O Arrebatamento é um tema bíblico que tem sido causa de alguma divisão ou posicionamento entre os crentes no que diz respeito ao momento em que vai ocorrer.
A Bíblia fala do arrebatamento, como um evento sobrenatural determinado por Deus para arrancar os crentes da Terra.
O termo "arrebatar" (Harpázō) que é usado nas escrituras, serve o propósito de descrever uma acção rápida, precisa, e funcional de remover a Igreja da terra.
O Verbo "arrebatar" como o acto de "tirar de um lado e colocar noutro", está presente ainda noutras passagens que nada têm a ver com o arrebatamento, mas seu sentido usado é semelhante.
Por exemplo O Senhor Jesus diz: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão." (João 10:27,28) Aqui O Senhor Jesus usa o mesmo termo (Harpasei de Harpázō) como que expressando a ideia de possessão na protecção da Sua mão, e que ninguém nos pode arrancar de lá, uma vez lá seguros na Sua Graça, estaremos eternamente protegidos de "cair" de novo na desgraça.
Assim como O Senhor Jesus nos quer Arrebatar aos céus para si, para sermos Dele (1 Tessalonicenses 4:17), O Diabo também visa nos arrebatar mas na direcção oposta, de volta para o mundo (2 Pedro 3:17).
Como lemos:
Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e descaiais da vossa firmeza;
Vemos aqui um "arrebatar diferente", sendo que o arrebatamento de Deus é para cima em direcção aos céus, e o arrebatamento que vem por meio dos homens abomináveis (ao serviço do Diabo), é para baixo em direcção à terra (o puxar repentino para que caiam).
Pedro neste último capítulo da sua carta fala em tom de resumo, usando o termo "Portanto" (Oun) no sentido aplicado de "concluindo", somando todas as coisas a considerar;
A mensagem que fica depois de considerarmos toda a mensagem de Pedro, é que "nos devemos guardar" e para isto usa o termo (Phylássō) (estar de guarda, manter vigília, assegurar-se); de onde vem o termo "Phulax" para designar os Atalaias, guardas que vigiavam enquanto os outros dormiam.
Todo o Crente em Cristo, deve ser um atalaia por excelência, vigiando de forma sóbria, enquanto o mundo está a dormir embriagado nas distrações do pecado.
Leia-se:
⁵ Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas.
⁶ Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios;
⁷ Porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embebedam, embebedam-se de noite.
⁸ Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação;
⁹ Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo,
¹⁰ Que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele.
¹¹ Por isso exortai-vos uns aos outros, e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis.
¹² E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam;
¹³ E que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós.
1 Tessalonicenses 5:5-13
A ordem também é que nos exortemos e admoestemos uns aos outros visando a edificação pois Deus não nos destinou para a ira que aqui trata do tempo da tribulação e não do inferno propriamente.
Por isso devemos sempre ter em "grande estima e amor" aqueles cuja obra é presidir sobre nós no Senhor, trabalhando para a edificação da Igreja de Deus. Infelizmente para muitos crentes modernos, aquele que admoesta, seja ele quem for, ao fazê-lo, rapidamente se torna um inimigo (Gálatas 4:16).
Pedro enfatiza a ideia de se estar em permanente vigilância, alerta, guardando o que foi confiado. A postura de total reserva e resguardo para se criar uma formação de defesa impenetrável, é o verdadeiro sentido desta palavra grega para "Guarda".
O Arrebatamento de Deus para a Sua Igreja portanto é um resgate de possessão, para nos tirar do mundo, que a todo o tempo nos quer ver cair.
O termo traduzido por "juntamente arrebatados" (Sunapakhthentes) procede da junção particular de: sun = juntos + apágo = levados ou arrastados para algum lado; refere-se literalmente a: "juntar pessoas e arrastá-las para longe de alguma coisa ou de alguém"; Ora se o arrebatamento é um ajuntamento de pessoas para Deus, arrastando-as para fora do mundo, o arrebatar deste versículo fala de crentes descaírem da sua firmeza para serem arrebatados com o mundo, separados de Deus para o castigo.
A própria expressão que se segue referindo-se ao acto de "descair" (Ekpesête) - "Cair para fora" - da junção de: Ek = De dentro para fora + Pípto = Cair; Expressamente passa a ideia de: "regredir, de cair para fora de uma posição ou condição desejada".
Ekpipto aparece várias vezes no Novo Testamento; dois bons exemplos usados para expressar sentido semelhante estão em (Gálatas 5:4) (1 Pedro 1:24);
A "firmeza" (Sterigmos) = estar estabelecido, alicerçado, firmado, estável; é o estado que se pede de alguém crente, apto para "guardar a Palavra" como que "guardando-se a si mesmo do mundo".
Podemos de alguma forma até dizer, que "todos serão arrebatados" em breve, mas uns em "direcção ao céu" (Pelo Senhor Jesus) e outros em "direcção ao chão" (por meio do mundanismo).
O Arrebatamento, é uma colheita de Deus, no sentido em que Crentes são colhidos da Terra para Ele, como uma "Ceifa" ou "Sega".
Não é à Toa que O Próprio Senhor Jesus tenha usado à semelhança do velho testamento estes mesmos simbolismos, da Seara, da Semente, e da ceifa, e os apóstolos também, para se referirem à obra de Salvação dos crentes, à pregação do Evangelho e à vida espiritual dos Homens (Lucas 10:2) (Mateus 13:18-32) (Gálatas 6:8) (João 4:35-38) (Apocalipse 14:14-20).
O arrebatamento passa a ideia de sermos "arrancados da terra", porque está intimamente ligado a símbolos que representam as colheitas de Israel, da Cevada, do Trigo e da Uva respectivamente.
Torna-se evidente que Deus simbolicamente associou relacionamento entre estes rituais agrícolas instituídos na Lei, e as recolhas do Seu povo da terra de que o arrebatamento também faz parte.
Deus associa colheitas, Leis e até os festivais Judaicos aos últimos dias e ao Seu plano de reunir o Seu povo.
Desta forma associamos:
O ARREBATAMENTO AS COLHEITAS DE ISRAEL E SEUS SIMBOLISMOS
- 3 colheitas eram comuns a todos os Judeus:
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-Colheita da Cevada - Lei das primícias - Páscoa - Primavera -Igreja primícias em Cristo
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-Colheita do Trigo - Lei da consagração dos frutos do 4 ano - Pentecostes - Verão -Primícias dos Judeus
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-Colheita da Uva - Lei da respiga - Tabernáculos - Outono -Restantes dos Judeus
Todas estas Leis do Velho testamento que veremos de seguida têm detalhes importantíssimos para a "colheita dos últimos dias" de um ponto de vista espiritual.
Nos dias do fim, Deus irá "colher" da Terra aqueles que são Seus em 3 vagas distintas, segundo as Leis das colheitas que Ele passou ao Seu povo.
Ou Seja vai haver 3 momentos específicos de recolha em massa de crentes da Terra para a reunião com Deus nos últimos dias.
Mas "O Arrebatamento" do qual trata este estudo, é um evento que diz respeito somente À Igreja, como Corpo de Cristo composto tanto por Judeus como Gentios.
Para descobrirmos que 3 momentos são esses vamos ao velho testamento descobrir as 3 Leis gerais que tratavam respectivamente das Colheitas segundo os rituais que Deus havia instituído:
A Lei das primícias ou dos primeiros frutos (Êxodo 23:16-19) dizia que os primeiros frutos da colheita, eram para ser colhidos para Deus, e isto valia para todas as colheitas que eram feitas, contudo a respeito da Cevada, que era a primeira colheita, as primícias têm o seu maior simbolismo para nós (Igreja) nestes dias actuais.
Como sabia alguém quais eram os "primeiros frutos" da colheita de forma a obedecer a Deus de forma rigorosa?
Diariamente nos costumes antigos dos Judeus, quando crescia a colheita, ainda verde, os responsáveis, andavam entre a seara a procurar os primeiros indícios de amadurecimento. No caso da cevada em particular, ao observar que apresentava pequenos tufos amarelados, Imediatamente era marcada ou selada com uma fita em vermelho, separando-os do resto, e progressivamente até que a seara fosse toda inspecionada, vários tufos surgiriam sendo devidamente marcados ou "selados"; Assim que a seara estivesse toda coberta, os primeiros frutos marcados, eram todos "arrancados da Terra" num só molho e levados directamente à presença do Sacerdote e Anciãos, no Templo, como a colheita das primícias para Deus (Levítico 23:10-11).
Quando João prefigura o evento do arrebatamento, sendo ele mesmo arrebatado ao céu (Apocalipse 4:2-4) ele surge diante de quem?
-Do Trono que é o símbolo do Templo de Deus; do Sumo-Sacerdote eterno que é Jesus nele sentado; e dos 24 Anciãos nos 24 tronos. Isto não é uma mera coincidência!
Esta própria ideia dos tufos amadurecidos, serem cuidadosamente "Selados", fala da natureza de estarmos "selados com O Espírito Santo da Promessa" (Efésios 1:13); "Selados para o dia da redenção" (Efésios 4:30).
Se repararmos no simbolismo do sangue nas ombreiras das portas, quando O Espírito do Senhor passou pelo Egipto (Êxodo 12:12-13) vemos que foram poupados todos os que estavam dentro das casas onde o Sangue os havia "selado" para protecção.
Da mesma forma se formos até (Números 33:50-53) vemos que uma sentença de juízo foi pronunciada sobre Jericó e o povo de Canaã. Antes do juízo ter caído sobre aquela cidade, Deus providenciou um meio de proteção no “cordão de fio de escarlate” para Raabe e a sua família em sinal de "misericórdia" por meio da Fé demonstrada (Josué 2:9-19).
Isto figurativamente prediz a história do juízo prestes a cair neste mundo culpado e condenado. Deus em misericórdia providenciou um abrigo para todos os que creem no evangelho – sob o sangue de Cristo.
O Fio escarlate, à semelhança do costume Judeu na colheita das Primícias, aponta para o Sangue precioso de Jesus derramado na cruz, por misericórdia, para que sejamos separados do mundo, selados, e poupados da ira!
Vemos que o juízo caiu sobre Jericó como foi avisado. Mas antes disto ter acontecido, Josué colocou um fim na jornada dos filhos de Israel pelo deserto, trazendo-os para a terra prometida. É significativo reconhecer que Israel entrou na terra de Canaã (Josué 3:4) antes que o julgamento caísse em Jericó (Josué 6).
Antes que o julgamento caia neste mundo, o Senhor Jesus Cristo, a semelhança do que fez Josué, irá encerrar a longa jornada da Igreja pelo deserto deste mundo, chamando-a para a Canaã celestial no arrebatamento, e depois na segunda vinda, reunindo igualmente o povo Judeu remanescente nos últimos dias congregando-os em Jerusalém.
É notável ainda perceber que o juízo de Jericó tenha acontecido exactamente na época da ceifa (Josué 3:15).
A COLHEITA DA CEVADA (PRIMÍCIAS)
O termo PRIMÍCIAS refere-se à Colheita dos PRIMEIROS FRUTOS. O termo é usado com o sentido de "O melhor".
¹² Todo o melhor do azeite, e todo o melhor do mosto e do grão, as suas primícias que derem ao Senhor, as tenho dado a ti.
¹³ Os primeiros frutos de tudo que houver na terra, que trouxerem ao Senhor, serão teus; todo o que estiver limpo na tua casa os comerá.
¹⁴ Toda a coisa consagrada em Israel será tua.
¹⁵ Tudo que abrir a madre, e toda a carne que trouxerem ao Senhor, tanto de homens como de animais, será teu; porém os primogênitos dos homens resgatarás; também os primogênitos dos animais imundos resgatarás.
Números 18:12-15
-A primeira colheita da Cevada, e das primícias diz respeito à Igreja em particular, que vai ser arrebatada antes da tribulação, simbolizada no acto de ser "marcada" e "arrancada" da seara, antes de toda a colheita final acontecer. O marcar é o símbolo desse selamento Do Espírito (Efésios 4:30) pelo Sangue de Cristo (Efésios 2:13) que marca os Salvos distinguindo-os do resto.
Maravilhoso ainda é saber que Jesus ressuscitou no Dia das primícias e que sua ida aos céus precede o arrebatamento da Igreja em simbolismo: "Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda" (1 Coríntios 15:23); Ele é chamado pelo apóstolo Paulo das "primícias dos que dormem" (1 Coríntios 15:20) e por isso também no âmbito do arrebatamento, refere que os "mortos ressuscitarão primeiro" (1 Coríntios 15:52) (1 Tessalonicenses 4:16)
-A colheita das primícias, da Cevada em particular, é feita na Primavera, exactamente na semana da Páscoa, para ser mais preciso no 8º dia (A páscoa dura 7 dias para os Judeus). Tendo em conta que a Páscoa simboliza a morte e ressurreição de Cristo, e que a cevada é o símbolo da Igreja, entendemos as primícias como "o dia a seguir" à Pascoa; Agora dá para entender melhor a promessa de Jesus à Igreja particularmente: "vou preparar-vos lugar" (João 14:2) que é feita logo a seguir à Sua ressurreição;
A festa das primícias ocorre durante o tempo da Páscoa, integrando 1 das 3 grandes festas da reunião judaicas;
-Que quer Deus dizer com isto? -A resposta seria: "Eu vou reunir o Meu povo";
As 3 grandes festas Judaicas são a Festa da Páscoa a de Pentecostes e dos tabernáculos; e elas representam este desejo de Deus de "Reunião". Judeus de todo o lado retornavam a Israel para celebrar estas festas (e ainda hoje o fazem) para o povo ser reunido em celebrações diante de Deus.
Reunir o povo e reunir os frutos da colheita, para apresentá-los diante de Deus tem o mesmo significado no simbolismo da "colheita" Do Senhor Jesus (O Senhor da seara), para os últimos dias.
A primeira reunião que Deus tem preparada para a Sua colheita é então O Arrebatamento da Igreja.
Quando falamos em primícias, indo à raíz hebraica o termo significa "primogénitos" -Becharim- de -Bechor- no singular. Deus requer então "os primeiros" de cada colheita, para serem arrancados para Ele; Nós que somos a Igreja somos os primeiros "amadurecidos" na fé; alguém podia dizer, como os primeiros a reconhecerem Jesus por quem Ele é: "O primogénito de toda a criação" (Colossenses 1:15);
A COLHEITA DA CONSAGRAÇÃO DOS FRUTOS DO 4º ANO (O TRIGO)
A Lei da consagração dos frutos do 4º ano ao Senhor (Levítico 19:23-25) Diz que os primeiros 3 anos são para crescimento, o quarto para consagração ao Senhor e o quinto para benefício pessoal.
-A segunda colheita é a colheita do 4º ano, que trata exactamente daqueles descritos em (Apocalipse 7:4-14), na segunda parte da tribulação, no quarto ano (aos 3.5 anos), semelhantemente à colheita descrita de Levítico 19, por isso lemos; "Estes são os que vieram da grande tribulação" (Apocalipse 7:14);
Estes são então, os 144 mil, as 2 Testemunhas, e mais uma multidão de pessoas de todas as Nações, tribos, povos e línguas, convertidas por sua pregação, que foram mortos durante a tribulação às mãos do Anticristo (Apocalipse 7:9).
Desta forma nos primeiros 3 anos da tribulação, mediante a pregação das 2 testemunhas (Apocalipse 11:3), serão levantados esses 144 mil na ideia do "Crescimento" (Apocalipse 7:4-8) (Apocalipse 14:3); Eles também serão "consagrados ao Senhor" (Apocalipse 14:3) e eles se tornarão um "benefício" sendo feitos casta sacerdotal eterna para seguir ao Senhor Jesus para onde quer que Ele vá. (Apocalipse 14:4-5).
Muitos "gentios" serão levados nesta altura também, mas o grande propósito desta colheita, está centrado nos 144 mil, num estatuto especial, à semelhança do estatuto da Igreja. Daí o termo "Primícias" também aplicado particularmente a eles (Apocalipse 14:4), e a própria visão de João deles nos ares com O Senhor sobre Sião (Apocalipse 14:1).
-A segunda colheita representa então a colheita do Trigo que ocorre no Verão, juntamente com a Festa de Pentecostes.
Então, aqui o Trigo fala respectivamente desses 144 mil Judeus do povo de Israel, identificando 12 mil de cada uma das 12 tribos (Apocalipse 7:4-8) das 2 testemunhas -Moisés e Elias (Apocalipse 11:3-4) que também são Judeus, e ainda refere uma multidão de outras pessoas que serão gentios convertidos juntamente com eles, por causa da sua pregação fervorosa e manifestação de poder.
-Mas que Gentios são estes propriamente? A passagem fala de uma "multidão" de pessoas de "todas as Nações, tribos, povos e línguas"; (Apocalipse 14:6)
Quando Jacó profetizou sobre a cabeça do filho mais novo de José (Efraim), Jacó profetizou que Efraim se tornaria "uma multidão de nações" (Gênesis 48:17-19).
O texto em hebraico diz: (MËLO-HAGOYM) sendo que "MËLO" significa "Plenitude"; O artigo "ha" significa "das", e a palavra "Goyim" significa: "Nações, Gentios, Estrangeiros". Então este texto de Génesis pode ser lido literalmente assim: "Os descendentes de Efraim se tornarão a plenitude das Nações" (Gentios).
Agora note-se o comentário do apóstolo Paulo aos Romanos, adicionando esta informação para melhor compreensão do texto: "Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, (*Judá) até que a plenitude dos gentios (*descendentes de Efraim, das 10 Tribos perdidas) haja entrado. E assim todo o Israel será salvo, (*Judá + 10 Tribos Perdidas) como está escrito: De Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as impiedades. E esta será a Minha aliança com eles, Quando Eu tirar os seus pecados." (Romanos 11:25-27)
Os gentios de Tribulação, serão ainda assim na sua grande maioria, muitos descendentes distantes, da Tribo de Efraim, com herança Judaica, espalhados pelo mundo, secularizados, sem ligação directa a Israel por afastamento (O tal remanescente de Jacó) (Miquéias 5:7-8) que será "colhido um a um" pelo Senhor (Isaías 27:12-13).
Agora note-se a profecia de Jeremias em relação a "Jacó" para "aquele dia" referindo-se ao período da Tribulação: "Ah! porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante; e é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela." (Jeremias 30:7);
Salvo porém, após ser duramente castigado pelo Senhor (Jeremias 30:11), como é o propósito da tribulação para os últimos dias (Jeremias 30:23-24).
A colheita do Trigo portanto trata especialmente de um grande grupo de Judeus convertidos durante os primeiros anos da tribulação, tanto dos de Israel, como os espalhados por todas as Nações que serão "colhidos" no quarto ano do reinado do anticristo.
Quando Jesus em Mateus 13, refere a distinção que separa "O Joio e o Trigo", Ele não está a falar de Igreja, pois a Igreja nem existia particularmente nessa época. É de Israel que Ele fala separando os Filhos dos bastardos, os salvos dos religiosos (Mateus 13:13-15) daí que ele refira "o coração deste povo está endurecido" (do povo de Israel particularmente).
Outra razão porque Ele falava muito naquela altura por parábolas era para que "o joio" entre "o trigo" não pudesse ver nem ouvir, e se salvar.
Na altura da Igreja e da evangelização, depois do Seu arrebatamento aos céus, isto já não ocorria. Por isso João O Baptista disse aos Fariseus: "E não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão." (Mateus 3:9); Isto porque ali, naquele dia os fariseus "joio", estavam a querer passar-se por "Trigo".
A COLHEITA DA RESPIGA -(O REMANESCENTE OU O QUE SOBRA)
A Lei da respiga, ou a Lei do que sobra (Levítico 19:9,10), em que Deus dava ordem específica para que na colheita, fossem deixados os "4 cantos da Seara" intocados para alimentar os pobres e os estrangeiros.
Estes 4 cantos intocados deixados para o fim da colheita, estão igualmente repletos de simbolismo.
-A terceira colheita da Respiga portanto, retrata o tempo seguinte perto de terminarem os 7 anos da Tribulação, no tempo dos "dias abreviados" descritos por Jesus (Mateus 24:22) quando vemos os Anjos, ajuntando dos 4 cantos da Terra debaixo dos céus, os escolhidos de Deus que foram salvos durante esse período e que sobreviveram até ali na Tribulação; Por isso lemos: "logo depois da aflição daqueles dias" (Mateus 24:29); "Ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus." (Mateus 24:31) à semelhança da Lei Levítica que dizia que os cantos não seriam tocados (Levítico 19:9).
Aqui é feita a terceira e última colheita para oferecer a Deus (Apocalipse 14:15-16), antes que seja pisado o lagar da ira (Apocalipse 14:17-20) (Apocalipse 19:15).
-Esta última colheita é a da Uva que acontece também associada temporalmente à festa dos tabernáculos no outono.
AS 3 COLHEITAS E O PLANO DA TRIBULAÇÃO
A 1ª colheita ocorre antes da tribulação (Ela dá lugar à tribulação);
A 2ª colheita ocorre a meio da tribulação (Ela é a passagem dos primeiros 3.5 anos para os últimos 3.5 anos);
A 3ª colheita ocorre no final da tribulação (Ela abrevia os dias da tribulação no último ano);
3 festas Judaicas distintas, e 3 colheitas distintas intimamente associadas a elas, apontam para o desejo de Deus de "reunir o seu povo", Nestes rituais antigos Deus está literalmente a revelar 3 etapas ou momentos distintos de reunião para os dias finais.
Nas Escrituras muitas passagens estão a referir como alvo a Igreja (cevada) colhida num determinado momento antes da tribulação e noutro, focam no Povo Judeu (Trigo) como aqueles que serão colhidos a meio da tribulação, e noutros ainda do remanescente judeu entre os gentios (Uva) colhidos no fim da tribulação.
Daí que por mau entendimento, muitos confundam o evento do arrebatamento, e o coloquem, a meio ou ainda no fim da tribulação, misturando as colheitas de Deus em uma só.
Contudo, só a reunião do Corpo com a Cabeça (Cristo e a Igreja) é que ocorre no evento do Arrebatamento.
O povo Judeu martirizado virá da grande tribulação diante do trono através da morte, e o remanescente, será congregado pelos anjos dos 4 cantos, em Jerusalém, para que então Jesus desça sobre o monte das Oliveiras com a Igreja glorificada e todos os Santos com Ele, se unirem para lutarem contra as Nações (Zacarias 14:3-5).
Alguns destes homens nestes dias da 3º colheita no final da tribulação, são aqueles referidos por Zacarias, que naquele momento da ceifa, verão a Jesus, e as marcas nas suas mãos (Zacarias 13:6); a estes Jesus prometeu purificar fazendo-os "passar pelo fogo" (Zacarias 13:8,9) (a tribulação inteira) E aí finalmente dirão: "O Senhor é o meu Deus".
Lemos ainda no capítulo anterior: "Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e prantearão sobre Ele, como quem pranteia pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por Ele, como se chora amargamente pelo primogênito." (Zacarias 12:10); Nesta época diz a Palavra que: "Todo o Israel será salvo" (Romanos 11:26) (Isaías 45:17) agora incluindo também todos os Judeus gentilizados e espalhados pelo mundo, mas que Deus conhece e elegeu a cada um.
Tudo isto coincidirá com o término das 7 últimas pragas derramadas na Terra (Apocalipse 15) havendo se cumprido o propósito de incitar o ódio das Nações por causa dos castigos, unindo-os para a batalha (Apocalipse 16:13-19).
Curioso ver que no plano de Deus, enquanto os ímpios se reúnem num ajuntamento para fazer frente ao Senhor, as colheitas terminam o ajuntamento dos eleitos de Deus para o confronto final desses dias pré-Milénio.
2 Lados apenas existem, para a guerra final entre o bem e o mal. É bom que todos ponderem, de que lado pretendem estar.
É bom sempre lembrar que alguém terá sempre de pagar por seus pecados; a questão é, quem pagará esse alto preço? -Jesus ou você?
Um plano metódico e preciso completará e distinguirá os 2 lados da batalha; Este será o xeque-mate de Deus para abater a soberba dos povos, conforme profeticamente prometido: "Eis que vem o dia do Senhor, horrendo, com furor e ira ardente, para pôr a terra em assolação, e dela destruir os pecadores." (Isaías 13:9-11);
"E a arrogância do homem será humilhada, e a sua altivez se abaterá, e só o Senhor será exaltado naquele dia. E todos os ídolos desaparecerão totalmente. Então os homens entrarão nas cavernas das rochas, e nas covas da terra, do terror do Senhor, e da glória da sua majestade, quando ele se levantar para assombrar a terra." (Isaías 2:17-19);
E ainda: "Tocai a trombeta em Sião, e clamai em alta voz no meu santo monte; tremam todos os moradores da terra, porque o dia do SENHOR vem, já está perto; Dia de trevas e de escuridão; dia de nuvens e densas trevas, como a alva espalhada sobre os montes; povo grande e poderoso, qual nunca houve desde o tempo antigo, nem depois dele haverá pelos anos adiante, de geração em geração. Diante dele um fogo consome, e atrás dele uma chama abrasa; a terra diante dele é como o jardim do Éden, mas atrás dele um desolado deserto; sim, nada lhe escapará." (Joel 2:1-3)



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OS MÉTODOS DAS 3 COLHEITAS E O PLANO DE DEUS
A partir desta ceifa final e da reunião de todos os Santos, nenhuma outra alma será convertida na Terra; Isto é evidente quando no relato, debaixo do castigo no período das últimas 7 pragas, os que estão na terra, continuadamente blasfemam contra o nome de Deus por cada praga recebida não se convertendo, como se lê: "e não se arrependeram das suas obras" (Apocalipse 16:11); Estes não podem mais crer porque Deus haverá enviado "a operação do erro" porque até então não creram na Verdade (2 Tessalonicenses 2:10,11);
Assim que o último anunciar do Evangelho eterno é proclamado a toda a Nação, tribo, língua e povo (Apocalipse 14:6) e se cumpre o seu propósito final descrito por Jesus em (Mateus 24:14), a Operação do erro, terminará o tempo do arrependimento, e a partir daqui só vem juízo.
A própria Imagem de vermos os ímpios perdidos, colherem o castigo e ainda assim não se arrependerem blasfemando contra Deus em afronta (Apocalipse 16:9) (Apocalipse 16:11) (Apocalipse 16:21), bem nos revela a importância do arrependimento debaixo da Graça de Deus disponível (2 Pedro 3:9).
A retirada de Deus da Graça, e do perdão disponível pelo arrependimento também nos mostra que Deus é paciente e benigno, mas este tempo está determinado acabar; Também é óbvio que todos os que estão a passar por estes momentos terríveis, estão irremediavelmente condenados "Porque disto são merecedores" (Apocalipse 16:6)
Interessante vermos ainda, que porque a Igreja não está mais na terra, nem as 2 testemunhas e os 144 mil, o papel de anunciar o Evangelho nestes últimos dias agora é dado a um "Anjo" particularmente.
