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APOCALIPSE 21 -1 a 7

APOCALIPSE 21:1


"E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe." O Livro de Apocalipse está a terminar, sendo este o penúltimo capítulo da Bíblia, e as revelações dadas a João estão igualmente a chegar ao seu desfecho. 

Todas as informações não reveladas até ao final deste Livro servem o propósito de permanecerem ocultas, segundo o conselho da vontade de Deus. 

A Palavra de Deus assim o confirma: "As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei" (Deuteronómio 29:29)


Neste momento aqui, o cenário da Batalha final já terminou, e os inimigos de Deus foram separados eternamente fora da Graça por Jesus O Senhor dos exércitos vindo à Terra com a Igreja gloriosa e Seus Anjos para julgá-la (Apocalipse 19:11-16); Todos os que rejeitaram a Cristo foram então julgados, sentenciados, e lançados no lago de fogo (2 Tessalonicenses 2:12) (Apocalipse 20:12-15) que é a condenação resultante de não crerem em Jesus (João 3:18-19) e não terem o seu nome escrito no Livro da vida como acesso à eternidade da Glória com Deus (Apocalipse 20:15);

O Anticristo, o falso profeta, o Diabo (Apocalipse 20:10) a morte e o inferno (Apocalipse 20:14), já foram derrotados; A dor e o sofrimento não existirão mais (Apocalipse 21:4) e o mal do pecado foi vencido para sempre (Apocalipse 21:27).


O primeiro versículo então revela a restauração de todas as coisas, o fim da era do pecado e o início da prosperidade eterna em Glória.

A expressão "novo céu e nova terra" seguido da afirmação que "o primeiro céu e a primeira terra passaram" leva-nos até às palavras proféticas do Próprio Senhor Jesus que disse: "O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar." (Mateus 24:35).


A passagem do céu e da Terra para um novo formato, também aparece descrita noutro momento em tom de alerta e aviso para que enquanto há tempo as pessoas ponderem sobre o seu posicionamento e considerem os seus caminhos:


"Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão. 

Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, 

Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?

Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça."

2 Pedro 3:10-13


Este primeiro versículo de Apocalipse 21 fala de uma restruturação cósmica até ao nível subatómico em que a natureza será totalmente reconstruída, para que o pecado que tornou a "Terra maldita" seja retirado (Génesis 3:17).

A descrição de Pedro dos "elementos ardendo se desfarão e fundirão" trata precisamente desta aproximação dos reinos visível e invisível; Os elementos como o Hidrogénio, nitrogénio, oxigénio, hélio, argónio, néon, que compõe a nossa atmosfera, e os céus conforme os conhecemos serão comandados pelo Deus que os criou para trazerem uma nova dimensão onde a vida, desde o nosso firmamento até aos lugares mais recônditos do Universo será aproximada em um Só Reino eterno!


A expressão "Novo" (Kainós) aplicada à Terra e aos céus, em grego não se refere a algo novo como inédito, como o termo grego (Néos) aplicaria caso tivesse sido o termo usado, mas de algo "novo" como "renovado", mantendo a mesma essência do que era, mas modificado, aperfeiçoado em natureza, assim como será o nosso novo corpo de Glória (1 Coríntios 15:51-54).


A Terra será restruturada para dar continuidade aos planos eternos para nós, sendo que agora não havendo mais separação entre nós e Deus, os céus também sejam renovados conforme Pedro bem descreve, falando sobre os "céus passando com grande estrondo" (2 Pedro 3:10). 

O terceiro céu que é a esfera celestial onde está a Nova Jerusalém, descerá à Terra (Apocalipse 21:2) pelo tal "céu aberto" descrito em (Apocalipse 19:11), fazendo ligação entre o segundo céu que é o espaço sideral ou o cosmos, e o primeiro céu que é a atmosfera terrestre onde se encontram as nossas nuvens.

Os céus não farão mais separação entre todas as realidades existentes, desde a celestial até à terrena.


Esta foi a promessa de Deus e Herança dada ao povo Judeu no Antigo testamento, da qual nós como Igreja também fazemos parte (Isaías 66:22).

