Homem sem regeneração daquele que já foi regenerado. A sua maneira de interpretar, percepcionar e entender todas as coisas, muda, porque muda também o centro ou o prisma da sua visão. Uma forma evidente de entender esta comparação é testemunhar em primeira mão, alguém que pela primeira vez entra num avião e sobrevoa a própria cidade onde viveu uma vida inteira; muda a perspectiva, mudam os detalhes, muda a consciência da grandeza, e muda a noção de como tudo se interliga. A reacção normalmente é acompanhada de surpresa, medo/respeito, espanto e excitação, porque aquele visão do alto, engrandece, e expande os horizontes. A visão que Deus nos dá da vida, não só nos engrandece, mas nos Eleva a um estado onde podemos agora contemplar pormenores nunca antes vistos, vislumbrar detalhes, e perceber em todas as dimensões aquilo que realmente se apresenta.

Uma forma interessante de aplicar este fenómeno, é perder alguns minutos a olhar para uma daquelas imagens Holusion 3D de cruzar os olhos, que escondem formas tridimensionais numa imagem achatada, plana e confusa. Sem algum esforço podemos ver uma imagem que aparentemente não contém informação nenhuma relevante, e até se olharmos para ela mais do que alguns segundos, nos causa algum desconforto. Porém, com alguma persistência e Fé, acreditando que realmente algo nela nos foi ocultado, podemos descobrir o que a maioria simplesmente não vê.

Tente você mesmo:

Repare, que, uma visão achatada, básica e confusa nada expõe; A impaciência, a incredulidade e a resistência em nada contribuem para que o óbvio seja revelado. Contudo a Fé, a predisposição, e a paciência são poderosos auxiliadores da consciência. Quando não há nada para se ver, nada pode ser visto, mas a incapacidade pessoal de alguém que não consegue ver algo que está lá para se ver é legítima para afirmar que nada está lá para ser visto? Se eu não a posso ver, automaticamente não existe? O problema está na imagem ou em mim que não a consigo ver?

Não é a visão cruzada dos olhos que pode ver a Deus, Mas a visão dos olhos na Cruz.

"Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé."

                                                                                                           Romanos, Cap. 1:17

"Ora, sem fé é impossível agradar-Lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que O buscam."                        Hebreus, Cap. 11 : 6

"Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas."
                                                                                                           2 Coríntios 4:18

Quando se ganha esta nova mente, este novo coração, transformados, regenerados para uma vida de consciência superior, é difícil gerir tanta informação, tanto pormenor e complexidade com que a vida nos afronta diariamente e que de repente parece ser muito maior; é díficil gerir emocionalmente tanta contrariedade de desejos, pela batalha que agora ocorre da carne contra o Espírito; é difícil dominar a capacidade de distinguir a voz de Deus da voz do ego; Por isso precisamos da dependência constante de Cristo, da sujeição contínua a Deus, e da cumplicidade incessante do Espírito Santo.

Para muitos Cristãos, o maior desafio ainda é entender a origem do mérito, este que é senão o maior dos problemas que os não Cristãos usam contra a Igreja de Deus (Corpo de Cristo/A Noiva/O corpo colectivo de todos os seguidores de Jesus Cristo). Muitos Cristãos, depois de Iluminados pela Glória de Deus, capazes de percepcionar o mundo de uma forma radicalmente exuberante, espantados em toda a majestade de um novo entendimento que procede do Divino, criam uma espécie de sensação de superioridade intelectual, ou de enriquecimento elitista que roça muitas vezes a arrogância, a presunção, e a hipocrisia.

-Como pode uma pessoa regenerada produzir estas características que são completamente antagónicas, opondo-se na raiz a tudo aquilo que expressa a Santidade da regeneração?

Muitos "Cristãos" não são Cristãos; São os chamados "Cristãos nominais" (Cristão de nome), pois em nada se parecem com Cristo, e como tal são expostos facilmente pelas contradições constantes, que produzem, tropeçando constantemente numa conduta dúbia, infrutífera e vergonhosa. Estes agem com alguns dos sintomas dos Cristãos em fase de regeneração, mas não o são, criando alguma dificuldade em perceber realmente a natureza dos estímulos que os movem (o joio -referência Bíblica).