O entendimento sobre o método específico das colheitas, também está carregado de fortes simbolismos, para descrever cada uma das etapas da reunião com O Senhor destinadas, tanto à Igreja, como aos Judeus, e ao remanescente nos últimos dias.
A IMPORTÂNCIA DO MÉTODO DA COLHEITA
A colheita da Cevada - (na figura da Igreja) A cevada era processada antigamente com um garfo com dentes espaçados, e ainda hoje é usado nos lugares mais tradicionais, e isto porquê? Porque a cevada tem uma casca muito fina, e se feita muita pressão, o fruto é esmagado. Por isso eles metiam o garfo na cevada amontoada, e jogavam para cima (ao alto), para que o vento, na deslocação do ar separasse a casca do fruto e peneirasse a cevada (o fruto mais pesado era liberto, enquanto a casca era soprada para longe).
O termo "Espírito Santo" no hebraico é composto de 2 palavras: "רוח הקודש" - Ruach HaKodesh; O termo "Ruach" literalmente traduz-se por "Vento" ou "Sopro" (Génesis 2:7).
É O Espírito Santo que Sela, separa e resgata a Igreja (Efésios 1:13,14) e é Ele que vai nos separar desta "casca frágil" (o corpo mortal), para nos revestir de uma nova habitação (o corpo glorificado) (2 Coríntios 5:2) (1 Coríntios 15:53).
A colheita do Trigo - (o povo Judeu) O Trigo parece-se imenso com a Cevada ao primeiro olhar, mas não é igual; Sua aparência é semelhante, mas Sua "casca" e "fruto" são distintos. A casca do Trigo é bastante mais dura do que a da cevada.
A separação da casca do fruto no caso do trigo era feita peculiarmente através de uma prancha com muitas ranhuras e elementos cortantes, colocada por cima do trigo, e arrastada várias vezes para esmagar e moer a casca dura; no caso da Cevada bastava "lançar ao ar", mas no caso do Trigo é preciso "moer".
Esta prancha tinha um nome distinto, que em Latim era chamada de "Tribulum" de onde vamos buscar a palavra "Tribulação" em Português. Coincidência?
Deus diz que os primeiros são os de "casca leve", porém não desprezando a Sua promessa a Abraão, Deus trará a salvação a Israel, nem que para isso seja necessário moê-los debaixo da prancha da "Tribulação".
A colheita da Uva - (O remanescente convertido no fim) A finalidade da colheita da Uva era o vinho, e para a uva dar vinho era necessário ser pisada; Contudo as primícias das Uvas também eram consagradas ao Templo (os últimos crentes dos últimos dias).
A Associação da Uva, ao lagar da Ira de Deus em (Apocalipse 14:19) é inevitável. Esta associação descreve o que vai acontecer nestes últimos dias aos restantes homens que não forem incluídos nesta última colheita consagrada. Vemos que da cevada ao Trigo e do trigo à Uva, existe um crescente sentimento de resistência ou "dureza" da parte do coração dos homens que Deus irá Salvar, o que por conseguinte também se nota uma maior dureza da parte de Deus no método aplicado (Soprar, moer, e esmagar).
A ira de Deus descrita neste momento começa com as 7 últimas pragas e termina no lagar da Ira, quando todas as restantes "Uvas" forem lançadas no "lagar" (congregadas num só lugar); Esta é a referência às Nações reunidas na batalha do Armagedão indo após Israel, onde O Senhor Jesus os esmagará totalmente.
Portanto, assim que as primeiras uvas são separadas à parte, durante as 7 últimas pragas, as restantes serão expostas sem misericórdia ao furor da indignação de Deus.
A ordem das festas Judaicas, também parece indicar exactamente a ordem de acção de Deus na História, desde a morte do Senhor Jesus até à Sua gloriosa vinda no fim, para habitar na terra com o Seu povo no Milénio.
OS TEMPOS DETERMINADOS E AS FESTAS JUDAICAS DA REUNIÃO
"As solenidades do SENHOR" - "moadey Yehova" (מוֹעֲדֵי יְהוָה) (Levítico 23:44); Estas festas solenes eram celebradas num local determinado (JERUSALÉM), e também em datas determinadas, estabelecidas pelo próprio Deus.
A sincronização do calendário Judaico ao nosso calendário gregoriano é necessário para se obter datas precisas para cada ano.
A ideia de "tempo determinado" na tradução literal do termo Hebraico (moadey) que se refere a "solenidade", nos indica o plano metódico e preciso de Deus escondido no simbolismo destas festas.
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A Páscoa- Pessach; (Março/Abril - Nissan) o Dia de "passar por cima" lembrando a passagem do Espírito do Senhor sobre o Egipto; também chamada de "Festa da Libertação" (Êxodo 12:13,14) (Levítico 23:5)
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Os pães ázimos - Chag Matzot; (Março/Abril - Nissan) Festa paralela à páscoa; o comer dos Pães sem fermento simboliza a lembrança da aflição na escravidão no Egipto (Êxodo 12:15-18) (Levítico 23:6)
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As Primícias - Shavuot; (Maio/Junho - Iyyar/Sivan) também conhecida como "Festa das colheitas"; ocorre 50 dias depois da Páscoa ou no quinquagésimo dia do -Sefirat Haômer- Conhecido actualmente como Pentecostes pelos cristãos, sendo nestes dias uma festa paralela por ocorrer no quinquagésimo dia; celebra ainda a revelação da Torá ao povo de Israel por volta de 1300 A.C. (Levítico 23:10-15)
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Pentecostes - Haqasir ou Xabu'ot; (Maio/Junho - Iyyar/Sivan) A "Descida do Espírito Santo" após a ida de Jesus aos céus 50 dias depois da Páscoa. No Novo testamento, a festa das Primícias ganha um novo simbolismo para a Igreja que recebe o Espírito de Deus habitando no Templo interior; (Levítico 23:16,17) (Atos 2:1)
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As Trombetas - Yom Teruá ou Shofarot; (Setembro/outubro - Tishrei) também chamado de "O dia do Bramido"; Depois da destruição do Templo de Jerusalém, a Festa passou a ser chamada de "Rosh HaShaná", que literalmente significa "Cabeça do Ano", referindo-se ao Ano Novo Judaico. Celebra a terceira peregrinação do povo a Jerusalém dando início ao último ciclo das festas anuais do povo de Deus; (Levítico 23:24,25) (Números 10:10)
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Festa do Perdão - Yom Kipur; (Setembro/outubro - Tishrei) também chamado de "Dia da Expiação da culpa" ou "Dia do Perdão"; Acontece 10 dias depois das Trombetas; (Levítico 23:27,28)
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Tabernáculos - Sukkot; (Setembro/outubro - Tishrei) Também chamada de "Festa das tendas"; Ocorre no 15º dia do mês de Tishrei, exactamente 2 semanas após a festa das Trombetas; Celebra a peregrinação pelo deserto no êxodo, e a presença de Deus habitando o Seu povo; (Levítico 23:34-43)
As 7 festas bíblicas instituídas são descritas com a palavra "Moadiym", a mesma palavra para a função dos “tempos determinados” que os astros também deviam apontar em (Gênesis 1:14).
Sendo o número 7 a perfeição de Deus para as coisas temporárias, vemos que até o plano de Deus de se comunicar com os Homens estava perfeitamente definido com precisão astrológica.
Mas o sentido aqui passado ainda é mais profundo para nós hoje que temos a revelação completa; Moêd, ou Moadiym, também nos leva até à construção do próprio Tabernáculo.
No início da jornada, antes do povo de Israel pecar fazendo o “bezerro de ouro”, o protótipo do Tabernáculo era chamado de “ôhel moêd“ (אֹהֶל מוֹעֵ) -“a tenda da reunião ou congregação“, ou ainda “a tenda do encontro”;
Em (Êxodo 33:7) diz assim: "E tomou Moisés a tenda, e a estendeu para si fora do arraial, desviada longe do arraial, e chamou-lhe a tenda da congregação";
(no Hebraico original)
UMOSHEH YQACH ET-HÅOHEL VËNÅTÅH-LO MICHUTS LAMACHANEH HARËCHEQ MIN-HAMACHANEH VËQÅRÅ LO OHEL MOED VËHÅYÅH KÅL-MËVAQESH YHVH YETSE EL-OHEL MOED ASHER MICHUTS LAMACHANEH
A cada sete dias (em sintonia com a criação ordenada do mundo) o povo de Israel “reunia-se” então para entrar na presença de Deus, no Shabbat, o sábado Judaico (que é precisamente o 7º dia -O dia do descanso- sendo Domingo o primeiro dia da semana).
E durante o ano, com a ajuda dos luminares (Gênesis 1:14) eram marcadas as festas solenes, quando todo o povo se reunia subindo a Jerusalém para adorar ao Eterno Deus.
A razão porque "O Sábado" é sagrado para o povo Judeu (Êxodo 31:14) ao ponto de esse dia ser totalmente destinado a servir e a buscar a presença de Deus (a comunhão) é precisamente porque Deus instituiu a ordem do relacionamento para a união do seu povo segundo este propósito.
A ORDEM DAS FESTAS JUDAICAS E O PLANO DO REENCONTRO
No velho testamento as festas Judaicas como solenidades ordenadas por Deus estão carregadas de forte simbolismo revelando o plano glorioso da salvação para a comunhão eterna.
Jesus veio figurar pessoalmente este desejo de relacionamento simbolizado nestas solenidades ou Festas Judaicas. Por isso o Seu nascimento (na festa dos tabernáculos) e Sua morte (na Páscoa) também ocorreram segundo tempos determinados por Deus.
No Antigo testamento a respeito das festas solenes, desde os aspectos ritualísticos até ao tempo determinado que deviam ocorrer, tudo estava debaixo da supervisão e ordem Divina.
Isto era Lei para os Judeus por isso estas festas eram “ordenadas” em tom de obrigação com palavras duras de retribuição e castigo caso não fossem honradas (Levítico 23:29,30).
Se virmos a ordem de aparecimento das solenidades na narrativa Bíblica, vemos que elas estão alinhadas de forma a revelar um percurso temporal e histórico do plano Divino. A passagem de Levítico 23 por excelência é o capítulo que trata com detalhe esta vontade específica de Deus de estabelecer estes “tempos determinados”;
Então note-se a ordem das solenidades e perceba-se a mensagem que os “tempos determinados” associados a elas querem passar para nós hoje que temos a revelação completa de Deus:
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1)- Cristo é a nossa Páscoa (1 Coríntios 5:7); Ele é O Cordeiro que foi morto desde a fundação do Mundo para a salvação de um povo Eleito por Deus (Efésios 1:4-14);
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2)- O arrependimento é figurado no sabor amargo dos pães ázimos como lembrança da nossa escravidão ao pecado (Êxodo 12:8) do qual fomos libertos. Os pães indicam que o homem em si mesmo não pode se arrepender nem sendo forçado por lei (2 Coríntios 7:10) por isso precisa de ser Liberto da escravidão ao Egipto espiritual, pela mão do Próprio Deus, e Seu "Salvador que é Jesus", simbolizado na figura de Moisés.
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3)- Por isso Deus prepara do mundo uma colheita de Homens selados e postos de lado, figurado na colheita das Primícias consagradas, que apontavam para Cristo e a Igreja como as primícias do Espírito (1 Coríntios 15:20-23) (Romanos 8:23); Nós os crentes em Jesus fazemos parte do plano de Deus de colher da Terra um povo especial, sendo conduzidos por Ele até à Terra que nos está prometida nos céus;
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4)- Ele faz descer O Santo Espírito para habitar em nós e nos convencer do nosso pecado transformando-nos permanentemente (Ezequiel 36:26) pelo Espírito da graça e não mais pela força da Lei; A tristeza do arrependimento figurada nos pães, que Deus pede ao Homem mas ele não pode alcançar em si mesmo, agora é auxiliada pelo Espírito interiormente para uma perfeita Salvação; Isto é o Pentecostes como resultado da obra consumada por Jesus na Cruz;
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5)- Àqueles que nascem de novo o toque da trombeta do arrebatamento tocará em júbilo um dia, para lhes antecipar a reunião com Jesus nos céus (1 Coríntios 15:52) (1 Tessalonicenses 4:16); Aos outros que ficarem 7 trombetas de juízo serão ouvidas em castigo durante a tribulação para que os resistentes sejam convertidos da sua dureza (Apocalipse 8:2);
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6)- Nesses últimos dias da tribulação designados especificamente para moer a dureza de coração do povo Judeu, Deus lhes fará sentir a sua Culpa, por terem crucificado ao Senhor da Glória (Zacarias 12:10) conduzindo-os ao Perdão e todo o Israel será salvo (Actos 2:36-39) (Romanos 11:26) (Isaías 45:17);
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7)- Então por fim, tanto Judeus como Gentios salvos em Cristo Jesus se reunirão como um só povo, e como o simbolismo da festa dos tabernáculos sugere, habitarão com Deus na Terra por Mil anos, e depois por toda a Eternidade; (Apocalipse 21:3)
DEUS já tabernacula ou habita em nós sendo que a Igreja e todos os Judeus messiânicos convertidos ao Senhor Jesus já alcançaram parcialmente esta promessa simbolizada nas solenidades apontadas por Deus.
O arrebatamento nos dará em regime de galardão na terra, a oportunidade de estarmos com O Senhor como "as Primícias".
Havendo entendido bem os simbolismos das colheitas de Deus para os últimos dias, e a importância de elas estarem associadas às 3 grandes festas da Reunião - Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos, iremos ver o Arrebatamento nas escrituras, em inúmeras passagens e simbolismos de igual forma reveladores.
Uma coisa se torna evidente, é que Só Aqueles que recebem O Jesus da páscoa, sacrificado por nós, morto, ressurecto e glorificado, e receberam também O Espírito Santo de Pentecostes, é que serão arrebatados para Tabernacular, ou habitar com Deus nos céus!
Este tema portanto pretende esclarecer:
-O QUE É O ARREBATAMENTO?
-PARA QUEM É DIRIGIDO O ARREBATAMENTO?
-QUE CONDIÇÕES SÃO EXIGIDAS PARA SE SER LEVADO NO ARREBATAMENTO?
-PARA QUE SERVE O ARREBATAMENTO? E EM QUE CONTEXTO ACONTECE O ARREBATAMENTO?
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O ARREBATAMENTO É PARA A IGREJA
Uma coisa veremos ser evidente, e o objecto principal deste estudo: A Cevada é a Igreja de Cristo, A noiva fiel que se encontrará com O Noivo nos ares, arrebatada para a glorificação. Suas bodas (Mateus 25:10) ocorrem como festa no céu, enquanto na terra haverá desespero e tribulação.
Todos os que estiverem convertidos, preparados guardando a Palavra em sujeição e fidelidade verdadeiras, são elegíveis para o arrebatamento.
Em Lucas 21 que é a passagem paralela a Mateus 24, Jesus diz: "E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia." (Lucas 21:34);
O Evangelho de Mateus tem como foco principal o povo Judeu, enquanto que Lucas foca mais nos gentios.
Por isso muitas vezes vemos na descrição dos mesmos eventos, algumas declarações exclusivas só existirem num determinado evangelho e não no outro.
Este é o caso aqui, quando depois deste aviso, logo de seguida se lê: "Porque virá como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a terra. Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem." (Lucas 21:35,36)
A expressão "dignos de evitar" usa o verbo (ekpheúgō) para descrever o acto de "escapar para o lado de fora" às coisas que devem acontecer; coisas estas que João também descreve como eventos ao início da Tribulação (Apocalipse 4:1)
Quando em (2 Tessalonicenses 2:7) vemos a Igreja como "Corpo de Cristo" ser "retirado do meio" de modo a dar lugar ao surgimento público do Anticristo, nós entendemos que a Igreja "saltou fora" para escapar ao governo Mundial que inicia o período da Tribulação. A "luz" do mundo foi retirada (Mateus 5:14) para as "Trevas" reinarem.
Aqueles que se misturam com a Igreja ecuménica da união religiosa, e aceitarem os planos de paz humanísticos do Movimento Nova Era, inserido no "cristianismo" secular, que abrem caminho a uma Nova Ordem Mundial, unificada sob a égide do Anticristo, não escaparão à grande tribulação, antes serão surpreendidos com súbita destruição, conforme lemos:
³ Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão
A Igreja como os "crentes em Cristo" recebem esta promessa particular de "serem dignos de evitar" tudo isto, como a etapa final dos ciúmes provocados ao povo Judeu duro e resistente (Romanos 11:11-14).
A nós nos é dado o privilégio de escapar à Tribulação como um galardão de fidelidade.
O Arrebatamento da Igreja é um Evento único na Bíblia, que pela forma como é operado, e descrito, em diversas passagens distintas, pode criar algum mau entendimento que resulta na confusão entre O momento do arrebatamento, e o evento da Segunda Vinda gloriosa de Cristo nos dias finais, que são distintos e separados um do outro.
Sempre que vemos expressões gregas sendo usadas nos textos para definir aquele "rapto" repentino (Harpázō) (1 Tessalonicenses 4:17), como uma "tirada para fora dos crentes" (Apocalipse 3:10), sabemos dizer respeito exclusivamente ao evento do arrebatamento.
Nas passagens que claramente se referem à Aparição pública de Jesus, e não à manifestação directa à Igreja, nunca há nenhum termo dirigido a crentes a descrever a prática de ser arrancado da terra, ou retirado à força como um rapto, comuns ao tema do arrebatamento.
Assim sabendo disto, fica mais fácil distinguir alguns versículos que se referem exclusivamente ao arrebatamento (antes da tribulação) de outros que se referem especificamente à vinda gloriosa de Jesus (no final da tribulação).
Se tivéssemos de separar ou distinguir os vários versículos que referem, abertamente ou não ao evento do arrebatamento e à segunda vinda pública de Cristo, dividir-se-iam assim:
Arrebatamento secreto e celebração Aparição Pública e dia da vingança
(Referindo -se à Igreja) (referindo-se ao remanescente do povo Judeu)
(Serve o benefício) (Serve a Vingança)
(Aqui há arrebatamento nos céus) (Aqui há congregação na Terra de Israel)
(Apocalipse 3:10,11) (Mateus 24:29-31)
(Apocalipse 4:1,2) (Mateus 24:36-44)
(João 14:2,3) (Mateus 16:27,28)
(João 14:21,22) (Apocalipse 11:15-18)
(1 Tessalonicenses 1:10) (Apocalipse 16:14-15)
(1 Tessalonicenses 4:16-17) (Apocalipse 1:7,8)
(1 Tessalonicenses 5:1-9) (Actos 2:17-21)
(1 Tessalonicenses 3:13) (2 Pedro 3:7-12)
(2 Tessalonicenses 2:1-8) (2 Tessalonicenses 1:7-10)
(Colossenses 3:1-4) (2 Tessalonicenses 2:8-12)
(Mateus 25:1-13) (Isaías 27:12-13)
(Gênesis 5:24) (Sofonias 1:14-16)
(1 Coríntios 15:49-54) (Sofonias 3:8)
(Hebreus 10:35-37) (Ezequiel 38:15-20)
(Efésios 4:30) (Ezequiel 39:7-8)
(Atos 1:11) (Joel 2:1-3)
(Tito 2:12,13) (Zacarias 12:11)
(1 Coríntios 1:7-9) (Zacarias 14:1-9)
Vamos ver algumas distinções básicas entre os 2 momentos, e suas diferenças notórias, para aprender a distingui-los mais facilmente:
Vinda secreta para o arrebatamento Segunda vinda e aparição pública
Retoma a última das 70 semanas de Daniel (Daniel 9:27) Vem finalizar a última semana de Daniel (Daniel 9:24)
Porá o anticristo na liderança do mundo (2 Tessalonicenses 2:7) Tirará o poder das mãos do Anticristo (2 Tessalonicenses 2:8)
A Igreja sobe ao encontro com Jesus (1 Tessalonicenses 4:17) A igreja desce com Jesus (Zacarias 14:4) (Apocalipse 19:7-11)
Jesus vem reunir e arrebatar a Igreja (1 Tessalonicenses 4:16) Jesus dá ordem aos Anjos de reunir na Terra os Santos (Mateus 24:31)
Acontece antes da tribulação (2 Tessalonicenses 2:3) Acontece no final da tribulação (Apocalipse 19:11)
É para quem anda por fé e não por vista (2 coríntios 5:7-8) É com sinais para os Judeus que os pedem (Joel 2:1-3) (1 Coríntios 1:22)
Jesus vem como O Noivo para a noiva (Mateus 25:6-10) Ele vem como Rei e Senhor dos exércitos (Apocalipse 19:14-16)
O arrebatamento é "para os Seus" (João 14:1-3) A segunda vinda é "com os Seus" (1 Tessalonicenses 4:14)
É para arrebatar os convertidos e deixar os outros (João 14:1-3) Os ímpios serão arrebatados para fora e deixados os salvos (Mateus 13:41)
Vem livrar a igreja da tribulação (Apocalipse 3:10) Vem para resgatar o povo Judeu na tribulação (Jeremias 30:7)
É a manifestação de Jesus à Igreja (1 João 3:2) A aparição de Jesus ao mundo (Apocalipse 1:7)
O arrebatamento era mistério até aos Tempos pós Jesus (João 14:22) A vinda de Jesus era conhecida já no Velho testamento (Daniel 7:13-14)
É um momento de reencontro e celebração (João 14:1-3) É um momento de peleja, juízo e confronto (Apocalipse 19:11-15)
O Arrebatamento é o "dia da redenção" (Efésios 4:30) A segunda vinda é "o dia da vingança" (Isaías 61:2)
Então há que saber separar e distinguir o Evento do "Arrebatamento da Igreja", da "Gloriosa vinda ou aparição do Senhor Jesus" para se evitar confundir as passagens e os contextos.
São várias as diferenças que distinguem O arrebatamento da Igreja, e a segunda vinda gloriosa de Jesus, e as próprias passagens, numa primeira instância podem tornar-se confusas pois a linguagem parece ser praticamente idêntica quando se refere a um ou a outro evento.
Porém, com o uso adequado da hermenêutica (interpretação da comunicação e filosofia da linguagem) e a exegese (Interpretação gramatical, sintática e histórica dos textos originais) fica mais fácil emparelhar as passagens, e compreender fielmente os conteúdos.
Um bom exemplo é que na Vinda gloriosa do Senhor Jesus no final da tribulação, vemos 2 verbos usados em 2 passagens distintas para descrever o que vai acontecer aos "ímpios" e aos "escolhidos" daqueles dias.
Em (Mateus 13:41) diz que "O Filho do Homem mandará os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa escândalo e os que cometem iniquidade" com o objectivo de os lançar na "fornalha de fogo" que é o inferno. O termo "Colherão" (syllégō) - fala de: reunir para cima; ajuntar com o objectivo de tirar para fora; desarraigar para excomungar; este termo tem o mesmo simbolismo dos termos usados para descrever o arrebatamento da Igreja, contudo AQUI é usado para os ímpios particularmente.
O termo "do seu reino", logo nos indica, que neste momento, crentes não serão mais arrebatados para fora da Terra, pois o Reino do Milénio está prestes a ser instituído; quem tem de sair ou ser arrebatado para fora, são os ímpios, que contaminam a terra com o pecado; Os Crentes ficarão cá nesta altura (não serão arrebatados).
Por isso é bom agora ver o termo usado pelo Senhor Jesus em (Mateus 24:31) quando lemos que "Ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus." O termo "Ajuntarão" (episynágō) - fala de reunir como numa assembleia, criar um ajuntamento de pessoas; juntar num só lugar, unidos lado a lado; Aqui não fala em momento algum de arrebatar para fora como de serem removidos da terra os crentes, mas sim, de ajuntá-los num lugar, que é Israel, onde O Senhor Jesus descerá com a Igreja já arrebatada e glorificada.
A própria consciência sobre o real propósito da Segunda vinda oficial de Jesus é fundamental para não se incluir nela o arrebatamento. A própria ideia de "todo o olho o ver" (Apocalipse 1:7) nos últimos dias está associada à manifestação de Glória e exaltação, em que Jesus agora não tem mais o perfil de cordeiro discreto, mas do Leão dominador!
Na primeira vinda Jesus veio debaixo do perfil de sujeição, contudo no fim, virá para sujeitar o mundo a Si; Primeiro veio para redimir o mundo, e agora vem para julgá-lo. Primeiro veio para aplacar a ira de Deus, e agora para aplicar Ele mesmo a ira de Deus;
O propósito aqui não é mais de vir buscar os Santos para levá-los para junto do Pai em tom de celebração e festa (isto já aconteceu). Aqui o tom é Militar, de guerra e autoridade em Juízo.
Quando Jesus lhe é dado o livro de Isaías na sinagoga em Nazaré, Ele cita parcialmente a escritura no capítulo 61, omitindo uma parte dela propositadamente. A profecia de Isaías acerca de Jesus e do que Ele viria fazer à Terra, diz em determinado momento: "O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; A apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes;" (Isaías 61:1,2)
Jesus porém lê somente o seguinte: "O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor." (Lucas 4:18,19) Logo de seguida, vemos que Ele cerra o livro, dá-o ao Ministro e senta-se.
Jesus interrompe a Sua citação de Isaías, até ao "anunciar o ano aceitável do Senhor", de modo a omitir de propósito "o dia da vingança do nosso Deus" que trata da Vinda pública Dele para julgar o mundo, e ainda o "consolar de todos os tristes", que se refere ao tempo do Milénio que Ele vem dar começo logo de seguida.
A segunda vinda é um momento de afirmação de poder e autoridade, de Glória e Majestade, em que Jesus finalmente cumpre o propósito que lhe foi dado pelo Pai de julgar o mundo (Atos 17:31) (João 5:22).
Nesta altura, o arrebatamento já aconteceu, e este dia é somente dia de Vingança e dura retribuição.
Todas as descrições detalhadas da gloriosa vinda do Senhor, são sempre de Terror e espanto, de autoridade exercida e vingança, vistas desde o velho ao novo testamento. (Sofonias 1:14-17) (Joel 2:1-3) (Mateus 24:29,30) (2 Tessalonicenses 1:7-10) (Apocalipse 19:15)
A Vinda Gloriosa em aparição Pública do Senhor Jesus nos céus, para todo o olho O ver (Apocalipse 1:7) que ocorre, vai então reunir os restantes crentes dos 4 cantos da Terra para se unirem a Jesus, à Igreja, aos santos do Velho testamento, e aos Anjos que descem dos céus sobre Jerusalém.
Convém referir que não haverá nenhum arrebatamento nos ares nestes dias, mas esse remanescente final será reunido na terra em um único lugar, que será em Israel (Salmos 102:16), onde Jesus a partir dali batalhará com as Nações do mundo no vale de Jeosafá, que literalmente quer dizer, "o vale do julgamento" (Joel 3:2-16).
O SIMBOLISMO DO ARREBATAMENTO ESCONDIDO NA PROMESSA DE JESUS
Em João 14, Uma promessa é feita por Jesus, e não uma promessa qualquer; esta é uma grande promessa, partindo da qual o arrebatamento é o cumprimento final.