Quanto à transformação da Terra, a expressão "e o mar já não existe" pode ser interpretada de duas formas distintas tendo cada uma a sua realidade prática:


1ª interpretação -"O mar Literal" referindo-se à restruturação das placas da Terra separadas em continentes pelos oceanos; Quando em Génesis nós lemos falar sobre "a porção seca" (Génesis 1:9-10), entendemos que se trata daquilo que a própria ciência afirma ser o super continente "Pangeia"; O cenário do episódio do Dilúvio afirma que se "romperam todas as fontes do grande abismo" (Génesis 7:11) de modo a que a água que rapidamente encheu toda a Terra, não veio somente da chuva, mas em grande parte das profundezas da Terra, dos mares subterrâneos, pela abertura das placas tectónicas que separaram o super continente nos 7 continentes distintos actuais (América do Norte, América do Sul, Europa, África, Antártica, Ásia e Oceânia). 


O mar conforme o conhecemos, faz separação entre os continentes e seus povos e raças, fruto da intenção de Deus em Génesis de fazer essa separação, primeiro no Dilúvio (Génesis 6:5-9) e de seguida em Babel (Génesis 11:8-9). 

Em Génesis vemos a Soberania de Deus agindo de modo a conduzir a História e a restruturar a Terra por causa do pecado; Em Apocalipse, havendo o pecado desaparecido da Terra, uma nova restruturação toma parte para a restituição do formato original do "Éden" também conhecido como "Paraíso".

Na eternidade, Deus voltará a aproximar todos os Homens para uma comunhão plena; A grande dimensão dos oceanos será restruturada para uma Terra completa onde haverão muito possivelmente lagos e rios e inúmeras fontes, mas nenhuma porção continental que separará as Nações na nova Terra. 

A Própria superfície da Terra aumentará grandemente para dar lugar à "Grande multidão a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas" que viverão nela (Apocalipse 7:9), fazendo sentido que o "mar" que praticamente cobre a grande maioria da Terra já "não exista".


2ª interpretação -"O mar como as Nações rebeldes em oposição a Deus" Aqui, pode haver igualmente um simbolismo que trata de evidenciar que no Novo formato criado por Deus, não haverá mais rebelião, nem oposição a Deus da parte daqueles que habitarão para sempre nesta Terra renovada.

Na bíblia o termo "Mar" tem por vezes a conotação de Nações ou multidão de pessoas em rebelião (Apocalipse 13:1), unidas no pecado e na prática da impiedade (Isaías 57:20); Desta forma, a "não existência" do "Mar" pode aludir simbolicamente para o fim da influência Maligna do Diabo nas Nações por meio do Anticristo, e o fim da Religiosidade morta imposta pela grande Prostituta e o falso profeta que influenciavam o "mar das Nações" (Apocalipse 17:15) para dar lugar à verdadeira espiritualidade debaixo da influência completa do Espírito Santo de Deus.


Talvez haja aqui igualmente uma óbvia declaração de que estes novos céus e nova terra não pertencem aos "Mundanos" que decidem ouvir a voz da cultura em lugar da voz de Deus, e que preferem a religiosidade pagã idólatra, à espiritualidade verdadeira.

A única separação final que haverá por meio destes novos céus e nova terra, será a separação entre os filhos de Deus, e os ímpios filhos do Diabo, aos quais Jesus descreve como "ovelhas e bodes" separados uns para a esquerda e outros para a direita (Mateus 25:31:41).


APOCALIPSE 21:2


"E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, preparada como uma esposa adornada para o seu marido." (Apocalipse 21:2) João recebe aqui o privilégio de testemunhar em visão, da Glória da Cidade Santa, tendo um pequeno vislumbre da promessa de Jesus de (João 14:1-3) concretizada no futuro que nos aguarda.

A "Casa do Pai", a que Jesus se refere em (João 14:2), trata da Cidade celestial, chamada de "Nova Jerusalém" (Apocalipse 21:2) que Jesus também refere quando reforça sua promessa logo no início do Livro de Apocalipse aos Seus fiéis (Apocalipse 3:12); Este é o lugar onde Deus tem o Seu Trono (Apocalipse 21:5) (Apocalipse 7:15) (Salmos 103:19);

A descrição que assemelha a cidade a uma "esposa adornada para o seu marido" faz referência à própria Igreja (Apocalipse 19:7), a quem está destinada morada permanente (João 14:3) com os santos do Velho testamento pela Fé em Jesus (Hebreus 11:9-10).