Contudo, verdadeiros Cristãos, podem também ainda cometer alguns destes erros ocasionalmente, fruto dessa tal batalha constante da "carne contra o Espírito", que bem sabemos ser desafio que não dá tréguas.

"Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis." (Gálatas 5:17)

O cristão na luta contra o pecado ora vence batalha, ora perde, mas o seu conforto está firmado na esperança de Cristo, que já venceu a Guerra. Por isso persiste no caminho da Cruz, com os olhos postos nessa regeneração que não é imediata no Acto da Salvação, mas antes um processo contínuo, cuidadosamente operado por um Deus misericordioso, amoroso e paciente. O objectivo desta batalha ser longa, prolongada e ocasionalmente até frustrante, serve para nos dar a consciência da nossa insuficiência e pequenez, simultaneamente dando-nos a oportunidade de investir cada vez mais na dependência de Cristo, e na consciência da Sua grandeza, poder e Glória.

O Cristão, no processo da sua regeneração, deve cuidadosamente fazer diariamente uma auto-examinação íntegra, no sentido de questionar recorrentemente as suas motivações, e a sua postura face ao mérito da sua Salvação, da sua inteligência ou sabedoria que o faz ver o mundo dessa forma tão especial.

Todo o Cristão apresenta graus diferentes de progresso nessa escala de regeneração que o Espírito Santo supervisiona, e cada escala tem 2 tabelas a considerar; a tabela individual, incomparável, em que o Cristão carrega a sua própria Cruz, com os fardos que lhe são dirigidos segundo a sua própria capacidade, e a tabela colectiva em que todos são comparáveis, segundo as exigências essenciais que todo o Cristão tem forçosamente de possuir, se for realmente um seguidor verdadeiro de Cristo. As bem-aventuranças do "Sermão do Monte"(Mateus Cap.5) são apresentadas por Jesus como a forma mais eficaz de medição da escala de progresso que cada Cristão tem de ter em conta no seu processo de regeneração. Quanto mais fortes e intensas e evidentes as características das Bem-aventuranças, maior a dependência de Cristo, e maior a resistência ao Pecado.

-Mas porque Cristãos salvos, ocasionalmente ainda revelam sinais mundanos, e pecam, tendo atitudes e comportamentos que não são dignos de Cristo?

Esse processo de regeneração, conforme referido é contínuo, e como tal, serve o propósito do enriquecimento interior, da elevação intelectual, e do fortalecimento emocional; como uma espécie de tratamento ao qual somos expostos a fim de estarmos preparados a entrar no Reino dos Céus. Um dos grandes e mais necessários requesitos pessoais para cada Cristão Salvo, que ocorre no processo da regeneração é a consciência incontornável do mérito de Cristo. Se houver algum "Cristão" que ainda pense que tem algum mérito de alguma espécie, em qualquer área da sua vida, ou ele na verdade não é Cristão, ou é, mas ainda só andou meia dúzia de passos nesse processo de regeneração, que Deus cuida de operar e conduzir. Não cabe aos outros Cristãos julgarem-se superiores por acharem que são uma espécie diferente de Cristão, mais ou menos polida que o outro a quem dirigem as suas palavras duras e os seus olhares altivos de soberba. Porque a fraqueza de um é a força do outro, e assim que alguém der por si a cometer este erro, use da sua própria ferramente de auto-examinação íntegra, e perceba qual é o seu desafio a conquistar, e qual é a sua distância percorrida nessa escala da regeneração. Uma das grandes vantagens da Igreja como corpo colectivo de Cristo e o propósito de sermos chamado de Corpo, é que cada membro não é individual, centrado em si e para si. Somos centrados em Cristo que é a cabeça da Igreja, e como tal trabalhamos juntos para um melhor funcionamento do Corpo. o Super-individualismo ou qualquer outra espécie de individualismo disfarçado de rigor/zelo/lealdade que não entenda o propósito da União em Cristo é completamente anti-Cristo.

