A identidade é para nós um conjunto de caracteres próprios e exclusivos, os quais são utilizados para diferenciar e Identificar algo perceptível que se manifeste fisicamente ou que resida no domínio da subtileza emocional. Do ponto de vista antropológico, podem ser considerados um conjunto de sinais ou referências nunca concluídas que definem o entendimento relacional de determinado corpo ou entidade, percebida em contraste, ou seja pela diferença singular ante as outras, por si ou por outrem. Portanto, Identidade está sempre relacionada à idéia de alteridade, ou seja, é necessário existir o outro e seus caracteres para se definir por comparação e diferença aqueles pelos quais percebemos existir o conceito mental de identidade.
Neste registo. sendo que uma das principais características de Deus é ser Eterno, Ele não pode, nem precisa ser percebido pela alteridade da comparação. É verdadeiramente impossível compreender a Identidade de Deus segundo a nossa perspectiva humana na Sua totalidade. Isto porque Ele é incomparável, excepcional, extraordinário, e único na Sua essência; (Ninguém há semelhante a Ele).
Quem guiou o Espírito do Senhor, ou como seu conselheiro o ensinou?
Com quem tomou ele conselho, que lhe desse entendimento, e lhe ensinasse o caminho do juízo, e lhe ensinasse conhecimento, e lhe mostrasse o caminho do entendimento?
Isaías 40:13,14
A quem, pois, fareis semelhante a Deus, ou com que o comparareis?
Isaías 40:18
Existem sim características evidentes, que por sermos criados à Sua imagem e semelhança, são para nós naturalmente evidenciadas e reconhecidas; Afinal partilhamos semelhanças com Ele, meramente nos atributos visíveis, embora longínqua é a nossa semelhança nos atributos invisíveis da Identidade.
Compreender a identidade de Deus sem o auxílio da Inteligência Espiritual proveniente do Espírito Santo é igualmente impossível, pois é necessário possuir-se mais que apenas sensibilidade filosófica, pois o conceito de Divindade é algo superior que transcende as limitações humanas comuns regidas pelo senso, lógica e razão práticas, pelas quais tentamos dominar e catalogar o conhecimento e o entendimento de todas as coisas.
O conceito de "Divindade" é tão antigo como a História da civilização Humana, pois Deus antigamente revelava-se ao Homem directamente; Há medida que as dispensações do tempo foram mudando para acompanhar a rebelião do Homem para com Deus, o conceito de "divindade" alterou-se, pois o distanciamente de Deus para com o Homem, também foi estratégico. Deus deixou de agir da mesma forma, pois no Seu Plano Eterno, Ele já havia estruturado todo o SEU plano de resgate Pela Fé (1 Coríntios 1:21), Sua ALIANÇA para com os Homens (Hebreus 10:16), e a forma como O Seu Filho haveria de receber Toda a preeminência. (Colossenses 1:18)
Os povos que partiram da Torre de Babel e povoaram a Terra, com o passar das gerações, e também fruto da sua já evidente superstição e propensão ao paganismo, progressivamente adulteraram o conceito de Divindade (Há um SÓ DEUS) e começaram a atribuir atributos divinos aos seus ídolos. Posteriormente Estes povos primitivos, que já nasciam longe da dispensação anterior onde Deus havera agido directamente na Terra, ainda assim reconheciam por consciência da sua pequenez face às forças da Natureza e do Universo, uma sensação de grandiosidade inalcançável e incompreensível, sendo necessária a constatação de algo infinitamente superior que preenchesse esse papel, e a então conseguinte fabricação imaginária de entidades a quem prestar culto.
Pela Ignorância do conhecimento do Deus único, estas Divindades criadas pela imaginação ganharam algum protagonismo, servindo exactamente o propósito a que se propunham; servir de escape para as perguntas sem resposta.
Mas olhando temporalmente para o mundo e para o percurso histórico do Homem, é fácil perceber, mesmo sem conhecimento Bíblico e profético e até sem Fé e predisposição Espiritual, de que existe um Deus que é inegavelmente o detentor do maior protagonismo Histórico; O Deus de Israel; (De Abraão, Isaac e Jacó) O Deus Triúno; Pai, Filho e Espírito Santo.
"Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, e meu servo, a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e entendais que Eu sou o mesmo, e que antes de mim Deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá.
Eu, Eu sou o Senhor, e fora de mim não há Salvador.
Eu anunciei, e Eu salvei, e Eu o fiz ouvir, e Deus estranho não houve entre vós, pois vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor; Eu sou Deus.
Ainda antes que houvesse dia, Eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo Eu, quem o impedirá?"
Isaías 43:10-13
Todas as religiões e correntes Doutrinárias, seitas e cultos místicos e esotéricos pretendem ou afirmar que o seu deus é o único, ou afirmar que existem vários deuses ou formas pessoais de atingir o proposito a que se propõe; Em ambos os casos estas trabalham sobretudo na sublimação do Homem.
O Cristianismo (não como religião humana, mas como o "seguir a Cristo") é a única manifestação que revela a Natureza perfeita de Deus, e coloca o Homem no caminho oposto.
Todas as religiões colocam o Homem num estado de aperfeiçoamento pessoal evolutivo, centrado nos seus esforços, e méritos; No Cristianismo, os méritos dos Homens são comparados a trapos de imundícia (Isaías 64:6).
Por isso é que todas as religiões do mundo têm um "guru", um "mestre", um "iluminado", mas só o Cristianismo tem Um Salvador; Só os crentes no Senhor Jesus sabem, que não podem fazer nada por si mesmos, no que concerne a sua própria Salvação, evolução e aperfeiçoamento.
