Auto-sugestão; Auto-indução; Auto-Hipnose; Auto-controle; Auto-conhecimento; São expressões bastante comuns actualmente, quer nas áreas das ciências humanas sociais, e até mesmo nos círculos da "Espiritualidade" comercial abrangente. São termos cada vez mais em voga, embora recorrentemente mal entendidos, mal projectados, e perigosamente mal aplicados.
A Filosofia, a Psicologia, e a Medicina tradicional desenvolveram dentro das suas áreas de pesquisa vários estudos interessantes sobre o Cérebro, a mecânica do pensamento, os mistérios da Emoção, do comportamento e da saúde mental. Tais estudos (sofrendo uma aplicação de teor místico) deram origem a práticas ou exercícios mentais que visam uma espécie de "domínio próprio" induzido, como forma de estabilizar desvios na harmonia de pensamento e promover a Paz interior.
O conceito Ad Hoc de Auto-domínio, (Ad Hoc - sendo uma expressão Latina que significa "para este/aquele propósito" ou servindo "esta finalidade"), passa a integrar progressivamente o pensamento comum de que nós temos o controlo sobre a nossa própria mente para servir qualquer propósito da indução. Este conceito de Auto-indução como forma de terapia da mente tem vindo a ser cada vez mais de aplicação prática na Psico-terapia e por isso adoptado e assimilado pela falsa religião para determinar que a Auto-satisfação é o maior propósito da "espiritualidade".
A verdadeira Espiritualidade, que representa o -"estar bem com Deus", passa a ser substituída por outra espécie de "espiritualidade", que promove, ainda que muitas vezes inconscientemente a ideia constante do que importa é: -"Estar bem consigo mesmo".
Muitos desta forma "buscam a Deus", não por quem ELE é, mas pela ideia do que "Deus" pode fazer por elas (alívio da consciência, paz, segurança, estabilidade emocional, e por aí fora)
Religião secular não passa disto mesmo: Terapia para disfarçar os verdadeiros problemas da alma e mente humanas, e auto-indução (é tudo acerca da concretização das nossas expectativas).
Porque vivemos numa sociedade onde a informação é poder, e o conhecimento uma arma de influência e controle social, é apenas normal que onde haja interesse do ponto de vista humano, haja também um potencial interesse para um negócio exponencial. Esta é a realidade da nossa cultura, e o estado "normal" do Homem pecador encarar o mundo. Tudo é albergado dentro do prisma do "empreendedorismo" e do negócio, e a cultura do mundo sendo dirigida pelo próprio Satanás e seus anjos caídos, trabalha incansavelmente nos bastidores da consciência humana promovendo a ideia de que o Homem em si mesmo, tem todo o poder.
Toda a espécie de perversidade na forma de pensar e encarar a realidade tem origem na mente desta criatura sobrenatural, cujo propósito é Auto-Adorar-se.
Por isso a cultura antropocêntrica sofre o mesmo modus operandi, (modo de operar), obedecendo aos mesmos estímulos de Satanás -A Auto-Satisfação e A Auto-Glória.
A Auto-indução, (tema de interesse que tem vendido mundialmente centenas de milhares de livros e levado à ribalta diversos nomes da indústria literária) é uma das grandes armas pelas quais a nossa cultura foi meticulosamente subvertida e tornada tão superficial e propensa à ilusão, como se observa actualmente.
Circulam pela internet vários vídeos de teor "inspiracional", para comover, e sensibilizar as pessoas. Suas temáticas são a auto-consciência e a natureza, apelando para a responsabilidade humana na Terra, e a promoção de uma espiritualidade centrada na paz e na prosperidade da união humana.
-"É altura de mudar, ou tempo de mudar"; é o lema por detrás destes "apelos" à consciência, mas a mudança/proposta em si nunca passa de um esforço medíocre de humanismo frívolo, embora cuidadosamente sensível e aparentemente positivo. Uma mensagem exasperante de esperança desesperada é a sensação final que estes vídeos produzem, pois mesmo que comovam e impactem, gerando emoções de mudança, é notório que nada irá mudar. Ouvir estes apelos centrados na ideia de que o Homem pode construir um mundo melhor não surtem nenhum efeito na mudança comportamental do Homem, pois a realidade é que todos nós sabemos que este mundo vai de mal a pior, e só vai piorar, e isto porque o Homem é mau, e pérfido, e sua natureza está corrompida pelo pecado para a auto-destruição.
A "cultura" diz que o Homem é intrinsecamente bom, apenas adopta comportamentos desviantes por causa da sociedade que o corrompe. Ora se a sociedade é produto da mente humana, criado por ele para a ordenação, como é que é a sociedade que corrompe o Homem? O Homem não só corrompe a sociedade, como a natureza, a arte, e tudo o que toca no desejo de se equiparar a Deus.
Esperança depositada no Homem é uma utopia destinada aos contos de ficção somente, ou na criação de vídeos comoventes como esses que já estamos habituados, que impelem o homem "a despertar". Homens mortos não despertam a não ser pelo poder de Deus!
A Bíblia convida os Homens a um outro "despertar": "Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá." (Efésios 5:14); O despertar da Bíblia é o abano que o Homem precisa para a mudança que tanto deseja. Contudo o Homem prefere a falsa esperança da auto-indução, pois na realidade o homem não quer mudar.
"Falsa esperança" não produz mudança, pois a mudança só pode surgir da consciência transformada para a realidade do problema pelo qual é necessário mudar.
Ninguém irá mudar com "esperança" auto-induzida, se primeiro não se detectar o problema protegido atrás da auto-indução que pretende criar a ideia em primeiro lugar, de que não há problema nenhum para mudar.
Criar esperança auto-induzida, por cima de problemas que persistem protegidos por auto-indução é um exercício inútil.
Esta psicose na forma de encarar a realidade emocional é fruto do antropocentrismo "no seu melhor" (pior), pois é notório que no Homem não reside poder absolutamente nenhum para reverter e combater a sua natureza caída, medíocre e propensa ao mal. Séculos de História assim o comprovam, e inúmeras tentativas "culturais" de provar o contrário, como o Gnosticismo, o Iluminismo (agora o ecumenismo) e todos os outros "ismos" utópicos tão promovidos ao inconsciente colectivo pela "Indústria ideológica" da nova Ordem Mundial, não irão fazer o Homem mudar, nem tampouco mudar o mundo onde o Homem está "Livre" em pecado.
A única mudança que realmente tem ocorrido na mente humana nos últimos séculos é a mudança para a passividade, para uma consciência subvertida, dependente de entretenimento, de distracções e sublimação.
Desde o Séc. XVIII (altura que o Ateísmo foi difundido como linha de pensamento), que surgiram igualmente os grandes princípios iluministas de "criar um mundo melhor". Séculos depois, ainda estamos à espera de ver "um mundo melhor" acontecer.
Que interessam estas linhas de pensamento inútil? E estes Vídeos e campanhas inspiracionais invadindo a Internet? Inspiraram multidões? Sem dúvida! Mas o Homem não precisa de Inspiração, precisa de transformação. Mudança no coração, no âmago, na matriz. Esta mudança, só Aquele que criou o Homem pode reverter, pelo Seu poder, Sua vontade, Sua Influência.