No entendimento desta promessa de Jesus e do simbolismo por Ele utilizado, um novo entendimento sobre o arrebatamento pode ajudar muitos a verem o plano de Deus de poupar a Igreja da Tribulação.
Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.
E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.
João 14:1-3
Curioso que a promessa comece logo com um apelo para o acalmar do coração, face à ideia de tribulação e dificuldade que viriam a partir da Sua ida para Junto do Pai.
Logo Ele reforça a confiança em Deus, como a confiança Nele mesmo, para que Seus discípulos recebam a Sua promessa, debaixo da mesma confiança de que o que Ele promete Ele cumpre!
Muitas pessoas crêem que o martírio é necessário como forma de prova de fé, exigida por Deus, e em determinado momento histórico, sim, foi uma forma de provar diante de todo o mundo que a Igreja de Cristo não pode ser destruída, pois as portas do inferno não prevaleceriam contra ela (Mateus 16:18); E nós ainda passamos várias tribulações neste mundo como sinais de sofrer por amor a Deus à semelhança do Senhor Jesus (Actos 14:22), contudo o martírio necessário para agradar a Deus Pai, foi o de Jesus na Cruz, e não o nosso.
Ao exigir o martírio da igreja na tribulação, os que defendem esta ideia estão a desprezar o martírio de Jesus como não sendo suficiente para aplacar a ira de Deus Pai, quando na realidade foi mais que suficiente (Hebreus 10:12-23). "Fiel é o que prometeu", que não haveria mais "oblação pelo pecado".
A ideia da Igreja ser martirizada por meio de um sacrifício durante a tribulação, não tem qualquer fundamento bíblico.
O tempo designado dos eventos mundiais que dão início à Tribulação, referem-se ao período da "última semana de Daniel" (Daniel 9:27) que é chamado também nas escrituras de "Hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo" (Apocalipse 3:10), e "Angústia de Jacó" (Jeremias 30:7).
Isto tudo diz respeito ao Povo Judeu em particular que está espalhado pelo mundo, afastados de Deus na dureza dos seus corações, aos quais Deus vai castigar e martirizar, para trazê-los de volta e congregá-los na Terra Santa nos últimos dias, para a Sua vinda Gloriosa.
Quanto ao período da tribulação especificamente, a provação e martírio que haverá nesses dias, será dirigida ao povo Judeu, duro e resistente, como aos gentios desses dias à semelhança deles, e isto porque NÃO CRERAM EM JESUS (e a ira de Deus sobre eles ainda permanece) (João 3:36).
A promessa de Jesus de João 14 é feita à IGREJA (os primeiros a reconhecer Jesus como O Rei eterno);
A promessa de Jesus era de ir "preparar lugar" para nós, sendo que o termo "preparar" (hetoimázō) aponta para o costume antigo, que antes do Rei passar, eram enviados homens no percurso que o Rei havia de fazer, para endireitarem a estrada, retirarem os empecilhos e garantirem um percurso seguro e desimpedido.
Jesus O Rei, desde que partiu, até ao Seu retorno em breve, está a trabalhar por nós e para nós. Ele está a trabalhar para preparar o lugar para onde nos levará assim que nos vier buscar.
A promessa portanto entende-se que após a sua vinda, iremos com Ele para a casa do Pai, onde as moradas, agora preparadas, nos esperam.
Apenas por esta indicação, logo entendemos, ser um momento distinto da vinda pública de Jesus, que sabemos pelo relato bíblico, que não será para ir de volta para a casa do Pai de seguida, mas de descer à Terra, sendo que a sua aparição pública, serve o propósito do confronto directo com o mundo em rebelião.
Outro significado do termo (hetoimázō) fala de fazer todas as preparações, para deixar tudo pronto, usado particularmente na preparação dos casamentos, em que O Noivo tinha a responsabilidade de cuidar de tudo, para a chegada da Noiva, para as Bodas.
Portanto vemos que Jesus foi desimpedir o caminho para nós com o Seu próprio arrebatamento e assunção aos Céus (Atos 1:9), para que nós pudéssemos no momento certo seguir os Seus passos da mesma forma.
O próprio uso descritivo da Ida de Jesus feito pelos anjos (Atos 1:11), logo apontava para a Sua volta, do mesmo modo, a que nós nos juntaremos com Ele, sendo levados a desaparecer entre as Nuvens.
É este modo de reencontro, e reunião com O Senhor, que o arrebatamento como evento pretende representar.
Uma coisa que devemos ter em conta em relação ao Arrebatamento é que ele tem o propósito de nos unir a Cristo como a Noiva Virgem adornada (Mateus 25:1) como Deus sempre prometeu o mesmo tipo de união a Israel a virgem que afinal se provou adúltera (Isaías 61:10); O Arrebatamento é, a ida e chegada da Noiva, aos céus, para começar o período de 7 dias das celebrações para as Bodas do Cordeiro! (Apocalipse 19:7-9)
Por isso a ideia de Virgem ou esposa e o esposo (João 3:29) (Mateus 25:10) (Mateus 9:15) ou a noiva e o noivo em alguns simbolismos, usados para descrever Deus e Israel (Oséias 2:19,20) (Ezequiel 16:8-13), e Cristo e a Igreja (Apocalipse 19:7) estão presentes nesta promessa de Jesus.
Ideia de "Virgem" está intimamente associada à condição pura que um Noivo espera da Sua noiva.
A virgindade, significa que não está contaminada pelo mundo (na figura de uma mulher ter sexo com outros que não o seu próprio noivo). Uma Noiva nascida de novo, reservada, pura, santa, fiel e dedicada a esperar somente O Noivo, é o que se espera da Igreja Verdadeira.
Não é à toa que exista uma referência bíblica a revelar que "O Espírito tem ciúmes" (Tiago 4:5) referindo-se ao "adultério espiritual" (Tiago 4:4) que muitos crentes adoptam depois da sua suposta conversão, num relacionamento de amor ao mundo.
A própria promessa de Jesus fala de uma vinda para nos levar, para consumar o nosso "casamento" com Ele (João 17:21-24). Nós sabemos que a Segunda vinda oficial de Jesus, como já dito, não é para voltar para o céu, onde Jesus agora está, mas para ficar cá, lutar contra as Nações congregadas contra Ele, e logo de seguida instituir o Milénio.
Então é apresentada aqui uma alternativa temporal ao acto de reencontro com Jesus nos Ares, distinto do reencontro da Vinda gloriosa, que não podemos desconsiderar.
Na cultura Judaica, é importante saber como funciona o ritual do casamento para entendermos o simbolismo de que Jesus passa nas suas Palavras e promessa.
Quando um Homem solteiro, escolhia a sua noiva, dirigia-se ao pai dela, e firmava com ele um contracto, selado com uma refeição de pão e vinho. Após esta refeição a noiva estava prometida, e já só podia se divorciar em caso de adultério, exactamente da forma que Maria estava noiva de José, na altura que ficou grávida do Senhor Jesus.
O noivo após ser apresentado à Noiva, separava-se dela deixando-a com seus Pais, de modo a ir "preparar a nova morada" e fazer "as preparações finais para a Boda"; Após essas preparações vinha buscar sua Noiva, que deixou para trás na casa de seus pais, num momento surpresa não anunciado, e a levava para a casa do seu Pai, onde tudo estava preparado para as celebrações tomarem lugar.
Após isto, 7 dias de celebrações tomavam lugar, sendo que no último dia de celebração das Bodas, oficializava-se finalmente o casamento, que era depois consumado.
O interessante é agora olhar e entender o que é verdadeiramente o ritual da ceia, celebrada por Jesus como a "a Aliança" ou "o contracto" que Ele fez mediante o Seu corpo (o pão) e Seu sangue (o vinho), simbolizando o Seu futuro casamento connosco, a Noiva prometida que é a Igreja, aguardando a surpresa do Seu iminente retorno.
Por isso na celebração da Ceia instituída, Ele mesmo diz: "Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha" (1 Coríntios 11:26), apontando para o cumprimento final da Sua promessa feita de vir para nos buscar.
Os 7 dias de celebrações, representam os 7 anos da Tribulação na Terra (a última semana de anos das 70 semanas de Daniel 9) que é dividido em 2 partes ou metades:
- O princípio das dores de parto (primeiros 3.5 anos) (Mateus 24:8) (1 Tessalonicenses 5:3) (Isaías 13:8);
- A grande tribulação (restantes 3.5 anos) (Apocalipse 2:22) (Apocalipse 7:14) (Mateus 24:21)
As "contrações" estão visivelmente a começar, o que nos aponta para o Arrebatamento acontecer a qualquer momento.
As Bodas do Cordeiro de Apocalipse 19, mostram a reunião no último ano da Tribulação na Terra, após o último dia no final das celebrações de 7 dias do costume Judaico do casamento.
Fica evidente no simbolismo usado por Jesus que a Noiva está com O Noivo celebrando no céu, enquanto os 7 anos de tribulação acontecem na Terra.
Em (Apocalipse 19:7) vemos que a "Noiva" é agora chamada de "Esposa", e a expressão "Vindas são as Bodas" e "Já se aprontou", confirmam que o final das celebrações do casamento no céu terminaram.
Por isso logo a seguir em (Apocalipse 19:11) o "céu se abre" de novo mas desta vez para Jesus se manifestar publicamente ao mundo, e as expressões "Julga e peleja com justiça" confirmam o tom que mudou de festa e celebração agora para Juízo e vingança.
Para os que guardaram a Palavra como O Senhor Jesus prometeu à Igreja de Filadélfia (Apocalipse 3:10), houve protecção e celebração durante os últimos 7 anos da terra; Mas para os outros que ficaram, somente provação e tribulação;
No final da tribulação quando a porta do céu novamente se abre, acaba o tempo para arrependimento, marcando oficialmente o fim da Graça.
Por isso vemos ainda que no final de Apocalipse 19, vem a guerra do Armagedão, que já começa a ser descrita desde Apocalipse 16, e logo a seguir às Bodas (quando a festa acaba) a Igreja já glorificada, desposada, e aperfeiçoada, se torna agora num dos exércitos que se juntará ao Senhor para vir pelejar contra as Nações congregadas (Apocalipse 19:14) e a acompanhar O Senhor nos momentos finais.
Note-se como o "Linho fino" descreve a indumentária da Igreja ali presente, o exército dos Santos de Deus (Apocalipse 19:14);
Sabemos que isto se refere à Igreja, porque uns versículos atrás (Apocalipse 19:8) vemos o "Linho fino" descrever "a justiça dos santos" e a quem se refere? No versículo anterior (Apocalipse 19:7) entende-se que é referente à Esposa que já estava pronta, antes da porta do céu se abrir.
A congregação dos crentes em Jerusalém nesses dias ocorrerá algures antes da batalha final do Armagedão, após o sétimo Anjo derramar a sua taça no ar (Apocalipse 16:17) dando lugar à reunião final de todos os Santos (A junção da igreja que desce dos céus com O Senhor e os salvos vivos da tribulação) (Mateus 24:29-31).
Agora estando já todos unidos e congregados em Sião (Oséias 1:11), vem a intervenção directa do Senhor Jesus contra as Nações (Apocalipse 16:15,16) (Zacarias 14:4-9).
Existe um imediatismo de momentos paralelos a acontecerem quase simultaneamente desde o capítulo 14 ao capítulo 19 de Apocalipse, que é preciso ter em conta para um melhor entendimento destas passagens.
Por vezes um capítulo anterior é cronologicamente posterior ao capítulo que se segue, ou ainda paralelo no tempo em que ocorre. Isto torna a leitura dos textos mais difícil, porém, quando bem entendido, muito mais impactante.
A vitória de Jesus sobre os inimigos à porta de Jerusalém, já vem acompanhada da presença de todos os Santos, e a Igreja glorificada (Apocalipse 17:14) (Apocalipse 19:11-16) Isto é claro nas escrituras.
Note-se que a primeira visão do arrebatamento por João descreve uma "porta aberta no céu" (Apocalipse 4:1), e aqui a intenção é "Subir"; Porém, no contexto da vinda do Senhor Jesus, no final da tribulação, vemos de novo o "céu aberto" (Apocalipse 19:11) mas a intenção agora é de "Descer".
A segunda vinda de Jesus pública e sua descida na Terra tem como ordem de acções agora, Julgar a grande prostituta (Apocalipse 19:2) Batalhar contra as Nações congregadas (Apocalipse 19:17-19) destronar o Anticristo e o Falso profeta (Apocalipse 19:20) Prender Satanás (Apocalipse 20:2) e instituir o Milénio na Terra (Apocalipse 20:4).
A partir da vinda pública de Jesus não há mais volta às moradas do céu. Se repararmos bem, só depois do final do milénio, a Guerra de Gogue, a destruição de Satanás (Apocalipse 20:7-10) o juízo final (Apocalipse 20:11,12) os novos céus e nova Terra (Apocalipse 21:1) é que vemos a descida da nova Jerusalém (Apocalipse 21:2,3) "a cidade dos céus" surgir, e ela agora DESCE à nova Terra, para o começo da eternidade.
Não há mais subir nenhum, pois o propósito de Deus é a eternidade no novo Éden restaurado.
Portanto para a promessa de Jesus de nos buscar para estarmos com Ele feita em (João 14:1-3) se cumprir conforme esperado, o arrebatamento tem de ocorrer antes da Segunda vinda pública de Jesus despoletar os passos finais na história da Terra.
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A VINDA OU VOLTA DE JESUS
Quanto à volta de Jesus descrita nas escrituras, vários termos gregos vão sendo utilizados para descrever esse evento; termos como:
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Erchomai, que significa "vinda ou ida", no acto de “vir” ou “ir”, dependendo do ponto considerado, se o de partida ou o de chegada (João 14:3) (Atos 1:11)
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Parousia, que significa “presença”, “advento” ou ainda "vinda" (1 Tessalonicenses 4:15) (2 Tessalonicenses 2:8)
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Epiphaneia, que significa “manifestação” ou “aparecimento” traduzido também por "vinda" algumas vezes (2 Tessalonicenses 2:8) (1 Timóteo 6:14) (2 Timóteo 4:8)
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Phaneróō, que também significa "Manifestação" (1 João 2:28)
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Emphanízō, igualmente se refere a "Manifestação" como uma indicação, exibição, apresentação ou declaração pública; de fazer conhecer alguém ou alguma coisa perante todos; fazer-se claro ou evidente; (João 14:21-23)
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Apokalypsis que significa “revelação” também traduzido por "manifestação" (1 Coríntios 1:7) (1 Pedro 1:7).
A razão porque vários termos particulares são usados de forma intercambiável, e não sempre o mesmo termo, é porque a "Vinda de Jesus" tecnicamente é mais "flexível" do que aparentemente parece.
Todos os termos usados manifestam um detalhe particular dessa manifestação, como uma notificação, declaração, evidência, ou clareza, da realidade da centralidade de Jesus.
A diversidade de expressões usadas, também parece indicar que a manifestação Dele, pode ter ocorrência particular com propósitos distintos, e isto pode até ser propositado neste sentido para que saibamos que a Manifestação de Jesus pode descrever tanto a vinda para o Arrebatamento, como a vinda para a Aparição Pública.
A atmosfera de secretismo sobre a vinda de Jesus é para que os crentes estejam vigilantes (Apocalipse 3:2), preparados (Tito 3:1), despertos (Efésios 5:14), sujeitos (Tiago 4:7), imaculados e irrepreensíveis (2 Pedro 3:14) para o nosso encontro com Ele.
Leia-se o que disse João sobre a confusão que muitos sentirão, quando perceberem que o galardão de serem protegidos da tribulação, e da ira de Deus despejada na Terra não lhes foi concedido por desprezarem o acto de Guardar a Palavra em permanência e fidelidade: "E agora, filhinhos, permanecei Nele; para que, quando Ele se manifestar, tenhamos confiança, e não sejamos confundidos por Ele na sua vinda." (1 João 2:28).
Acerca desta manifestação, note-se a pergunta de Judas e dos apóstolos a Jesus, e logo a seguir a resposta evasiva com a qual Ele aponta somente para o acto de "guardar a Palavra":
Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.
Disse-lhe Judas (não o Iscariotes): Senhor, de onde vem que te hás de manifestar a nós, e não ao mundo?
Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para Ele, e faremos Nele morada.
João 14:21-23
"Manifestar somente àqueles que são Seus, mas não ao mundo" é a manifestação do teor secreto que tem o arrebatamento.
Noutras palavras a pergunta de Judas tem este sentido: "mas então quando vieres a próxima vez, só te manifestarás a nós especificamente? O mundo não Te verá?"
Esta pergunta é pertinente, pois eles já estavam cientes da gloriosa vinda pública de Jesus, o que claramente lhes causou alguma confusão, a ideia de uma manifestação de Jesus anterior a esse momento.
A própria forma de Jesus evitar a resposta com clareza focando somente no acto do Amor, associado ao guardar a Palavra é indicativo que esta vinda será um evento especial e reservado mediante esta condição.
Em relação ao arrebatamento, permanece sempre alguma dúvida acerca da exactidão, do momento em que acontece, semelhante ao tom de surpresa da segunda vinda pública (Mateus 24:36), o que é premeditado, pois o objectivo é que ninguém saiba o dia e a hora também desse momento.
O próprio secretismo sobre o dia e a hora, parece ser o cenário ideal para ocultar um pré-arrebatamento secreto embebido na referência de uma única Vinda pública.
-Mas porque razão haveria Deus de não deixar isto bem claro nas escrituras, e de criar um evento à parte para colher da Terra os Seus escolhidos?
Esta pergunta é importante e veremos que se trata de um galardão de fidelidade, aos que estão em Cristo, guardando a Palavra! (os verdadeiramente convertidos)
ESTAR COM E EM CRISTO
Estar com Cristo (fisicamente) é O propósito do Arrebatamento para quem já está em Cristo (espiritualmente) aguardando o Seu retorno. O secretismo de um pré-arrebatamento incentiva a constante permanência na sujeição e dependência de Deus.
O ESTAR COM E EM CRISTO pode ainda significar um estado espiritual de comunhão plena ou de divisão em que alguns crentes se encontram, na batalha da carne contra o espírito (Gálatas 5:17) no que podemos chemar de "vida cristã".
A ideia de alguém ESTAR COM e não ESTAR EM -Cristo- pode se tornar confusa no sentido em que parece que não pode haver uma sem a outra. Mas a Bíblia nos ensina, que existem pessoas que aparentemente já "estão com Ele", mas sem "estarem Nele", como que permanecendo firmados na obediência e sujeição como deles é pedido.
"PERMANECER NELE" parece ser a condição completa de se estar COM e EM Cristo; Isto significa, ter comunhão perfeita com Ele através da Palavra de Deus por meio do Espírito Santo, mediante a obediência e a sujeição verdadeiras.
Leia-se:
³¹ Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos;
¹⁴ Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido,
⁴ Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.
⁵ Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
⁶ Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.
⁷ Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.
⁸ Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.
⁹ Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor.
¹⁰ Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor.
¹¹ Tenho-vos dito isto, para que o meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo.
Muitos crentes, iludidos pela ideia de que a volta de Jesus ainda está distante, esperando certos eventos, têm uma postura de negligência e desmotivação, havendo descuidado o zelo e o fervor, na permanência do primeiro amor.
Por isso os 3 primeiros capítulos de Apocalipse começam com cartas de alerta às igrejas!
A ideia de haver cartas de alerta dirigidas a todos em geral, excluía o tom de interesse particular em colocar a igreja prevenida como forma a evitar o que vem depois descrito a partir daí. A igreja prevenida, é a igreja poupada. Por isso as cartas são somente dirigidas ÀS IGREJAS.
O simbolismo da "Vinda como Ladrão" (1 Tessalonicenses 5:2) (Apocalipse 3:3), perderia um pouco o seu impacto no contexto geral das escrituras, se só tivesse simbolismo útil associado à vinda pública de Jesus. Isto porque sabemos que esse momento vai ocorrer algures no último ano dos 7 anos que começam logo a partir da tal "Aliança firmada com muitos" de Daniel 9, promovendo a Paz entre Israel e as Nações islâmicas.
A vinda como Ladrão embora trate na sua maioria a passagens referentes somente à vinda pública de Jesus, aplica-se também em simbolismo para o arrebatamento secreto, algumas vezes, tanto como para a vinda final! Aliás, é muito mais surpreendente e inesperado o momento do arrebatamento, do que o momento da Sua vinda pública no fim.
Quando lemos nas seguintes passagens sobre o dia em que "O Senhor vem como ladrão na noite", está a referir-se especificamente sobre a Segunda vinda de Jesus pública no final da tribulação. (2 Pedro 3:10) (Mateus 24:43) (Apocalipse 3:3) (Apocalipse 16:15). Contudo o tom de vigília e surpresa, também é adequado para que o crente que espera o arrebatamento não seja pego de surpresa conforme vemos em (1 Tessalonicenses 5:2).
Alguns versículos sobre vigília: (Marcos 13:33) (Marcos 13:37) (Mateus 24:42) (1 Coríntios 15:34) (1 Pedro 4:7) (Lucas 21:36)
Aliás esta ideia de vigilância completa, está também intimamente ligada ao discernimento, e ao zelo, fidelidade e prudência da Igreja que guarda a Palavra e não só para o povo Judeu.
Por isso desde a criação da igreja primitiva que os crentes se cumprimentavam entre si usando o termo "Maranatha" (Ora vem senhor Jesus) afirmando deste modo o desejo constante de ver o cumprimento final da promessa de Jesus feita em (João 14:1-3).
O tom da vinda de Jesus "como Ladrão" tem como propósito distinguir não o carácter de Jesus, mas dos "crentes" que O esperam.
O arrebatamento fará automaticamente a distinção entre os zelosos e fiéis, e os relativistas negligentes, pois uns irão e os outros ficarão; uns serão surpreendidos ao ficar, e outros não.
A partir desse momento, ficará bem claro quem realmente "guardava a Palavra". Existem muitos crentes pessoalmente investidos em Guardar a Palavra sendo fiéis, defendendo e vivendo a Verdade, enquanto outros cuidam que a Salvação não requer nenhum esforço adicional, achando que Deus depois da salvação não faz distinção entre o préstimo de cada um, mas isto não é verdade.
Ora, tendo só os olhos postos no final da tribulação, muitas pessoas estão mais relaxadas na sua vida cristã, deixando para a última hora, a responsabilidade de "encher as candeias com Azeite", como estavam as "virgens loucas" da parábola de Jesus em Mateus 25. Mas pela parábola, vemos que até nesse momento elas foram apanhadas desprevenidas e despreparadas.
Um arrebatamento secreto envolto em simbolismo, sacode os crentes demasiado confortáveis a estar atentos e a esperar o inesperado. Aliás note-se o tom de Paulo aos Tessalonicenses depois de referir a surpresa da vinda do Senhor como um Ladrão: "Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas." (1 Tessalonicenses 5:4,5);
Curioso que o capítulo anterior (capítulo 4) Paulo fale especificamente do Arrebatamento, e logo neste capítulo seguinte, fale do "dia da ira" que diz respeito ao período completo da tribulação culminando na vinda final de Jesus.
Aqui, logo reforça em tom de garantia a protecção de Deus para fora dela dizendo: "Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Tessalonicenses 5:9).
Note-se ainda o que ele diz uns capítulos antes, acerca do acto de esperar o arrebatamento e a manifestação do Senhor Jesus, tendo por fundamento o livramento da tribulação: "E esperar dos céus o seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura." (1 Tessalonicenses 1:10)
Muitas vezes o "Dia da ira" é usado nas Escrituras para descrever todo o período da Tribulação e não somente o dia específico da Vinda de Jesus conforme alguns pensam; um bom exemplo disto, está em (Romanos 2:5-10) que revela que os que perseveram em Deus receberão a vida eterna, imediatamente ao momento que são levados da terra, mas para os que ficarem (tanto ímpios como filhos desobedientes), tribulação e angústia, durante este período. A expressão "primeiro do Judeu" e "também ao grego", revela a finalidade de moer primeiro o povo rebelde, e depois todos os gentios estranhos a Deus.
Os filhos de Deus não relaxados, não vão ser surpreendidos, ainda que todos os outros sejam. A vinda de um arrebatamento distinto do dia da Vinda pública é inesperado para muitos, mas isso é exactamente o que O Senhor esperava ao promovê-lo nas escrituras desta forma.
Note-se o tom: "Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do homem à hora que não imaginais" (Lucas 12:40); No Evangelho de Lucas, é feita uma referência que não vemos tão explícita nas descrições de Mateus da passagem paralela; A referência à 2ª ou 3ª vigília.
Se considerarmos a 3ª vigília como o último momento antes do amanhecer (3h as 6h), correspondendo à vinda gloriosa e final de Jesus, que momento é simbolizado na 2ª vigília, senão o arrebatamento, para o qual também convém vigiar?
E Se Jesus realmente vier antes desse momento do Fim que todos os que rejeitam o arrebatamento esperam, estarão todos preparados com as candeias cheias?
Na passagem de Lucas 12, vemos na parábola sobre a "prestação dos servos", um tom semelhante à "parábola dos talentos" de Mateus 25 e note-se como o foco na prestação sempre indica a iminência do retorno Do Senhor Jesus;
Ao recebermos a Verdade sendo libertos do engano (João 8:32) somos responsabilizados pelo bom uso que fazemos dela, porque entramos por ela num serviço real (Nós servimos O Rei dos Reis);
A salvação de alguém não é a entrada num spa de lazer, mas a entrada num reino de serviço; Por alguma razão a entrada na salvação ainda assim requer esse tal "prestar de contas" (Romanos 14:12) (Mateus 25:19) e a bíblia nos indica que o julgamento começa primeiro pela casa de Deus (1 Pedro 4:17).
Isto é evidente quando Jesus diz: "Por isso o reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos;" (Mateus 18:23)
O prestar de contas acompanha a Bíblia desde a antiguidade, e o novo testamento segue na mesma linha este tom de aviso no exercício da Fé.
Note-se: "Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando" (Lucas 12:37) e de seguida refere as tais 2 vigílias: "E, se vier na segunda vigília, e se vier na terceira vigília, e os achar assim, bem-aventurados são os tais servos." A referência às vigílias tem primeiro a ver com os turnos que os atalaias (os que vigiavam enquanto os outros dormiam) faziam durante toda a noite até de madrugada.
(1ª vigília -das 21h às 00h - 2ª vigília -das 00h às 03h - 3ª vigília -das 03h às 06h)
A segunda e terceira vigílias usadas como referência porém parecem apontar directamente para 2 momentos em que é necessário estar "acordado e vigilante" - a vinda do arrebatamento (segunda vigília) e para a vinda final pública (a terceira vigília).
Os que estiverem a dormir na "segunda vigília", ainda têm a "terceira vigília", mas entre as duas está o período da tribulação como aviso. (caso alguém adormeça a meio do serviço)
O que vem depois da terceira vigília é "o amanhecer", como referência a uma nova era sobre a Terra; Por isso Vemos Jesus descrever-se como "a Brilhante estrela da manhã" em (Apocalipse 22:16) quando as trevas já terminaram, e agora entra a Luz da Eternidade, em que Jesus iluminará Ele mesmo com a SUA GLÓRIA o Seu povo para sempre (Apocalipse 22:5)
No caso das Vigílias em tom de alerta o que parece ser o tom de aviso, é que quanto mais se prolonga a noite, mais difícil é permanecer acordado; Muitos crentes que deviam estar vigiando encontram-se a dormir entre os demais que ainda não despertaram do seu "sono espiritual".