Outros "deuses" da Antiguidade tiveram os seus "Apogeus", templos erguidos em imponência, agora enterrados em areia; Suas estátuas erguidas com símbolos de uma era Dourada, agora rachados ao meio e postos em museus; Os "deuses" concebidos na imaginação humana, têm somente o poder que a auto-indução lhes dá, pois estes também passam com o tempo para serem subsituídos por outros que tomam o seu lugar, para a relevância da sua era, e passam com as areias do tempo.
Contudo só O Deus de Israel detém inegavelmente a Supremacia comprovada na vertente Antropológica, Histórica e Profética. Só O DEUS BÍBLICO permanece intocável pelo Tempo, e mais actual que nunca. Este é O Deus ETERNO - "O Alfa e O Ómega" - O Princípio e O Fim - O Primeiro e O Derradeiro - (Apocalipse 22:13).
O Deus verdadeiro, dá-se a conhecer ao Homem como O Deus Triúno, cujas manifestações do Pai, Filho e Espírito Santo se completam, assumindo papéis distintos e importantíssimos no controle e desenrolar do propósito Divino do qual o Homem não pode escapar.
Compreender esta natureza tripartida da Divindade de Deus é para muitos objecto de confusão e cepticismo, na medida em que procuram entender a natureza e origem Divina a partir de príncipios básicos humanos, que não se aplicam a Deus de forma alguma.
A água como a conhecemos cientificamente, é a fonte de toda a vida, insubstituível e inegavelmente necessária para a vida origine e floresça. Sem ela o Homem e a vida como a conhecemos não existiria.
Usando a água como "matéria" visível, vamos contemplar um exemplo para entender a natureza grandiosa de Deus.
Sabemos pois que a água tem 3 estados específicos, fáceis de identificar:
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O estado Gasoso, que comparavelmente representa o Deus Pai; Etéreo, sem forma física, que é transcorpóreo, infinito, omnipotente, omnisciente, omnipresente.
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O estado Líquido, representa-se semelhante ao Espírito Santo; que flui, que transborda, que é a corrente que inspira, que preenche, cuja força fura a rocha dos nossos corações e que penetra no desejo de fazer florescer uma nova vida em nós.
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E o Estado Sólido, que representa o Filho; Jesus Cristo, o Deus vivo (Encarnado), tornado Homem para mostrar ao mundo o derradeiro exemplo do Amor incondicional, Justiça e poder Divino.
Nenhum Deus pagão pode fazer nada por nós, a não ser iludir-nos com os mesmos atribuitos que nós lhes atribuímos para nos enganarmos a nós mesmos na pobreza do nosso vazio interior. Nenhum destes deuses pode fazer-nos as promessas que O Deus eterno nos fez, e nenhum deles pode cumpri-las.
A Natureza Tri-partida de Deus, é completa e trabalha em sintonia em cada aspecto da Sua Soberania, para nos chamar para Ele, para nos proteger, instruir, e guardar para a Eternidade.
"Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Omnipotente descansará.
Direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei.
Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa.
Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua Verdade será o teu escudo e broquel.
Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia,
Nem da peste que anda na escuridão, nem da mortandade que assola ao meio-dia.
Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti.
Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios.
Porque tu, ó Senhor, és o meu refúgio. No Altíssimo fizeste a tua habitação.
Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda.
Porque aos Seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.
Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra.
Pisarás o leão e a cobra; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente.
Porquanto tão encarecidamente me amou, também eu o livrarei; pô-lo-ei em retiro alto, porque conheceu o Meu nome.
Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; dela o retirarei, e o glorificarei.
Fartá-lo-ei com longura de dias, e lhe mostrarei a minha salvação."
Salmos 91:1-16
Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade.
Porque dirão os gentios: Onde está o seu Deus?
Mas o nosso Deus está nos céus; fez tudo o que lhe agradou.
Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens.
Têm boca, mas não falam; olhos têm, mas não vêem.
Têm ouvidos, mas não ouvem; narizes têm, mas não cheiram.
Têm mãos, mas não apalpam; pés têm, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta.
A eles se tornem semelhantes os que os fazem, assim como todos os que neles confiam.
Salmos 115:1-8
Distinguir O Deus Verdadeiro, dos falsos deuses, é o que perturba muita gente idólatra por aí, enquanto esperneiam os seus mantras -"Porque é que o teu Deus é que é o verdadeiro??!"
Portanto se alguém, tomar para si um objecto e pedir a várias pessoas que o descrevam, várias descrições surgirão. Uns focarão a sua atenção na dimensão, outras na forma, outras na textura, no material, na cor ou no ângulo em que lhes é apresentada. Pelas condições em que o objecto é observado (Ângulo, distância, iluminação) Todos terão percepções distintas segundo a sua opinião e verão para si o objecto segundo as suas limitações, sensibilidade ou minúcia. Todas as opiniões podem ser "válidas" para quem as professa, segundo a sua consciência e percepção individual, mas a verdade é que nenhuma das opiniões pode de facto transformar a verdade daquele objecto, pois ele existe e é inalterável pela nossa percepção. Mudam as opiniões, (podem até mudar as variáveis que nos permitem aceder com mais clareza á estrutura do objecto), mas o objecto nunca muda.
Assim é Deus e a Sua Vontade e Natureza; Não depende da nossa opinião, não se move pela nossa perspectiva, nem se transforma segundo a nossa sensibilidade e muito menos pode ser conhecido a não ser que Ele se revele primeiro.
Não nos cabe provar a ninguém qual a real diferença entre O Deus verdadeiro e os falsos, senão somente comprovar as diferenças aplicáveis na nossa vida. Devemos anunciar os atributos de Deus e Sua gloriosa natureza, pois esse é o nosso privilégio.