O nosso trabalho é exortar, redarguir, admoestar, aqueles que sabemos ainda estar a lutar contra os seus desafios, seja qual for a distância no seu percurso da regeneração. Ninguém é imune ao erro, por isso não devemos tomar para nós o papel de Juízes, julgando saber onde cada um está nesse percurso; pois este é individual, e só a Deus se reserva o direito e a eficácia de gerir a manutenção interior de cada um nesse processo de transformação. Nós devemos julgar o pecado, como servos de Deus pois temos legitimidade para identificar o pecado e rejeitá-lo; não julgar o pecador, pois não temos legitimidade pra proferir sentenças (Não nos referimos aqui a sistemas de lei judicial como é óbvio).

"Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação;
Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo,
Que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele.
Por isso exortai-vos uns aos outros, e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis.
E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam;
E que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós.
Rogamo-vos, também, irmãos, que admoesteis os desordeiros, consoleis os de pouco ânimo, sustenteis os fracos, e sejais pacientes para com todos.
Vede que ninguém dê a outrem mal por mal, mas segui sempre o bem, tanto uns para com os outros, como para com todos.
Regozijai-vos sempre.
Orai sem cessar.
Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.
Não extingais o Espírito.
Não desprezeis as profecias.
Examinai tudo. Retende o bem.
Abstende-vos de toda a aparência do mal.
E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo."

1 Tessalonicenses 5:8-23

 

As ovelhas (Cristãos) balem entre si. Direccionam-se umas às outras com empurrões ocasionalmente. Protegem-se mantendo-se unidas; e até podem dar umas marradas. Mas só o Pastor (Jesus Cristo) é que atira as pedras.

"Aquele porém que entra pela porta é o pastor das ovelhas.
A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz, e chama pelo nome às suas ovelhas, e as traz para fora.
E quando tira pra fora as suas ovelhas, vai diante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz." 

João 10:2-4

Entre nós, o maior santo entre os santos continua a ser um miserável pecador que necessita da Graça de Deus até ao seu último suspiro. A única coisa em comum que os maiores nomes da bíblia partilhavam entre si, era a fraqueza e a predisposição; O resto é a Graça e a Glória de Deus em acção. Estes eram todos homens "pequeninos", movidos por um Grande Deus.
Não se engane. Sem a Graça você é exactamente igual aquele que você olha com soberba, desdém e impaciência. Quando você olhar para alguém que você vê como um pecador, pense: "Ali iria eu, se Cristo não me tivesse salvo."

O acto de alguém se sentir superior a outro denuncia uma perigosa e subtil substituição do amor pela soberba, que automaticamente invalida o desejo da superioridade em si, porque a soberba é um dos pecados mais abomináveis aos olhos de Deus e como tal não pode ser razão para dar a alguém a sensação de superioridade. O Homem soberbo é o mais inferior dos inferiores.

"Estas seis coisas o Senhor odeia, e a sétima a sua alma abomina:
Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente,
O coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal,
A testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos."

Provérbios 6:16-19

Alguns Cristãos, neste processo de regeneração, a dada altura começam a colher os benefícios da proximidade com Deus, e com estes vêm um maior discernimento e percepção da realidade, uma capacidade mais tenaz em detectar o pecado, ou a origem das motivações em nós e nos outros, e uma inteligência e sabedoria maior no que diz respeito aos princípios da vida. A cumplicidade com Deus nos dá sagacidade, perspicácia, eloquência, sensibilidade, genialidade, e mestria, e todas estas características são mérito de Cristo, autor e consumador de todas as coisas. Estas são dádivas que adquirimos pela comunhão com Deus, fruto da Sua indiscutível generosidade e compaixão por nós. Infelizmente nós que somos tudo menos perfeitos, e muitas vezes porque ainda andamos pouco nesse percurso da regeneração, ou simplesmente porque ainda há aqueles fardos que nos pesam do "Velho Homem", tomamos estas dádivas como mérito pessoal, ou como motivo de orgulho, ou superioridade e supremacia intelectual. O que faz da Humildade uma característica tão rara e subtil, é o facto de que basta você perceber que a tem, para a perder.