Entenda-se agora o verdadeiro significado dos seguintes versículos:
Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.
Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios,
Remindo o tempo; porquanto os dias são maus.
Por isso não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.
Efésios 5:14-17
Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios;
Porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embebedam, embebedam-se de noite.
Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação;
Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo,
1 Tessalonicenses 5:7-9
Muitos "crentes dos dias actuais", não estão só "a dormir entre os mortos", mas eles próprios estão ainda debaixo da morte espiritual, também.
Crentes que à semelhança da Igreja de Sardes, "têm nome de que vivem, mas estão mortos" (Apocalipse 3:1); Com Deus na boca, mas sem Deus no coração. Com Jesus como "um Salvador", mas sem Jesus como "O Senhor"!
A SEGUNDA PROMESSA DE JESUS E O GUARDAR DA PALAVRA
Em Apocalipse 3 vemos que existe outra promessa feita pelo Próprio Senhor Jesus que complementa esta de João 14, e diz:
"Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra." (Apocalipse 3:10)
Repare-se que o versículo diz referindo-se ao acto de "guardar", que, é "DA HORA" da tentação e não "NA HORA" da tentação;
Em grego, lemos: (Se têrêsô ek tês ôras); a partícula "EK" ou "EX" em grego, literalmente fala de: Tirar para fora; remover de um lugar, e colocar noutro; fazer uma passagem de um lado para o outro; Isto refere-se a retirar para fora da Terra, aqueles que guardam a Palavra, para que não passem pela tribulação.
Curioso o termo grego usado para descrever aqueles que "habitam" (katoikéō) "na Terra" em contraste àqueles homens particulares que "guardaram a palavra da paciência" e foram retirados para fora.
Este termo grego, é usado para descrever o acto de "criar raízes" ou "assentar" como: a profundidade de uma ligação à terra, ou às coisas terrenas.
Esses claramente ficarão cá para serem "tentados" pelo Diabo ou "provados" por Deus, enquanto que os outros que não têm essas raízes, os que têm a verdadeira essência de peregrinos e forasteiros (1 Pedro 2:11) (Salmos 119:19), serão removidos para fora completamente.
Se você quer saber se é dos que vai ou dos que fica, pondere se você vive neste mundo com o espírito de peregrino na terra ou se você está enraizado neste mundo com todas as suas forças.
O verdadeiro cristão vive temporariamente neste mundo, mas se considera a si mesmo um cidadão dos céus, desejando voltar à pátria celestial (Hebreus 11:13-16).
-Em que contexto está feita esta promessa?
No contexto das cartas às Igrejas como começa o Livro de Apocalipse, a última advertência feita em tom de urgência, para vigiarem e estarem prontos "guardando a Palavra" e é dita directamente à Igreja de Filadélfia (a Igreja irrepreensível).
Começamos a perceber um fio condutor e uma mensagem subtil sendo colocada em evidência. O Arrebatamento e o Livramento da "hora da tentação que há de vir sobre toda a terra" (que é a tribulação) é para os que guardam a Palavra, estando munidos do "azeite nas candeias" como as virgens prudentes de (Mateus 25:6,7) e os servos fiéis que fizeram bom uso dos seus talentos em (Mateus 25:14-17).
É uma recompensa da fidelidade prestada, mediante essa condição cumprida.
Por isso toda a Bíblia fala persistentemente também em "Guardar a Palavra", "Guardar os mandamentos", "Guardar os testemunhos" ou ainda "Guardar os preceitos" e "Guardar os estatutos"; O próprio Salmo 119, repete isto dezenas de vezes por todo o salmo. Estar em Cristo sempre está associado ao acto de "guardar" a Palavra;
Salmo 119: (número de referências ocorridas por todo o salmo; verbos como: guardar, andar, observar, atentar, buscar, observar, aprender, entender, não desviar, ensinar, declarar, meditar, folgar, recrear-se, desejar, vivificar, etc.)
-Sua Palavra = 37x
-os seus mandamentos = 27x
-a Lei do Senhor = 25x
-os seus testemunhos = 23x
-os seus estatutos = 21x
-os justos juízos = 17x
-Seus Preceitos = 17x
-os seus caminhos = 4x
-Sua Justiça = 4x
Um só versículo nos mostra o coração do Rei David, do qual todo o cristão devia partilhar o mesmo sentimento:
¹¹⁵ Apartai-vos de mim, malfeitores, pois guardarei os mandamentos do meu Deus.
Não é à toa que no final do Livro de Eclesiastes, depois de expor a vaidade da vida dos Homens como algo verdadeiramente inútil e efémero, acabe com o seguinte apelo à consciência: "De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem." (Eclesiastes 12:13)
Quando Jesus diz: "Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós" (João 15:7) Ele está literalmente a dizer que estar Nele, pressupõe também que a Palavra Dele esteja em nós; Só assim existe condição favorável para que haja uma acção directa do Seu favor sobre as nossas vidas.
Muitos infelizmente dizem estar em Cristo, mas Sua Palavra não está neles!!
Esta promessa de Apocalipse 3 de "Guardar da hora" vem já no fim das advertências às 7 Igrejas como se fossem os 7 últimos apelos antes dos 7 últimos anos da Terra.
As 7 igrejas representam 7 tipos de crente, e simultaneamente também são símbolos de 7 períodos distintos da época da Igreja na Terra.
Ainda que primeiramente sejam realmente cartas àquelas igrejas reais e locais da ásia menor, a seleção destas 7 igrejas particulares, visava usar da sua experiência, lutas, e carácter particular, para criar simbolismos para nós nos últimos dias.
Haviam muito mais que 7 igrejas naquela região geográfica, mas somente estas 7 foram referenciadas e dirigidas por carta, para que servissem de símbolos.
Estaria O Senhor Jesus só preocupado com estas 7 igrejas? Claramente que não.
Por isso os períodos finais da nossa história, estão bem simbolizadas na Igreja de Filadélfia (Apocalipse 3:7) e na igreja de Laodicéia (Apocalipse 3:14) que têm vindo progressivamente a tornar-se os 2 tipos de Igreja distintos da história da nossa terra prestes a terminar.
Os últimos séculos da Igreja, foram marcados por um avivamento e reforma de pureza lutando contra o sistema pervertido religioso para o guardar fiel da Palavra (Sola Scriptura) muito semelhante ao carácter da igreja de Filadélfia, para agora acabarmos nestes últimos dias, testemunhando a apostasia, perversão ecuménica, mundanismo secular, instalado novamente no sistema religioso (abandono e desprezo completo da Palavra) à semelhança de Laodicéia.
Para entendermos cada uma das 7 igrejas e o simbolismo para 7 eras distintas, desde a sua criação até aos dias finais, consideramos a seguinte associação:
-Carta a Éfeso- Vs. 1 a 7 - representa a Igreja apostólica primitiva (30 – 100 d.C.);
-Carta a Esmirna- Vs. 8 a 11 - representa a Igreja perseguida a igreja dos mártires (100 – 312 d.C.)
-Carta a Pérgamo- Vs. 12 a 17 - representa a Igreja que se uniu ao estado (313 – 590 d.C.)
-Carta a Tiatira- Vs. 18 a 29 - representa a Igreja da Idade Média, corrupta e idólatra (590 – 1517 d.C.)
-Carta a Sardes- Vs. 1 a 6 - representa a Igreja da Reforma (1517- 1730 d.C.);
-Carta a Filadélfia- Vs. 7 a 13 - representa a Igreja Missionária (1730 -1900 d.C.);
-Carta a Laodicéia- Vs. 14 a 21 - representa a Igreja Apóstata (1900 d.C. até a volta de Cristo)
A PORTA ABERTA NO CÉU E O ARREBATAMENTO DE JOÃO
O curioso é o que vem logo a seguir a esta promessa a Filadélfia e o alerta a Laodicéia, no final do capítulo 3. agora no início de Apocalipse 4 Lemos: "Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz, que como de trombeta ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer. E logo fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono." (Apocalipse 4:1,2)
João já no capítulo 1 referia:
¹⁰ Eu fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta,
¹¹ Que dizia: Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia.
Desta forma entendemos os capítulos 1 ao 4, como uma mensagem de arrebatamento para a Igreja! Uma mensagem de alerta e preparação, como refere ainda:
³ Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.
O primeiro capítulo e o último capítulo repetem a mesma mensagem: "Porque o tempo está próximo" (Apocalipse 1:3), e "Porque próximo está o tempo" (Apocalipse 22:10)
Jesus refere-se a Si mesmo nos mesmos capítulos como "O alfa e o ómega, o princípio e o fim" (Apocalipse 1:8) (Apocalipse 22:13) colocando as profecias do primeiro ao último capítulo ou do princípio ao fim do Livro de Apocalipse, como o tempo para se cumprir a vinda do Senhor (tanto do arrebatamento como da vinda final) e a redenção para uns, assim como a punição de outros (Daniel 12:2) (Mateus 25:46)
A igreja é beneficiada com o alerta em primeira mão, porque ela não está destinada para a ira desses dias (1 Tessalonicenses 1:10) (1 Tessalonicenses 5:9), mas a ser "guardada da hora" (Apocalipse 3:10)
A partir deste momento de término das cartas às igrejas, nunca mais em Apocalipse, o termo "Igreja" é usado, nem uma vez no decurso da tribulação!
-Porquê? -Porque a igreja já não se encontra mais na Terra!
Se a tribulação é a "última das 70 semanas de Daniel", convém lembrar o que O Anjo Gabriel lhe diz particularmente; Ao determinar as 70 semanas completas, o Anjo as associa ao povo de Daniel e à sua Santa cidade, dizendo: "Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade" (Daniel 9:24)
Desta forma, reconhece-se o povo de Daniel, como o povo Judeu, e a Santa cidade, referindo-se a Jerusalém respectivamente. Nada disto tem a ver com a Igreja.
Veremos depois em análise detalhada neste mesmo estudo que 69 das 70 semanas já se cumpriram fielmente, até ser cortado O Messias (Daniel 9:26) referindo-se especificamente à morte do Senhor Jesus.
Fica somente uma última semana para se cumprir, referente então ao povo Judeu e a Jerusalém particularmente.
Querer incluir a "Igreja" nesta profecia particular, é fruto da má interpretação bíblica (que infelizmente acontece mesmo apesar da melhor das intenções de muitos).
-Porque razão, as 70 semanas não se cumpriram de seguida, ficando 69 semanas cumpridas e 1 última pendente? O que veio interromper o seu cumprimento total, e o que está a decorrer entre elas, até que se cumpram finalmente?
-A dispensação da Graça, ou "Era da Igreja", é o que provocou este Hiato, separando a 69ª semana da 70ª como período de espera até que se cumpram. Nesta dispensação O Senhor está a lidar particularmente com a Igreja, para incitar aos ciúmes o povo Judeu rebelde e contradizente (Romanos 10:19-21) (Romanos 11:11);
Quando a Igreja é retirada da Terra, entra de novo a dispensação antiga, e logo retoma o seguimento das 70 semanas de Daniel, no cumprimento da última semana que trata de restaurar o povo Judeu de duro coração, convertendo-o ao Senhor Jesus (Zacarias 12:10), conforme lemos as seguintes palavras de Paulo a respeito: "Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as impiedades." (Romanos 11:25,26)
O fim das cartas às igrejas, seguido do arrebatamento de João para as visões do que vai acontecer logo de seguida, afirma a passagem de uma dispensação para a outra, colocando novamente o povo judeu no centro da narrativa, conforme Daniel descreve no seu Livro que é literalmente o Apocalipse do velho testamento.
Porque João, prefigura uma espécie de arrebatamento pessoal como figura do arrebatamento colectivo, sendo o que acontece com ele, o virar de uma página, ou um evento que marca uma mudança no tom da narrativa.
A estrutura do Livro de Apocalipse está organizada de forma a induzir a percepção do leitor para os passos do plano de Deus metodicamente preparados nesses dias.
O termo dirigido a João "Sobe aqui" (Anabaínō) (Apocalipse 4:1,2) fala de: ascensão aos céus; ser erguido ou levantado em altura; puxado para cima; O termo "Logo fui Arrebatado em espírito" (Euthéōs egenomēn en Pneumati) foi traduzido para ter sintonia com o termo (Harpázō) de (1 Tessalonicenses 4:17) que é usado para descrever o arrebatamento como: o acto de raptar; remover à força e rapidamente; arrancar para si avidamente;
Gínomai (Apocalipse 4:2) referindo-se ao "ser arrebatado", fala de: ser levantado; aparecer na História como o entrar em cena; Subir no palco para receber a atenção;
O termo "Logo" (Euthéōs) (Apocalipse 4:2) fala de: Imediatamente; repentinamente; de forma súbita aplicando uma ideia de velocidade; Da mesma forma vemos a expressão usada por Paulo "Num momento, num abrir e fechar de olhos" (Átomos en rhipḗ ophthalmou) (1 Coríntios 15:52) passando a mesma ideia.
No arrebatamento em espírito de João em Apocalipse 4 vemos a expressão "depois destas coisas" (Meta Tauta), que se refere a: algo que está no fim de uma meta como um momento posterior, ou o que vem logo depois;
O termo grego repete-se 2 vezes no mesmo versículo, no início e no fim; Então na narrativa, temos 3 momentos a considerar, divididos pela expressão (Meta Tauta) traduzido como "Depois destas coisas" e "as coisas que depois destas" devem acontecer; O termo (Meta) em grego, tem o mesmo sentido da palavra Meta usado para definir o fim de um trajecto, para que depois se encontre a vitória ou o prémio dado a quem corre o percurso.
O que esta expressão está a informar ao leitor, é que havendo corrido o percurso na terra, Deus também nos fará "subir" aos céus, para adquirirmos o prémio, a vitória da nossa fé, enquanto que para os que permanecem na terra, o que vem depois daí, é somente Tribulação.
Note-se agora o sentido usado por Paulo nas seguintes passagens: "Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prémio? Correi de tal maneira que o alcanceis" (1 Coríntios 9:24) e "Prossigo para o alvo, pelo prémio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." (Filipenses 3:14).
O único "prémio" que os rebeldes colherão nestes dias, é o "prémio de Balaão", dado àqueles que se desviam da verdade, para seguirem o erro (Judas 1:11) (2 Pedro 2:15).
O próprio uso do termo "Tribunal" (Bēma) para descrever o "tribunal de Cristo" que serve o propósito do prestar de contas dos servos (Nós) ao Senhor (Jesus) nos indica, esta ideia de "recompensa".
O termo grego refere-se em particular a uma espécie de "pódio", semelhante àquele que os que corriam nas Olimpíadas subiam no final para receber as medalhas pelo seu préstimo. Um lugar onde cada um dará um passo à frente para se colocar diante daquele que julgará o seu serviço.
Por isso a Ideia de Galardão é passada por Deus aos homens, para indicar que existem benefícios evidentes para quem é mais zeloso e fiel.
Não se trata de fazer acepção de pessoas, porque a bíblia também é bem clara, que para Deus não existe tal coisa (Atos 10:34) (Deuteronômio 10:17), mas para distinguir o agrado de Deus perante a forma como alguém faz a manutenção prática da sua Fé; Da forma como "andamos fielmente" ou não, nas obras que Deus preparou para que andássemos nelas (Efésios 2:10).
Deus não faz realmente acepção de pessoas no que diz respeito à salvação. Mas Ele claramente faz distinção entre pessoas no momento de conceber recompensa àqueles que Ele mesmo salvou.
O que muitos crentes desconsideram é que é inteiramente possível que crentes se desviem dessas boas obras já preparadas por Deus por causa da desobediência. O acto de andar ou não, nessas obras, é o que pede de Deus galardão ou castigo.
Em relação a Galardão, existe uma passagem específica da carta aos Hebreus que diz o seguinte: "Não rejeiteis, pois, a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão. Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa." (Hebreus 10:35,36).
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"Confiança" - (PARRÊSIAN) (παρρησία) = convicção, préstimo, empenho, determinação, associadas a franqueza e ousadia pública. O termo Grego de onde vem o termo em português "Parrésia", com o mesmo significado.
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"Galardão" - (MISTHAPODOSIAN) (μισθαποδοσία) que literalmente se traduz como: "recompensa", ou "pagamento devido". Galardão não tem nada a ver com Salvação, e por isso a ideia de mérito está presente. Na salvação o mérito sempre aponta para a Obra completa de Deus, embora no galardão aponte para o serviço do crente. Deus recompensa as obras de seus servos fiéis com "galardão", embora ainda saibamos que até as obras são fruto do mérito de Deus (Efésios 2:10); Contudo o Galardão existe porque compete ao homem "andar nelas". O termo Galardão é literalmente uma recompensa de incentivo dada a alguém com base no seu desempenho.
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"Vontade" - (THELÊMA) (θέλημα) = O querer; a decisão; o desejo; o desígnio ou propósito confiado; a vontade soberana à qual alguém se dobra; A vontade de Deus de provar a nossa Vontade, não faz Dele menos Soberano.
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"Promessa" - (EPAGGELIAN) (ἐπαγγελία) = o que é devido, ou apropriado; o que está em dívida; O que foi pré-determinado mediante o cumprimento de certas condições.
Diz a passagem que o "alcançar a promessa" vem somente depois de "havermos feito a vontade de Deus"; Aqui, fazer a "vontade" significa "Dobrar-se perante a vontade Dele" ou seja, estar sujeito a ela;
Quando João refere a realidade de "permanecer para sempre" em comparação ao mundo que passa, ele não foca no acto de crer particularmente, mas na acção prática de fazer a vontade de Deus: "E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre." (1 João 2:17);
-Qual é a promessa aqui descrita na carta aos Hebreus?
O escritor de Hebreus afirma: "Porque ainda um pouquinho de tempo, E o que há de vir virá, e não tardará." (Hebreus 10:37) Aludindo à promessa de Jesus de (João 14:2,3) "Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também."
Então voltando ao termo Grego (Meta Tauta) de (Apocalipse 4:1) traduzido por "Depois destas coisas", referindo-se "ao que deve acontecer" depois do arrebatamento de João, vemos que o uso do termo marca o que estava antes, o que está a acontecer naquele momento com João, e o que é suposto acontecer logo a seguir:
1º MOMENTO- Carta às igrejas; admoestação, apelo à vigilância, reafirmação das promessas; (Um tempo para arrependimento ou para desprezo, que logo terá consequências)
2º MOMENTO- (Meta Tauta) acontece para marcar o momento depois das cartas às Igrejas, que descreve o arrebatamento de João em espírito; (A reunião da igreja com O Senhor nos ares)
3º MOMENTO- (Meta Tauta) surge de novo após João ser arrebatado, para se referir então, àquilo que agora depois deve acontecer, que João vê por meio de visões (7 selos, 7 trombetas, 7 taças da ira, etc).
O imediatismo de vermos logo em Apocalipse 5 e 6 a "abertura dos 7 selos", nos transporta para o começo da Tribulação, e o início do Juízo (Apocalipse 6:17) como o que devia "acontecer" depois das coisas descritas até ao capítulo 4.
Jesus O Cordeiro, é que o determina agora, abrindo o Livro que mais ninguém podia abrir, pois a Ele somente está reservado o poder de Julgar a Terra (João 5:22-27) (Actos 17:31)
O momento ANTES e DEPOIS (marcados pela expressão grega) no discurso de João refere-se ao período ANTES do arrebatamento, e ao período DEPOIS do arrebatamento acontecer.
O que acontece no meio, dividindo estes 2 momentos em distinção, é o arrebatamento da Igreja.
Ao longo da narrativa de Apocalipse e das visões de João, vemos mais 3 marcos temporais, sempre no início de alguns capítulos, marcados pela mesma expressão (Meta Tauta) com o fim de definir eventos importantes na história daqueles dias - o selar dos 144 mil de todas tribos de Israel (Apocalipse 7:1) A queda da Babilónia e a vingança dos Santos (Apocalipse 18:1) As Bodas do Cordeiro e a vitória sobre as Nações no Armagedão (Apocalipse 19:1).
A partir da ordem dada a João de "subir ao céu" como figura simbólica do arrebatamento (Apocalipse 4:1-2), o tom da narrativa muda, e é de confronto e juízo permanente até à Vinda gloriosa Pública de Jesus para dar um fim ao tempo de independência e rebelião dos Homens.
OS 7 SELOS E O COMEÇO DA TRIBULAÇÃO
Na abertura dos 7 selos, desde o 1º (Apocalipse 6:1) até ao 7º (Apocalipse 8:1), vemos o "princípio das dores", começar as suas contrações em ritmo mais intenso até a grande Tribulação tomar lugar; os 7 selos podem ser entendidos da seguinte forma, tendo em conta que todos eles são eventos de Juízo sobre toda a Terra, determinados por Deus:
1º Selo - (O cavaleiro do cavalo branco)- O levantamento do Anticristo que é "coroado" pelas Nações principais, para ser o Líder que governará o sistema da Nova ordem Mundial (Apocalipse 6:2); Seu arco nas mãos fala do longo alcance do seu reinado que é estendido a todo o mundo; sua saída vitoriosa refere-se à autoridade que lhe é dada para fazer a sua vontade reinar sobre tudo e todos. Sua aparência de "cavaleiro sobre um cavalo branco" semelhante à Imagem de Jesus em (Apocalipse 19:11) serve o propósito de demonstrar que ele virá fazendo-se passar pelo Messias de Deus, promovendo uma paz aparente (1 Tessalonicenses 5:3).
2º Selo - (O cavaleiro do cavalo vermelho) - Os conflitos à escala Mundial, provocados pelo exercício da autoridade totalitária do governo globalista contra as Nações que lhe resistem; Este momento é paralelo à luta entre os Chifres na profecia de Daniel 7 e Daniel 8 (Apocalipse 6:3-4); A grande espada é sinónimo de confronto de autoridades na Terra, na luta pelo poder.
3º Selo - (O cavaleiro do cavalo preto) - Uma crise económica à escala Mundial que virá da queda de muitas Nações, empurrando o sistema da marca da besta que será implementado depois posteriormente. (Apocalipse 6:5-6); A Balança fala de um sistema de peso para subjugar as pessoas, sendo o termo grego (Zygós) usado para referir um jugo de servidão como uma escravidão ao sistema instalado. Um conjunto de Leis opressivas estará associado aos recursos para a sobrevivência na figura das 3 medidas (trigo, cevada e o azeite e vinho);
4º Selo - (O cavaleiro do cavalo amarelo /verde) - Um genocídio em massa de pessoas por todo o mundo, por meio da fome criada pela crise, pela proliferação de doenças naturais, guerras bioquímicas, pandemias, e ainda pela opressão ditatorial do sistema ideológico instalado (Apocalipse 6:7-8); O termo (Chlōros) referente à cor, fala de amarelo esverdeado, que é a cor dos cadáveres em putrefação, a verdadeira cor da Morte que é aqui citada. O tom esverdeado referido é de onde vem a Clorofila como o pigmento das plantas que ficam "amareladas" ao morrer; O Tom verde pode ainda ser uma referência à cor oficial do Islão que nestes dias será a mão estendida na perseguição aos Santos.
5º Selo - (A visão dos mortos) - A inquisição do governo Mundial contra todos os que resistem, tomará ainda por meio do Anticristo um cunho religioso, de perseguição directa aos santos convertidos nestes tempos; Esta inquisição ideológica estará associada ao crescimento exponencial do Islão e fé muçulmana nestes dias (Apocalipse 6:9-11);
6º Selo - (A visão do terremoto) - A natureza trará terremotos e explosões vulcânicas por toda a Terra com gases que cobrirão o sol, trazendo tempos de trevas e terror sobre todo o mundo; As pessoas buscarão abrigos em Bunkers, asilos públicos, tentando fugir a estas catástrofes temporariamente (Apocalipse 6:12-15);
7º Selo - (O grande silêncio no Céu) - A passagem para as 7 trombetas simbolizando a passagem para a grande tribulação, e uma nova intensidade no juízo aplicado (Apocalipse 8:1). Entre o 6º e o 7º selo, um outro selo chamado do "Selo de Deus" (Apocalipse 7:2) é inserido após a referência do termo (Meta Tauta) para marcar uma distinção entre os primeiros 6 selos, e o tempo até ao cumprimento do 7º selo, dando destaque aos 144 mil selados da terra, que estarão sendo protegidos directamente por Deus de todas estas desgraças caindo sobre a terra.
De alguma forma, Deus está já neste momento pré-tribulação, a dar-nos um pequeno exemplo destas coisas vindouras, fazendo-nos já experimentar um pouco de cada uma destas coisas que devem acontecer logo após o arrebatamento.
Se já nestes dias actuais, o mundo se encontra num caos sem precedentes, imagine-se a terra nos dias que se seguem à abertura destes 7 selos!
O arrebatamento de João, ocorrendo antes destas coisas acontecerem, é a figura da nossa bendita esperança, de que, por ordem do Senhor, "Subamos também" para estar com Ele tendo uma visão estratégica destas coisas, na segurança do céu.
Quem anda com Deus, e guarda a Sua Palavra como símbolo de temor, obediência, sujeição e fidelidade não estará cá na terra durante este período.
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ENOQUE É FIGURA DO ARREBATAMENTO
Enoque desde o início da Bíblia tinha a função de nos mostrar este desejo da parte do Senhor, para aqueles que são Seus. Enoque é uma figura que pouco ou nada se sabe acerca dele, senão o facto de ele ter sido arrebatado por Deus. Ele é uma figura simbólica da Igreja arrebatada nos últimos dias.
Lemos: "E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou." (Gênesis 5:24)
O termo "O tomou" em Hebraico (KY-LÅQACH OTO) tem exactamente o mesmo tom de "raptar" (Laqach bashevi) usado em grego por Paulo com a expressão (Harpázō) (1 Tessalonicenses 4:17);
Mais curioso ainda é a informação do versículo anterior que diz que: "foram todos os dias de Enoque trezentos e sessenta e cinco anos." (Gênesis 5:23), 365 é o número mais comum de dias de um ano, e Enoque viveu 365 anos, como se aludindo a ideia de Ele andar permanentemente com Deus, todos os dias da Sua vida.
O arrebatamento é para quem anda com Deus todos os dias, e não somente nos dias ou horas de culto, ou dia sim dia não, conforme a disponibilidade e interesse do crente.
Outras 2 referências são ainda feitas a Enoque nas Escrituras, que convém atentar para perceber o simbolismo prefigurado do arrebatamento na vida deste Homem singular.