Se os outros não vêm Deus onde nós vemos, se calhar é porque o "seu objecto foi desviado para longe do foco de luz, virado de costas, e colocado a uma distância onde nenhum detalhe é evidente, e onde só a imaginação pode concluir o que lá está. (entenda-se o "objecto", como Divindade)
Nós Vemos o nosso Deus bem, pois o "Objecto" do Seu amor por nós está colocado bem á frente dos nossos olhos, debaixo de um feixe de Luz Gloriosa, e temos acesso a vista panorâmica sobre quem Ele é - O Senhor Jesus - O nosso Eterno Rei, Senhor e Deus Vivo.
Como conhecer então melhor as características de Deus, de forma a espelhar com clareza o objecto da nossa Fé, confiança e perseverança?
As Suas características, as que pelo menos Ele nos revela, chegam até nós pela Sua Palavra; Nas revelações dos profetas inspirados e escolhidos por Deus, e pelo testemunho e legado Do Senhor Jesus Cristo, Figura expressa da plenitude da Divindade de Deus.
Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade;
Colossenses 2:9
Podemos então nós ousar definir Deus além daquilo que Ele nos permite saber? Pode o finito escrutinizar o infinito?
Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!
Por que quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro?
Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado?
Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.
Romanos 11:33-36
Ninguém pode conhecer Deus, sem que Ele mesmo se revele a nós. Ele é incompreensível e incomparável, no entanto, Deus revela-se ao Homem, apesar da nossa insignificante ignorância, para Se fazer conhecer, usando para isso a Sua Palavra como melhor forma de expressão do Seu carácter e da Sua tão Altiva natureza.
Ao manusear a Bíblia, através também do auxílio do Espírito Santo, é possível então entender alguns maravilhosos contornos que nos dão uma ideia da Grandiosidade sublime de Deus e a evidência dos Seus atributos.
A considerar então alguns dos mais conhecidos e maravilhosos atributos que a Bíblia revela sobre Esse Deus Todo-poderoso:

(Quadro acima representa apenas algumas das características gerais para consideração.)
Porque razão é importante conhecer os atributos de Deus?
(1) Conhecendo os atributos de Deus podemos descobrir que Ele não é um Espírito etéreo sem personalidade que reside no espaço. Ao contrário é um Deus vivo; Com carácter, pensamentos, e vontade; De outra forma como poderíamos adorar um Deus que não conhecemos? Como seria possível ter Fé num Deus do qual nada conhecemos, ou pouco sabemos?
(2) Conhecendo a Deus como Ele é podemos honrá-Lo como merece, prestando-lhe uma adoração verdadeiramente bíblica, que Lhe agrade; Sem entender a verdadeira natureza de Deus é impossível temê-lo, respeitá-lo, obedecê-lo. O que a religião actual faz é promover uma fé frívola num Deus fícticio, imaginário que em nada se parece com o Deus verdadeiro. Essa é a tal "Fé cega" que os descrentes usam para atacar o Deus verdadeiro e a verdadeira Doutrina, a qual desconhecem por completo.
(3) Estaremos mais preparados para testemunhar da nossa fé e ganhar imunidade às distorções heréticas que a religião tem produzido;
(4) Poderemos ajudar aqueles que por ignorância e falta de conhecimento de quem Deus verdadeiramente é, vão caindo no erro de seguir o relativismo de uma fé amorfa, frívola, herética e empobrecida.
Existem, entre os teólogos, vários posicionamentos em respeito ao número de atributos de Deus. Alguns falam de atributos naturais e atributos morais, outros de atributos absolutos e relativos, outros de atributos imanentes ou intransitivos e emanentes ou transitivos. O mais comum é entre atributos comunicáveis e incomunicáveis. Não vamos seguir nenhum padrão pré-estabelecido, trataremos de forma geral sobre os "atributos" de Deus, que são na verdade as Suas virtudes e qualidades absolutas.
-A primeira caracteristica mais importante e mais expressiva de Deus, que pode enquadrar TODAS as outras é a Sua Santidade. Só algo inimaginavelmente imaculado pode ser Absoluto, e transpor as barreiras da matéria, forma, espaço, Tempo, da consciência, da evidência, da relevância, da existência.
E clamavam uns aos outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. Isaías 6:3
-A segunda e mais evidente característica de Deus é a Eternidade. expressão do Seu absolutismo.
Ele é Absoluto porque é Santo ou é Santo porque é absoluto? Neste patamar não existe um sem outro, e é esta condição sine qua non, que faz de Deus Eterno e portanto Infinito. Desta forma todas e quaisquer características que se manifestem Nele, são de natureza obviamente absoluta. Nele não há princípio, nem fim.
Que dizia: Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro;
Apocalipse, 1:11
Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso. Apocalipse, 1:8
-Porque Ele é Santo, Absoluto e infinito, reúne automaticamente outras virtudes incríveis que Lhe são exclusivas. Estas a saber:
-A Liberdade, a imutabilidade e a singularidade.
Só Deus é verdadeiramente Livre, pois nele residem todas as variantes em absoluto. Nada é, foi e será sem a sua consciência, permissão e vontade, portanto nada pode exercer pressão ou autoridade sobre a Sua natureza.
Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim. Isaías 46:9
Deus é imutável, pois só a pressão sofre variação, só a insuficiência carece de mudança, só a instabilidade pede aperfeiçoamento, só a imperfeição gera evolução. É o Tempo em si o veículo da mudança, portanto Um Deus que transcende o Tempo, não é nem poderia ser afectado por este.
Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. Tiago 1:17
Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, mesmo de eternidade a eternidade, tu és Deus. Salmos 90:2
Deus é singular, único, inagualável pela qualidade que o torna Absoluto. A existência de outros Deuses, ou forças que exercessem poder similar seriam contrárias à expressão que os tornaria Deuses. Que diria um Deus absoluto a outro Deus absoluto, quando ambos tivessem vontades absolutas contrárias? Que autoridade sobre quê, e quem, teria cada Deus, segundo a sua vontade absoluta? Se ambos fossem absolutos, como poderiam coexistir? Como é que algo Eterno de vontade absoluta impõe a sua vontade a outra manifestação Eterna de vontade absoluta?
Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus sábio, seja honra e glória para todo o sempre. Amém. 1 Timóteo 1:17
-A Soberania, a Credibilidade e a Perfeição.
Se só Deus é Livre, só Ele é soberano para reinar e se impor sobre todas as coisas não obedecendo a ordem alguma, desígnios alheios, nem propósitos secundários, ou leis e regras que Ele próprio criou para regir aquilo a que comanda. A Sua vontade é Livre, sublime e auto-suficiente para se cumprir.
Porque Deus é Eterno e Livre, não precisa de subterfúgios para impor a Sua vontade. É imparável o plano de Deus e não há como impedir que a Sua vontade se cumpra. Se esta nos foi anunciada e já sabemos que Deus é imutável, sabemos também que os Seus desígnios são imparáveis e o Seu poder Invencível. Se não há forma de impedir, contrariar, controlar ou pressionar a Vontade de Deus, esta apresenta-se não só genuína e verdadeira, mas evidentemente credível. A Sua Verdade é "a Verdade".
Se Deus é Eterno e Imutável, sabendo também que é imaculado, é obviamente a expressão da perfeição. Entendemos algo perfeito como algo que já possui todas as características que reconhecemos indispensáveis para si, não carecendo de mudança alguma ou aperfeiçoamento. Se Deus desde a Eternidade foi imutável, nunca precisou então de mudança para ser quem é. Ele é Perfeito pois já reúne em si todas as características e todas as variantes mais excelentes para ser sublime.
A qual a seu tempo mostrará o bem-aventurado, e único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos senhores; 1 Timóteo 6:15
A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices. Salmos 19:7
O caminho de Deus é perfeito, e a palavra do Senhor refinada; e é o escudo de todos os que nele confiam.
2 Samuel 22:31
-A Autoridade, a Coerência e a Excelência.
Deus não só é Soberano pela óbvia condição absoluta, mas Ele é a autoridade legítima do poder absoluto. Ele não só detém o poder de manifestar a Sua soberania, como Ele tem a autoridade sobre todas as coisas. Esta autoridade não é apenas um poder inerente que pode ou não ser usado, que Deus detém, mas só decide usar pontualmente. A autoridade de Deus é o poder constante, absoluto e legítimo sobre todos os eventos que tomam lugar no infinito. Nada se lhe pode escapar, e a Sua Vontade não é só aplicada em determinadas ocasiões, mas é Imposta o tempo todo, sobre tudo e todos. Ele detem simultaneamente a Soberania, a Autoridade e a Supremacia para reger Todas as coisas.
Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
João 1:3
Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele.
E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.
Colossenses 1:16-17
E veio espanto sobre todos, e falavam uns com os outros, dizendo: Que palavra é esta, que até aos espíritos imundos manda com autoridade e poder, e eles saem? Lucas 4:36
E maravilharam-se da sua doutrina, porque os ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas.
Marcos 1:22
A Coerência pressupõe conexão e coesão, determinando uma inter-dependência entre várias coisas que se complementam, tornando-se inequivocamente verdadeiras, substanciais, credíveis. Para quem manuseia a Bíblia com o coração certo, devidamente inspirado pelo Espírito Santo de Deus, com as motivações certas, e a predisposição correcta para aprender, é-lhe concedido o discernimento necessário para perceber a coerência que é visível em todo o plano de Deus para nós. É então possível alcançar as subtlilezas que a mensagem disponibiliza para que entendamos a verdadeira natureza de Deus e a magnitude do Seu plano. Desta forma torna-se clara a ordem como todas as coisas contribuem para a realização da Sua vontade, sem que simultaneamente nós sejamos privados não só da nossa liberdade, mas também da nossa responsabilidade, e que aquilo que foi predestinado aconteça e que cada um cumpra o seu propósito segundo a excelente e magnífica intenção do Deus Todo-poderoso.
E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Romanos 8:28
Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de Deus. 2 Coríntios 4:15
A Excelência é então uma das caracteristicas mais maravilhosas de Deus em contraste com a nossa mediocridade humana. Porque Deus não precisa de tempo, Ele toma em cada decisão o peso da eternidade para tornar cada acto de criação, orquestração ou minúcia, uma obra perfeita. Ao descobrirmos a perfeição de Deus em todas as coisas, entendemos simultaneamente o impacto da Sua coerência ao testemunhar a vida a acontecer. Desta forma somos consciencializados no tempo de como Deus usa circunstâncias boas ou más para originar mudanças em nós. Como Ele molda corações pelo sofrimento, como opera maravilhas através da desgraça, como transforma "coincidências" em destinos e como usa o consciente colectivo para que cada vida seja importante para outra. A sua Excelência em perfeito domínio permite interligar entre todos nós o tempo todo, a liberdade com a providência, cruzando pensamentos, eventos, frustrações, alegrias, ambições e decepções, afastamentos e proximidades, lembranças e aspirações, para que a vida siga o curso que Ele assim determinou.
Até isto procede do Senhor dos Exércitos; porque é maravilhoso em conselho e grande em obra.
Isaías 28:29
Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. Salmos 139:14
Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente;
2 Coríntios 4:17
-A Omnipresença, Omnisciência, Omnipotência.