Diz O Senhor:
E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne.
E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis.
E habitareis na terra que eu dei a vossos pais e vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso Deus.
Ezequiel 36:26-28
Só Deus nos pode dar um "mundo novo perfeito", pois só Ele pode mudar o homem na raiz, e Só Ele tem a perfeição em Si mesmo.
A história repete-se num círculo vicioso e temos visto que séculos após séculos de história, os Homens cometem os mesmos erros, produzem as mesmas desgraças, cometem os mesmos crimes, e o mundo não tem vindo de mal a melhor, mas de mal a pior. Aquilo que chamamos hoje de "sociedade evoluída", ou "Civilização moderna", é apenas a mesma sociedade Pré-histórica de homens bárbaros, violentos, animalescos; Agora, repletos de gadgets, tecnologia, adereços e apetrechos sofisticados. Por dentro, no coração, o Homem continua tão pérfido como era na Antiguidade. Hoje ainda existem mais atrocidades que nunca, pois com o acesso à informação e aos recursos, a mente humana tem mais estímulos para imaginar uma infinidade abominável de novos pecados.
Por isso é que o Ateísmo é uma prática que surgiu do movimento Iluminista, no Séc. XVIII, sendo bastante recente; Nem o Diabo e seus demónios chegaram tão longe, a um estado tão miserável de dizer que Deus não existe. Eles são rebeldes, ainda sim, reconhecem a Autoridade e O Poder de Deus.
Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demónios o crêem, e estremecem.
Tiago 2:19
Todos nós sabemos no fundo, o estado decadente da nossa condição; A nossa "cultura", tem produzido pessoas cada vez mais frívolas, superficiais, vazias, insatisfeitas, solitárias, fúteis, iludidas, infelizes e propensas à inutilidade; Contudo cada vez mais induzidas a acreditar que as suas vidas foram melhoradas pela sociedade.
Existe a ideia convicta, de que existe actualmente mais "qualidade de vida" por haver disponíveis mais recursos e oportunidades, indispensáveis para a concretização de sonhos, e é daqui, desta ilusão de benefício para a satisfação pessoal que estas pessoas retiram o conceito de - "ser-se feliz".
A verdade é que uma pessoa pode ser temporariamente satisfeita, sem nunca chegar a ser verdadeiramente feliz; (acontece com a maioria do mundo e é o formato generalizado do conceito mundano de - Felicidade)
Uma pessoa feliz estará sempre satisfeita, mas nem sempre alguém satisfeito, está propriamente feliz). Uma pessoa feliz tem dentro de si a consciência de que as satisfações e as necessidades são coisas pelas quais a sua felicidade não depende, ao contrário das pessoas satisfeitas, que só se sentem felizes porque suas necessidades estão sendo servidas segundo suas expectativas.
FELICIDADE
Felicidade tem a haver com preenchimento e propósito; Por isso (ainda que de forma bastante rudimentar) a satisfação de vontades pessoais, aquisição de bens, ou ainda de experimentar prazeres, pode auferir a alguém a percepção emocional de felicidade.
Deus preparou para nós, Suas criaturas, caminhos de bem para a vida (de felicidade eterna), e caminhos de mal para a morte (sofrimento eterno).
Se contemplarmos a Graça (para a Salvação) e a desgraça (para a condenação), podemos ter uma breve noção de benefício vs prejuízo no que diz respeito aos destinos opostos que representam, mas a realidade é muito mais terrível. Estar sem Deus não será apenas um "ligeiro prejuízo" ou privação temporária. Estar sem Deus representa a eternidade de morte e de miséria incomparáveis, indescritíveis, inconcebíveis para as nossas mentes objectivas. Isto, porque nós não podemos contemplar estar sem Deus numa perspectiva eterna, porque até então temos estado debaixo da Graça comum que Deus derrama sobre todos sem excepção. (Mateus 5:45)
Estar sem Deus na eternidade é estar para sempre longe da Sua Graça, do Seu amor, da Sua benignidade, compaixão, misericórdia e Paz. No inferno não haverá alívio, satisfação, descanso, alento, ou atenuação de qualquer espécie; Tudo será terrível solidão, amargura, desespero, carência, dor indescritível, agonia irremediável, e miséria infindável. Não podemos imaginar isto, porque nunca passamos por tal coisa. Ninguém nunca presenciou tal cenário e teve segunda oportunidade para voltar atrás. Esse é o ponto sem retorno.
O Deus da Bíblia é um Deus que se move para a Paz e a prosperidade de toda a Sua Criação; É um Deus de bênçãos, e de benignidade, especialmente para com o Seu povo (Deuteronômio 7:9-15). Todo o Salmo 136 repete esta verdade: "Louvai ao SENHOR, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre." (Salmos 136:1); mas a Bíblia também nos descreve que Deus tem benignidade eterna para quem O ama e O serve, e a Ele se sujeita; Deus nunca irá abençoar o pecado, aliás a Bíblia descreve Deus como: "Deus grande e terrível." (Deuteronômio 7:21); "o nosso Deus é um fogo consumidor." (Hebreus 12:29); "um Deus que se ira todos os dias." (Salmos 7:11); e que :"retribui no rosto dos que o odeiam, fazendo-os perecer" (Deuteronômio 7:10);
A Felicidade está tão somente no Favor de Deus, e todos os que não amam a Deus, jamais podem ser felizes verdadeiramente. Satisfeitos temporariamente, muitos podem desprezar estas verdades, ostentando sua "estabilidade", porém, tudo aquilo em que depositam seu conceito de felicidade, tem os dias contados pelas circunstâncias que eles mesmos não podem controlar.
Deus apela à consciência do Homem neste sentido:
Vês aqui, hoje te tenho proposto a vida e o bem, e a morte e o mal;
Porquanto te ordeno hoje que ames ao Senhor teu Deus, que andes nos seus caminhos, e que guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos, para que vivas, e te multipliques, e o Senhor teu Deus te abençoe na terra a qual entras a possuir.
Deuteronômio 30:15,16
Deus avisou os Judeus (Seu povo eleito), para a verdade da Sua benignidade, que era condicional ao: "andar nos Seus caminhos" e "guardar os seus mandamentos e estatutos e juízos";
Que acontece quando isto não acontece? -"Porém se o teu coração se desviar, e não quiseres dar ouvidos, e fores seduzido para te inclinares a outros deuses, e os servires, Então eu vos declaro hoje que, certamente, perecereis; não prolongareis os dias na terra...(...) (Deuteronômio 30:17,18);
Deus é bom, pois antes de executar Sua Justiça e Juízo, Ele proporciona o aviso das consequências em andar em rebelião contra Ele:
Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência,
Deuteronômio 30:19
A "felicidade temporária do mundo" em que você tem vivido, vale a pena quando pesados contra uma eternidade de Felicidade indescritível ao lado de Deus?