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Em (Judas 1:14) é feita uma profecia da autoria de Enoque que em mais lado nenhum da Bíblia consta e diz: "Eis que é vindo O Senhor com milhares de Seus Santos"; Aqui vemos que Jesus já vem acompanhado desses Santos (Hágios) que compõe a Igreja arrebatada. Vemos ainda Enoque ser descrito como "o sétimo depois de Adão", sendo o número 7 a representação da perfeição de Deus agindo na realidade temporária. Assim como Filadélfia uma das 7 igrejas, também recebe a promessa de serem arrebatados e guardados da hora da tribulação.
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Em (Hebreus 11:5) é dito que Enoque foi "trasladado" (Metatíthēmi) com o objectivo de "não ver a morte", porque por meio da sua fé, deu testemunho de que "agradara a Deus". O termo grego usado passa a mesma ideia de "arrebatado", no sentido de: transportado, ou transferido de um lugar para o outro; Uma coisa se torna óbvia, é que o evento do arrebatamento visa também demonstrar que Deus tem o desejo de preservar da morte, aqueles que O Agradam. A tribulação é uma provação até à morte, para os duros e resistentes; Se alguém já foi provado fiel no acto de guardar a Palavra, porque razão teria ainda de ser novamente provado? Com que fim prático serviria esta provação dirigida à Igreja?
-Na escritura existe referência de alguém presenciar o arrebatamento de Enoque? -Não!
Foi revelado a Moisés para registo, pelo Próprio Deus, na inspiração pelo Espírito Santo, mas não há qualquer relato de isto ter sido um evento público relatado por algum testemunho ocular.
Então Estar com Cristo, é associado ao acto de Enoque "Andar com Deus" e revela-nos que é possível e é bíblico, a realidade de um arrebatamento secreto, para quem tem essa vida de verdadeira fidelidade para com O Senhor;
Vamos ver como Estar em Cristo, ou Andar com Deus, e guardar a Palavra estão na verdade intimamente associados;
GUARDAR A PALAVRA COMO CONDIÇÃO
"Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda esse é o que Me ama; e aquele que Me ama será amado de Meu Pai, e Eu o amarei, e Me manifestarei a ele." (João 14:21);
O contexto desta passagem é, de Jesus:
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- passar conforto aos Seus discípulos para que não se turbe o seu coração;
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- fazer uma promessa de esperança e reencontro para os que aguardam a Sua vinda;
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- apelar à consciência para a firmeza na fé em amor, no acto de guardar a Palavra.
Jesus foca algumas vezes em "guardar a Palavra" associado ao "amor" e à "manifestação particular"; Ou Seja, Jesus neste momento descrito, só será manifesto a quem O ama e Guarda a Sua Palavra, e a mais ninguém:
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"Se me amais, guardai os meus mandamentos" (João 14:15);
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"Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama" (João 14:21);
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"Se alguém Me ama, guardará a Minha palavra, e Meu Pai o amará, e viremos para Ele, e faremos Nele morada." (João 14:23)
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"Quem não Me ama não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas Do Pai que Me enviou." (João 14:24);
Quem não O ama, nem guarda as Suas Palavras, não verá a manifestação de Jesus no arrebatamento. Isto está bem claro!
Em João 14, claramente se entende que aqueles que crêem e guardam a Palavra (que O amam de Verdade), podem confiar que o intuito de Jesus é de voltar para vir buscar aqueles que Lhe são fiéis, para os poupar da mortandade que se espalhará pela Terra no reinado do Anticristo, e depois quando Deus derramar Sua ira nas Nações. Da mesma forma e pela mesma razão que Enoque também foi tomado para Deus.
Na carta de Apocalipse à igreja de Filadélfia, quando lemos: "Porque guardaste a Palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora" (Apocalipse 3:10); a condição apresentada é "Porque guardaste" e não porque "creste".
-Mas pode alguém verdadeiramente "Crer" sem "guardar"?
Quando diz "Porque guardaste" e não "porque creste" é com o propósito de focar na acção prática do verbo crer aplicado.
Quem crê, guarda A Palavra! (Quem guarda, realmente creu) A fé e as Obras estão sintonizadas entre si (Tiago 2:17-19).
Não há razões para duvidarmos se alguém creu, quando as obras estão de acordo, porém, quando não estão, o "crer" que elas apresentam pode bem ser o mesmo crer dos demónios que crêem, estremecem, mas ainda assim não obedecem nem guardam a Sua Palavra.
-Somos comparados a peregrinos e forasteiros na Terra (1 Pedro 2:11) porque razão?
Estamos cá com uma missão temporária, como os servos na parábola dos talentos também estiveram temporariamente a cuidar dos talentos, enquanto "o seu Senhor estava de Viagem". (Mateus 25:14-19)
O nosso Senhor Jesus também "foi de viagem" quando foi para O Pai "preparar-nos lugar", e em breve estará de volta para cobrar de cada um de nós o sucesso do nosso empreendimento.
O acto de "crer" que é suficiente para salvar, é o crer que "obedece".
Versículos como: "Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa." (Atos 16:31); "Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. " (Romanos 10:9); "Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:15), são mal entendidos por muitos, ao ponto de se projectar uma "crença" emocional e superficial na obra de Jesus e achar que isso é a "Salvação".
Para muitos o acto de "crer" torna-se num requisito simbólico que não assume depois nenhuma acção prática ou então somente as que o crente determina por si mesmo. Mas quem determina o que é o serviço legítimo é O Senhor e não o servo.
A nossa Doutrina até pode ser verdadeira, mas se a nossa vida estiver errada, que perigosos somos nós para o Evangelho. A boca traz luz, mas o coração está em trevas.
A Palavra de Deus deixa bem claro: "E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos." (Tiago 1:22) E o Senhor Jesus disse igualmente em tom de reprovação: "Porque me chamais Senhor, Senhor e não fazeis o que Eu digo?" (Lucas 6:46)
Partindo da pergunta de Judas (João 14:22) fica claro que existe um outro dia aparentemente secreto (não do conhecimento público oficial) em que Jesus virá somente para a Igreja, distinto do dia que sempre parece referir-se à Vinda pública (o do batalha final quando Cristo já se revela a todo o mundo).
Uma coisa é óbvia ao observar a cristandade espalhada pelas igrejas à Luz da Palavra; Nem todos os que dizem crer, guardam a Palavra.
Estes são os "cristãos mundanos" pois apresentam qualidades de cristão aparentemente legítimas, contudo, ainda demonstram um notório amor ao mundo - O Mundanismo (Uma ordem de prioridades em que o mundo e os seus prazeres, ainda competem com a fidelidade a Deus). São os tais "adúlteros" descritos por Tiago (Tiago 4:4).
A Bíblia é clara ao dizer em tom de exortação: "Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo." (1 João 2:15,16);
Curioso é lermos uns versículos atrás nesta mesma passagem outra vez o tom do amar e guardar associados:
"E nisto sabemos que O conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço-O, e não guarda os Seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade. Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos Nele. Aquele que diz que está Nele, também deve andar como Ele andou." (1 João 2:3-6)
É nesta mesma passagem que é dito, e convém relembrar: "E agora, filhinhos, permanecei Nele; para que, quando Ele se manifestar, tenhamos confiança, e não sejamos confundidos por Ele na Sua vinda." (1 João 2:28);
"Ele se manifestar Naquele dia" aparecendo nas duas passagens de (João 14:21) e (1 João 2:28) revela-nos que no espaço descrito como "Naquele dia da manifestação de Jesus" alguns poderão ser "confundidos".
Estas palavras são ditas para a Igreja e para todos os crentes que pretendem pela Fé fazer parte dela.
-Então quem vai ser confundido? - Provavelmente aquele que pensava que iria ser arrebatado, apercebendo-se de que ficou para trás. (Daí a confusão)
-E quem é este que agora está confuso? - Claramente aquele que supostamente "creu" mas não guardou os Seus mandamentos e Palavra, cujo amor de Deus não estava nele "Verdadeiramente aperfeiçoado".
Mas a Palavra de Deus diz em (Romanos 10:11) que "Todo aquele que Nele crer não será confundido"; Então como pode alguém ser confundido na Sua vinda se creu?
Temos que entender que quem crê não é confundido em relação à Sua salvação quando é realmente convertido (Segurança na consciência plena da Salvação), mas a confusão Naquele dia do arrebatamento, virá porque alguns crêem superficialmente, mas não são convertidos ainda e isso é evidente pois não amam a Deus acima de todas as coisas de toda a sua alma, todo o seu coração e entendimento (Mateus 22:37) (Marcos 12:30).
O mais comum de se ver nestes dias são "ímpios" convencidos de que são "Cristãos" dentro das Igrejas.
Não existe crente verdadeiramente convertido que não guarda a Palavra; existem sim pessoas que se sentem chamados por Deus e não o são, ou estão no processo de chamado de Deus para a conversão, mas por causa da dureza e endurecimento dos seus corações, têm de ser moídos para serem verdadeiramente convertidos.
São estas as pessoas que serão confundidas, quando se aperceberem que não foram achadas aprovadas por Deus naquele determinado dia. Sua permanência na terra para passarem a tribulação é o processo final necessário para quebrar o endurecimento dos seus corações divididos.
Por isso as advertências de Jesus às Igrejas abrem o Livro do Apocalipse; 2 exemplos servem o tom de apelo à consciência (Apocalipse 2:5) (Apocalipse 3:3).
-Qual era o grande problema da Igreja de Laodicéia totalmente oposta ao carácter de Filadélfia? -A ilusão de que eram aprovados por Deus, não carecendo de mudar nada em relação às suas vidas;
E diz a passagem: "Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;" (Apocalipse 3:17); Cristãos iludidos são assim, pessoas sem discernimento para provarem as suas próprias vidas, achando que está tudo bem entre elas e Deus, quando na realidade não está.
A resposta do Senhor Jesus a esta igreja iludida é: "Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas." (Apocalipse 3:18)
3 exigências estão presentes na advertência de Jesus:
- Ouro provado no fogo - Sinal de riquezas espirituais provadas no carregar da cruz, contrastando com as tais riquezas materiais que a igreja se vangloriava em possuir;
- Roupas brancas para esconder a nudez - verdadeira justificação por Jesus para ter paz com Deus e cobertura da nudez pelas vergonhas espirituais expostas para todos.
- Colírio para ungir os olhos para ver - Discernimento e conhecimento de Deus suficiente, para ver a realidade espiritual comparando seu modo de viver com o que de Deus é pedido.
A advertência era de se arrependerem a tempo de se converterem de verdade e serem restaurados no favor do Senhor.
"o amor de Deus está em alguém verdadeiramente aperfeiçoado" (1 João 2:5) quando alguém guarda a Palavra, por meio de uma conversão genuína, e uma profunda transformação interior para a verdadeira sujeição e obediência. Só podemos ter esperança de redenção sem confusão (Romanos 5:5) quando vivemos não mais para nós mesmos, mas para Cristo que vive em nós (Gálatas 2:20).
Note-se o que disse O Senhor Jesus a Pedro: "Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo; Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos." (Lucas 22:31,32);
Sabemos que Pedro Negou a Jesus 3 vezes logo a seguir, mesmo depois de dizer: "Senhor, estou pronto a ir contigo até à prisão e à morte." (Lucas 22:33), isto porque na verdade ainda não era convertido.
Não havia uma perfeita sintonia entre as palavras professas, e a prática de seguida. Esta é a evidência mais clara da não conversão.
O facto de Jesus frisar "Quando te converteres" é sinal que a Salvação é um estatuto eterno ou intemporal (Procedente da Eleição soberana que ocorre ainda antes da fundação do mundo) (Efésios 1:4); contudo a conversão é um passo temporal que é operado pelo Santo Espírito de Deus no momento em que alguém "Nasce de novo" verdadeiramente.
O termo "converter" (epistréphō) quer literalmente dizer: Andar em frente, avançar numa direcção, voltando para trás do caminho onde andava; Literalmente fala em "mudar de curso"; Redefinir um novo percurso;
Nós nascemos salvos num contexto eterno como separados e chamados (Gálatas 1:15) (se somos eleitos por Deus para a salvação), mas ninguém nasce convertido.
Só quando alguém é realmente convertido, é que existe regeneração e santificação verdadeiras, que acompanham um profundo sentido de mudança interior que acontece gradualmente no exercício da Fé.
Por isso vemos nas igrejas que, no percurso da fé muitos crentes são santificados e aperfeiçoados, crescendo em Verdade e firmeza e sujeição a Deus enquanto outras, passados anos de suposta conversão não mudaram nada (e muitas vezes mudaram sim, mas só para pior).
Só na conversão verdadeira estas pessoas são "adicionadas à Igreja" pelo Senhor Jesus (Atos 2:47) para a confirmação dessa Salvação decretada na eternidade (e isto nem tem nada a ver com Membresia ou com os anos de frequência que determinada pessoa tem ao congregar).
Porque as emoções competem muitas vezes com a espiritualidade, é inteiramente possível que muitos creiam numa mudança que ainda não ocorreu, induzindo-se a acreditar que estão convertidas, contudo na prática, pelas obras, isto não é bem assim.
Nós podemos estar em determinado momento a olhar para uma pessoa eleita sem sabermos que ela é salva na eternidade (no tempo de Deus - (KAIRÓS), embora ainda seja evidente que não é convertida (no tempo dos homens - (CHRONOS).
Por isso é impossível Julgar a Salvação de alguém, embora seja bastante fácil presumir se alguém é ou não é convertido.
Afinal "Crer" é um conceito muito difícil de ser "comprovado", não só pelos outros, mas até por nós mesmos, a não ser passando pelo teste prático das obras em obediência e sujeição como bem diz Tiago:
Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.
Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.
Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demónios o crêem, e estremecem.
O CRER DA CONVERSÃO QUE GUARDA A PALAVRA
Por isso convém referir que o "Crer" Bíblico significa "Receber e reconhecer" O Senhorio de Cristo em sujeição. Este é o crer de alguém verdadeiramente convertido.
Quando falamos portanto de Arrebatamento, não estamos a falar da mesma coisa que Salvação.
A Salvação é garantida a todos os que são os Eleitos ainda antes da fundação do Mundo, e ela vai acontecer até mesmo durante a tribulação, pois muitos serão salvos somente nessa altura por meio da perseguição, porém, o arrebatamento é para aqueles que estão verdadeiramente convertidos na altura que Jesus vier arrebatar a Igreja, e nesse dia se alguém ainda não "Nasceu de novo" de verdade, ficará para ser provado.
O Arrebatamento para algumas pessoas tornou-se uma espécie de "escape fácil" para fugir à Ira de Deus que cairá sobre a Terra na altura da grande tribulação, e muitos crentes, ainda "mundanos", descompromissados, pouco zelosos, que não guardam a Palavra, não se Santificam, não oram, não produzem frutos, parecem descansar na ideia de que bastou "crer" emocionalmente (de forma puramente superficial) para serem incluídos no arrebatamento e poupados do reinado do Anticristo.
É bom que tenham a Vida de Enoque como exemplo do que deles é pedido.
Olhemos para Israel, e vejamos, quantas vezes Deus, amando o Seu Próprio Povo Eleito, os entregou nas mãos de Satanás para serem punidos, castigados, escravizados, extirpados, dizimados por causa da desobediência, e do hábito natural deles em "Servir a 2 Senhores" (Mateus 6:24) por falta de zelo e Sujeição!
Um bom exemplo disto é Moisés quando vemos que ele não entrou na Terra prometida.
(Ser filho de Deus não pressupõe automaticamente, entrar pela porta da Bênção ainda que em rebeldia, contrariamente ao que muitos pensam) e Moisés passa-nos essa bela lição.
O Exemplo de Moisés ficar de fora da Terra prometida, é visto por muitos crentes como uma espécie de "Injustiça", afinal parece legítimo que o Homem depois de todo aquele esforço "merecesse" essa bênção; contudo vemos que Moisés não entrou!
-Que fez Moisés para merecer isto propriamente?
1 episódio apenas nos revela a justificação para Deus proceder assim em relação a Moisés e a Arão que também pagou igualmente o preço pela incredulidade (Números 20:25-29); Não foi preciso grandes pecados para Deus desviar logo esse privilégio deles, para que saibamos que não devemos tentar ao Senhor:
-
-Deus dá ordem a Moisés e Arão de falarem à rocha para que brotasse água para o povo, e Moisés, por causa da sua incredulidade prefere ferir a rocha na tentativa de produzir água em vez de fazer conforme Deus lhe havia mandado (Números 20:12) Deus por isso, faz questão logo de deixar claro que a falha em "Guardar a Palavra" e obedecer, veio de "não crer" conforme dele era esperado; 1 falha apenas foi suficiente para ficar de fora (Deuteronómio 34:4-5), e isto ensina-nos a temer as consequências directas da nossa falta de fé, no Deus que professamos crer e obedecer.
A atitude de Deus para com Moisés é melhor compreendida à luz do simbolismo da rocha em conexão com O Senhor, e isto para não correr o risco de acharmos que Deus foi muito "drástico" na Sua decisão.
Deus iria usar o simbolismo e identificação com a rocha para saciar a sede do seu povo, para que ela se tornasse a Rocha da sua Salvação (Salmos 95:1) que era uma - figura de Cristo.
O objectivo era mostrar também que a Salvação viria por meio da Palavra apenas. O acto de ferir a rocha porém, acabaria por apontar inevitavelmente para Jesus sendo ferido por nossas transgressões por causa da incredulidade e Moisés tornou-se ali uma figura do povo judeu incrédulo e desobediente e sua postura agressiva no futuro para com Jesus.
Ferindo a rocha, Moisés acabaria por figurar o sofrimento de Jesus na mão desses homens, para que pudéssemos receber a bebida espiritual que verdadeiramente nos sacia (1 Coríntios 10: 4).
Relativizar a vontade de DEUS por incredulidade, acabando por fazer a nossa vontade, em vez da Vontade de Deus comunicada a nós, é motivo mais que legítimo para a Ira de Deus cair ainda assim sobre qualquer um dos Seus filhos.
Ouvir a voz de Deus e a Sua ordem, e depois agir conforme a nossa vontade e não a Dele, nunca trará bênção ou aprovação diante de Deus.
Não somos nós hoje muito mais beneficiados com múltiplas oportunidades na desobediência, quando vemos no Antigo testamento, que Deus era muito mais exigente e implacável?
Que fazemos nós senão usar "A Graça", para esticarmos as nossas vontades rebeldes ao limite da paciência de Deus? Por isso Paulo adverte os Romanos dizendo: "Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum." (Romanos 6:15)
Se Vemos Deus castigar seus filhos severamente por todo o Antigo testamento, agora por causa da Graça, achamos que tudo é permitido? Onde na Bíblia, Graça é sinónimo de "libertinagem"?
A tribulação que segue o arrebatamento virá como o reinado de 7 anos do anticristo na Terra, mas será a punição determinada por Deus para julgar a Terra e a rebeldia dos Homens; Todos os horrores que a tribulação reserva para aqueles que vão passar por ela, foram determinados por Deus como castigo, para temor do inferno ainda por vir.
Vivemos numa sociedade "Sem Deus" (Sem Santidade) onde o que vale mesmo é a satisfação da liberdade desenfreada.
Ao retirar do mundo O corpo de Cristo representado pelo Espírito Santo habitando na Igreja (Visto que é O Corpo de Cristo- "Aquele" que o detém") conforme descrito em (2 Tessalonicenses 2:6), Deus usará o arrebatamento para 3 finalidades distintas:
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-Resgatar a Igreja para Sua protecção e descanso - (A igreja não será mais afligida) Unindo finalmente -O Corpo- (1 Coríntios 12:27) (Romanos 12:5) com -A Cabeça- (Colossenses 1:18) (Efésios 5:23).
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-Permitir a satanás usar o anticristo para governar o Mundo inteiro através do Governo Mundial (globalismo) dando início à última das 70 semanas de Daniel que se falta cumprir, no período de 7 anos finais para a história da Terra. (Daniel 9:27) (2 Tessalonicenses 2:7-9)
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-Moer o povo Judeu na tribulação - última semana de Daniel diz respeito ao povo Judeu e Jerusalém (Daniel 9:24) (determinada pelo Anjo Gabriel a Daniel sobre o seu povo e sua santa cidade)
7 anos de tribulação para o povo Judeu não visa a sua destruição, mas sua conversão, pois este é o desejo de Deus para o seu povo com quem Sua primeira Aliança foi estabelecida.
Quando o Senhor Jesus falou em perdoar 70x7 (Mateus 18:22) Ele referia-se ao perdão de Deus sobre o seu povo espelhado em Israel; Afinal as 70 semanas de Daniel, são 70 semanas de 7 anos cada o que dá 490 anos.
Da mesma forma que nos tempos antigos o povo de Israel negou a Deus cumprir com a ordem do Shemitah resultando em 70 anos de cativeiro na Babilónia (Jeremias 25:11). AVISOS não lhes faltaram da parte do Senhor (Levítico 26:14-18).
Do que se tratavam exactamente esses 70 anos de castigo?
Tratava-se de disciplina da parte de Deus para com Israel por quebra deliberada dos preceitos divinos exarados em (Levítico 25:3-4) o que teve as suas consequências conforme a promessa de Deus de Juízo face à desobediência (Levítico 26.32-35).
2 Crónicas também fala sobre como o povo Judeu rebelde, seguindo sua própria vontade, desprezavam a Palavra de Deus e os Seus profetas, desprezavam o Shabbat (o descanso do 7º dia) e o Shemitah (O descanso do 7º ano), razão pela qual Deus decidiu castigá-los severamente (2 Crônicas 36:16-21);
Curioso discernir que a razão porque os Judeus ficaram 70 anos de exílio na Babilónia veio por causa de um constante e rebelde "andar contrário" (Levítico 26:27,28) não guardando as ordenanças por Ele decretadas.
Durante 490 anos, os Judeus ignoraram as Leis de Deus de cumprir com o Shemitah (49 vezes) de, a cada 7 anos dedicar 1 ano ao Senhor, de todas as suas colheitas, para descanso da Terra (Levítico 25:4-8), roubando por isso 70 anos de Shemitah (490 a dividir por 7 = 70) ou (7 a multiplicar por 70 = 490).
Deus retribui a "contrariedade" do povo restituindo os 70 anos roubados por eles, expulsando-os da sua própria terra, submetendo-os a um exílio de escravidão ao Rei Nabucodonosor. (Levítico 26:27-35) (2 Crônicas 36:21) (Jeremias 29:10).
O facto portanto de Jesus deixar para trás "crentes" não devia ser de estranhar após Ele mesmo ter associado o "guardar da hora", ou "guardar a Palavra" ao direito de entrada no Arrebatamento (Apocalipse 3:10);
O Aviso está feito!
Vemos nas passagens do Livro de Levítico que Deus determinou a observância de um ano sabático, ou ano de descanso, quando a terra descansava um ano. Isso devia ser observado a cada 7 anos.
Ora, durante os quase 500 anos que vão do inicio da monarquia de Israel ao seu cativeiro eles não cumpriram este preceito do Senhor. Resultado: Deus mesmo fez a terra repousar, mantendo seus “inquilinos” rebeldes fora, por 70 anos.
Portanto, 70 anos é o total de anos sabáticos ocorridos no espaço de 490 anos. Deus sabe muito bem lidar com pessoas e nações que quebram as suas leis, mesmo as civis, como esta que acabamos de mencionar.
Em resumo, partindo do inicio do reinado de Saul, 1050 a.C. até o inicio do cativeiro, 606 a.C. dá em torno de 490 anos. Todo sétimo ano a terra não deveria ser cultivada, e se produzisse alguma coisa, era dado aos pobres e estrangeiros. Depois de 7X7 anos sabáticos (49) vinha o ano de jubileu (50), quando toda a terra vendida ou confiscada seria devolvida aos seus donos originais, e os escravos seriam postos em liberdade. Foi o que aconteceu, quando Deus libertou o Seu povo do cativeiro e levou-os de volta a Israel.
O que Deus nos quer ensinar desde os tempos antigos, é que a história se iria repetir, e Deus iria dar uma última lição ao Seu povo, humilhando-os debaixo da opressão do Anticristo, como fez debaixo do jugo babilónico.
Em Daniel 9 vemos 69 semanas cumpridas, ficando a faltar 1 última semana. Se cada semana são 7 anos, 69 semanas são 483 anos (69x7=483). Para fazer os 490 anos, ficam a faltar 7 anos que corresponde a 1 semana.
²⁵ Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos.
²⁶ E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo;
O ponto de partida para as “setenta semanas” começarem, é a “saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém" (vs. 25).
No sétimo ano de Artaxerxes I (458 a.C.) (Esdras 7:7), quando ele emitiu seu primeiro “decreto” (Esdras 7:11-26) pode parecer ser este o momento, mas na passagem, vemos que se trata da edificação do Templo que é referido como a "Habitação" ou "casa de Deus" que está em Jerusalém (Esdras 7:15-27), e não da edificação da Cidade conforme trata particularmente a profecia.
3 decretos estão relacionados especificamente ao Templo (Esdras 1:1-4) (Esdras 6:1-5) (Esdras 7:16-17) e um 4º decreto sendo o único a tratar-se com referência à edificação da cidade de Jerusalém em (Neemias 2:1-5) de acordo com a profecia de Daniel, e esta sim nos dá melhor base para o início da contagem para as 70 semanas.
Isto ocorre no vigésimo ano de Artaxerxes (445 a.C) (Neemias 2:1)
Então, aprendemos que a ordem para reedificar e restaurar Jerusalém foi no ano 445 a.C. no mês que corresponde ao mês de abril no nosso calendário actual. Isto ao dia 14 do mês de Abib/Nisan. Porque foi neste dia desde específico mês que Jesus morreu (Êxodo 12:2-6).
Se pegarmos 445 a.C. lembrando que Jesus tinha quase 30 anos quando Seu Baptismo (Mikvê Judaica) inicia Seu Ministério Público (Lucas 3:23) e que esse mesmo Ministério durou cerca de 3 anos e meio (Lucas 13:31-33) morrendo Ele na idade de 33 anos, basta adicionar 33 a 445, vamos ter 478 anos. (445+33 = 478)
Porém, ainda assim vão faltar 5 anos para completar os tais 483 anos que formam as 69 semanas cumpridas na crucificação, quando Jesus é "cortado" da terra dos viventes (Isaías 53:8) para ir para junto Pai segundo a profecia.
Segundo os nossos cálculos onde vamos enquadrar esses 5 anos que aparentemente faltam para as contas baterem matematicamente, conforme se espera?
Acontece que no calendário que nós usamos que é o calendário gregoriano, instituído pelo papa Gregório, há um erro de quatro anos.
Quando esse papa encarregou “Dionísio Ezíguos” (um matemático de cálculo), a fazer um novo calendário porque até então era usado o calendário Juliano, em homenagem a Júlio Cézar, ele para buscar um ponto de partida para a contagem desse novo calendário, escolhe a data de fundação de Roma que tinha como base o ano 754 antes de Cristo.
Acontece que nos anais da história de Roma, está registado que na hora que foi coroado Rómulo o primeiro rei de Roma, houve um eclipse lunar.
Ora na Astronomia matemática, é possível calcular tanto pra frente como pra trás as datas que ocorrem os eclipses lunares e solares. É por isso que os meios de comunicação nos informam quando acontecerá um eclipse, com detalhes do dia, a hora, e o lugar que será visto.