O Absolutismo de Deus seguindo o seu natural desdobramento tem de Lhe conferir naturalmente capacidades igualmente absolutas. Por ser de origem também infinita, transcende qualquer limitação, pois entende-se por limitação tudo aquilo que se apresente como um impedimento imposto por uma condicionante de direção contrária à nossa vontade imediata. Em Deus tudo se move na direção da Sua vontade e da sublimação do seu absolutismo. Para isto, Ele tem de ter sempre o controle sobre o espaço, a consciência e o conhecimento sobre tudo e o poder para dominar todas as coisas.
A omnipresença de Deus é a condição mais magnífica da Liberdade. Ele é Livre, e não precisa portanto de se deslocar, de se mover, ou se esforçar para aceder em consciência ou em presença a qualquer lugar, evento ou circunstância que ocorra no infinito. Tudo Lhe é de igual forma imediatamente acessível.
Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons.
Provérbios 15:3
Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?
Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também.
Salmos 139:7-8
A omnisciência de Deus é reconhecível pela Autoridade Soberana que exerce sobre todas as coisas. É vísivel também através da coerência Absoluta da Sua Natureza, que lhe permite então, não saber apenas muito sobre determinada coisa, mas saber sempre tudo, sobre todas as coisas. Sendo de outra forma não poderia ser Absoluto, tornando-se incoerente.
Grande é o nosso Senhor, e de grande poder; o seu entendimento é infinito.
Salmos 147:5
Ouve tu então nos céus, assento da tua habitação, e perdoa, e age, e dá a cada um conforme a todos os seus caminhos, e segundo vires o seu coração, porque só tu conheces o coração de todos os filhos dos homens.
1 Reis 8:39
SENHOR, tu me sondaste, e me conheces.
Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.
Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos.
Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tudo conheces.
Salmos 139:1-4
Conhecidas são a Deus, desde o princípio do mundo, todas as suas obras.
Atos 15:18
Sabendo que, se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas. 1 João 3:20
A Omnipotência é também a expressão natural da união do Seu Absolutismo, soberania, e autoridade alimentadas por uma natureza Santa e Imaculada que não conhece príncipio nem fim. É natural que então a sua consciência não tenha limites, nem o Seu poder, que se revela potente, vibrante e imponente sobre absolutamente tudo, incluindo Ele próprio. Desta forma é fácil entender que Deus não pode nem errar, nem falhar, nem vacilar nas coisas que a Sua vontade produz.
-A Vontade, Presciência, Domínio.
A personalidade, o carácter e o pensamento, são os principais motivadores da Vontade. Esta apresenta-se no agir, e é por ela que operamos os nossos desejos, as nossas convicções, e nos afirmamos.
Deus referiu que o Homem foi feito "Á sua imagem e semelhança", na medida em que Ele nos deu também personalidade, carácter e pensamento, características fundamentais para o nosso papel na Criação.
Porque Deus é vivo, real e riquíssimo em conhecimento e poder, é normal que a ordem do Seu pensamento seja para nós inconcebível. A Sua Vontade ou vontades são igualmente infinitas, e para nós impossíveis de alcançar. Contudo, é fácil reconhecer algumas das vontades que se expressam evidentes, e às quais não podemos escapar. A mais óbvia é que Deus quer se relacionar connosco e que todo o propósito da Criação, da queda do Homem, da Encarnação e da Ressureição, é justamente o Resgate em que Deus nos chama para a Vida Eterna que Ele tem preparada para nós. A Sua vontade é precisamente a nossa Redenção e uma relação inter-pessoal com cada um de nós.
Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade; Efésios1:11
Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.
Filipenses 2:13
A Presciência é a grande potência do Poder de Deus agindo no desenrolar da Sua Vontade. Esta, prepara, esquadrinha e predestina cada átomo, cada forma singular de vida, circunstância, momento, evento ou situação cruzando-os matematicamente para que o plano de Deus seja imparável, incontornável e infalível.
A presciência é então a Eternidade de Deus em acção de trás para a frente, e de frente para trás, contemplando todos os planos de existência, todas as hipóteses temporais, todas as equações ou probabilidades, tornando-as conhecidas, escrutinizadas, desdobradas no tempo, dando a Deus o conhecimento e domínio absoluto sobre a Vida.
Deus conhece cada vida do ínicio ao fim, levada ao infinito das possibilidades conhecendo e julgando cada evento antes de tomar lugar, cada pensamento antes de ser projectado e cada comportamento antes de ser consumado. Porque este poder é elevado ao infinito, sendo dominado pela omni-natureza de Deus é-lhe então possível determinar todas as coisas segundo o conselho da Sua Vontade.
Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor.
Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.
Isaías 55:8-9
Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da mulher grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas.
Eclesiastes 11:5
Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tudo conheces.
Salmos 139:4
O Domínio de Deus é a imposição natural da Sua Vontade sobre todas as coisas. No mundo verificamos recorrentemente a existência de circunstâncias em que o mal parece vencer e isso pode criar uma certa impotência/frustração pela necessidade humana de querer em resposta um acto de justiça imediata que contraponha o Mal.
Pela ausência desse imediatismo em algumas situações, muitos julgam poder afirmar que Deus é ausente, e por conseguinte, ou desinteressado/injusto/Maligno ou simplesmente irreal e fictício. Nesses momentos é para estes impossível crer num Deus poderosíssimo que parece nada fazer para impedir o mal de proliferar. A nossa visão sobre as coisas é limitada e insuficiente sendo portanto consumida pelo imediatismo.