APOCALIPSE 21:3


"E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui O tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e O mesmo Deus estará com eles, e será O seu Deus." (Apocalipse 21:3) Este versículo é a confirmação do plano de Jesus e Sua promessa em (João 14:1-3) em comunhão eterna. 

A ideia de Deus habitar entre os Homens visa o desejo de relacionamento que sempre esteve na mente de Deus quando criou o Homem em Génesis (Génesis 1:27) e disse "não é bom que Homem esteja só" (Génesis 2:18); Por isso Ele passeava no Jardim ao virar a tarde procurando comunhão (Génesis 3:8-9).


O verbo "habitar" e o termo "Tabernáculo" querem dizer a mesma coisa, em Grego (skēnóō); O Tabernáculo do Velho testamento (Actos 7:44) (Hebreus 9:21-24) era uma figura de Deus habitando entre os Homens na figura de Jesus, como João acabaria por descrevê-lo dizendo: "O Verbo se fez carne e habitou entre nós" (João 1:14).


No velho testamento, a acto de "habitar em tendas" é descrito pelo mesmo termo em (Hebreus 11:9) referindo-se a Abraão, Isaque e Jacó, os Pais da Nação de Israel  dando-lhe assim o seu significado; Assim como o povo Judeu também viveu após saírem do Egipto (Levítico 23:43). 

O escritor de Hebreus trazendo à memória a habitação temporária que Deus levou o Seu povo a adoptar naqueles dias, para estimular o desejo de comunhão em regime de separação do mundo, serve agora a figura, de que à semelhança deles, somos "peregrinos e forasteiros" nesta terra (1 Pedro 2:11) esperando igualmente habitar na presença de Deus, nessa Cidade celestial (1 Coríntios 13:12).

Por isso referindo-se aos Patriarcas e à promessa feita em Abraão diz: "Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus" (Hebreus 11:10).


Por isso a cidade Santa (A nova Jerusalém) é figurada nesse relacionamento de comunhão entre Jesus e a Sua noiva eternamente juntos como também vemos entre a figura de Deus e Israel no antigo testamento (Jeremias 2:2) (Ezequiel 11:17-20); Lemos ainda em Salmos dizer: "E em Salém está o seu tabernáculo, e a sua morada em Sião." (Salmos 76:2). 

O Plano final de Deus está centrado na ideia de comunhão plena e eterna, uns com os outros e com Deus; O Senhor Jesus esclarece esta intenção com 2 expressões práticas que não deixam qualquer dúvida: "para que sejam um, como nós somos um" (João 17:22); e "Eu neles, e Tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade" (João 17:23). 


Daí a figura da Igreja como corpo e Jesus como cabeça (Colossenses 1:18) descrevendo a perfeição em unidade que há entre a Igreja e Jesus (1 Coríntios 12:12-27), unidos como Jesus está em Deus Pai

Convém lembrar o versículo (1 Coríntios 12:21) em tom de alerta àqueles que acham que não têm a necessidade de viver em Igreja para ter um relacionamento com Jesus e comunhão com Deus.

A vida em Igreja não é somente "um desejo", mas uma "necessidade" para aquele que reconhecem Cristo como cabeça da Igreja!


Desde a rebelião de Adão, que todo o Tabernáculo, Templo, e correspondência directa entre Deus e o Homem, foram feitas com o intuito em mente de restaurar a união para o formato original do Éden antes do pecado; Jesus O "maior e mais perfeito Tabernáculo" veio fazer isto mesmo por meio do Seu sacrifício (Hebreus 9:11) sendo então agora "O único Mediador entre Deus e os Homens" (1 Timóteo 2:5). 

Qualquer pessoa que deseja o céu e fazer parte desta "Cidade permanente" mas não tem particular interesse na comunhão da Igreja que é literalmente o desejo de Deus para nós, está altamente equivocado na ideia que tem sobre o que é "o céu" ou a "eternidade".


-Quem vai habitar então nessa "nova Sião", a "Nova Jerusalém dos céus"?