A realidade é que na aplicação deste conhecimento astronómico à realidade histórica do passado no cálculo pra trás dos eclipses ocorridos, se descobriu que o eclipse registrado na história de Roma, deu-se no ano 750 a.C e não no ano 754 a. C. por isso há um erro de 4 anos no nosso calendário, que é hoje reconhecido pelo mundo inteiro.
Mas, de acordo com a profecia, faltam cinco anos e esse erro é de quatro anos. Acontece que quando contamos a história de trás pra frente (do Antes de Cristo, para depois de Cristo) desde o ano 750 a.c até ao ano 445 a.C. e por aí fora subtraindo até ao ano 1 a.C o que verificamos é que entre o ano 1 a.C. e 1 d.C. não existe o ano zero, sendo um ano só, e este é o ano que faltava para dar os 483 anos matematicamente precisos.
Haveria um ano a mais nos cálculos, caso o ano Zero fosse contado, mas como não existe o ano zero, os cálculos são perfeitos.
A morte de Jesus portanto acontece ordenada por Deus no Ano (no final dos 483 anos ou das 69 semanas), dia (14 de Nisan) e hora (15h da tarde) anunciadas profeticamente ao detalhe.
O cumprimento das 69 semanas, e a interrupção deixando 1 última semana de fora para que as 70 semanas se cumpram, nos indica, que o perdão de Deus para o povo Judeu, estava desde sempre também em Jesus, (a ponte entre o velho e o novo testamento, da passagem da lei para a Graça); Esse mesmo Jesus O qual eles negaram (João 1:11) levando-o à cruz (Actos 4:10) mas ao qual serão convertidos durante a tribulação (Romanos 11:26).
O grande propósito da Tribulação é o de converter totalmente o povo Judeu a Cristo Jesus (Romanos 11:26) moendo-os como se mói o Trigo cuja casca é dura e resistente. Todos os crentes alheios ao povo Judeu que partilham da mesma dureza, serão incluídos nessa provação. Lembramos que o próprio simbolismo do termo "Tribulação" conforme já vimos, aponta para um engenho romano (Tribulum), adoptado pelos Judeus cujo propósito era moer, pisar, esmagar os grãos e libertá-los.
A igreja ao contrário do Povo Judeu recebeu Jesus, por isso recebem o Galardão do Arrebatamento, enquanto que estes, a angústia da Tribulação.
Às vezes a melhor forma que Deus usa para nos castigar, é dar-nos exactamente aquilo que buscamos em rebeldia. Quem à semelhança do povo Judeu também vive na incredulidade do coração, na falta de sujeição a Deus, sem reconhecer a autoridade de Jesus sobre a Sua vida, também pede tribulação.
No Antigo testamento vemos Deus disciplinar inúmeras vezes o Seu povo por meio de provações, castigos e desgraças de forma a moer a rebeldia e a incredulidade que persistia entre aqueles que diziam crer, mas ainda assim viviam contrariamente à Sua vontade.
Por isso dizemos e frisamos: A Igreja não crê apenas; ela crê e obedece.
-Se alguém se diz "cristão" mas ainda ama desenfreadamente o mundo, deve ser arrebatado porquê?
-O Arrebatamento é a redenção dos "Separados"; não é o escape para os "mundanos".
Nós sabemos sem sombra de dúvida que basta crer em Jesus para se ser salvo (Atos 16:31) (Lucas 8:50) (Atos 13:39) (João 1:12) (João 3:18) (João 6:40) (Romanos 1:16). Crer aqui referindo-se ao "Reconhecer" O Senhorio de Jesus, e a Suficiência da Sua Obra gloriosa.
O termo "Aceitar Jesus", que algumas pessoas usam inadequadamente, deve significar para aquele que o afirma, que "Recebeu Jesus na mente e no coração".
Muitas pessoas dizem "Aceitar Jesus", mas elas só "aceitaram" as partes de Jesus que lhes convém, nomeadamente o perdão e a bênção. De fora, ficam as responsabilidades de se negar a si mesmo, o zelo à Verdade, a obediência à vontade de Deus e a sujeição à Sua autoridade.
-Você quer saber se alguém realmente "Aceitou Jesus", pergunte-lhe que "partes de Jesus ela aceitou"?
Se o "Aceitar Jesus" de alguém contempla: Juízo (1 Coríntios 6:5) Julgamento (1 Pedro 4:17) sujeição (Efésios 5:21) disciplina (Hebreus 12:8) Auto negação (Lucas 9:23) consciência da própria miserabilidade (Romanos 7:24) então sim essa pessoa conheceu O Jesus verdadeiro.
As pessoas que conhecem O Jesus verdadeiro, e ainda assim O "Aceitam" essas têm O Jesus que Salva.
O Jesus do Amor que irá tirar a Igreja no arrebatamento, é o mesmo Jesus que irá deixar todos os outros para passar pela tribulação.
O Jesus que "não apaga o pavio que fumega, nem quebra a cana trilhada" (Isaías 42:3), é o mesmo Jesus que "pisará no lagar da Ira de Deus", todos os rebeldes nos dias finais (Apocalipse 19:15); O Jesus que salva, é o mesmo Jesus que condena; O Jesus que aplacou a ira de Deus na Cruz, é o que aplicará a Ira de Deus no juízo final; O Jesus Do Amor e misericórdia, é o mesmo Jesus da Justiça e do Juízo.
-Você que diz que aceitou Jesus, pense: - Será que ELE o aceitou de volta?
O Arrebatamento é para os que foram plenamente aceites por Jesus.
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-Mas O que é o Arrebatamento concretamente falando?
O ARREBATAMENTO
O termo "Arrebatamento" portanto como já vimos, aponta literalmente para "Tirar ou arrancar para Si de forma brusca"; esta é a tradução literal.
O Arrebatamento de uma forma geral é um evento sobrenatural, pelo qual a Igreja (O corpo composto dos fiéis Convertidos) capacitados e conduzidos Pelo Espírito Santo de Deus (O Sal e a Luz do mundo), aguarda, desde que Jesus partiu para O Pai, e enviou "O Consolador" para a conversão daqueles que crêem (dos quais Pedro passou então a fazer parte).
A Bíblia refere que este evento ocorrerá "num abrir e piscar de olhos" onde Deus "arrancará" a Igreja do Mundo, dando início a uma nova dispensação na Terra. O Apóstolo Paulo descreve isto como um "mistério":
Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.
Esta última trombeta é uma referência ao último toque do shofar (não a última trombeta do Apocalipse como muitos pensam);
O Shofar emite três sons característicos: Tekiá — um som contínuo, como um longo suspiro; Shevarim — três sons interrompidos, como soluços; Teruá — nove (ou mais) sons curtíssimos como suspiros entrecortados em prantos.
Estes sons do shofar evocam e expressam sentimentos de profundo pesar pelas más ações cometidas no passado. É também uma conclamação às armas, como um tambor de guerra. O shofar convoca a lutar contra tudo que impeça a prática da santidade exigida por Deus. O uso do seu toque também revela no final que Deus sempre perdoa o passado quando se tomam boas decisões para o futuro.
Esta é a mensagem final do shofar, aquela do perdão Divino e o retorno ao favor de Deus. Por isso, o último som do shofar é um toque longo, chamado de Tekiá Guedolá (grande toque). Este som não representa soluço, nem suspiro ou lamento, mas um grito de triunfo e alegria; a restituição e o retorno a Deus.
A comparação feita por Paulo, usando os símbolos do Shofar típicos do Judaísmo, é para evocar estes princípios para garantir aos coríntios a ressurreição dos mortos, como a nossa vitória e triunfo, indo ao encontro do Senhor nos ares.
Para os Judeus, os sons quebrados de Shevarim e Teruá lembram estes suspiros e gemidos abafados que penetram no coração, e servem para despertar a pessoa ao arrependimento e ao retorno.
A Tekiá Guedolá — o último toque longo do shofar — soa como uma nota mais alegre e para os Judeus lembra o grande dia, quando o grande shofar será tocado para reunir do exílio todo o povo de Israel, com a chegada do Mashiach (O Messias).
A expressão "Ante a última trombeta" usado por Paulo, refere-se "antes do último toque" que os Judeus esperam para reunir todo o povo e congregá-lo em Jerusalém, só que este toque servirá o arrebatamento da Igreja em seu lugar e acontece bem antes da Tribulação.
A reunião dos santos congregados a Jerusalém que ocorrerá mais tarde no dia da vinda pública do Senhor, não é em tom de arrebatamento aos céus, mas de Assembléia e congregação em um só lugar, na terra.
Note-se o que ele diz aos Tessalonicenses usando o mesmo simbolismo: "Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor." (1 Tessalonicenses 4:15-17)
O "Alarido" e a "trombeta de Deus" são igualmente referências ao Shofar, como toque de trombeta, mas repare-se que a "Trombeta" aqui é "de Deus"; Em Apocalipse, as 7 trombetas, são trombetas de Anjos, portanto diferentes.
A expressão "com voz de Arcanjo" é particularmente interessante pois visa expressar o perfil "protector" e "Guerreiro" que era a função dos Arcanjos (Daniel 10:13); Este som de trombeta e alarido será apenas audível àqueles a quem é dirigido, assim como o instinto protector do Senhor que abrange somente a Igreja.
A MANIFESTAÇÃO DE JESUS
A manifestação de Jesus é algo amplamente aceite, entre todos os Cristãos, não havendo dúvida de que em breve Ele voltará, mas onde reside alguma divisão, é no tempo e natureza dessa manifestação.
A expressão "Quando Ele se manifestar", refere-se a "Aparecer ou revelar" e passa a ideia de um momento planeado como um reencontro nos ares.
Sempre que vemos esta ideia de Cristo se manifestar, a ideia implícita de vigiar, estar preparado, e o clima de urgência, demonstram que realmente acontecerá de forma a que muitos não o esperem.
"A promessa da Sua vinda" para os Seus, virá, ainda que "muitos a têm por tardia" (2 Pedro 3:9) (à semelhança dos ímpios) usando isto como desculpa para continuarem a amar o mundo entretanto.
Se no cenário desta vinda final muitos ainda assim serão apanhados de surpresa, imagine-se como vai ser no arrebatamento que ocorre ainda antes.
A ideia de preparação, passada logo a seguir ao sermão escatológico de Jesus em Mateus 24, no capítulo 25 com a "parábola das Virgens", e a "parábola dos Talentos" é no sentido de deixar o crente fiel, totalmente preparado, para a surpresa de um arrebatamento secreto, em regime de galardão e retribuição à fidelidade.
Como Deus diz em Malaquias aos servos fiéis que serviam em Temor, "naquele dia serão para mim Jóias" (Malaquias 3:17); como sendo preciosos, ou valorizados!
Malaquias descreve 2 tipos de postura distintas de 2 tipos de Homem crente separados um do outro pela forma como vêm a obediência e a sujeição; Vemos ainda Deus responder de 2 maneiras diferentes a cada um de acordo com a sua postura:
As vossas palavras foram agressivas para mim, diz O Senhor; mas vós dizeis: Que temos falado contra Ti?
Vós tendes dito: Inútil é servir a Deus; que nos aproveita termos cuidado em guardar os seus preceitos, e em andar de luto diante do Senhor dos Exércitos?
Ora, pois, nós reputamos por bem-aventurados os soberbos; também os que cometem impiedade são edificados; sim, eles tentam a Deus, e escapam.
Então aqueles que temeram ao Senhor falaram frequentemente um ao outro; e O Senhor atentou e ouviu; e um memorial foi escrito diante Dele, para os que temeram O Senhor, e para os que se lembraram do Seu Nome.
E eles serão Meus, diz O Senhor dos Exércitos; naquele dia serão para Mim jóias; poupá-los-ei, como um homem poupa a seu filho, que o serve.
Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não O serve.
Esta passagem bem nos leva a meditar como o acto de "poupar" os que "Temem O Senhor", e "Se lembram do Seu Nome" lembra a promessa de Jesus à Igreja de Filadélfia para os que "Guardaram a Palavra da paciência" (Apocalipse 3:10). Deus não promete poupar todos, mas somente aqueles que reúnem as condições de sujeição e obediência a Ele.
O termo "poupá-los-ei" é indicatório de que se refere a um grupo restrito de pessoas; as que Deus se agradou quando "atentou e ouviu" o que eles frequentemente falavam uns aos outros, que se entende serem palavras de temor a Deus na admoestação mútua; (uma forma prática de guardar a Palavra).
A referência ao "filho que o serve" (indica não somente o que crê, mas o que crê e obedece em sujeição e temor); a Referência a um "Memorial", fala de um desejo de Deus que ficou na memória de Deus, para se cumprir, referente a uma promessa.
Presume-se que este "Memorial" seja um dos vários Livros de registo que existem nos céus (Apocalipse 20:12) nos quais Deus regista tudo concernente à vida dos Homens para retribuir de acordo no fim; Neste Livro das Memórias (conforme se traduz) Deus regista e lembra da Fidelidade daqueles que O amam.
A Bíblia refere vários Livros onde são registadas coisas que Deus determina serem valiosas e importantes registar.
A Bíblia então fala de vários Livros de registo e em alguns momentos vemos referências particulares a eles em contextos específicos que podemos definir assim:
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O Livro dos Vivos - O Livro de todas as pessoas que vivem ou foram trazidos à vida ou existência; todos os que algum dia andaram por esta terra, sem excepção (não confundir com o Livro da vida dos salvos); (Salmos 139:16) (Salmos 69:28)
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O Livro da Vida Do Cordeiro - O Livro que regista as obras dos homens comparadas à Luz da Obra da vida perfeita de Jesus, quando Ele deu a Sua vida por nós; É o Livro dos Eleitos salvos, que desde sempre estão ligados à Vida Do Cordeiro, por isso também chamado do "Livro da Vida". (Apocalipse 20:12) (Apocalipse 21:27) (Apocalipse 13:8) (Apocalipse 22:19) (Apocalipse 20:15) (Filipenses 4:3)
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O Livro das Lágrimas - O Livro que conta as "vagueações" ou caminhos dos homens, sua experiência, emoções, e sofrimento. Podíamos ainda chamar a este Livro, o Livro das circunstâncias, ou das experiências ou ainda O Livro das dores. (Salmos 56:8)
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O Livro dos 7 selos - O Livro que está escrito por dentro e por fora; um Livro que retrata O juízo e ira (para os que estão de fora), e de protecção (para os que estão por dentro); (Apocalipse 5:1) Entre o 6º e 7º selos há uma visão de pessoas fiéis a Deus sendo seladas, para sua protecção. (Apocalipse 7:3)
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O Livro das Memórias - O Livro das lembranças, ou um registo de recordações; um Memorial (ZIKÅRON) das coisas das quais Deus se agrada nos Homens com o objectivo de retribuir com Bênção directa. (Malaquias 3:16); (o termo "Zichron Devarim" por exemplo, literalmente fala de uma acta de reuniões, algo escrito para gravar permanentemente o que foi dito ou feito)
Malaquias refere que Deus então "ouve e atenta" aos homens e à sua forma de pensar e agir, com o desejo de retribuir.
Deus sempre nos deu Lições de que Ele se lembra, e que Sua "lembrança" aos que O Temem, sempre está associada a Bênção e privilégio concedido. Observe-se os seguintes exemplos: (Gênesis 8:1) (Gênesis 30:22,23) (Êxodo 2:24,25) (1 Samuel 1:19,20).
-Quais palavras Deus considerou agressivas contra Ele? -Palavras de desprezo, desinteresse e negligência em atentar com zelo para O servir;
Diziam eles: "Inútil é servir a Deus; que nos aproveita termos cuidado em guardar os seus preceitos"; A expressão: "Que nos aproveita", refere-se a uma ideia de desprezo pelo serviço, caso ele não produza imediatamente alguma espécie de benefício. Nos dias de hoje muitos que se dizem "crentes" ainda pensam assim. Querem servir a Deus mas de uma forma semelhante aos ímpios, sem qualquer tipo de restrições (Salmos 2:1-5). "Cristão independente" de Deus, é filho do Diabo, pois nós fomos chamados para depender de Deus para tudo, de viver e morrer para Ele (Romanos 14:7-8) (Salmos 127:1)
Não é de estranhar que Deus use o arrebatamento de uma forma secreta ou invisível para aqueles que vão ficar, para valorizar para os que foram fiéis, e desprezar deixando de fora aqueles que O desprezaram valorizando os benefícios do mundo em primeiro lugar.
Quando diz: "Então voltareis e vereis a diferença" serve para distinguir as obras de um e do outro -"O que O serve" (o que anda com Deus) e "o que não O serve" (o que ainda anda segundo o curso do mundo), e demonstrar que Naquele dia, haverá diferença quando as pessoas se "voltarem umas para as outras", e a diferença é: Que uns foram e outros ficaram. (uns beneficiados e os outros desprezados)
Sabendo então que a condição de entrar no arrebatamento a fim de ser poupado da Tribulação é o acto de "servir com Temor" na figura do "GUARDAR A PALAVRA", sabemos que quem for desprezado por Deus nesse dia para ficar, foram somente aqueles que até então, também desprezam O Senhor, indo após o mundo em busca de benefícios (Mateus 6:24)
O crente convertido não "guarda a palavra" por causa de nenhum benefício particular, ou por medo da tribulação; A condição não é tanto em si o "acto de guardar", mas "o coração transformado que guarda".
O arrebatamento é para o que guarda, porque aquele que guarda, é aquele que realmente ama a Deus! (João 14:21)
Jesus disse: "Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam." (Lucas 11:28) Sendo aqui bem-aventurados (MAKARIOI) um termo grego que significa - sortudos, beneficiados, engrandecidos, abençoados, felizes;
Aqui nesta passagem, "Guardar" (PHULASSONTES) refere-se a -Observar/ ter os olhos postos em contínua vigilância; a palavra vem de - phylássō ou phýlaks - que aponta para um "guarda militar".
A ideia de nós os crentes sermos uma espécie de guarda militar, está bem descrita nas palavras de Paulo a Timóteo: "Tu pois, sofre as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo. Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente." (2 Timóteo 2:3-5)
Note-se então:
Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com Ele em glória.
Logo de seguida Paulo fala aos Colossenses sobre como se comportar, e toda a passagem vem no tom de Aviso, exortação e advertência para um cuidado especial a ter, uma responsabilidade a cumprir, que no fundo é um alinhamento de princípios do que é realmente "guardar a Palavra".
A mortificação da carne (o desapego à natureza mundana) é a ordem para os filhos legítimos (os convertidos) e isso é logo evidente, quando nos diz, que: "Pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência;" (Colossenses 3:6);
Agora note-se o versículo seguinte: "Nas quais, também, em outro tempo andastes, quando vivíeis nelas." (Colossenses 3:7) identificando que quem é convertido já não anda desta forma, o que também indica, que quem ainda anda voluntariamente neste caminho, está efectivamente debaixo da ira.
O termo "noutro tempo" refere-se a 2 tempos distintos, enquanto aponta para um novo andar oposto ao antigo:
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-Tempo de ira, desobediência e condenação por causa da ignorância (tempo da carne)
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-Tempo de Graça, perdão e salvação para a obediência e sujeição em Verdade (Tempo do Espírito)
Nós passamos a atribuir "livre trânsito" para fora da Ira de Deus, a todos quantos dizem "crer", mesmo quando eles não demonstram evidências nenhumas de nascer de novo, isto, porque associamos "Ira" a "Juízo Final", e "crer" a "livramento"; Contudo, muitas passagens demonstram Deus a irar-Se sobremaneira com o Seu próprio Povo (Aqueles que criam Nele) e a razão é porque Crer sem obedecer, não é o crer bíblico que livra da ira.
A Ira de Deus está associada também à disciplina e ao castigo dos Salvos (por causa da desobediência), e não somente para punição dos ímpios, por isso a importância da advertência em "Guardar a Palavra" e "Vigiar".
Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando!
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AS CARTAS ÀS IGREJAS E O ARREBATAMENTO SECRETO
Normalmente todas as pessoas que rejeitam a ideia do arrebatamento secreto, evitam ou deturpam o versículo de (Apocalipse 3:10) dirigido à Igreja de Filadélfia que diz: "Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra."
-O termo (Tēréō) significa: "guardar" no sentido de "valorizar"; Observar para preservar uma coisa no mesmo estado em que foi recebido; faz mais sentido agora lembrar em (Malaquias 3:17) a expressão "Serão para mim como jóias" (serão para mim valorizados).
Deus valoriza, porque também Ele se lembra de quem "guardou e valorizou" a Palavra (Quem O honrou e serviu dignamente). Por isso é usado o mesmo verbo (etērēsas / tērēsō) tando para o acto do Homem que guarda a Palavra, como o acto de Deus o guardar da hora.
Se olharmos o contexto do Livro inteiro de Malaquias entendemos que se trata de Deus demonstrar o desagrado para com aqueles que se dizem Seu povo e vivem em rebelião e desobediência desprezando ao Senhor, preferindo darem honra uns aos outros em primeiro lugar (isto é o humanismo agindo no mundanismo).
Logo no primeiro capítulo vemos a posição de Deus de deixar evidente a indignação de Deus face à incoerência dos homens (Malaquias 1:1-8).
Só a expressão, "Peso da palavra do SENHOR" (Malaquias 1:1) é suficiente para se entender o tom de juízo que é dirigido aos Homens que desprezam ao Senhor e têm o seu próprio benefício em prioridade.
Até os sacerdotes tinham negligenciado o seu papel de líderes espirituais para em vez de darem honra ao Senhor, puseram em seus corações a honra dos homens e de si mesmos em primeiro lugar (Malaquias 2:1-2) (Malaquias 2:7)
O povo de Israel como escolhidos de Deus, desde sempre nos dá valiosas lições sobre a bênção debaixo da obediência e sujeição, e a maldição debaixo da rebelião professa.
Por isso o último capítulo de Malaquias deixa claro o fim de uns e de outros diante da autoridade do Senhor para julgar (Malaquias 4:1-3); A referência ao profetas Elias no final (Malaquias 4:5-6) aponta para o tempo da Tribulação sendo ele uma das 2 testemunhas referidas (Apocalipse 11:3) para virem nesses últimos dias ocupar o lugar de pregadores para a conversão do povo judeu (Malaquias 4:6) (Romanos 11:25-28) no lugar da Igreja arrebatada.
Então o resumo do Livro de Malaquias nos dá um melhor entendimento da promessa dada à Igreja de Filadélfia de ser guardada da hora da tentação (Tribulação) em (Apocalipse 3:10).
Quem honrar a Deus será honrado! Quem valorizar a Deus será valorizado!
Por isso distinguimos -DA HORA- da leitura equivocada de alguns que defende ser -NA HORA-; A interpretação correcta do grego original, e o uso do artigo definido (Tês) logo esclarece e distingue uma da outra.
-O termo (EK TÊS ÔRAS); Ek ou EX em grego (de dentro para fora) é a raíz de onde procedem algumas palavras começadas por EX na nossa língua com o mesmo sentido: Excluir, Expelir, Extrair, Expulsar, Excomungar, Êxodo, que significam exactamente -Tirar ou libertar para fora; Fazer uma passagem de um lugar interior, para o exterior; transportar de um lado para o outro.
Deus também irá tirar para fora do mundo, Aqueles que Ele decidiu valorizar e guardar da hora da tribulação. Deus aqui não está a prometer proteger os crentes fiéis dentro da tribulação, mas de tirá-los para fora dela totalmente.
-O termo (PEIRASMOU / PEIRASAI) que se traduz: "Tentação" aqui refere-se a uma "prova, teste, provação ou desafio" particularmente.
Vemos a igreja de Filadélfia receber directamente esta promessa, porque de todas, ela representa a conduta exemplar de alguém verdadeiramente convertido e fiel e isso ajuda a passar a ideia de que a promessa é particularmente dirigida a todos os crentes com o mesmo perfil. Também é esta Igreja que representa a Igreja desta era em que vivemos particularmente (A Igreja Missionária (desde 1730 -1900 d.C) que se estende até aos dias de hoje, tendo vindo desde então a transformar-se na Igreja apóstata dos últimos dias, como será na Tribulação ( desde 1900 d.C. progressivamente até a volta de Cristo final).
As pessoas que não contemplam este versículo de (Apocalipse 3:10) quando falam do arrebatamento, e o seu enquadramento nas cartas às Igrejas de Apocalipse, estão a desconsiderar a razão porque estas cartas primeiramente existem, e estão metodicamente colocadas no início do Livro, antes do relato da tribulação começar.
Apocalipse é o livro que nos sacode a consciência para a severidade do Juízo que está a chegar como uma nuvem negra no horizonte, alastrando-se para cobrir a Terra.
Os Evangelhos, (No âmbito da pregação do Evangelho a todos) embora sejam cartas de amor, eles apelam sobretudo para a consciência, e dizem inúmeras vezes: "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça". (Mateus 13:9) (Mateus 11:15) (Marcos 4:9) (Lucas 14:35) (Mateus 13:43) (Marcos 7:16) (Marcos 4:23) (Lucas 8:8);
O Livro de Apocalipse (no âmbito das cartas às Igrejas) entra no mesmo registo várias vezes repetindo o mesmo apelo, mas a particularidade que distingue a mensagem dos Evangelhos da mensagem de Apocalipse, é que a mensagem nos evangelhos sempre aparece num tom abrangente, dito a quem quer ouvir. Em apocalipse porém, o tom muda, e vemos ser aplicado 7x à Igreja ou Igrejas como congregações quando dirigido às 7 igrejas (Apocalipse 2:7) (Apocalipse 2:11) (Apocalipse 2:17) (Apocalipse 2:29) (Apocalipse 3:6) (Apocalipse 3:13) (Apocalipse 3:22);
Em apocalipse, parece indicar que o tempo para o "arrependimento" e mudança de vida está a terminar e que aqueles que dizem ser filhos de Deus ponderem se têm vivido como ímpios debaixo de um sistema meramente religioso e ritualístico de mãos dadas com o mundo, correndo o risco de "incorrer nas suas pragas" (Apocalipse 18:4).
Por isso só vemos mais 2 referências depois deste tom de "Apelo a ouvir" Às Igrejas; uma vez a meio do relato da tribulação em (Apocalipse 13:9) quando é necessário uma escolha de vida ou morte diante da marca da besta, e uma última vez no final da tribulação, para distinguir aqueles que ouviram para receber a bênção da vida eterna (Apocalipse 22:16-17).
É importante referir que esta única referência a meio do Livro do apocalipse (Apocalipse 13:9) tem o tom de deixar evidente que quem não ouviu enquanto essa opção estava disponível fora do Juízo da tribulação, agora terá de fazê-la com muito mais dificuldade e prejuízo.
Note-se ainda que no final em (Apocalipse 22:16-17) A IGREJA (a Esposa) já está com O Senhor Jesus, e são eles que fazem o convite final aos que ouviram na tribulação o último apelo.
Adiar o inevitável à semelhança de Jonas, para acabar por cumprir com os desígnios de Deus é um esforço inútil que aqueles que resistem à Graça de Deus devem entender, para receberem a bênção e o galardão completos.