Num coração mundano, sem Deus, a auto-Indução torna-se numa espécie de muleta imprescindível, pela qual multidões gigantes de pessoas crêem ser felizes, e vivem as suas vidas, idealizando e interiorizando uma ilusão que confere a breve sensação de que "tudo vai correr bem", mas que na realidade nada nunca vai realmente bem. São as tais expressões recorrentes do "Vai se andando", que denunciam corações miseravelmente conformados com vidas sem nenhum preenchimento, propósito e fundamento que transcendam uma perspectiva de vida além do superficial. Corações sem rumo, Vidas perdidas; tudo porque para estas pessoas as tristezas e as fraquezas são coisas negativas pelas quais eles se comparam e distinguem no mundo. Para uma pessoa que desconheça a Graça de Deus, é impossível haver felicidade sem circunstâncias favoráveis à satisfação básica de todas as suas necessidades primárias. Por isso recorrem desesperadamente à auto-indução, para superar as suas crises existenciais, e enganar a mente com projecções mentais de "positivismo forçado" e "auto-consolo".
Um Cristão nunca precisará de confiar na auto-indução para superar problemas, pois o seu poder está em Cristo, expressão da sua força interior.
Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade.
Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.
Filipenses 4:12,13
-O que é então a Auto-indução ou a Auto-sugestão concretamente?
É a sugestão mental/emocional (influência de uma ideia constante e persistente) que alguém exerce sobre si mesmo, provocando alterações no seu comportamento e na sua forma de encarar a vida (Problemas diversos, estados emocionais, Obstáculos psicológicos, etc). É um conceito amplamente utilizado nas técnicas de "pensamento positivo", "programação neuro-linguística" e "relaxamento", entre outras. A própria palavra induzir, quer dizer "levar alguém a acreditar"; "persuadir"; "convencer";
A auto-hipnose por exemplo é uma extensão particular da Auto-sugestão e é usada para programar directamente o inconsciente com afirmações e sugestões que vencem os intrincados processos críticos da mente. "Mantras" que são persistentemente repetidos interiormente para induzir alguém a acreditar que a realidade que deseja pode ser transformada pelo poder do pensamento, e que esta é a única forma/fórmula para vencer obstáculos e superar conflitos. Esta re-programação da mente pode ser usada como um método efectivo para reduzir a tensão e induzir um relaxamento interior pela pessoa que a adopta, e por isso se torna facilmente uma muleta de co-dependência.
O nosso cérebro é um órgão complexo e envolto em mistérios (sobrenaturais até), capaz de projectar energia excepcional para executar e processar tarefas fascinantes quando devidamente exercitado; isto é um facto inegável. A questão a abordar sobre esta temática surge sobre os efeitos a longo prazo que a auto-indução pode produzir para substituir a realidade, chegando em alguns pontos a conduzir a percepção racional à paranóia emocional.
O Método base da Auto-hipnose, é usar a auto-sugestão para aprofundar o estado de relaxamento interior, um estado superior de auto-confiança, ou de auto-aceitação. Consiste em projectar afirmações (irreais) sobre a realidade, da seguinte forma:
Pela repetição consecutiva afirmar que:
“eu estou relaxado e confortável” (quando na verdade está em desconforto e ansiedade), “eu estou no controle" (sofrendo descontroladamente), "eu vou conseguir" (sensação de iminente impotência), "eu sou um vencedor" (Sentimento de fracasso crónico), e por aí fora.
Usualmente este tipo de mantras mentais, têm uma relação muito directa com os problemas interiores que a pessoa em questão enfrenta, e por isso tão perigosos. Muitos adeptos das filosofias místicas e esotéricas, "Life-coaches", e pessoas que se movem nestes círculos (até ditos "cristãos") que envolvem temas como a bionergia, a auto-cura, as regressões e vidas passadas, a meditação transcendental, a ressonância cósmica, etc, são pessoas totalmente dependentes da auto-indução, e completamente alucinadas, sendo alvos fáceis para as "doutrinas de demónios".
A Palavra de Deus relata muito bem este cenário, associando-o aos dias do fim precedendo a vinda do Anti-Cristo:
Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demónios;
Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência;
1 Timóteo 4:1,2
Estas "doutrinas" colocam o Homem no centro do Universo, e por isso são centradas em apelos antropocêntricos.
Como disse Abraham Lincoln sobre o engano: “Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos o tempo todo.”
Muitas pessoas enganam-se a si mesmas durante tão longos períodos de tempo que a dada altura não sabem mais distinguir entre realidade e projecção auto-induzida.
ANTROPOCENTRISMO
- Que propõe na realidade a auto-indução?
O grande perigo do uso desenfreado e mal colocado da Auto-sugestão, é criar na mente e no coração a dependência de si mesmo, (antropocentrismo), em vez da dependência e suficiência do poder e do conselho de Deus. A auto-indução pretende criar a ilusão de que uma pessoa pode encontrar propósito em si mesma, na construção das suas ideias positivas, levando-a a crer que pode assim determinar aquilo que se passará posteriormente, numa realidade já transformada para agradar as suas expectativas e esforços mentais.
Nada poderia ser mais diabólico, do que alguém criar na sua mente a ideia, de que em si apenas, haja poder para mudar não só a realidade das suas expectativas, como mudar as expectativas em si, dentro da realidade em que se encontra.
Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Contra estas coisas não há lei.
Gálatas 5:22,23
"Temperança" significa domínio próprio, mas não propriamente "auto-domínio".
A temperança está incluída, com outros atributos (9 no total) como atributos concedidos Pelo Espírito;
Citando: "o fruto do Espírito", entendemos que cada um desses atributos vem Dele e não de nós. O Número 9 curiosamente na numerologia simbólica da Bíblia, simboliza "finalização", ou "acto de finalizar" portanto, 9 atributos, significam aqui, 9 atributos finais, pelos quais podemos caracterizar uma pessoa convertida, ou seja, na conversão são estes os atributos principais, reconhecíveis das pessoas que "morreram para o pecado" (Romanos 6:7) e "receberam nova vida" (Efésios 2:1), os salvos em Cristo.
Ainda refere noutra passagem que a moderação (que é o domínio próprio) vem DO Espírito: "Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação." (2 Timóteo 1:7)
Porque é importante perceber isto?
Diz a Palavra de Deus: "e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim" (Gálatas 2:20); Ora se não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim, o domínio não é mais meu mas Dele. Assim como "o Fruto" de Gálatas 5, não é nosso mas Do Espírito.
Desta forma, entender domínio próprio e distingui-lo do "auto-domínio", serve apenas para percebermos a diferença entre os filhos de Deus, e os filhos do Mundo.
Os Filhos de Deus, que são "membros de um só corpo, cuja cabeça é Cristo" (Efésios 5:23) não vivem segundo suas próprias "autonomias" espirituais.
Assim, pois, há muitos membros, mas um corpo.
E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós.
1 Coríntios 12:20,21
Os Filhos de Deus portanto, têm domínio próprio para resistir à tentação, onde? Em si mesmos? -NÃO!
-Em Cristo (Filipenses 4:13).