Não somos capazes de entender aquilo que não conhecemos, pois queremos as respostas quando as perguntas se apresentam. Claramente não temos o domínio das situações e por isso entregamo-nos facilmente a sentimentos como a decepção, a frustração, desilusão, stress, melancolia, ansiedade. Estes são resultantes da nossa incapacidade de projectar com sucesso as nossas expectativas, e de conhecer com domínio as reacções que as situações originam.
Porque Deus tem o verdadeiro e absoluto Domínio sobre todas as coisas, Ele permite que o tempo desdobre as circunstâncias para que cada situação tenha a repercurssão ideal para cumprimento da Sua vontade, e que haja em cada situação uma importante/relevante/impactante mensagem para cada vida singular e colectiva ligada directa ou indirectamente. Este Domínio garante-nos a perseverança e a confiança necessárias para entender que tudo contribui para o nosso crescimento Espiritual e o nosso entendimento da Vida e do Poder de Deus.
E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Romanos 8:28
Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém. Judas 1:25

Todas as Caraterísticas/atributos descritos anteriormente são inseparáveis e absolutos, e portanto só poderiam gerar outros atributos de igual registo e dimensão.
A união absoluta de todas estas características evidencia 3 outros atributos igualmente absolutos que são o pilar do Evangelho. Estes são inseparáveis e são o espelho da pessoalidade de Deus e o carácter da Sua revelação ao Homem. Sem entender estes atributos é Impossível conhecer a Deus por quem na verdade Ele é.
-O Amor, a Graça e a Justiça.
o Amor como conhecemos é uma expressão pessoal que resulta de um sentimento interior face a outra pessoa cuja proximidade pela empatia e/ou pelo hábito se potencializa a criação de laços emocionais que nos movem a desejar a protecção, o cuidado, a companhia, o carinho, e o bem estar de outrém. Esta é apenas uma definição generalizada, mas expressa os contornos gerais do conceito. Então o Amor é algo que é dificilmente tangível, reside para nós numa esfera invisível, que é sujeita à sensibilidade interior e que se desperta por estímulos que nos são externos. Sentimos o Amor pelo contacto, pelo interesse que se desperta nos outros, pela partilha, pela cumplicidade.
Contudo Deus revela-se como sendo a expressão viva do Amor, Ele não só sente o Amor, mas Ele É o Amor.
Desta forma, é Ele a fonte inesgotável do Amor, que potencia e contagia aos nossos corações a capacidade de também não só sentir o Amor, como expressá-lo e conhecê-lo. O Amor verdadeiro, genuíno na sua origem é altruísta, puro, incondicional. Para nós que somos nascidos da carne, é ímpossível manifestar este Amor, pois somos vítimas de uma natureza que é precisamente oposta, forjada no pecado, na carnalidade, e na superficialidade. Por isso Deus se afirma como a expressão do Amor, pois nela, se revelam outros atributos igualmente únicos que jamais poderíamos entender, se Deus não os revelasse na Sua origem Absoluta.
Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. 1 João 4:8
E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele. 1 João 4:16
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele."
João 3:16-17
O contrapeso perfeito do Amor é a Justiça, e esta é ética suprema pela qual se entendem os desígnios de Deus, a excelência moral do seu Carácter e o Seu relacionamento para connosco. Não pode haver Amor sem justiça, nem justiça sem Amor pois ambos se sustentam e se completam para serem infalíveis. Um amor que não é justo é egoísta, e a justiça que não contempla o Amor é injusta. A sociedade antropocêntrica promove o conceito do amor passivo, permissivo, amorfo. O amor que é de concessões, de actos de satisfação de prazer imediato, de permissão absoluta, de elogio fugaz, de incentivos incontestáveis, de palavras vãs e superficiais, boosts ao ego, preenchimento material, ilusão emocional e tantas outras incoerências que promovem a sublimação do Homem e a satisfação de todas as suas vontades.
Por isto, para o Homem que nega a Deus, a Justiça de Deus é injusta, porque vai precisamente contrariar a sua natureza e a satisfação do seu prazer imediato. O Homem sente-se no direito de exigir direitos, que crê lhe serem justos. Reserva-se o direito à vida em primeiro lugar, depois à felicidade, à liberdade e à facilidade, colocando as suas necessidades como prioritárias.
Mas se Deus é Santo, e todos os Seus atributos são de natureza absoluta, então tudo que não é Santo é naturalmente profano. Onde a Luz brilha, as trevas cessam. Desta forma a ordem natural da Santidade de Deus seria de exterminar tudo aquilo que lhe é oposto. Mas se Deus também é Amor e simultaneamente Justiça, então para ser coerente, de forma igualmente absoluta, Ele nos concede não a exterminação que era nossa por direito, mas a Redenção pela Salvação em Cristo.
Tu tens um braço poderoso; forte é a tua mão, e alta está a tua destra.
Justiça e juízo são a base do teu trono; misericórdia e verdade irão adiante do teu rosto.
Salmos 89:13-14
Ele mesmo julgará o mundo com justiça; exercerá juízo sobre povos com retidão.
Salmos 9:8
Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos justos são; Deus é a verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é. Deuteronômio 32:4
Esta é então a expressão da Graça de Deus, o terceiro atributo que está tecido íntrinsecamente no Amor e na Justiça. Porque o que realmente nos era devido como salário (Romanos 6:23) era a morte, pois o nosso mérito pouco mais poderia reinvindicar. Mas pela Graça de Deus, gratuita, incondicional, amorosa, e justa, nos foi concedido o Sacrifício de Jesus Cristo na Cruz, para que Ele pagasse com o Seu sangue, a justiça que nos era devida, para que o Seu amor seja cumprido, e a Sua Justiça saciada. Desta forma Deus permanece Absoluto, coerente, infalível, imutável, incontestável, e recebe para Si toda a Glória que lhe é devida. Porque este é desde a Eternidade o pináculo da Sua indiscutível e gloriosa Vontade.
Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,
Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;
Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus.
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
Efésios 2:4-8
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.
Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.
Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.
Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus. João 3:16-21
Este é o Deus de Israel, O Único Deus, Aquele que se fez conhecer, que tem carácter, personalidade, pessoalidade.
Nele aprendemos a definir conceitos pelos quais entendemos a grandeza de sentimentos e valores como:
A Paciência; Benignidade; Generosidade; Protecção; Serenidade; Amabilidade; Correcção; Misericórdia; Magnanimidade; Fidelidade; Humildade; Simplicidade: Luminosidade; Esperança; Paz; Equidade; Integridade; Disciplina; Rectidão; Confiança; Altruísmo; Zelo, etc.
A Palavra de Deus é riquíssima em descrição detalhada dos atributos de Deus, revelando contornos fascinantes de como Deus pensa, aquilo que Ele sente e de como Ele opera:
-Um Deus idóneo, incorruptível, firme, misericordioso, imparcial.
Pois o SENHOR vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas; Deuteronômio 10:17
Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.
Mateus 5:45
-Um Deus, fiel, leal, piedoso.
E a minha fidelidade e a minha benignidade estarão com ele; e em meu nome será exaltado o seu poder. Salmos 89:24
Louvai ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua benignidade dura para sempre.
Salmos 118:1
Porque o Senhor é bom, e eterna a sua misericórdia; e a sua verdade dura de geração em geração.
Salmos 100:5
-É atencioso e demonstra um interesse particular em cada um de nós. Um Deus omnipotente que não só se lembra que existimos como conhece intimamente todos os contornos da nossa identidade. Conhece cada sonho, cada pensamento e expõe e evidencia os segredos e os desejos mais recônditos do nosso coração, na Sua omnisciente autoridade.
Eu, o Senhor, esquadrinho o coração e provo os rins; e isto para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações. Jeremias 17:10
-Uma das características mais evidentes é que é protector daqueles que O amam. E Guia para os perdidos.
Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.
Salmos 46:1
"O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará.
Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas.
Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do Seu nome.
Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque Tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor por longos dias." Salmos, 23:1-6
Há inúmeras características da Identidade de Deus que conhecemos, embora umas sejam mais acentuadas que outras. Mas a Sua palavra não é escrita levianamente, e nada do que está escrito é para ser menosprezado ou relativizado, pois se cada palavra não tivesse a sua importância, Deus não a teria incluído, naquele que é o instrumento da Sua Vontade e Sua Lei.
Existem contudo, Religiões/denominações e Igrejas, que no intuito de atrair as pessoas com o objectivo de encher "Templos", promovem um Evangelho de aguinha com Açucar, em registo de analgésico ou calmante, optando por utilizar a Palavra de Deus como Psico-Terapia, tornando-se agradável ao ouvido do Homem, aliviando as consciências.
Desta forma, raramente acentuam as outras características de Deus, que estão também manifestas na Sua Palavra, cujo peso e importância é igualmente necessária no fortalecimento da Fé. De outra forma não faria sentido lá estarem. Como podemos crer num Deus inventado que nada representa senão mediocridade?
Sendo Deus de natureza Triúna, existem atributos ou qualidades que são mais expressas nas diferentes formas como se apresenta. O Pai, O Filho e o Espírito Santo expressam-se de maneiras diferentes, embora sempre em sintonia absoluta e coerente.
A Deus Pai, são reservadas algumas características que só são aplicadas a Ele e que centram sobretudo na força inimaginável e incontrolável da Sua Ira, ódio, e violência contra o pecado. Daí a necessidade de intercessão do Seu Espírito Santo e do Filho, como atenuadores e escudo protector contra a Sua Ira constante contra tudo aquilo que contraria a Luz imaculada da Sua Santidade. Este lado de Deus parece ser escondido das pessoas com o receio de que mal interpretem a Vontade de Deus ou que identifiquem Nele algo de "perigoso" ou de "maligno".
Contudo o perigo reside apenas em nós, fruto da nossa estupidez e mediocridade, que provoca constantemente no Criador essa Ira. A beleza destas características de Deus, mostram que a Sua Grandiosidade é imensa, sendo necessário e imperativo a Natureza da Trindade. Sem esta, o Homem estaria condenado.
Porque Deus é precisamente o oposto do pecado, do impuro, do ordinário, a Sua Natureza tem de ser naturalmente predisposta a exterminar e consumir tudo aquilo que a contraria. O ódio ou ira de Deus é nada mais do que também a constação derradeira do Seu amor, pois o oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença, e o Homem é tudo menos indiferente ao Criador, como Ele assim o prova na sua paciência, tolerância e benignidade.
A constatar:
Porque o nosso Deus é um fogo consumidor.
Hebreus 12:29
Porque o Senhor teu Deus é um fogo que consome, um Deus zeloso.
Deuteronomio 4:24
Habitem contigo os meus desterrados, ó Moabe; serve-lhes de refúgio perante a face do Destruidor; porque o homem violento terá fim; a destruição é desfeita, e os opressores são consumidos sobre a terra.
Isaías 16:4
"Deus é juiz justo, um Deus que se ira todos os dias."
Salmos 7:11
O Senhor é Deus zeloso e vingador; o Senhor é vingador e cheio de furor; o Senhor toma vingança contra os seus adversários, e guarda a ira contra os seus inimigos.
O Senhor é tardio em irar-se, mas grande em poder, e ao culpado não tem por inocente; o Senhor tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés.