Não é à toa que a todas as cartas dirigidas a cada Igreja no fim depois da apresentação e saudação, se percebam sempre 3 ordens de pensamento distintas:
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Advertência e ameaça: "Lembra-te, pois, de onde caíste e arrepende-te...se não brevemente a ti irei"; "Arrepende-te, pois, quando não em breve virei a ti"; "Sê vigilante, e confirma os restantes..."Eis que venho sem demora; "; "sê pois zeloso, e arrepende-te."; (Apocalipse 2:5, 2:16, 2:21-23, 3:2, 3:3, 3:19);
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Exortação: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas."; "Eis que estou à porta, e bato"; (Apocalipse 2:7, 2:11, 2:17, 2:29; 3:6, 3:13, 3:20, 3:22)
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Promessa: "Ao vencedor dar-lhe-ei de comer da árvore da vida…"; "Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida."; "E ao que vencer, e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações...";"E dar-lhe-ei a estrela da manhã."; "O que vencer será vestido de vestes brancas"; "Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação"; "Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono"; (Apocalipse 2:7, 2:10, 2:26, 2:28, 3:5, 3:10, 3:21)
Podemos perceber que Jesus espera que cada crente pronto para o arrebatamento tenha aprendido as lições passadas por Ele a cada uma das igrejas mencionadas em Apocalipse; Haviam muito mais que 7 igrejas na Ásia menor, mas somente estas 7 foram selecionadas para simbolismo figurativo para nós;
As lições de Jesus em cada uma das Igrejas é que sejamos:
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-Pessoas inteiramente motivadas para rejeitar o mal e o engano, trabalhando com perseverança e paciência, preservando o primeiro amor, que é ter Cristo como O alvo maior de todo o nosso empreendimento interior - (Esta é a lição de Éfeso)
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-Pessoas Capazes de suportar todo o sofrimento e perseguição resistindo fiéis a Deus, em humildade, sendo pobres nas coisas terrenas (desapegados do mundo), mas ricos No Espírito (Ricos para com Deus) - (Esta é a lição de Esmirna)
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-Pessoas que retêm a fé e a confiança em Cristo, condenando tudo aquilo que é imoral, mundano e contrário à Verdade Bíblica. - (Esta é a lição de Pérgamo)
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-Pessoas que têm demonstrado crescimento evidente no amor, fé e paciência no serviço prestado, produzindo obras contínuas de progresso na Fé - (Esta é a lição de Tiatira)
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-Pessoas verdadeiramente vivificadas, que não se deixam contaminar pela religião morta - (Esta é a lição de Sardes)
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-Pessoas que perseveram na doutrina de Cristo, fiéis que guardam a Palavra com reverência honrando ao Senhor Jesus de forma irrepreensível - (Esta é a lição de Filadélfia)
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-Pessoas que não se enganam a si mesmas absolvendo a sua própria culpa, mas calorosas em zelo, fervor e ousadia na vivência da Palavra reconhecendo diariamente as suas misérias. O oposto dos crentes mornos, indiferentes e iludidos, incapazes de se auto-examinar para o arrependimento e mudança de vida - (Esta é a lição de Laodicéia)
Se você já tiver aprendido estas lições passadas na carta a cada igreja, é sinal de que é uma pessoa convertida e que está pronto para o arrebatamento.
Falando sobre o dia da volta de Jesus para julgar a Terra, Pedro faz um apelo à consciência de que pessoas nos convém ser aguardando esse dia.
Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão. Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?
2 Pedro 3:10-12
Aqueles que aguardam esse dia sendo pessoas de Santo trato e piedade, serão arrebatados muito antes do dia do céu "pegar fogo" (o dia do lagar da ira de Deus); A ideia do "apressando-se" como uma postura de urgência e fervor, demonstra que é com os olhos postos nesse dia terrível, que o crente fiel deve estar, para perceber como o arrebatamento, é um grande galardão; para se lembrarem diariamente da grande bênção que é "ser poupado".
Nós os que formos arrebatados antes da tribulação, iremos ver esse dia dos céus pegando fogo, dos ares, ao lado de Jesus, enquanto que os outros verão este espetáculo de terror, aqui da terra.
Logo de seguida Pedro porém, de forma a pacificar os corações, diz:
Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.
Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que Dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz.
"Nós" aqui (Pedro incluindo-se) refere-se aos fiéis que guardam a Palavra esperando o cumprimento da promessa do Senhor de vir buscar a Sua igreja para estar com Ele nos ares nesse grande dia.
O tom de advertência é constante no âmbito do arrebatamento, de que todos os que guardam a promessa, devem "estar preparados".
Leia-se o que diz o escritor de Hebreus:
Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra, e do trabalho do amor que para com o Seu nome mostrastes, enquanto servistes aos santos; e ainda servis.
Mas desejamos que cada um de vós mostre o mesmo cuidado até ao fim, para completa certeza da esperança;
Toda a vida cristã é uma vida de utilidade ao serviço Do Eterno Rei e Senhor Jesus Cristo, e "o mesmo cuidado até ao fim" significa que não é porque entramos na salvação que podemos seguidamente "descuidar" a santidade e santificação que Deus pede de nós, pois a completa certeza da esperança, vem do permanecer na Palavra (no cuidado, que é um símbolo de obediência e vigilância).
E bem diz que Deus não é injusto, de forma a demonstrar que Deus tem o desejo de retribuir a fidelidade para com Ele, e a Sua Igreja. Paulo também o confirmou dizendo: "Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor". (1 Coríntios 15:58)
Por isso logo a seguir fala de "alcançar a promessa" (Hebreus 6:12-15), como algo garantido a todos os que "não se façam negligentes" permanecendo na fé e paciência para manter esse "cuidado".
A "promessa" citada refere-se à promessa feita a Abraão (Génesis 12:1-4), cujo fim era a entrada na "Terra prometida", onde ele e a sua família prosperariam para sempre.
Abraão nasceu no ano 1948 do Anno Mundi e no momento desta promessa de Deus a escritura nos informa que ele tinha "75 anos"; O ano de 1948 tornar-se-ia mais tarde já no nosso calendário actual depois de Jesus Cristo, o ano da instauração do Estado de Israel no cenário geopolítico mundial.
A Nação de Israel, instituída no mesmo ano que seu Pai ancestral havia nascido na antiguidade, nos aponta para a fidelidade de Deus em cumprir as suas promessas.
A curiosidade agora é nós sabermos que 75 anos colocados em cima de 1948 dá o ano de 2023. Porventura não estará Deus sabiamente a abrir os nossos olhos para o cumprimento da Sua promessa de nos vir buscar para nos levar para os céus, onde reside a nossa pátria celestial, a nossa "terra prometida" não da terra, mas dos céus?
Diz o Apóstolo Paulo a Tito:
Porque a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os homens,
Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente,
Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo;
O qual se deu a Si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para Si um povo Seu especial, zeloso de boas obras.
A "Igreja" descrita como um povo "especial" (Tito 2:13,14) como também refere o antigo testamento em relação a "Israel" (Deuteronômio 7:6), mostra-nos o empenho de Deus na comunhão que Ele tem com todos os que são Seus; somos todos sem excepção, chamados para sermos "Especiais", no entanto vemos que muitos crentes não demonstram nenhum compromisso em serem vistos assim perante Deus.
O voltar ao "primeiro amor" é isto mesmo, que Jesus aponta como o grande defeito da Igreja de Éfeso (Apocalipse 2:4); O permanecer no Amor de Deus em Jesus para com a obra, a Palavra, o Evangelho, a comunhão de Igreja; O primeiro Amor, é ter Jesus no Trono do nosso coração todos os dias; Por isso logo no versículo seguinte no contexto da repreensão, Jesus ordena o arrependimento, e o "praticar as primeiras obras" (Apocalipse 2:5). No início da conversão, todos têm "zelo, fervor, compromisso, vontade, fidelidade", mas a grande maioria dos crentes modernos, logo demonstra apatia, desinteresse, desmotivação à medida que a caminhada Cristã progride (o que devia ser precisamente o contrário).
Cuidado, porque é a emoção que flutua e varia em picos de euforia e depressão (Mateus 13:5-6) (Mateus 21:28-3) (Provérbios 14:23); A Fé é estável, firme, constante e inabalável (Mateus 13:8) (Provérbios 4:18) (1 Coríntios 15:58).
Aos olhos do mundo todos querem ser "especiais" de alguma forma, mas é aos olhos de Deus, que devemos demonstrar esse cuidado. Será que todos os crentes, acordam todos os dias com o desejo de ser "especial" aos olhos de Deus?
Somos descritos como: "a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido" (1 Pedro 2:9) e tudo isto são "títulos" de honra, com o intuito de: "anunciar as virtudes Daquele que nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz";
Estes crentes, são o "Sal e a Luz" que Jesus vai arrebatar da Terra, para criar um "vazio" no mundo.
Ao remover da Terra a Igreja, que são os proclamadores do "Evangelho de Jesus", haverá uma fome e sede espiritual, e nesses dias o povo Judeu irá reconhecer o benefício que a Igreja teve em serem as primícias da Fé.
Leia-se a profecia de Amós para o povo Judeu: "Eis que vêm dias, diz o Senhor DEUS, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do SENHOR.E irão errantes de um mar até outro mar, e do norte até ao oriente; correrão por toda a parte, buscando a palavra do Senhor, mas não a acharão." (Amós 8:11-12)
-Você sentiria que ao ser removido da terra, haveria um vazio de Santidade no lugar que você ocupava?
Quando Paulo refere que devemos estar aguardando "a bem-aventurada esperança e o aparecimento" da Glória de Jesus, ele está a referir-se ao aparecimento de Jesus no arrebatamento, e Sua manifestação nos céus para a Igreja.
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O ARREBATAMENTO RETIRA O SAL E A LUZ DO MUNDO PARA A CHEGADA DO ANTICRISTO
Existe um grande fundamento no propósito do arrebatamento pré-tribulação, que não é somente o de "guardar os crentes da hora da tentação"; A retirada da Igreja da Terra, tem o propósito de fazer avançar drasticamente o império das Trevas, e permitir ao Anticristo impor o Governo Mundial de controlo para o engano das Nações. O engano precisa da ausência de Verdade para crescer e se instalar.
Muitos "Cristãos" têm uma ideia completamente errada de quem Deus é, e por isso também da razão porque Ele faz certas coisas da forma como faz.
Uma dessas confusões, é a razão de sermos mantidos cá na Terra depois da nossa conversão partindo do desejo do Próprio Senhor de não nos tirar de cá, ainda assim sabendo que seríamos perseguidos por amor a Ele.
A nossa permanência na Terra é temporária, e tem como função sermos usados por Deus para testemunho.
E também para a exposição da Santidade de Deus ao mundo em contraste com a sua perversão e decadência.
O evento do arrebatamento portanto é o fim da nossa "utilidade na terra" como Igreja. Com o arrebatamento, outra dispensação toma lugar, e a etapa final da história da Humanidade entra em cena.
A igreja sendo tirada, vem a fome da Palavra na Terra, e por isso logo chegam as 2 testemunhas, 2 Judeus, considerados Pais na Fé (Moisés e Elias) para agora convencerem o povo Judeu através da mesma palavra que a Igreja anunciava - O Evangelho da Cruz de Jesus.
Quando Jesus diz ao Pai em oração: "Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal" (João 17:15) Ele aponta para um serviço de utilidade para nós; Este pedido tinha em mente uma vida de servidão e testemunho, e não uma vida para nosso "desfrute" pessoal.
O Cristão irá desfrutar no céu, porém na terra a função é aperfeiçoar-se, testemunhar, servir, evangelizar, dar muito fruto, fazer avançar o reino dos Céus (Ser sal e Luz) reprimindo até um certo ponto, as trevas de tomarem conta, assim como Deter a própria revelação do Anticristo ao mundo.
Por isso O arrebatamento ao remover a Igreja, permitirá ao Anticristo um livre-trânsito na terra para espalhar o seu reino de engano tão eficazmente.
¹ Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com Ele,
² Que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto.
³ Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição,
⁴ O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.
⁵ Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco?
⁶ E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado.
⁷ Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora o retém até que do meio seja tirado;
⁸ E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda;
⁹ A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira,
2 Tessalonicenses 2:1-9
Esta passagem é interessante do ponto de vista que ela toca em vários momentos temporais, antes, durante e depois do tempo de governo do Anticristo, e portanto do arrebatamento, do tempo da Tribulação assim como da vinda pública de Jesus onde ocorrerá o reencontro final de todos os santos em Jerusalém.
Antes da interpretação destes versículos é importante ter em conta o contexto que Paulo escreve esta carta aos habitantes de Tessalónica. Sem o conhecimento de causa, torna-se mais difícil a interpretação daquilo que é comunicado por carta àqueles homens.
No ambiente dos primeiros cristãos da Igreja primitiva, houve algum transtorno causado por mau entendimento da revelação da Vinda de Jesus, o que causou por expectativa iminente da Sua vinda, alguns crentes, ficarem ansiosos e preocupados excessivamente; E isto porque, por conta de falsos ensinos entre eles, muitos já se lamentavam, crendo que o arrebatamento já havia acontecido, pensando terem ficado para trás, enquanto outros pensavam que estava na iminência de acontecer.
A ansiedade sobre a vinda do Senhor (se já tinha acontecido ou não) destabilizou a vida da Igreja, à qual Paulo se dirige para dar mais alguns detalhes de modo a orientar de volta os crentes ao curso normal das suas vidas.
Crendo portanto que o arrebatamento já havia acontecido, muitos esperavam somente "o Dia de Cristo", como a vinda final de Jesus no final da tribulação, vivendo então na expectativa do tempo de juízo sobre a terra, ao qual criam agora serem forçados a suportar.
Um dos problemas mais óbvios na altura, é que por expectativa e ansiedade em relação ao Arrebatamento, alguns irmãos deixaram completamente suas responsabilidades de lado, tornando-se depois um peso para a Igreja, conforme as palavras de Paulo logo no capítulo a seguir (2 Tessalonicenses 3:7-11), enquanto outros ansiavam pela tribulação crendo que o arrebatamento já havia ocorrido, entregando-se ao desespero como descreve o termo "perturbados" (saleúō) (2 Tessalonicenses 2:2) que descreve: Agitados, como árvores debaixo de um temporal; como o acto de sacudir e chocalhar os conteúdos de uma caixa fechada; fazer cair alguém de um estado de felicidade e firmeza, para um de queda e desespero.
Infelizmente, há pessoas nos dias actuais que ainda estão propondo o mesmo erro que estava a causar transtorno aos tessalonicenses.
Muitos por meio de má interpretação dos textos, estão a perturbar a igreja de Deus, dizendo-lhes que se devem preparar para a tribulação porque a Igreja irá passar por ela.
Ironicamente, eles estão usando hoje algum dos mesmos três métodos para propor o seu erro como os falsos mestres estavam a fazer nos dias de Paulo como descreve o versículo 2 desta passagem!
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Primeiro, “por espírito” (v. 2) – os falsos mestres reivindicavam que tinham recebido uma revelação espiritual dada a eles pelo Senhor.
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Segundo, “por Palavra” (v. 2) – os falsos mestres estavam a aplicar erradamente a Escritura do Velho Testamento a misturar a realidade do povo Judeu com a igreja para apoiar seus ensinamentos errados.
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Terceiro, “por epístola, como que de nós” (v. 2) – na realidade, alguns tinham ido tão longe a ponto de produzir uma epístola com as suas ideias erradas nela e dizendo que a epístola era de Paulo.
Seja qual for o método em que as pessoas estão a ser presas à ideia da igreja passar a tribulação, nenhum deles tem base realmente sustentável.
Por isso falando logo no início do capítulo acerca da "vinda do nosso Senhor Jesus Cristo e nossa reunião com Ele" Paulo diz: "Que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, como se o dia de Cristo estivesse já perto." Ou seja que não fossem convencidos por quem quer que fosse, que lhes viesse apresentar uma versão dos eventos em que o arrebatamento já teria acontecido, e que eles haviam ficado para a tribulação. Ou ainda que estivesse na iminência de acontecer, dado que não se tinham cumprido ainda os tempos proféticos associados a esses dias.
Isto informava que a volta do Senhor Jesus era um evento ainda distante, em que embora devamos estar preparados e desejosos desse dia, temos de ter entendimento para saber viver com estabilidade e ordem até lá.
Paulo Aqui aponta para o Arrebatamento como a realidade da "vinda de Jesus e nossa reunião com Ele"; e depois refere "O dia de Cristo" mediante 2 sinais condicionais de forma a contextualizar os tempos onde o arrebatamento acontecerá dando início à rota final dos últimos dias, desde a tribulação à vinda do Senhor Jesus para julgar a Terra.
A ideia de o arrebatamento e o nosso encontro com O Senhor Jesus nos ares acontecer a "qualquer momento" só se aplicará, depois destas 2 condições serem apresentadas.
Não houve arrebatamento até aqui por causa destas 2 condições, mas agora nestes dias actuais em que vivemos, pode acontecer literalmente a qualquer momento, pois as 2 condições já se cumpriram (ou estão em curso) profeticamente falando.
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- Após a Apostasia (apostasion) como um movimento universal de "divórcio da fé" de muitos crentes, que abandonariam a sua "vida cristã" para voltar para o mundo;
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- A manifestação (apokalyphthē) do Homem do pecado, chamado de "o filho da perdição" como referência directa à presença do Anticristo no cenário mundial.
O surgimento do Anticristo já está a ser falado nos nossos dias, em que os maiores rabinos de Israel, professam estar já em conversações com "o Messias", e a preparar a sua revelação ao mundo.
Aceda aos Links:
- Judeus em conversações com o "messias"
- Rabi Judeu afirma estar em negociações com o "messias"
Um pouco à frente lemos nos versículos 6 e 7 que quanto à manifestação do Anticristo, isto não acontecerá antes que "alguém que o detém ou retém seja tirado do meio". Isto ajuda-nos a entender que Paulo não se contraria em sua carta.
1 condição extra é então atribuída em cima de 1 das 2 condições dadas para o arrebatamento acontecer, e esta é o acto de "remover alguém" que está a "deter" a "manifestação" pública ou melhor dizendo a manifestação completa do Anticristo nesses dias.
Este "Um que agora o retém" (2 Tessalonicenses 2:6) é O Corpo de Cristo habitado pelo Espírito Santo -A Igreja dos Santos- ou -O Sal e a Luz do mundo.
O Espírito Santo é O Espírito de Verdade (João 15:16) (João 16:13) que não pode ser separado da Igreja de Cristo salva e convertida; A igreja não é omnipresente, mas O Espírito Santo é! Desta forma quem é retirado da terra, ou "do meio" conforme é descrito é -O Corpo de Cristo- que se vai agora reunir com -A Cabeça.
O Espírito continuará a operar a salvação na Terra, mas no mesmo modo da dispensação do Velho testamento como sempre o fez, até que viesse Pentecostes, na partida de Jesus para junto do Pai.
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A manifestação que é referida primeiro em (2 Tessalonicenses 2:3) fala de uma manifestação como o surgimento do Anticristo no cenário mundial em regime oculto, trabalhando por trás dos sistemas de influência como refere "Porque já o mistério da injustiça opera" um pouco à frente na passagem; A sua presença já está activa no mundo, mas sua exposição pública ainda está retida dos palcos mundiais por "Aquele que o detém".
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A manifestação que é referida depois em (2 Tessalonicenses 2:6) já fala da manifestação pública do anticristo que ocorrerá assim que "Esse que o detém" for retirado; Após o arrebatamento da Igreja, o Anticristo sairá da sombra, e se revelará publicamente, assumindo o controlo aberto do governo Mundial.
Estas 2 manifestações do Anticristo (secreta primeiro, e depois pública) está também a apontar para as 2 manifestações do Senhor Jesus (secreta primeiro, e depois pública) quando Ele vier buscar a Igreja primeiro, e no fim, se revelar a todos, reunindo o restante do Seu povo.
Os versículos (2 Tessalonicenses 2:8-9) bem revelam o momento após o arrebatamento secreto da Igreja, quando a dispensação da Graça terminar, e voltar a dispensação antiga; Aqui O Espírito da Verdade, agirá agora de forma mais directa e exclusiva aos eleitos, permitindo ao Anticristo "todo o poder, e sinais e prodígios de mentira" que ele não tinha até então, para enganar eficazmente praticamente todo o resto do mundo.
Da mesma forma como Jesus era O Messias e os Judeus não o receberam e se viraram contra Ele (João 1:11); agora "o messias" que eles aprovarem e receberem (João 5:43), se virará contra eles.
Este é o propósito irónico da Tribulação focado primeiramente neste plano de usar o anticristo contra o povo rebelde e contradizente, de forma a abrir-lhes finalmente os olhos, para verem a Jesus a quem crucificaram, como O verdadeiro Messias e Rei de Israel.
A igreja portanto está prestes a cumprir o seu papel na Terra, e ver os seus dias de "peregrinação" por cá terminados. Por isso vemos que o arrebatamento e a mudança de dispensação são marcados pela saída da Igreja, e logo de seguida vem a vinda das 2 testemunhas (Moisés e Elias) como figuras do Velho testamento, para virem converter o povo Judeu, que juntamente com os 144 mil selados farão frente ao Anticristo durante metade do tempo total da Tribulação que são 1260 dias ou 3.5 anos dos 7 anos totais (Apocalipse 11:3).
Nunca vemos a Terra ficar "abandonada" totalmente, pois ainda no período da tribulação, a Graça de Deus se manifestará. Sai a Igreja, entram as 2 testemunhas; saem as testemunhas, e volta O senhor Jesus;
-O que acontecerá neste tempo da tribulação quando a Igreja for retirada? -Como Deus vai tratar com quem cá fica?
A TRIBULAÇÃO DE 7 ANOS SOBRE A TERRA E OS DIAS FINAIS
Quando contemplamos o arrebatamento sabendo que ele simboliza o "resgate da Igreja" e "o despoletar dos dias do fim", começamos a entender que estamos na última etapa do plano de Deus pré-eternidade.
O arrebatamento é o "gatilho" que inicia o último capítulo da História humana para um novo começo planeado por Deus -O mundo onde habita a justiça (2 Pedro 3:13).
Daí que já se ouça da parte do governo globalista, o termo "Reset" a ser anunciado como o chegar de "um novo momento". Este governo mundial é o cenário ideal para se revelar publicamente o Anticristo.
A única diferença é que este "começar de novo" promovido por estes homens, terá um fim bem rápido, pois assim como Deus interrompeu o empreendimento da construção da Torre de Babel, quando os homens se uniam para fazerem para si mesmos "um nome" (Gênesis 11:4), Ele Virá em breve de novo, e vai descer à Terra também, para que: "ao NOME de Jesus, se dobre todo o joelho na terra e no céu" (Filipenses 2:10).
O guião da História está escrito, e por isso a profecia bíblica nos ensina a ler e observar os tempos; Deus escreveu a nossa História e soberanamente controla o seu desfecho, para a glorificação de todos os Seus Santos, reunidos com Cristo O Deus vivo, Seu Senhor, Salvador e Rei Eterno. Quem é um verdadeiro filho de Deus, não tem de temer os dias que se seguem.
O SIMBOLISMO DA ARCA DE NOÉ E O ARREBATAMENTO PARA FORA NO DIA DO JUÍZO
Em (Génesis 6:8) lemos que Noé “achou” graça aos olhos de Deus; a tradução mais literal diz que “Conseguiu” (MÅTSÅ) alcançar Graça, ou o favor de Deus; (Provérbios 8:35) (Hebreus 4:16)
O termo (CHEN) em Hebraico, significa Graça ou encanto, como caridade também descrito no termo Grego (CHÁRIS), no sentido que Noé no meio de uma descrição generalizada da Humanidade caída e má, alcançou graça, pela qual se distinguiu, e da qual Deus se compadece (Romanos 9:15);
A distinção de Noé, não é porque ele era melhor do que os outros, mas porque Noé era Justo em Deus (Gênesis 6:9) (Gênesis 7:1); Fora de Deus ninguém é justo (Romanos 3:10);
Se o desejo de Deus é exterminar a Humanidade naqueles dias, Noé porém, não estava incluído nesse desejo de juízo; A tribulação na Terra é tempo de juízo, para Deus destruir dela os pecadores (Isaías 13:9) à semelhança dos tempos de Noé.
O termo “Destruirei o homem” (Gênesis 6:7) refere-se a todos quantos não "acharam graça" aos olhos de Deus; Se alguém quer saber como "achar graça" aos olhos de Deus nestes dias, saiba que é SOMENTE em Jesus (Hebreus 4:14-16) (Apocalipse 21:6).
Noé (e sua família de 8 no total) representam a Eleição de Deus para a ressurreição e a vida (este é o simbolismo do Nº 8 que aponta directamente para Jesus); Nesta Eleição de 8 pessoas, Deus está a demonstrar a Graça dada aos vasos da misericórdia para a salvação (Romanos 9:23), enquanto que o resto da humanidade fora da arca, representa o juízo de Deus sobre o pecado naqueles que são os vasos da ira para a condenação (Romanos 9:22);
Porém, na tribulação, ainda que o Mundo em geral esteja já a sofrer um juízo, pré-inferno, ou uma condenação pelos crimes cometidos diante de Deus, ainda há dos céus uma mão estendida como a última e derradeira oportunidade (1 Timóteo 2:4). Aqui A Eleição de Deus cumprirá o papel de redimir os restantes gentios, e o povo de Israel em particular.
O “Andar com Deus” (Gênesis 5:24) (Gênesis 6:9) foi o que Noé fez à semelhança de Enoque, para revelar novamente uma sintonia entre ambos à qual devemos atentar. Ambos representam objectivamente o verdadeiro Filho de Deus, eleito pela Graça para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas (Efésios 2:10); Homens justos, sujeitos, obedientes, e tementes, que "Andam com Deus";
“Andar com Deus” portanto é o requisito para se ser retirado para fora onde o Juízo é despejado; isto é a tal pré-condição também descrita pelo Senhor Jesus como “Guardar a palavra da Sua paciência” (Apocalipse 3:10); Focando em Enoque e Noé, Um foi arrebatado aos céus e o outro protegido dentro da arca para a vida pós juízo; Ambos evocam simbolismos das bênçãos e protecção de Deus para a Igreja e o povo Judeu no cenário dos dias do fim; A Igreja à semelhança de Enoque será arrebatada, e o povo Judeu à semelhança de Noé, serão protegidos durante a tribulação dentro da Arca.
-“Andar com Deus” (ET-HÅELOHYM HITËHALEKH) então significa: andar com; ir de um lado para o outro, ao lado de alguém; Ter parte em alguma coisa com alguém; ser conduzido ou seguir alguém num determinado caminho; comportar-se de igual modo àquele com quem anda; Unidos numa mesma caminhada;
Este Dilúvio da Antiguidade está presente nas Escrituras para avivar constantemente a memória sobre a realidade iminente do Juízo de Deus pairando sobre a Terra.