A expressão "Auto", que deu origem a palavras como automático, ou automóvel, significa, "centrado em si mesmo", Autónomo. Se somos membros de um corpo, existe autonomia em algum membro? Dedos, ou pernas, ou braços têm autonomia alienada da autoridade da cabeça que controla todo o corpo?
Todos os membros do nosso corpo obedecem ao domínio da cabeça; da mesma forma, esta simbologia Bíblica, serve o propósito de demonstrar que os Filhos de Deus, que compõe a Igreja dos Salvos não estão centrados em suas próprias autonomias, mas na dependência e sujeição a Cristo - A cabeça do corpo.
Refere e muito bem a Palavra de Deus que: "E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogénito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência." (Colossenses 1:18);
Se Ele tem em tudo a preeminência, fica bastante claro que "auto-domínio" não é um conceito bíblico, e sim o -domínio próprio- porque, enquanto o auto-domínio pressupõe o domínio exercido no mérito pessoal, o domínio próprio clarifica, que o Homem Pelo Espírito de Deus, sujeito a Cristo, pode dominar-se a si mesmo.
E isto é notório ao observar que todas as vezes que cristãos falham em resistir ao pecado, é precisamente quando estão com dificuldades na sujeição e na dependência de Deus. Na Sujeição e dependência há domínio do pecado; na rebeldia e negligência, há abundância no pecado. Auto-domínio e todos os "autos" que se seguem, procedem da mente que crê que o poder está em si (mente humana sem Deus). Só os filhos de Deus já entenderam pela mente renovada da novidade de vida, que todo o Poder está nas mãos de Deus no que diz respeito ao domínio do Pecado (e isto Pelo Espírito).
A condição do Homem é caída da Graça pelo pecado, razão pela qual estamos em condenação, debaixo da ira de Deus. O Homem não tem poder sobre si mesmo para mudar esta condição, ou fugir às consequências directas desta realidade. É Deus que tem o poder (todo o poder), para mudar não só a realidade das expectativas, como a propósito daquilo que se espera. O Homem não tem licença para confiar nele mesmo, ou nos outros, e obter sucesso desse empreendimento inútil.
Porque para todo o propósito há seu tempo e juízo; porquanto a miséria do homem pesa sobre ele.
Porque não sabe o que há de suceder, e quando há de ser, quem lho dará a entender?
Nenhum homem há que tenha domínio sobre o espírito, para o reter; nem tampouco tem ele poder sobre o dia da morte; como também não há licença nesta peleja; nem tampouco a impiedade livrará aos ímpios.
Eclesiastes 8:6-8
O Plano de Deus é evidente na relação entre a criatura com O Criador, e é baseada na Sujeição; Isto para que sejamos ensinados e conduzidos à dependência do Seu poder, para que sejamos fortalecidos Nele, fortificados Nele, restaurados Nele, fundamentados Nele. Deus não nos testa para nos conhecer, testa-nos para que nos conheçamos. A auto-indução é a estratégia mental para conduzir o Homem à sua própria força, portanto nada poderia ser mais anti-natural e diabólico.
Ele é a única fonte de verdadeira força, a única fonte de verdadeira sabedoria, única forma de verdadeira plenitude. Nele reside todo o fundamento, todo o propósito, toda a razão de viver, pensar, e existir.
SÓ em Deus existe felicidade!
Vinde, meninos, ouvi-me; eu vos ensinarei o temor do Senhor.
Quem é o homem que deseja a vida, que quer largos dias para ver o bem?
Guarda a tua língua do mal, e os teus lábios de falarem o engano.
Aparta-te do mal, e faz o bem; procura a paz, e segue-a.
Os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos ao seu clamor.
A face do Senhor está contra os que fazem o mal, para desarraigar da terra a memória deles.
Os justos clamam, e o Senhor os ouve, e os livra de todas as suas angústias.
Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito.
Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas.
Salmos 34:11-19
O termo "feliz" e "felicidade" são relativamente recentes; Felicidade é um conceito actual que envolve Alegria e plenitude da satisfação.
A Bíblia descreve na sua linguagem antiga, felicidade como "Bem aventurança". Ser bem-aventurado, é estar debaixo da "ventura" boa (boa sorte, fortuna, graça, Bênção); A expressão "Ventura" significa, "sorte", "acaso" ou "destino".
A boa ventura, ou boa aventurança, é estar debaixo da Graça, para aceder ao Bem. "quem quer largos dias para ver o bem?" (Salmos 34:12); senão todo aquele que ama a Deus e busca a Sua Justiça?
A Bíblia é bem clara quando expressa o que Deus diz sobre isto: "todos os que me odeiam amam a morte." (Provérbios 8:36); ou seja, Ninguém pode viver senão debaixo do favor de Deus. Felicidade é Graça, e só Deus a pode conceder.
Não há felicidade sem Deus!
Esta é a razão porque a Auto-indução é um exercício inútil e todo o desempenho do Homem nesse sentido, é verdadeiramente imprestável.
Há muita gente a praticar a auto-indução 24h por dia, e aparentemente parecem estar a colher benefícios temporários disso. A psico-terapia é uma bela área para provar que de facto sem Deus ninguém pode encontrar resolução em si mesmo. As Alas de psiquiatria estão actualmente repletas de pessoas que dispõe de volumosas quantias de dinheiro apenas para receberem de seus Terapeutas, placebos, mantras, psicotrópicos, buscando conselhos, palavras de ânimo, ou simplesmente internamento para fugirem à sua realidade.
Estes, são pacientes recorrentes, que passam anos, senão décadas a lutar contra suas próprias misérias, sem haver nunca uma solução definitiva. Buscam por soluções, mas em si mesmas só encontram vazio e impotência. Levantam-se dos escombros das suas decepções só para serem novamente soterrados num colapso seguinte.
Os problemas que normalmente levam à dependência descontrolada da auto-indução é em primeiro lugar um grande afastamento de Deus e uma desenfreada dependência do mundo que progressivamente levam ao stress, frustração, cansaço físico/psicológico, distúrbios emocionais, fraca auto-estima e/ou depressão.
Muitos saem das aulas de Yoga sentindo-se revigoradas, ou das consultas de psiquiatria, confiantes de que estão a superar seus dilemas existenciais contudo no secretismo dos seus próprios corações escondem-se traumas, escondidos por várias camadas de repressão psicológica, e mecanismos auto-induzidos para domar as "quimeras" contidas nos recantos mais inacessíveis do "eu interior".
Jesus porém disse que só Nele há paz e descanso:
Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.
Mateus 11:28-30
CONFIAR EM DEUS
Muitas pessoas carregam-se de fardos que ninguém lhes impôs, senão elas próprias sobre si mesmas, fruto da sua personalidade excessiva e carácter medíocres; Saturam-se com objectivos e responsabilidades sem sentido para competirem com os padrões de excelência que crêem ter de "estar à altura", para se integrarem no Mundo.
Os que confiam no SENHOR serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.