Naum 1:2-3
Se qualquer um de nós ausente de Imortalidade e perfeição, a dada altura, observando o mundo e comprovando na pele a natureza mesquinha daqueles com quem convivemos, presenciando nas nossas egrégoras sociais, na internet, no seio familiar, nos likes, nos posts, nos comentários, nas opiniões, uma profunda falta de civismo, de respeito ou educação, de altruísmo, honestidade e moralidade. Vendo nos comportamentos constantes, inveja, intriga, mesquinhez e maldade. Na maneira como o Homem lida com o Homem, como lida com os animais, como cuida da natureza, como revela as suas prioridades, como defende os seus valores e ideais, vemos sem grande dificuldade uma anarquia e promiscuidade emocional generalizada, uma corrupção e ambição desmedida, e uma reconhecível e vertiginosa decadência de valores.
Por constatarmos estas coisas e sendo nós também fruto da mesma natureza imperfeita, acabamos mesmo assim por contrair desprezo, repulsa e ódio pelas pessoas nas quais identificamos esta imoralidade. Então não terá o Criador de todas as coisas, que tudo vê, o tempo todo, maior legitimidade para se irar contra nós?
Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão.
E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos.
E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.
Mateus 24:10-12
Conhecer o Deus verdadeiro, entendendo A excelência moral do Seu carácter dá-nos a capacidade de olhar para nós e para o mundo e perceber nitidamente com discernimento aquilo que glorifica a Deus, e aquilo que sublima o Homem. Identificar os caminhos Santos e os profanos, e a distinguir a transparência do Bem e a natureza turva do mal.
O nosso compromisso principal, é para com o Senhor nosso Deus, a quem devemos toda a devoção, toda a dedicação e zelo. O amor pelo próximo não pode em momento algum transpor a nossa responsabilidade de Justiça, a lealdade ao Evangelho e a Cristo, e o Amor incondicional a Deus. Amar a Deus é sobretudo manifestar interesse em tudo que Lhe diz repeito. É também a forma firme como defendemos fervorosamente a autenticidade da Sua Palavra. Amar a Deus é servi-Lo e Honrá-lo como Ele merece. É saber identificar nas falsas doutrinas as meias verdades e subtilezas que contrariam a autenticidade das Escrituras, e expô-las com transparência e honestidade. É sobretudo exibir uma lealdade genuína, fervorosa e protectora.
Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.
Deuteronomio 6:5
E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
Este é o primeiro e grande mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.
Mateus 22:37-40
Desta forma é fácil concluir que a nossa lealdade, amor, e zelo devem acima de TUDO visar proteger a veracidade e autenticidade da Palavra de Deus, cumprir a Lei em prazer, defender os valores expressos na Doutrina do Evangelho com transparência e equidade, expressar TODAS as características de Deus expondo a Verdade de forma completa, incontornável e suficiente, e sobretudo sermos firmes e implacáveis na exposição de tudo que caminhe no relativismo das subtilezas, que promova uma Verdade dúbia, adulterada, amortizada, e enganosa.
Se sabemos que Deus tem TODO o poder, e que só pela SUA Graça pode alguém alcançar Salvação por meio da Fé em Jesus Cristo, não precisamos usar de subterfúgios com o pretexto de defender teorias e opiniões pessoais que em nada honram as Escrituras.
Se temos nas nossas mãos a Espada do Espírito que é a Riquíssima Palavra de Deus, não precisamos adoptar esquemas, "estudos" duvidosos, silogismos filosóficos que contraponham a suficiência da Bíblia.
Se acreditamos no Poder exclusivo do Espírito Santo no que diz respeito ao discernimento e à conversão, não precisamos adoptar marketing, nem entretenimento, nem estratégias sedutoras que visem captivar de forma aliciante os descrentes a descobrir a Cristo, pois o Espírito Santo de Deus reserva-se a Ele mesmo o poder para tal.
Se acreditamos que a Deus pertence TODA Glória, e TODO o poder sobre todas as coisas, não precisamos a promoção de cultos, estudos, práticas de Louvor, iniciativas sociais, e eventos que promovam mais o Homem que a Majestade de Deus, deturpando o Evangelho da Nova Aliança para glorificar o Homem.
Se acreditamos na Autoridade de Deus, não precisamos agir como se Deus precisasse de defensores que escondem a Sua verdadeira natureza, com o propósito de criar uma "imagem mais apelativa e agradável" para o Mundo.
Em suma, Esse grande Deus Todo poderoso manifestou-se a nós pela expressão da Sua vontade, dando a conhecer todos os Seus atributos, os quais são inseparáveis, incontornáveis e imutáveis.
Salientar uns, escondendo outros, ou debruçando-se excessivamente sobre uns, negligenciando a importância dos outros, não só estamos a negar a expressão da Sua verdadeira Identidade, como estamos a promover um conhecimento empobrecido da pessoalidade de Deus.
Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus.
Mateus 22:29
Ouvi a palavra do SENHOR, vós filhos de Israel, porque o SENHOR tem uma contenda com os habitantes da terra; porque na terra não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Deus.
Oséias 4:1
O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos. Oséias 4:6
Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?
E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.
Mateus 7:21-23
O Conhecimento de Deus, completo, consciente e firme é sustentado pelo discernimento do Espírito Santo mediante o domínio hábil da Palavra de Deus que é a nossa arma contra as ciladas astutas do maligno.
Porque Esse Deus Grandioso e Glorioso tem demonstrando a sublime e excelente natureza da sua Identidade para que o conheçamos e o Adoremos em Espírito e em Verdade, na plenitude da Sua expressão.
Graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus, e de Jesus nosso Senhor;
Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude;
Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.
E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência,
E à ciência a temperança, e à temperança a paciência, e à paciência a piedade,
E à piedade o amor fraternal, e ao amor fraternal a caridade.
Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.
2 Pedro 1:2-8