Disto fala Pedro sobre "o mundo de então" (nos tempos de Noé) que foi "coberto com as águas do dilúvio" mas que "os céus e a terra que agora existem" (nos dias actuais) "pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios." (2 Pedro 3:2-13)
A ideia de “reset” no Dilúvio, demonstra o desejo de Deus de “um novo começo”, que simboliza o último passo do plano de Deus na História Humana.
O Governo da Nova Ordem Mundial quer impor um "reset" de ordem política, económica, social e ideológica, mas O reset que o mundo precisa é de ordem Espiritual.
O Reset de Deus não virá mais com água, mas com Fogo, conforme descrito por Pedro, no último e derradeiro apelo à consciência.
O relato que O Próprio Senhor é que fechou Noé e os seus, dentro da Arca do lado de fora (Génesis 6:16) reforça a ideia de que é Deus que está no controlo determinando a misericórdia ou o juízo.
Quando Deus determina o fim da misericórdia e do tempo concedido, ninguém pode fazer Deus voltar atrás, conforme vemos a mesma mensagem passada na parábola das virgens que ficaram de fora quando a porta se fechou (Mateus 25:10-12).
A porta que se fecha 7 dias antes do Dilúvio, conforme descrito (Génesis 7:4), aponta para o arrebatamento da Igreja, 7 anos antes do juízo final; O tempo entre a porta fechar e o início do Dilúvio, é um tempo que descreve a Tribulação sobre a Terra como a contagem decrescente para o extermínio (Gênesis 6:17); As águas vindo 7 dias depois, é um alerta de que no fim da tribulação virá o Juízo final (Gênesis 7:10)
Desta forma o acto de se “fechar a porta”, demonstra o fim de um período ou dispensação. Quando a Igreja for arrebatada e a era da Igreja terminar, muitas coisas no mundo vão mudar drasticamente!
O Arrebatamento é o culminar de um processo de espera, sujeição, expectativa, e ardente desejo de reencontro entre a Igreja deixada no mundo, e O Seu Senhor que foi de volta para os céus.
Há muito para se subentender na ideia da Igreja retirada da terra, e logo de imediato a revelação do Anticristo no cenário Mundial;
O JUÍZO DE SODOMA E OS DIAS ACTUAIS
Em Génesis 19, no episódio da cidade de Sodoma como uma sociedade completamente Anti-Deus (semelhante em tudo aos dias em que vivemos), vemos que o Juízo de Deus caiu sobre aquela cidade, como diz a passagem, quando “saiu o sol sobre a terra” (Gênesis 19:23).
A ideia da saída da Luz trazer o juízo, é exactamente o que o arrebatamento da Igreja, que é a Luz do mundo (Mateus 5:14) trará para a toda a Terra.
Em Génesis 19 esses Anjos (MALACHIM) (assumindo o papel de Mensageiros) como a Igreja também serve hoje o mesmo papel, foram até àquela cidade com um propósito específico e temporário.
Diz o texto “Vieram os dois anjos a Sodoma à tarde” (Génesis 19:1); O termo usado para descrever "Vieram" (VAYÅVOU) também pode ser traduzido por “Chegaram” e é uma junção de 2 verbos (Bo) “chegar ou vir” (Yibe´) “trazendo ou importando alguma coisa de fora”;
Aqui fica claro que eles traziam o Juízo de Deus àquela cidade; Esta é a intenção original do termo Hebraico; a hora da sua chegada (BÅEREV VËLOT) traduzido por “à tarde” (Génesis 19:1) significa "prestes ao cair da noite", referente ao momento em que o sol se põe e o céu se cobre lentamente de escuridão e parece apontar simbolicamente para uma hora de juízo espiritual;
Na Bíblia a própria ideia de Deus vindo trazer juízo também aparece muitas vezes como uma ideia da luz encoberta, sendo retirada do mundo entre o dia e a noite (Sofonias 1:15) (Joel 2:2) (Zacarias 14:6,7) (Isaías 13:9-13)
Assim que Ló, "a luz" de Sodoma foi retirado para fora, o juízo caiu sobre todos eles. O grande problema de Sodoma, e a razão porque foram destruídos, não foi porque Deus é demasiado severo, mas porque as pessoas amavam e celebravam o pecado, ainda assim sabendo que estavam a afrontar a Deus directamente.
Se você é um "crente", saiba que os seus olhos estão fechados e o seu coração está endurecido para o juízo também, se você "não vê mal nenhum" em alguma coisa que DEUS chama pecado!
A semelhança dos últimos dias aos "Dias de Noé" e aos "dias de ló" ou "aos dias de Sodoma" (Lucas 17:28-30) nos levam a crer que nós estamos exactamente a viver esse dias, portanto que o arrebatamento está prestes a acontecer e que a tribulação como Juízo de Deus está prestes a chegar, mediante somente a retirada da Luz do mundo.
Os dias continuarão sendo como os dias de Sodoma até à vinda gloriosa do Senhor Jesus nos ares, e nós sendo poupados deste mundo, seremos postos para fora do sistema em juízo, como também o "Justo ló" (2 Pedro 2:7-9).
Dentro dos crentes praticamente todos sabem que no final dos tempos existe algo chamado de "tribulação", e que este período corresponde ao tempo preciso de 7 anos.
-Mas porque razão são 7 anos especificamente, infelizmente muito poucos sabem.
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DANIEL 9 - AS 70 SEMANAS
O texto onde os 7 anos são evidentes, como o tempo da Tribulação, encontra-se na profecia de Daniel (Daniel 9:24-27) referidos como uma Semana, que também depois é repartida em 2 metades de 3.5 anos cada, sendo descritas por: -"Tempo, e tempos e metade de um tempo"; Desta forma o período de 7 anos finais da terra estará dividido em 2 partes -As dores de parto (pequena tribulação)- e depois -a grande tribulação- até à volta de Jesus.
Esta passagem é importante de referir, porque existem vários crentes divididos sobre interpretações distintas de quando o Arrebatamento irá acontecer.
Alguns dizem que irá acontecer antes da Tribulação (Pré-Tribulacional), outros a meio da tribulação na metade da semana (meso-tribulacional) e outros ainda, somente no fim da tribulação, perto da batalha final (pós-tribulacional).
Normalmente tendo em conta "O Milénio" como o "Repouso do Senhor", os diferentes posicionamentos surgem de má interpretação de alguns versículos e do pobre conhecimento das "colheitas do Senhor", descritas por símbolos ao povo de Israel.
Os dias do fim, objecto de estudo da escatologia, sempre contempla de uma forma abrangente e interligada os temas seguintes: o arrebatamento, a redenção da Igreja, a tribulação, A vinda gloriosa Do Senhor Jesus, a punição dos ímpios, o Milénio, o Juízo final e os novos Céus e a nova Terra. (mas o que fica a faltar aqui?)
Mas muitas pessoas esquecem de contemplar a Redenção de Israel…que é uma promessa de Deus ao Seu povo desde o Velho testamento (Daniel 12:1) e que ainda não se cumpriu. (Isto porque as 70 semanas ainda não se cumpriram)
O reino do Milénio é uma promessa a Israel (Salmos 98:2-3), não à Igreja, portanto, entre a saída da Igreja da Terra, até à instituição do Milénio, O Livro de Apocalipse, trata do povo Judeu particularmente, e dos gentios descendentes de Efraim, espalhados pelo mundo.
A Igreja também estará no Milénio, mas Sua promessa eram os céus, e num tempo pré-milénio. Depois juntos, tanto a Igreja como Israel, serão unidos, para sempre debaixo de "um Novo céu, e uma nova Terra".
Para se entender os últimos 7 anos, como a última semana de Daniel, temos de ir à profecia revelada, e aos tempos que ela se refere.
Focando nesta passagem em estudo, percebemos o "período específico de 7 anos finais", no contexto das 70 semanas, como esta última semana que depois será dividida em 2 partes;
Então primeiro por ordem de referência encontramos:
- 70 semanas (Daniel 9:24) - A totalidade das 70
- 7 semanas (Daniel 9:25) - As 69 semanas (62+7)
- 62 semanas (Daniel 9:25)
- 1 semana -1ª metade (Daniel 9:27) - A última semana dividida em 2 partes
- 2ª metade da semana (Daniel 9:27) - A última parte da última semana
O capítulo 9 de Daniel, fala sobre 70 semanas e este determinado tempo, tem um propósito.
Primeiro lemos que o tempo serve para cumprirem-se as desolações (Daniel 9:2), como Deus havia já previamente dito ao profeta Jeremias.
E toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto; e estas nações servirão ao rei de babilónia setenta anos. Acontecerá, porém, que, quando se cumprirem os setenta anos, visitarei o rei de babilónia, e esta nação, diz o SENHOR, castigando a sua iniquidade, e a da terra dos caldeus; farei deles ruínas perpétuas.
Porque assim diz o SENHOR: Certamente que passados setenta anos em babilónia, vos visitarei, e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando a trazer-vos a este lugar.
Os 70 anos no início da passagem, foram um período de "castigo" da parte de Deus para com o Seu povo por causa da negligência e apatia espiritual daqueles homens. Foi uma "tribulação" metódica para restituir os 70 anos roubados pelo povo Judeu por não obedecerem à ordenança de guardar o 7º ano (O Shemitah).
70x7 é o número de vezes que Jesus afirma que devemos perdoar; 70x7 = 490. Nós sabemos que durante 490 anos os Judeus ignoraram o Shemitah e por isso cumpriram 70 anos de subjugação e tribulação; Quando olhamos para as 70 semanas de Daniel vemos que trata literalmente de 490 anos (70 semanas de 7's).
O interessante ainda é vermos que exactamente 483 anos foram cumpridos nas 69 semanas até Jesus, ficando a faltar 7 anos para completar os 490 (Um novo período de subjugação e tribulação para os judeus rebeldes se aproxima, não agora de 70 anos mas de 7).
Tudo isto aconteceu profeticamente e é historicamente comprovável ao mais pequeno detalhe.
70x7 como símbolo de perdão, nos ensina a ver que depois dos 70 anos na babilónia Deus perdoou a dívida do povo Judeu, e trouxe-os de volta a Israel, da mesma forma que passados os 7 anos da tribulação e finalizando as 70 semanas, Seu perdão cairá sobre eles, trazendo-lhes a salvação.
Antes de mais então, temos de distinguir e separar os 70 anos das 70 semanas que não são a mesma coisa. Embora Daniel, remeta para os 70 anos e para Jeremias no início da passagem, o propósito é determinar o início das "Assolações" e por isso refere 70 anos e não 70 semanas. Vejamos:
No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número dos anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias, em que haviam de cumprir-se as desolações de Jerusalém, era de setenta anos.
Daniel aponta para a "Tribulação" do povo Judeu em tom de castigo, e o início das "Assolações" como um plano metódico de Deus, e nós já vimos, como os 70 anos de exílio Babilónico foram determinados objectivamente com esse propósito. O povo não obedeceu, e colheu o que semeou, contudo, após aquele tempo de tribulação, foi novamente recebido por Deus e a Babilónia foi assolada em seu lugar.
-Que isto tem em comum com os dias do fim?
Novamente Deus dará uma "tribulação" como castigo para o Seu povo rebelde e contradizente, e no fim dela, restituirá uma última vez o povo à Bênção dando castigo ao resto do mundo que é figurado agora como a "Grande Babilónia" em Apocalipse (Apocalipse 18:2-8).
Israel e não a Igreja são o centro dos planos de Deus para estes dias. Note-se o seguinte:
Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo.
-Quem é o povo de Daniel, quando é referido "O teu povo" e qual é a cidade "a tua santa cidade"?
-Israel, e Jerusalém respectivamente.
É notório que o propósito das 70 semanas é diferente do propósito dos 70 anos. Os 70 anos especificam que é o tempo para as "desolações de Jerusalém"; (Jeremias 25:11,12) (Jeremias 29:10) quando o povo estava exilado passando por uma tribulação de 70 anos e isto já aconteceu historicamente conforte profetizado.
As 70 semanas vêm com propósitos determinados no (vs.24) e estão destinadas para "O povo" (Israel) e a "Santa Cidade" (Jerusalém) (Isto não tem nada a ver com a Igreja particularmente).
Diz a passagem acerca da ordem de eventos a cumprir:
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para cessar a transgressão,
-
para dar fim aos pecados,
-
para expiar a iniquidade,
-
trazer a justiça eterna,
-
selar a visão e a profecia,
-
para ungir o Santíssimo.
A ordem em cima, é descrita por função, da seguinte forma:
-
Para cessar; (LËKHALE) - "conter/terminar a transgressão natural", isto pela pregação do Evangelho, a conversão pela Graça por meio da Fé, e o derramamento do Espírito Santo entre os homens. (Gálatas 2:16-18)
-
Para dar fim aos pecados; (ULËHÅTEM CHATÅOT) -a tradução entende-se assim: "para dar um fim às ofertas pelo pecado" que nosso Senhor fez quando Ele ofereceu o Seu sacrifício como Cordeiro imaculado na cruz uma vez por todas absolvendo-nos totalmente do nosso pecado, passado, presente e futuro. (Hebreus 10:14-18) (1 João 3:9)
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Para reconciliar/expiar a iniquidade; (ULËKHAPER) - "para fazer expiação"; Foi o que Ele fez quando se ofereceu a si mesmo em sacrifício. (Romanos 6:4-11)
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Para trazer justiça eterna; (TSEDEQ OLÅMYM) - Colocar em Cristo a Salvação e justificação (Para os que Nele crêem) e a condenação (para os que não crêem) (João 3:18)
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Para selar; (VËLACHËTOM) -"terminar ou completar" a visão e profecia; isto é, pôr fim à necessidade de qualquer revelação adicional, completando o cânone da Escritura, e cumprindo as profecias relacionadas à Sua pessoa, sacrifício e a Glória que se seguiria. Jesus é o início de uma nova dispensação: "A Era da Graça" (Mateus 5:17) (Lucas 16:16) (Hebreus 1:1)
-
E para ungir o Santo dos Santos; (QODESH QÅDÅSHYM) - "O Santo dos Santos", é Jesus Aquele Mediador ou "O véu" entre os Homens e O Próprio Deus Pai. O termo "Ungir" ou "mashach" (do qual "Mashiach", dá origem a O Ungido referindo-se ao Messias), significa, em geral, consagrar ou designar alguém para um ofício especial. Aqui significa a consagração ou nomeação do nosso bendito Senhor, O Santo de Israel, para ser O Profeta, Sumo-Sacerdote, Senhor e Rei da humanidade. (Hebreus 7:22-28) (Hebreus 8:1) (Hebreus 8:6) (Hebreus 9:11-15) (Hebreus 10:11-13)
Através de uma análise histórica, com datação precisa, nós chegamos à conclusão de que as 69 semanas da profecia das 70 semanas de Daniel cumprem-se na "Mikvê de "Yeshua" (Inauguração do Ministério Público de Jesus) por volta dos Seus 30 anos (Lucas 3:23) como O Mashiach -"O Messias Ungido" -O Santo dos Santos.
Todos nós sabemos que Jesus é O Criador da "Igreja", que até então, não "existia" como "corpo místico".
A Igreja é criada por Jesus, e apelidada de "Seu corpo", sendo Ele "A Cabeça" à qual Ele se refere: "A minha Igreja" (Mateus 16:18).
Então até ao Messias sabemos que 69 semanas estão cumpridas para Israel, contudo, ainda fica a faltar 1 última semana. Até às 69 semanas, vemos que dizem respeito somente ao povo Judeu (o povo de Daniel) do qual Jesus faz parte, pois foi para eles primeiro que Ele veio particularmente. (Mateus 15:24)
Contudo, a última semana ainda está por se cumprir, e é aqui que reside algum mistério, que nós não podemos ver com distanciamento, pois estamos ainda a viver esses tempos de "parêntesis" entre a 69º e a 70º semana.
Nós estamos a viver a profecia a cumprir-se diariamente e podemos acompanhá-la à medida que se vai desenrolando o panorama mundial de acordo com as Escrituras.
Deus parou o relógio de Israel, para que a Era da Igreja acontecesse. Deus não irá reiniciar o relógio de Israel até que a Era da Igreja tenha acabado.
A tribulação (todos os 7 anos) é distintamente uma tribulação judaica semelhante ao exílio assírio Babilónico de 70 anos mas agora bem mais severa (menor em tempo mas maior em intensidade).
A ÚLTIMA SEMANA
No tempo envolvendo a última semana (momentos antes e depois) nós encontramos 3 momentos a considerar:
1º MOMENTO
-Arrebatamento- O Encontro com Jesus nos ares (1 Tessalonicenses 4:16-17) Invisível para o mundo, reservado somente aos crentes fiéis que guardam a Palavra; Ocorre antes da tribulação;
A "porta aberta" que João viu quando foi "arrebatado" em espírito (Apocalipse 4:1,2) é um símbolo da porta do arrebatamento da Igreja, também evidente na parábola das 10 virgens, que estava aberta para as prudentes, mas que rapidamente se fechou (Mateus 25:10) para as restantes deixando-as da parte de fora;
Antes de João ter a visão do arrebatamento no cap.4, vemos no cap.3 o fim da advertência às igrejas de apocalipse, que termina em tom de urgência e alerta dizendo coisas como: "Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te" (Apocalipse 3:19); o castigo aqui referido é o de passar pela tribulação, portanto para evitar, é necessário Zelo e Arrependimento que claramente sabermos vir da negligência instalada.
Quando refere: "Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo." (Apocalipse 3:20) refere-se ao simbolismo de Ele também vir abrir uma porta para nós, para entrarmos. "Eis que estou à porta" é uma expressão de iminência, de que está prestes a chegar. Nós só entramos na "Sua porta", se a do nosso coração também estiver "aberta para Ele".
No primeiro capítulo de Apocalipse, diz: "porque o tempo está próximo" (Apocalipse 1:3) e no último capítulo refere novamente: "Porque próximo está o tempo" (Apocalipse 22:10), acabando com a afirmação: "Certamente cedo venho" (Apocalipse 22:20); é assim neste tom de "Alerta" que a Bíblia termina.
2º MOMENTO
-A Tribulação- (período dividido por 2 metades de 3.5 anos) - o início das dores corresponde aos primeiros 3.5 anos, a grande tribulação, de seguida, aos últimos 3.5 anos; O início das dores, é o período que acontece nos primeiros 3.5 anos que relata as mudanças radicais que o mundo vai sofrer de forma a preparar o caminho para o Anticristo chegar ao seu alcance Mundial em fama, autoridade e controle; um reset na forma de pensar, nas liberdades públicas, na uniformidade dos comportamentos impostos por um sistema oligárquico mundial.
Aqui haverá tensão política, social, ideológica e existencial, através da qual o governo da Nova ordem Mundial forçará uma unificação de todas as Nações (a última etapa do Globalismo) de forma a centralizar o poder internacional num só corpo governante, através do qual o anticristo se revelará como Líder.
Na Grande tribulação, o Anticristo, já devidamente instalado no poder, será possuído fisicamente pelo Próprio Satanás (Apocalipse 13:3-8) (Apocalipse 12:12-17) assumindo o Papel de Messias, afirmando ser o próprio Deus encarnado. Seu governo se tornará então numa inquisição de terror à escala Mundial.
Embora já estejamos a passar por uma espécie de tribulação, o reinado dos 7 anos do Anticristo só terá início depois que seja retirado Aquele que o detém (O corpo de Cristo habitado Pelo Espírito Santo).
A grande tribulação terá lugar, assim que na metade da semana, o anticristo cessar os sacrifícios no Templo reconstruído em Israel (Mateus 24:15) (Daniel 9:27) e no seu lugar erguer a abominação da desolação (a imagem da besta) (Apocalipse 13:14-15) opondo-se a partir daí a tudo que é santo, exigindo de todos que o adorem como sendo Deus (2 Tessalonicenses 2:4).
3º MOMENTO
-Vinda gloriosa de Jesus- Nesta que é tecnicamente a segunda vinda oficial, Jesus já vem com a Igreja para se manifestar ao mundo de forma visível (Apocalipse 1:7), para ser visto em Glória por todos; Jesus aqui aparece acompanhado com os Santos anjos (Mateus 16:27), e a Igreja como Noiva já glorificada e adornada (Apocalipse 19:7); Aqui a Igreja desce dos céus com Cristo e não existe nenhuma referência a arrebatamento nos ares para este momento específico. A reunião ou congregação dos restantes sobreviventes destes dias ocorrerá pela mão de Anjos para os "ajuntar" em Jerusalém (Mateus 24:31), onde Jesus desce no Monte das Oliveiras (Zacarias 14:3-5).
-Mas onde ficam os Judeus no arrebatamento?
Os Judeus messiânicos (Convertidos ao Senhor Jesus antes do arrebatamento ocorrer), fazem parte da Igreja de Cristo, e serão arrebatados com os gentios que juntamente compõe a Igreja: "Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa." (Gálatas 3:27-29);
Quando falamos dos "Judeus" como o povo a quem é destinada a tribulação particularmente, estamos a referir todos aqueles que ainda vivem segundo o mesmo pensamento rebelde semelhante ao dos homens que mandaram crucificar O Senhor Jesus.
Os resistentes à Verdade, religiosos, rebeldes, desobedientes, contradizentes, hipócritas, fazendo suas próprias leis, vivendo segundo as tradições humanas, e a relevância do mundo.
Os Judeus do Judaísmo que odeiam o Cristianismo, e a Cristo, a quem O Apóstolo Paulo refere, que a entrada dos gentios na Salvação serve para lhes incitar aos Ciúmes (Romanos 11:14).
Mas ainda assim, Deus demonstra Sua fidelidade no povo Judeu de uma forma tremenda (Romanos 3:3) pois o povo que Lhe sacrificou O Filho, agindo como Seus inimigos, ainda estão nos planos de Deus para a Redenção.
A relação entre O povo Judeu e a Igreja aos olhos de Deus têm semelhanças e distinções maravilhosas, pelas quais Deus opera Seu plano eterno de trazer a Salvação a todos quantos elegeu para constituírem juntos a eterna família dos céus. (Efésios 3:15) Contudo, não podemos nunca misturar propositadamente certos aspectos que só dizem respeito a um ou a outro particularmente.
Deus não tem a Igreja em estima acima do povo Judeu, nem despreza a Igreja em relação aos Judeus como Povo de Aliança desde Abraão. Ambos os povos têm o seu lugar no coração de Deus, embora tenham estatutos diferentes e papéis distintos; Isto é perfeitamente entendido na passagem de (Romanos 11:11-32);
Referindo-se às 70 semanas de Daniel destinadas exclusivamente ao povo Judeu os termos (שָׁבֻעִים -SHÅVUYM) (Setenta) e (שִׁבְעִים -SHIVËYM) (semanas) no texto original significa literalmente: setenta setes ou setenta semanas de anos; setuplicar, multiplicar por sete, repetir sete vezes; curioso que o verbo também tenha o significado de "farto ou saciado".
Corresponde ao tempo que Deus usa para sua vontade ser saciada em relação ao povo Judeu, assim como os 70 anos do exílio em questão serem o tempo que Deus preparou até que a terra descansasse dos seus "sábados". Depois de Deus estar satisfeito, eles retornaram do exílio de volta ao favor de Deus.
-Agora pensemos na razão porque existe um interregno entre as primeiras 69 semanas e a última semana?
-Porque razão existem 2000 anos entre o cumprimento final das 70 semanas?
Porque dentro do plano de Deus depois da Morte de Jesus nasce a Igreja, e ela tem também o propósito de ser um instrumento na forma como Deus lida directamente com Israel.
A Igreja tem uma função espiritual tremenda, não só para ser "Sal e Luz" no mundo em geral, mas de ser um agente especial na conversão completa de Israel.
-Quando entra então em acção a última semana para completar as 70 semanas de Daniel?
-Quando o período dos gentios terminar.
Nós estamos literalmente a viver nos "últimos minutos" proféticos da era dos gentios e da Igreja por conseguinte. Sem o arrebatamento da Igreja não há Tribulação como a última semana de Daniel retomada à contagem.
À saída da Igreja da Terra, para quem ficar para trás, havendo a "porta se fechado", haverá ansiedade, pânico, terror, perseguição, opressão, insegurança, miséria, controle, dor, sofrimento e para muitos até a morte.
Será que a rebelião e resistência em fazer a vontade de Deus, vale a pena colher estas consequências? Aquele que "semeia na carne" e o que "Semeia no espírito", ambos colherão coisas diferentes.
⁷ Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.
⁸ Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.
⁹ E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.
Gálatas 6:7-9
Quando Jesus fala sobre a pregação do Evangelho, nós vemos o simbolismo da Seara ser usado de forma peculiar, mas bastante elucidativa.
O tempo do Evangelho pregado é comparado ao tempo de semear a colheita, um tempo de plantar, focando na semente (A Palavra), no terreno (o coração dos Homens), no Lavrador (Cristo e quem prega), no Dono da Seara (O Deus bendito e Pai de todos); da mesma forma a volta de Jesus muitas vezes é comparada a um tempo de colheita.
O Próprio Senhor Jesus quis apontar para a festa das colheitas com simbolismo associado ao Evangelho, à conversão pela Fé, e à colheita dos crentes da Terra para o céu, enquanto que os ímpios seriam colhidos para o fogo. (Mateus 13:18-23) (Mateus 13:24-30) (Mateus 13:36-43)
Todo o tempo relacionado à vinda de Jesus, pregado pelos apóstolos, e Pelo Próprio Senhor, está relacionado à colheita que se fazia em Israel e até às Leis ou rituais que as envolviam, pois Deus havia designado princípios até para isto, aos quais era importante obedecer. (Bem vimos que ignorar o Shemitah resultou em tribulação pesada para o povo durante 70 anos).
Deus permitiu a desobediência até ao ponto da paciência terminar, para dar lugar ao castigo pré-determinado.
Deus tem todas as indicações de que a história se irá repetir, garantindo nos registos bíblicos a sua ocorrência, e os alertas devidos que para eles apontam.
Cada um pondere a que colheita pertence, e entenda que o encontro com Jesus tem implicações eternas. Não há ninguém neste mundo que vá contornar este "encontro".
Nós os que servimos ao Senhor Jesus fervorosamente, pela fé da verdade, cremos pelo Espírito e guardamos a Palavra não temendo os dias que se seguem, pois sabemos que a redenção está próxima.
Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima.
O conselho que fica é o seguinte: Antes de olhar para cima, olhe para dentro pois é lá que reside ou não a sua segurança para aquele dia.
Assim também vós, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o reino de Deus está perto.
Em verdade vos digo que não passará esta geração até que tudo aconteça.
Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar.
Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade;
Para o que pelo nosso evangelho vos chamou, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.
Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa.
E o próprio nosso Senhor Jesus Cristo e nosso Deus e Pai, que nos amou, e em graça nos deu uma eterna consolação e boa esperança,
Console os vossos corações, e vos confirme em toda a boa palavra e obra.
Graça e Paz do nosso Senhor e Deus Bendito, Jesus Cristo O Messias de Deus!
Maranatha, Ora vem Senhor Jesus!