-O PAI- (Apocalipse 4:2-8) (Apocalipse 5:1) (Apocalipse 5:7) (Apocalipse 5:13) (Apocalipse 22:3)

-O Filho- (Apocalipse 5:5) (Apocalipse 5:13) (Colossenses 3:1) (Hebreus 8:1)

-O Espírito Santo- (Apocalipse 4:5) (Apocalipse 22:17)

-Os Anjos- (Hebreus 12:22) (Apocalipse 5:11)

-Os Filhos de Deus - (João 14:1-3) (Hebreus 10:34-36) (Hebreus 13:14)


Muitos crentes não sabem que nesta cidade Santa, e neste Reino eterno, Não só veremos ao Senhor Jesus face a face (1 Coríntios 13:12), mas também a Deus Pai! Quando Filipe diz a Jesus: "Mostra-nos O Pai, o que nos basta" (João 14:8) e Jesus responde: "Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?" (João 14:9), muitas pessoas entendem isto sem o verdadeiro contexto e por isso pensam que nunca jamais veremos O Pai em Pessoa, e sempre e somente a Jesus.


Na realidade do Homem mortal terreno, a visão do Pai é somente por Jesus, como Ele afirma a Filipe;

Nenhuma pessoa mortal pode ver a Sua face e viver (Êxodo 33:20-23). Por isso a escritura afirma: "Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigénito, que está no seio do Pai, esse O revelou." (João 1:18) E João ainda reforça isto em (1 João 4:12).

Jesus ainda diz noutra ocasião: "Não que alguém visse ao Pai, a não ser aquele que é de Deus; este tem visto ao Pai" (João 6:46) reforçando esta ideia, de que na Terra O Pai é visto somente por Ele, até que partamos de cá para estar com Deus na eternidade.


Até entrarmos nos séculos dos séculos ou tempos eternos, segundo a Escritura, "Ele é invisível" (Colossenses 1:15) (1 Timóteo 1:17) e "habita na luz inacessível" (1 Timóteo 6:16).

No céu porém, "os limpos de coração" aperfeiçoados na glorificação, "verão a Deus" (Mateus 5:8).


A referência à "Grande voz do céu" está presente várias vezes no processo de revelação a João como no caso da subida ao céu das 2 testemunhas em (Apocalipse 11:12); da queda do Diabo sendo precipitado à Terra em (Apocalipse 12:10); Da última taça da ira sendo despejada na Tribulação (Apocalipse 16:17); no julgamento da Grande prostituta (Apocalipse 19:1) e na vitória final de Jesus sobre os exércitos das Nações debaixo do comando do Anticristo e Falso profeta (Apocalipse 19:17).

Dá para entender que esta "Grande voz" na narrativa marca a autoridade de Deus na glória que haverá no desfecho final, tanto na redenção dos Santos, como no Juízo dos Seus inimigos

O termo "grande" (Mégas) trata de passar a ideia de intensidade em força estrondosa, sendo a voz descrita como alta e intensa

Esta voz proclama a Glória do Eterno Deus e Seus planos de Redenção e Juízo, para que ponderemos bem qual o lado que pretendemos estar "naquele dia"!

Lembrando sempre da separação que Jesus fará (Mateus 25:31:41), da qual só existirão 2 destinos finais possíveis para o Homem habitar eternamente: ou nos "novos céus e nova terra", ou no "inferno".


APOCALIPSE 21:4


"E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas." (Apocalipse 21:4)


O termo usado "Limpará" (Exaleipsei) referindo-se às lágrimas, é o mesmo usado para "riscar" os nomes do Livro da Vida em (Apocalipse 3:5), revelando que tanto a Misericórdia de Deus como a Sua Justiça andarão de mãos dadas no desfecho final, quando "as primeiras coisas forem passadas"; Esta passagem é o começo da Teocracia eterna, onde "a liberdade para a rebelião" irá terminar, e a separação final trará graça para uns e desgraça para outros. 


Paulo por isso encoraja aos Coríntios a viver tendo na sua visão uma perspectiva eterna, pois segundo ele "O tempo se abrevia" (1 Coríntios 7:29) traduzido do original, no sentido de que a passagem deste tempo terreno está a chegar ao fim; Sendo assim, logo ele ainda reforça dizendo: "E os que usam deste mundo, como se dele não abusassem, porque a aparência deste mundo passa." (1 Coríntios 7:31).

João igualmente diz: "E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre." (1 João 2:17)


Da mesma forma, Paulo encoraja os irmãos de Corinto a perseverar na fé retendo a viva esperança de que as aflições deste mundo são temporárias, logo remetendo as suas consciências para a eternidade que nos está reservada, e diz:

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.