Salmos 125:1
Diz a Palavra de Deus que: "Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!" (Jeremias 17:5); e ainda que: "Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja confiança é o Senhor." (Jeremias 17:7);
O significado destas afirmações que estão no seguimento uma da outra na passagem de Jeremias têm o mesmo contexto. As duas declarações visam primeiro apontar para a natureza pecadora dos Homens, que é confiarem demasiado em si mesmos e nos outros, logo de seguida, ensinando que o propósito é confiar em Deus em primeiro lugar. A passagem não diz propriamente que não devemos confiar nas pessoas, mas que não devemos confiar nas pessoas como se elas pudessem ocupar o lugar de Deus, e isto porque todas as pessoas são falíveis, e todas elas precisam de confiar em Deus primeiro pois só ELE é Perfeito e infalível.
Confiar em Deus depreende uma entrega a Ele em segurança e em descanso para a providência. Na hora da necessidade, outras pessoas podem falhar, e nós mesmos podemos não estar à altura para responder adequadamente às exigências sobre nós impostas, mas Deus nunca falha, nem nunca nos abandona. Confiar em Deus é importante, porque é primeiramente uma questão de Fé, e bem sabemos que a Bíblia nos afirma com toda a autoridade que: "sem fé é impossível agradar-Lhe" (Hebreus 11:6).
Confiar em Deus é o que faz a diferença entre os filhos de Deus e todo o resto do mundo;
Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus.
Uns encurvam-se e caem, mas nós nos levantamos e estamos de pé.
Salmos 20:7,8
O Senhor é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu libertador; o meu Deus, a minha fortaleza, em quem confio; o meu escudo, a força da minha salvação, e o meu alto refúgio.
Salmos 18:2
Não devemos confiar em nós mesmos e nos outros no que diz respeito às verdades espirituais, porque segundo a Bíblia: "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso" (Jeremias 17:9); Ora, se assim é, dele não virão soluções para os nossos problemas. Por isso a auto-indução é um processo mental perigoso, estando sobre a influência dos desejos de um coração formatado para o engano.
A auto-indução tem sido usada por Satanás para alimentar o ego humano para a realidade sem Deus, de tal forma que muitas pessoas entoando o mantra do ateísmo, ainda gozem quando confrontados com a ideia da sua condenação eterna. Este patamar de ilusão e auto-engano é fruto de uma vida inteira de exercícios auto-induzidos para desprezar a realidade inconveniente, e para criar uma realidade de aparências.
"Aparentemente" Deus não existe, para aqueles que não O podem ver, mas se a existência de Deus estivesse dependente somente da habilidade visual do Homem, então todos os cegos seriam ateus, o que não é a realidade.
Existe UM DEUS (1 Timóteo 2:5) verdadeiro -O Deus Triúno-, Do qual O Senhor Jesus é A expressa Imagem; existe o "deus" falso da religião -o Diabo- que pode ter muitos nomes, e aparências (2 Coríntios 11:14), o pai da mitologia, das crendices, das idolatrias e do engano; e ainda o -"Homo deus"- o Ego humano afogado nas águas turvas e negras da auto-indução, querendo como o Diabo, seu mestre na área da presunção, ocupar o lugar de Deus.
Não é então a auto-indução, um terceiro "deus", um "deus" psicótico criado especificamente para objecto de adoração interior, nos "altares" do ego, e nos "santuários" do coração perverso?
PREENCHIMENTO E PROPÓSITO
Vimos que Felicidade como sensação emocional interior procede não da satisfação de prazeres e aquisição de benefícios, mas de encontro com preenchimento e propósito.
O Mundo não pode obter permanentemente nem uma coisa nem outra, no que diz respeito às verdades espirituais contempladas, embora temporariamente possa pela auto-indução crer que alcançou estes patamares.
Preenchimento e propósito são conceitos envoltos em noção de estabilidade e segurança e talvez por isso é que Deus seja na Bíblia várias vezes descrito como "Rocha e refúgio" (Salmos 94:22) ou "Fortaleza" (Salmos 18:1)
Confiai no SENHOR perpetuamente; porque o SENHOR DEUS é uma rocha eterna.
Isaías 26:4
O Senhor Jesus, na Sua infinita Sabedoria, falando ao povo como a crianças, lhes ensinava verdades espirituais tremendas, e uma parábola interessante foi usada com esta simbologia.
Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha;
E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.
E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia;
E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.
Mateus 7:24-27
A "Rocha" e a "areia" são símbolos para Cristo e o mundo respectivamente. Edificar a casa "sobre a rocha", significa, estabelecer a sua base em Cristo, fundamentado Nele para uma segurança eterna inabalável. A prudência de escutar as palavras de Jesus e as praticar é a evidência de que alguém está verdadeiramente em Cristo. Edificar a casa "sobre a areia" simboliza ter como base os rudimentos do mundo, alicerçado em terrenos movediços e instáveis que por insensatez produzirão efeitos terríveis para si.
O símbolo da "tempestade" como sinónimo de adversidade, e de perigo inesperado, serve para provar que para quem faz de Deus sua coluna, pilar e alicerce, nada pode abalá-lo, contudo o homem que se afasta de Deus, e confia na segurança do mundo, cairá.
A Queda dos homens vem da sua confiança nas riquezas do mundo, nos prazeres e tentações de fazer morada no arraial do pecado. Muitos dizem crer em Deus, mas na altura de fazer uma escolha entre Deus e o mundo, elas preferem o mundo. A bíblia retrata este cenário perfeitamente quando Vemos O Senhor Jesus provando um pobre jovem que se achegou a Ele para indagar sobre o "que fazer para conseguir a vida eterna" (Mateus 19:16);
Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me.
E o jovem, ouvindo esta palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades.
Mateus 19:21,22
Este amor ao mundo e suas riquezas temporárias é a loucura que faz os homens desprezarem a Deus. Homens pérfidos e rebeldes, que querem as riquezas de Deus, mas não querem O Deus das riquezas.
Entender o preenchimento e propósito que procede da confiança em Deus é difícil para quem não confia em Deus.
RIQUEZAS NO CÉU
A auto-indução produz a ideia dormente de que a vida sem Deus tem vantagens, embora esta linha de pensamento sempre acompanhe vidas miseráveis sem preenchimento e propósito. A vantagem da auto-indução para aqueles que a praticam é que, são ilibados temporariamente no tribunal da sua própria consciência, ainda que inevitavelmente sejam confrontados a seu tempo com a realidade da sentença para a qual não estavam preparados.
Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;
Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.
Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
Mateus 6:19-21
Que tesouros são estes que Jesus se refere? Será ouro? Prata? Pedras preciosas? Propriedades? Ou outros bens materiais? Nada disto! Os Tesouros no Céu (diferentes dos tesouros do céu), são as honras concernentes ao nosso "Galardão".
Onde ajuntamos Tesouros no Céu? Na Terra!
Então porque razão muitos desfrutam da sua estadia no mundo, pretendendo conquistar o mundo? Acaso o mundo em pecado tem futuro? Acaso as riquezas do mundo podem comprar a entrada no Reino de Deus?
Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?
Mateus 16:26
Aquele que confia nas suas riquezas cairá, mas os justos reverdecerão como a folhagem.