Muitos Cristãos, incluindo até "grandes" pastores e servos ligados ao Ministério de Deus, agem algumas vezes com condescendência e presunção intelectual, grandes doses de hipocrisia e falta de senso comum, precisamente por esquecerem a origem do mérito. Com grande poder, vem grande responsabilidade, e quanto maior for a nossa responsabilidade maior a exigência que cai sobre nós. O único mérito do pecador para a Salvação é com o pecado que a tornou necessária. É fácil então de entender que tudo aquilo que não presta no mundo é totalmente mérito do Homem que contribui para que assim o seja (Miséria, fome, guerra, pobreza, injustiça, ódio e violência). Tudo aquilo que nos eleva, que é belo, magnífico e perfeito é mérito de Deus (a Natureza, a genialidade, a inteligência, a paz, o amor, a compaixão, a arte, a beleza, a pureza e o altruísmo). Deus inspira no Homem as características que espelham a natureza imaculada dos Seus atributos, contudo o Homem movido pelo seu ego, distorce, deturpa e corrompe tudo, visando a sua Glória pessoal, razão pela qual o mundo sem Deus está perdido.

O Diabo não é o pior inimigo do Homem; O ego é. Por isso vemos recorrentemente Homens Santos cairem no erro, Pastores hipócritas nos púlpitos das nossas Igrejas, e Cristãos professos com dois pesos e duas medidas. Tudo isto acontece, porque o ego tem muito poder sobre a carne, e o Espírito luta contra a carne, e a carne contra o Espírito numa batalha constante até sermos libertos pela morte para a vida Eterna em Cristo nosso Senhor.

Por vivermos num mundo, integrados numa sociedade onde reina o culto do superindividualismo, e a exacerbação do ego narcisista, é-nos difícil muitas vezes delinear os limites que nos separam do mundanismo. Vemos diariamente Pastores na internet à caça de "Likes", Homens de Deus, "reclamando direitos de autor" das suas frases e citações, assinadas por baixo com data de ano, dia, hora e segundo; "Nasceu aqui" é proclamado com algum desejo de possessividade, como se a cultura e a inteligência fossem do seu próprio mérito. Pastores que desancam nas congregações, quando abordam o tema do jugo desigual, e servir a dois Senhores, evidenciando o perigo de convicções e ligações mundanas no coração da Igreja, e mantêm simultaneamente laços de compromisso instituicional com as "alianças evangélicas" deste mundo, empresas e corporações que têm primeiramente o intuito do "impacto social" numa era de multiculturalismo que esconde uma agenda ecuménica evidentemente anti-Cristo. Crentes amantes do conflito, desunidos, intriguistas, com pouco amor, pouca compaixão, pouca paciência. Esta geração de Crentes que vivem um "Evangelho PHD", (Philosophiæ Doctor), onde Cristo é supostamente a frente de um "movimento intelectualizado" ao rídiculo, que move discussões desnecessárias por denominações ("Sou calvinista" vs "sou Luterano", em vez de Sou Cristão); investe mais tempo a promover Homens da cultura como Tolstói, Gandhi, Dostoiévski, do que Cristo; e se debruça mais sobre as subtilezas eruditas dos conceitos "Teologia", "Exegese", "Hermenêutica", do que em pregar com humildade e simplicidade o Evangelho; Que promove "posts" nas redes sociais sobre temas controversos, não com o intuito genuíno e altruísta de realmente com amor chamar a atenção para os perigos verdadeiros de práticas ou estilos de vida ímpios, mas pela vontade de espelhar socialmente uma "pseudo" postura radical, fundamentalista e conservadora que em nada é humilde, amorosa e íntegra, promovendo então mais discórdia e confusão, do que meditação e consciência.