2 Coríntios 4:16-18


Para os filhos de Deus, o sofrimento passará para dar lugar à alegria eterna, enquanto que para os ímpios, seus prazeres terminarão, para dar lugar a uma eternidade de horrores.


"A terra é o único inferno que os cristãos irão suportar, e o único paraíso que os descrentes irão desfrutar.Jonathan Edwards


Outra das bem-aventuranças listadas por Jesus vê igualmente o seu cumprimento profético neste momento, quando lemos dizer :"Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;" (Mateus 5:4); Verdadeiramente, Deus consolará cada um de nós como Um Pai para um filho, dando lugar a um período eterno onde como diz a passagem "não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor".


Por contraste, aqueles que ficarão fora da Graça, que não creram em Jesus e foram condenados (João 3:18) viverão em choro para sempre, enquanto os Salvos viverão à Sua Luz, e a mensagem em tom de alerta permanece: "Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa escândalo, e os que cometem iniquidade. E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes. Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça." (Mateus 13:41-43)


A destruição da morte, e a alegria plena, já eram apresentados no Velho testamento para que a imagem desse Reino Eterno ficasse gravada na mente e coração de todos os que amam a Deus, sofrendo debaixo da injustiça das Nações que têm Deus e o Seu povo por inimigos: "E destruirá neste monte a face da cobertura, com que todos os povos andam cobertos, e o véu com que todas as nações se cobrem. Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará O Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará o opróbrio do seu povo de toda a terra; porque o Senhor o disse. E naquele dia se dirá: Eis que este é O nosso Deus, a quem aguardávamos, e Ele nos salvará; este é O Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação gozaremos e nos alegraremos." (Isaías 25:7-9).


A vitória sobre a morte que Paulo Cita aos Coríntios (1 Coríntios 15:55) fazendo referência à profecia de (Oséias 13:14), é a vitória que há na Cruz onde Jesus venceu a morte para nos dar a todos a Vida eterna (Apocalipse 1:18) (Apocalipse 2:11) (Actos 2:23-32) (João 11:25-26). 

Esta Vitória e transformação gloriosa está poeticamente descrita por Paulo em (1 Coríntios 15:53-54).

Embora Jesus na Sua Primeira vinda tenha "Abolido a morte" (2 Timóteo 1:10)  e "Aniquilado o império da Morte" (Hebreus 2:14-15) conforme as passagens o declaram referindo-se à morte espiritual eterna, a morte física ainda persistirá até depois da Segunda vinda até ao Milénio (Isaías 65:20).

Isto, porque só no final do Reino Milenar, no grande julgamento do Trono Branco, antes dos Novos céus e nova Terra, é que "a morte e o inferno serão lançados no lago de fogo" permanentemente (Apocalipse 20:14) cumprindo o que a escritura também afirma dizendo: "Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte." (1 Coríntios 15:26).


APOCALIPSE 21:5


"E O que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis." (Apocalipse 21:5)

Aqui João descreve Deus Pai, Aquele que ele vê imediatamente após ser arrebatado ao céu em (Apocalipse 4:2); A voz de Deus aqui comanda um "novo começo" ou uma "nova criação", que será ainda melhor do que era o Éden no início, pois agora seremos glorificados, verdadeiramente perfeitos não só fisicamente, mas espiritualmente em contraste a Adão e Eva. 


A perfeição espiritual é algo que Deus preparou para nós por meio de Jesus (Efésios 4:12) (Filipenses 1:6) (Hebreus 13:21), razão porque Adão e Eva acabariam caindo na tentação do pecado. 

Eles foram criados perfeitos sem pecado, vivendo em plena liberdade que é a característica mais importante que Deus nos dá como um Deus de amor e Justiça; Por isso Jesus é figura tanto de "Cordeiro" (João 1:29), como de "Leão" (Apocalipse 5:5); tanto do Amor de Deus (João 3:16) como da Sua Justiça (Actos 17:31)

Sem a liberdade para amar e obedecer voluntariamente em sujeição, o Homem seria nada mais do que uma espécie de máquina, operando somente as funções para o qual seria criado, impossibilitando um relacionamento verdadeiro de comunhão e amor que sempre foi o plano principal de Deus para nós. 