Provérbios 11:28
Porque Jesus pediu ao Pai para não nos tirar do mundo, quando Ele mesmo partiu, retomando o Seu lugar no Céu?
Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
João 17:15
A nossa estadia no mundo como "peregrinos e forasteiros" (1 Pedro 2:11) serve para o serviço Ministerial a Deus. Assim que somos salvos, resgatados do mundo, e justificando as Palavras Do Senhor Jesus ao dizer: "Não são do mundo, como eu do mundo não sou." (João 17:16); estamos imediatamente ao serviço do Reino dos Céus, como cidadãos celestiais (Efésios 2:19). Todo o nosso empreendimento pessoal no mundo, deve ser feito para a Eternidade. Qualquer esforço produzido contemplando vantagens e benefícios somente terrenos, é fruto de uma pobreza em relação ao privilégio que nos foi dado como Sacerdotes do Deus Vivo.
A razão porque O Senhor Jesus nos mantém cá (no mundo), é para sermos espelho da Glória de Deus na Terra, para abençoarmos as Nações com a Luz do mundo (no mundo), e essa Luz é Jesus -Ele mesmo (João 9:5) o centro do nosso propósito, tanto na Terra como no Céu.
GALARDÃO
O Significado literal do termo "Galardão", significa: Compensação; prémio; recompensa; Vem ao encontro do desejo de Deus de demonstrar Seu Amor e benignidade. Um Deus de Graça infinito em poder, deseja retribuir, abençoar e incentivar a obediência e o zelo.
Os Filhos de Deus não trabalham ao serviço do Reino, para amontoarem benefícios celestiais, ou para distinção e ranking na eternidade. O Serviço a Deus é um privilégio, e a verdadeira recompensa é o prazer de O servir, contudo isso não impede Deus de demonstrar seu nobre carácter e generosidade em conceder Bênçãos especiais a cada um dos Seus filhos conforme Lhe aprouver.
Desde que nos convertemos, que estamos a trabalhar para este mesmo fim -Anunciar o Reino dos Céus- e servir a Obra do Amor e da Justiça em Santidade e espírito sacrificial (uns mais que outros notoriamente).
Este serviço é um serviço de imensa responsabilidade, e por isso Jesus disse a Pedro o seguinte:
E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.
Mateus 16:19
Jesus dizia isto a Pedro directamente, mas dizia a todos nós indirectamente para que saibamos que a obra está em curso e a nossa prestação debaixo de supervisão.
A parábola dos Talentos de Mateus 25, expressa isto mesmo quando O Senhor Jesus identifica 3 tipos de servos a quem são entregues "talentos para gerir", enquanto o seu senhor estava de viagem.
Estamos cá com uma missão temporária, como os servos também estiveram temporariamente a cuidar dos talentos, na parábola descrita na passagem de (Mateus 25:14,15). O nosso Senhor Jesus também "foi de viagem" conforme nos é subtilmente ensinado aqui, e em breve estará de volta para cobrar de cada um de nós o sucesso do nosso empreendimento.
Jesus ainda disse: "E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra." (Apocalipse 22:12), para que saibamos que Ele está atento à nossa prestação.
O conceito de Galardão sendo entregue às Obras individuais dos servos, esclarece que nem todas as obras são aprovadas por Deus, pois o "Galardão" é a distinção especial sobre as obras. Porque razão existe esta distinção?
Para a consciência da responsabilidade no acto de servir.
Vejamos:
Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho.
Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus.
Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquitecto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele.
Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.
E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha,
A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um.
Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão.
Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo.
1 Coríntios 3:8-15
As obras determinam a qualidade do serviço, e a obediência e sujeição presentes no zelo daqueles que servem.
O Galardão embora algo que até pode inspirar a cobiça de muitos falsos crentes, também tem uma conotação de peso atribuída.
Os que praticam o mal também receberão o "seu galardão", e isto é evidente na declaração de Samuel: "O Senhor pagará ao malfeitor, conforme a sua maldade." (2 Samuel 3:39); e ainda na condenação da Babilónia descrita por Jeremias: "porque o SENHOR, Deus das recompensas, certamente lhe retribuirá." (Jeremias 51:56);
AUTO INDUÇÃO E O DESCANSO NA IRA
Ora, percebendo que Deus recompensa o bem com a bênção e o mal com a punição, fica mais fácil entender o perigo da auto-indução.
Quando a Bíblia refere que: "o salário do pecado é a morte" (Romanos 6:23); está a falar de uma recompensa punitiva. Entendemos "salário" como a retribuição justa por determinada prestação, o que nos leva a equacionar que todo o ser humano está perante um iminente prestar de contas, e bem sabemos que a prestação de muitos "deixa muito a desejar".
O perigo maior da auto-indução é conferir a ideia de que alguém que não confia em Deus, e que não vive segundo a noção de que terá de prestar contas, pode ainda deslizar à margem da ira de Deus e Seu Juízo.
Hoje em dia toda a Terapia é construída à volta da ideia de que as pessoas não têm problema nenhum, a não ser os problemas que a realidade projecta sobre eles. Então cada "paciente" é tão somente uma vítima à mercê de uma realidade opressora.
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Vítimas da Biologia - incluem problemas de auto-estima, sexualidade disfuncional, doenças degenerativas, ou seja conflito gerado por inconformidade com a realidade biológica (raça, etnia, fisionomia, saúde, sexualidade, género, etc)
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Vítimas do Sistema - Inclui todos os sistemas de integração (trabalho, inserção social, contribuição para a sociedade; dificuldade de afirmação no mundo; Problemas de identidade social; desencontro cultural, etc)
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Vítimas de Deus - Inclui todos os devaneios da psique Humana que culpabilizam Deus pela existência, e pela realidade onde estão inseridas. A atribuição a Deus por todos os fracassos da experiência humana é baseada na ideia de que Deus como Criador, tem uma obrigação em garantir o sucesso de todo o empreendimento Humano.
Se o paciente é meramente uma vítima, então ele tem de ser "domado" por elogios, conduzido por incentivos, e controlado por induções.
Enquanto o ser humano não é confrontado com a Verdade da sua decadência e a iminência desse prestar de contas cuja ampulheta escorre os últimos grãos de areia, nada poderá mudar para reverter sua situação perante Deus.
Muitos não conseguem aceitar que Deus não está preocupado primeiro com a nossa felicidade, mas com a nossa Salvação! A felicidade é o resultado da comunhão com Deus, e isto só pode ser alcançado pela Salvação em Cristo. Se a auto-indução em registo de supressor da consciência continuar actuando como analgésico para o carácter doentio e para a impotência da nossa condição, é impossível alguém chegar ao arrependimento e por conseguinte à Salvação. (na verdade como poderiam?)
ARREPENDIMENTO
Muitos encontram motivos para ser excepcionalmente felizes em determinada altura apenas, porque as circunstâncias em que se encontram lhes são particularmente ou excepcionalmente favoráveis.
Só pessoas miseráveis descobrem momentaneamente a "felicidade" nas frivolidades alimentadas pela euforia do momento.