Onde se perdeu a certeza nos méritos de Cristo, e a confiança na inspiração e trabalho do Espírito Santo, que leva Homens de Deus a espalharem-se por completo na internet, nas redes sociais, e nos púlpitos pelo mundo fora, obcecados pela imagem que tentam a todo o custo projectar de si mesmos?

Aquele que ama O Senhor usa a "sua" sabedoria exclusivamente para a glória de Deus porque sabe que ela não revela na verdade a sua supremacia intelectual. Crê que a sua inteligência é mérito de Deus que o abençoa. Sabe que todo o bom fruto do entendimento é propriedade registada do Espírito Santo. Portanto tudo o que faz; fá-lo porque sente o poder de Deus em si.

O hipócrita usa a "sua" sabedoria para supostamente glorificar a Deus, evidenciando-se com pretensão, pois na verdade deposita a sua confiança em si mesmo. Crê que a sua inteligência é mérito próprio abençoado por Deus. Sabe o que diz as Escrituras mas ainda assim sente sede de protagonismo.
Portanto tudo o que faz; não o faz porque sente o poder de Deus em si, mas fá-lo para o sentir. O que o Cristão deve ter em conta é que a Santidade não é o caminho para Cristo, mas Cristo é o caminho para a Santidade.

Talento é quando um atirador atinge o alvo que os outros não conseguem. Genialidade é quando um atirador atinge o alvo que os outros não vêem.

Sabedoria não é ver aquilo que os outros não conseguem ver. Sabedoria é pensar aquilo que ninguém nunca pensou, sobre aquilo que toda a gente vê.

É para isto que Cristo nos salvou, e que o Espírito Santo de Deus nos tem preparado; para agirmos com total dependência do SEU mérito, para SUA Glória e Exaltação.

Não precisamos de ser populares na internet, de conquistar os "likes" de toda a gente, não precisamos do crédito nem da relevância de ninguém, desde que em tudo façamos para Glória do nosso Deus.

Ter muitos "amigos" no facebook, é a mesma coisa que ser rico no monopólio. Ter diplomas, títulos, ou perfil de eruditos não faz de nós homens "mais sábios" que os outros, ou mesmo mais salvos que ninguém.

Para se vencer no mundo, não é necessário concretizar sonhos, singrar profissionalmente, receber condecorações e aplausos de lisonja. Não passa pelo mérito do reconhecimento alheio, nem tampouco pelo fervor das conquistas intelectuais. A vitória não se conquista em voltas ao mundo, em viagens de inspiração, e percursos aventureiros, pois o troféu que torna um homem vencedor, não se adquire em pódios, murais ou pedestais, mas no silêncio e arrependimento de um coração contrito, quebrantado e insuficiente, pelas mãos de Cristo o Deus vivo.

O Homem social é vítima de si mesmo, vítima do sistema. Escravo dos seus desejos, dos seus pensamentos, das suas paixões, dos seus ideais. Prisioneiro das suas opiniões, refém dos seus projectos, sonhos, ambições e por isso da injustiça, da frustração, da competitividade, e da insuficiência. Quando se amarra bem o próprio coração e se faz dele um prisioneiro, pode-se permitir ao próprio espírito muitas liberdades que aprisionam. O Cristão, é propriedade de Deus, e não de si mesmo, alheio aos sistemas corruptos da carne. Liberto das suas necessidades primárias, da sua mesquinhez, do seu egoísmo. Vencedor do ego, da futilidade, da vulgaridade. Cristo o Redentor é mais do que suficiente. É o supra-sumo de todos os projectos individuais; o auge de todos os sonhos; o último grau da evolução interior. 
Quando se entrega a Deus o próprio coração, Ele aprisiona a carne, mas Liberta o Espírito da Liberdade mundana, e é este o maior patamar do conceito de se ser na realidade verdadeiramente Livre.

O medo de ser Livre, escraviza.

A amor por Cristo, Liberta.

"Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé.
Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?"

1 João 5:4-5

Jesus Cristo é o único Salvador. Ora vem Senhor Jesus. Maranatha.

bottom of page