O dom da Liberdade e a nobreza da obediência voluntária, concedidos a Adão e Eva recebem desde o início a advertência da ordem instituída por Deus (Génesis 2:16-17) para que a preparação para a eternidade aos nossos olhos comece com esse princípio de sujeição à autoridade de Deus debaixo da Graça.


Neste "novo começo", em que Deus faz "novas todas as coisas" O Homem ainda contém sua liberdade, à semelhança de Adão e Eva, porém, agora aperfeiçoada em consciência pelo sangue do Cordeiro para uma obediência eterna e perfeita (Hebreus 9:14).

Sem Cristo, as consciências dos Homens e seus sacrifícios não podem ser aperfeiçoados (Hebreus 9:9); Este novo começo trará uma nova criação, e com ela, os Santos aperfeiçoados para um serviço eterno ao Deus vivo (Hebreus 12:23).


Homens aperfeiçoados em Cristo então, viverão também num mundo aperfeiçoado e perfeito, que é a promessa de Deus para nós; A criação debaixo da maldição do pecado, será igualmente liberta, para que a Glória de Deus seja pra sempre exaltada num mundo novo que superará a nossa expectativa e imaginação de tal forma, que estaremos eternamente maravilhados (Romanos 8:18-21).


A expressão "Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis." serve como testamento da fidelidade de Deus no cumprimento da Sua vontade conforme Paulo também refere, dizendo: "Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que O amam." (1 Coríntios 2:9); A razão porque João recebe a ordem de escrever estas coisas, serve o propósito de reafirmar ao mais resistente dos incrédulos de como a Palavra de Deus sempre se cumpre com toda a exactidão; assim sendo os filhos de Deus permanecem confiantes e esperançosos, e todos os outros devidamente alertados.

"Para sempre, Ó Senhor, a Tua palavra permanece no céu." (Salmos 119:89)


APOCALIPSE 21:6


"E disse-me mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida.  " (Apocalipse 21:6)

A expressão aqui "Está cumprido" (Gegone) de (Apocalipse 21:6) assemelha-se à expressão de Jesus na Cruz "Está consumado" (Tetelestai) (João 19:30) mas há uma diferença entre ambas na aplicação prática que revela uma intenção propositada; As palavras de Jesus colocam "um fim a alguma coisa", e as Palavras do Pai, referem-se a "um novo começo" a partir de algo que terminou.


As palavras do Pai aqui, evocam as palavras do Filho trazendo um sentimento de continuidade como o cumprimento do plano eterno chegando à sua conclusão; Jesus na obra da Cruz termina a obra de redenção dos Santos, possibilitando-lhes a entrada nesse repouso que a Nova criação trará; O Pai pega então na obra do Filho completa, e dá-lhe continuidade trazendo à existência essa Nova Criação para a qual os Santos redimidos estão destinados.

As palavras do Senhor Jesus na cruz, falam de algo que havia sido concluído, enfatizando um fim à ordem velha da criação (a morte pelo pecado); As palavras do Pai enfatizam um novo começo de bênçãos que fluem da obra do Filho (a vida eterna e um serviço eterno e glorioso).


Não há como falar da maravilha desta graça que nos está reservada, sem lembrar do perigo que é, estar do lado de fora, pois a alternativa a este "repouso eterno", é o "tormento eterno" no inferno.

O escritor de Hebreus acerca do Milénio e da eternidade que se segue deixa um alerta ao qual convém não esquecer:


Temamos, pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no Seu repouso, pareça que algum de vós fica para trás. 

Porque também a nós foram pregadas as boas novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram.

Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso, tal como disse: Assim jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo.

Porque em certo lugar disse assim do dia sétimo: E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia. 

E outra vez neste lugar: Não entrarão no meu repouso.

Visto, pois, que resta que alguns entrem nele, e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as boas novas não entraram por causa da desobediência, 

Determina outra vez um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais os vossos corações.

Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria depois disso de outro dia.

Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus. 

Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das Suas. 

Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.

Hebreus 4:1-11


Tendo na mente o temor que é necessário, a expressão "Eu sou O Alfa e O Ômega, O princípio e O fim" é uma declaração de Autoridade e domínio eterno sobre a realidade da criação e tudo o que ela contém.

A realidade terrena conforme a conhecemos, teve um início e terá também um fim, e este capítulo trata do que virá depois, descrevendo os tempos eternos.