A felicidade é um estado mental contínuo, e não exclui momentos de tensão ou tristeza momentâneas, que podem ocorrer por adversidades, mas ao contrário do que a maioria experimenta, a felicidade é o estado default da mente que encontrou plenitude em Deus.
O mundo está em miséria, descobrindo ocasionalmente a felicidade nas circunstâncias, ao contrário dos Filhos de Deus que vivem em Felicidade, descobrindo a miséria ocasional nas circunstâncias.
A auto-indução trabalha contra a mente para o arrependimento, porque ela visa desconstruir os problemas como fontes externas a si, imaginando soluções interiores que os encubram, ao passo que uma mente que se consciencializa de que a origem dos seus problemas estão em si mesmo, está mais apta à mudança.
O Grande apelo do Evangelho que é apelidado de "boas notícias" começa com a ordem ao arrependimento. (Marcos 1:15); -"Arrependam-se" é uma expressão imperativa, não é uma sugestão.
Se alguém não crê que a origem de seus problemas reside no seu carácter e na sua estrutura molecular pecadora, como poderá perceber o apelo ao arrependimento para a transformação de vida?
Se o propósito da auto-indução é a felicidade, não é um trabalho contraproducente disfarçar os reais problemas com mantras da auto-sugestão?
Superar circunstâncias da vida com auto-indução é como estar na água rodeado de tubarões e fechar os olhos para se obter tranquilidade.
A tentativa de ligar circunstâncias externas ao homem e à sua realidade mundana, para definir o conceito de felicidade, é por si só uma experiência bastante infeliz.
A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz;
Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!
Mateus 6:22,23
Para se ver bem, não basta ter boa visão; é necessário abrir os olhos primeiro, e depois ter Luz para ver.
Muitos passam pela vida cheios de imaginação e ilusões sobre a realidade do mundo contudo cegos para a iminência da queda. Que lhes falta? Primeiro "a Luz", simbolicamente apontando para Jesus -"A Luz do mundo" (João 1:9) (João 9:5), pois ninguém em trevas pode ver, mesmo de olhos abertos; Depois "abrir os olhos" que é um símbolo bíblico para o discernimento "do cair das escamas" (Atos 9:18) conforme ocorreu sobrenaturalmente com Saulo de Tarso (O Apóstolo Paulo), quando O Senhor Jesus o converteu.
Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.
João 12:46
A auto-Indução é um mecanismo das Trevas e por isso não pode ser recurso para os filhos de Deus, que andam na luz e a Bíblia assim o diz: "Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz" (Efésios 5:8); Este método recorrente na consciência dos ímpios é normal e justificável, pois eles não têm onde se agarrar para superar as suas crises existenciais por isso recorrem aos únicos mecanismos de sobrevivência que lhes estão disponíveis: Agarram-se à psicologia, idolatram a Ciência, e rendem-se às religiões místicas do mundo. Pessoas perdidas, procurando respostas onde houver alguma atmosfera de sublimação e alívio de consciência.
Porém a auto-indução nos Cristãos é algo profundamente vergonhoso, pois denuncia um grande equívoco e profunda ignorância em relação a tudo que é a base do nosso relacionamento pessoal com Deus.
Pessoas que usam moralismo misturado com a indução, fingindo serem Espirituais oscilam recorrentemente entre o auto-flagelo e o auto-consolo, confundindo a plenitude de Deus em Cristo, com a felicidade emocional.
O verdadeiro Filho de Deus, não coloca a sua mente e coração nas ilusões de um esforço auto-centrado, ao invés, examina-se a si mesmo de olhos postos em Cristo, Portanto tudo o que faz, pensa ou diz; fá-lo para servir a Deus em gratidão e simplicidade de coração. Todas as obras do Cristão visam a Glória de Deus em Cristo, e esta é a razão pela qual não perde o propósito e a direcção.
Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.
1 Coríntios 10:31
Haverá coisa mais bela do que contemplar a ideia de que existimos somente para a Glória de Deus? Que maior felicidade há do que fazer parte desta obra?
A verdade é que somos todos criaturas frágeis, débeis, inseguras, repletas de medos, frustrações, carências, e a vida é exímia na arte de nos mostrar a fragilidade da nossa existência. Toda a espécie de provações e dificuldades que a vida nos apresenta, é um espécie de "chamado Divino" ao bom senso, à racionalidade, e à auto-examinação. A auto-indução é um elemento maquiavélico inserido como forma de pensamento na sociedade pela psicologia comportamental como forma de auto-terapia; -substituta da Graça, alternativa ao discernimento. O Evangelho aponta para uma auto-examinação; a psicologia para a auto-indução; precisamente porque esta é uma armadilha criada pelo Diabo, com o único intuito de nos distrair e desviar da confiança em Deus para a Sujeição.
E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.
Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.
2 Coríntios 12:9,10
Abraçar a "religião"; adoptar lifestyles; renovar-se mentalmente; resolver-se emocionalmente; encontrar-se espiritualmente; são tudo propostas inseridas no prisma da auto-indução, mas todas estas propostas falham redondamente em apontar o Homem para a solução dos problemas da mente, do coração e do Espírito;- Cristo!
Quem tem tudo e não tem Cristo; Não tem nada. Quem não tem nada e tem Cristo, tem tudo.
Porque Ele (Jesus Cristo) é a medida perfeita pela qual entendemos verdadeiramente os conceitos da suficiência e da plenitude.
Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade;
Colossenses 2:9
Porque Dele e por Ele, e para Ele, são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente. Amém.
Romanos 11:36
O que torna o Cristianismo tão indesejado pelo mundo é que antes do conforto, ele exige confronto; antes da esperança, ele provoca frustração; antes da serenidade, ele causa incómodo; antes da paz, ele gera conflito; antes do amor, ele clama justiça.
Assim fica mais fácil entender porque todas as religiões do mundo têm em comum um mestre, um guia, um guru, um iluminado; e o Cristianismo um Salvador.
As religiões do mundo prometem aquilo que o homem quer; o Cristianismo mostra aquilo que ele precisa.
Um Homem pode induzir-se quanto quiser a acreditar que detém as rédeas da sua vida, pode auto-hipnotizar-se para formatar o seu pensamento segundo as ilusões da sua psique, e usar de qualquer artimanha, estratagema ou mecanismo para acreditar que tudo depende somente de si mesmo, mas a verdade é que no caminho da ilusão, só se encontra desilusão.
É preciso discernimento para o arrependimento, e não existe discernimento na dependência de auto-indução, mas na dependência de Deus!
Se alguém tem problemas que não sabe como lidar, cicatrizes que foram carregadas uma vida inteira, repressões escondidas, recalcamentos esquecidos, e conflitos secretos que impedem o caminho para a paz interior, para a satisfação e plenitude, é tempo de deixar de lado a auto-indução, confiar menos nesse enganoso coração que nos induz a acreditar que há soluções fora de Cristo, e investir mais na aquisição de conhecimento Bíblico, fonte inesgotável de riquezas. É preciso elevar a mente para a grandeza da dependência de Deus, praticar mais a oração espontânea, e meditar mais nas circunstâncias que a vida apresenta.