"Eu sou" (Egō eimi) nas escrituras aplicado em referência ao Pai (Êxodo 3:14) (Isaías 43:11), ou ao Filho (João 8:58) (João 18:6) sempre tratam de descrever o aspecto único da autoridade Divina e soberana; Só Ele é Deus (Isaías 46:9) e só Ele é Senhor (Isaías 45:5).

Jesus usou o mesmo termo "EU SOU" em sete declarações únicas sobre Si mesmo.

O Número 7 na bíblia representa a perfeição de Deus agindo na realidade temporária da Terra, e assim sendo, o simbolismo das 7 declarações aponta para o facto de Jesus mesmo estando temporariamente na Terra despojado da Sua Glória, era ainda Perfeito em todos os sentidos, sendo Ele mesmo a excepção a todos os homens; Todas as sete declarações portanto aparecem no livro de João que é o Evangelho que retrata a natureza Divina de Jesus Homem; e são elas: "EU SOU o Pão da vida" (João 6:35); "EU SOU a Luz do mundo" (João 8:12); "EU SOU a porta das ovelhas" (João 10:7-9); "EU SOU o Bom Pastor" (João 10:11-14); "EU SOU a Ressurreição e a Vida" (João 11:25); "EU SOU o Caminho, a Verdade e a Vida" (João 14:6) e "EU SOU a videira verdadeira" (João 15:1-5).

Esta afirmação aqui feita pelo Pai em tom absoluto "Eu sou O Alfa e O Ômega, O princípio e O fim" (Apocalipse 21:6), também é atribuída a Jesus em (Apocalipse 1:11) e (Apocalipse 22:13), no primeiro e último capítulos do Livro de Apocalipse curiosamente.

Vemos então que 3x esta declaração é feita para esclarecer que a Trindade do Deus eterno Reina desde o princípio de todas as coisas, e sempre reinará mesmo até depois desta Terra desaparecer e os "Novos céus e nova Terra" tomarem o seu lugar.


Esta expressão é usada para descrever simultaneamente a completude do plano de Deus (que chega ao fim nos últimos 2 capítulos deste Livro), a inevitabilidade do encontro que todo o Homem terá com Deus (quer para o galardão quer para o Juízo), e encurralar o Homem na sua mísera mortalidade (para que todos reconheçam que Ele reina sobre tudo e todos).


Neste momento, A Glória e Majestade do Deus eterno, está a ser revelada no plano final para a eternidade, havendo já julgado os Homens no Juízo final que acontece no capítulo anterior, e de alguma forma, evidenciando a Graça que ainda há disponível, enquanto estes tempos não chegam e o tempo para o arrependimento ainda está em vigor debaixo da Misericórdia.

Por isso logo lemos o alerta em tom de esperança: "A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida"; O termo "de graça" (Dōrean) refere-se à última oportunidade que a Escritura deixa disponível antes de encerrar sua revelação.


Não é à toa que a última mensagem antes da última referência do "Alfa e Ómega" no último capítulo, seja:

Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo.

Quem é injusto, seja injusto ainda; e quem é sujo, seja sujo ainda; e quem é justo, seja justificado ainda; e quem é santo, seja santificado ainda.

E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.

Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro. Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas.

(Apocalipse 22:10-14)


-As portas desta cidade e Reino eterno estarão permanentemente fechadas a todos os que rejeitarem a "fonte da água da vida" que é Jesus!


A "fonte da água da vida" é uma referência directa a Jesus em quem está a Salvação (Isaías 12:3) (Zacarias 13:1); Ele é "a fonte das águas vivas" (Jeremias 2:13), O "manancial da vida" (Salmos 36:9). 

Aliás, Ele mesmo, repetiu estas palavras chamando os Homens até Si para que ficasse evidente que Ele é O Messias prometido, em quem a exclusividade da Salvação de Deus está (João 7:37).

No último capítulo da Bíblia terminando o Livro, lemos novamente o convite, agora feito Pelo Espírito e pela Esposa (a Igreja) dizendo: "Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida" (Apocalipse 22:17). 