Nunca permita que a sua felicidade dependa de algo que possa perder. Se a sua felicidade depende de um objecto; de outro ser humano como você; de uma circunstância; de uma experiência emocional; de um círculo social; de uma moda intelectual ou cultural; de um hábito ou rotina mundana; da sua própria aprovação pessoal, ou da aprovação dos outros; você nunca conhecerá verdadeira felicidade.
Ao invés, coloque a sua felicidade no Deus de todas as coisas, e no Seu Filho, O Deus Encarnado, Jesus Cristo O Redentor, e nunca conhecerá a tristeza.
Não use a auto-indução porque você sabe bem quem você é, e por isso se odeia. Não se odeie porque você ama o pecado. Isso é legalismo. Odeie o seu pecado porque você ama a Deus. Isso é santidade.
A maioria das pessoas adere incondicionalmente às seduções da auto-indução porque têm pavor do sofrimento, vivem obcecadas com a ideia de prazer e satisfação; Têm horror à adversidade, à dificuldade, à contrariedade; fogem desesperadas da solidão, da privação, da carência afectiva; E isto porque não entendem que a felicidade não depende destas coisas, nem tampouco nenhuma delas vencida pode trazer felicidade.
Auto-indução é idolatria em primeiro lugar, porque serve o propósito da auto-sublimação. Nós só aprendemos a idolatrar coisas materiais porque primeiramente nos adoramos a nós mesmos.
Não devemos resistir ao sofrimento, e ao contrário devemos abraçá-lo como fonte inesgotável de ensinamentos, onde Deus mói o ego rebelde, e nos consolida em Si mesmo para uma perfeita e eterna vida de comunhão.
O chamamento de Deus é um abalo que visa medir a distância entre a nossa posição e a posição de Cristo. Esse instrumento denuncia o afastamento real sob a medida do sofrimento. Quanto maior a distância, maior a dor.
Mas para a medida da dor, Cristo é a contra-medida; Pois quando a dor opera, opera também o alívio que é a diminuição da distância entre nós e o Consolador.
Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.
Portanto, meus amados, fugi da idolatria.
1 Coríntios 10:13,14
Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação;
Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus.
Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também é abundante a nossa consolação por meio de Cristo.
Mas, se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação; ou, se somos consolados, para vossa consolação é, a qual se opera suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos;
E a nossa esperança acerca de vós é firme, sabendo que, como sois participantes das aflições, assim o sereis também da consolação.
2 Coríntios 1:3-7
Acreditar que existe um Deus não é a mesma coisa que acreditar no Deus que existe.
Inventar um deus, ou fazer-se a si próprio ocupar o lugar de deus são soluções que a auto-indução lhe pode proporcionar, a custo de Juízo e morte e condenação. Crer no Deus vivo é a única forma de se desprender da auto-indução, e alcançar a Vida Eterna, em Cristo Jesus para a novidade de vida.
De sorte que fomos sepultados com ele pelo baptismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.
Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição;
Romanos 6:4,5
Muitas pessoas usam a auto-indução de mãos dadas com a religião porque pensam que acreditar em Deus lhes dá acesso à Paz interior, e isto porque têm apenas uma perspectiva conceptual e superficial do termo "Deus": Para elas, "Deus é paz, Deus é amor, Deus é esperança", mas nunca Santidade, autoridade, e Juízo. Amor Paz e esperança são conceitos que são confundidos com libertinagem e passividade, pois parecem abundar em permissivismo (A Paz garante tudo, O amor permite tudo, e a esperança justifica tudo).
Estas 3 características atribuídas a Deus parecem suficientes para determinar o carácter completo de Deus, e por isso muitos religiosos equivocados crêem saber quem Deus é, e vivem em paz na sua consciência crendo num Deus formatado por sua própria imaginação.
Mas conhecer Deus, conhecer A Deus e ser conhecido por Deus são coisas distintas. Lúcifer conhece Deus melhor que qualquer um de nós; ele caminhou com Ele; andava no meio das pedras afogueadas conforme descrito em (Ezequiel 28:14) e nem isso o salvará do fogo eterno.
A paz imaginada (que é auto-induzida e por isso inútil), é fruto da verdadeira falta de conhecimento de Deus e intimidade com Ele. Muitos procuram a paz nos clichés presentes nos pensamentos efémeros de Khalil Gibran, Paulo coelho, Ghandi, madre Teresa de Calcutá, etc; procuram Paz nas terapias, na psicologia, nos hobbies, nos relacionamentos uns com os outros, nos encontros com a natureza, na auto-indução, nos mantras do yoga, ou nas energias do Reiki; na respiração e auto-controle do exercício físico, mas nunca na Bíblia que é a Palavra de Deus viva e eficaz.
A Paz não é uma condição da mente, entendida pelas emoções carnais, mas do coração, pela contínua renovação do Espírito conforme descrito em (Romanos 12:2).
É apenas um coração renovado (Ezequiel 36:26), nascido de novo (João 3:3) e uma mente mergulhada na Palavra, que pode encontrar a Paz permanente, revelada na Face de Cristo, renovada eternamente pelo Espírito de Deus.
Não se contente em conhecer Deus apenas, busque conhecer A Deus, e ser Dele conhecido. A Bíblia diz com toda a autoridade: "Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto". (Isaías 55:6), e ainda: "Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á". (Mateus 7:8)
Espere pois em Deus; Ele não tarda. Descanse em Deus; Ele não pesa. Confie em Deus; Ele não falha. Repouse em Deus; Ele não dorme. Desfrute em Deus; Ele não cessa. Viva em Deus, e Ele viverá em você.
O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará.
Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas.
Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.
Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor por longos dias.
Salmos 23:1-6
Medite nas Verdades contidas neste maravilhoso Salmo e descubra a Glória de Deus disponível no Seu favor:
O Senhor é o meu Pastor... (Isto é relacionamento!)
Nada me faltará... (Isto é suprimento!)
Deitar-me faz em verdes pastos... (Isto é Paz e descanso!)
Guia-me mansamente a águas tranquilas... (Isto é tranquilidade)
Refrigera minha alma... (Isto é renovação e purificação!)
Guia-me pelas veredas da justiça... (Isto é direcção!)
Por amor de Seu nome... (Isto é propósito!)
Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte... (Isto é provação!)
Eu não temeria mal algum... (Isto é confiança e protecção!)
Porque tu estás comigo... (Isto é fidelidade e comunhão!)
A tua vara e o teu cajado me consolam... (Isto é disciplina e esperança!)
Unge a minha cabeça com óleo... (Isto é consagração!)
E o meu cálice transborda... (Isto é abundância!)
Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida... (Isto é bênção!)
E eu habitarei na casa do Senhor... (Isto é segurança!)
Por longos dias..." (Isto é eternidade!)
A auto-indução é uma psicose diabólica que nada pode fazer por si. Deixe de lado as psicoses do mundo, e renda-se à "loucura" da Salvação em Cristo.
Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.
Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, E aniquilarei a inteligência dos inteligentes.
Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?
Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.
1 Coríntios 1:18-21