O Apóstolo Paulo relembrando o episódio de Moisés tirando "água da rocha" para dar de beber à congregação de Judeus no deserto (Números 20:8), usa seu simbolismo em figura aos Coríntios, para lhes apresentar Jesus como a "bebida espiritual" (1 Coríntios 10:4); Só Jesus pode satisfazer a "fome e sede de Justiça" (Mateus 5:6) como figura da verdadeira espiritualidade; e encher a vida dos Homens de bênção e prosperidade gratuitas que nenhum dinheiro pode pagar (Isaías 55:1). 

No episódio da Mulher samaritana junto à fonte, Jesus novamente usa a figura da água como símbolo de salvação e vida eterna, referindo-se a Si mesmo conforme lemos:


Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é O que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e Ele te daria água viva.

Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva?

És tu maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado?

Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede;

Mas aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.

Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la.

João 4:10-15


Quem dera, que todos quisessem fazer a mesma pergunta que a mulher samaritana, e que igualmente todos pudessem olhar para Deus, ver Jesus como a Sua salvação e dizer como Davi:  "Estendo para ti as minhas mãos; a minha alma tem sede de ti, como terra sedenta." (Salmos 143:6).


APOCALIPSE 21:7


"Quem vencer, herdará todas as coisas; e Eu serei seu Deus, e ele será meu filho." (Apocalipse 21:7). Há uma vitória em Cristo "gratuita" para todo aquele que o versículo anterior, descreve "tiver sede"; A razão porque muitos não entrarão por essas portas da Cidade eterna, é porque não viram nenhuma necessidade de buscar a Deus e desenvolver um relacionamento sincero e íntimo com Jesus. 

Esse foi o destino dos homens meramente religiosos de (Mateus 7:21-23) que embora fizessem muitas obras em nome de Jesus, não faziam a vontade do Pai, que é subentendida aqui como tendo um relacionamento de amor, sujeição e obediência a Jesus.

O termo aplicado por Jesus "nunca vos conheci" trata de conhecer (Ginṓskōem intimidade, de uma forma próxima e cúmplice, como um marido conhece sua esposa, aludindo à Sua Igreja.

O termo "Vencer" (ho nikōn) lembra as mensagens passadas às 7 Igrejas da Ásia no início do Livro de Apocalipse (Apocalipse 2:7) (Apocalipse 2:11) (Apocalipse 2:17) (Apocalipse 2:26) (Apocalipse 3:5) (Apocalipse 3:12) (Apocalipse 3:21) onde a cada uma é apresentada a Vitória em Cristo com acesso a múltiplas bênçãos:


1- Comerá da árvore da vida como figura de imortalidade e abundância; 

2- Estará para sempre livre do Inferno e do Juízo da Ira de Deus; 

3- Será revestido de honras e terá acesso aos galardões mais excelentes ao serviço do Rei eterno; 

4- Será coroado de autoridade e prestígio para governar juntamente com Jesus sobre a Terra; 

5- Terá acesso a todas as riquezas eternas irrevogáveis e será revestido de santidade; 

6- Ser-lhe-á concedida morada permanente na cidade santa e uma nova identidade gloriosa; 

7- Receberá o privilégio de sentar-se no trono como símbolo de honra e reconhecimento;


As palavras de Jesus sobre a Sua própria vitória quando diz: "Eu venci o mundo" (João 16:33) devem ser a nossa esperança e paz enquanto "prosseguimos para o alvo" (Filipenses 3:13-14).

Esta esperança é real e não pode ser abalada, pois assim como as promessas de Deus são inabaláveis (Hebreus 6:17-18), assim será a nossa Vitória (1 João 5:4).

O Próprio Senhor Jesus refere que esta Herança de entrada no Seu reino, nos está preparada e reservada "desde a fundação do mundo" (Mateus 25:34).


Como vemos então, a vitória nos dá acesso a uma Herança (Colossenses 1:12) e é em Cristo, como Seus "co-herdeiros" que estará naquele dia a tomada da posse (Romanos 8:17) (Gálatas 3:29) por meio do Seu Santo Espírito (Efésios 1:13-14).

Paulo advertindo os Coríntios, sobre a glória supérflua que há nas coisas terrenas, lembra que tudo é na verdade nosso por Herança (1 Coríntios 3:21-23); Não devemos estar "embaraçados com os negócios desta vida" como "bons soldados de Cristo" (2 Timóteo 2:3-7), mas sim com os olhos postos "nas coisas do alto e não da Terra" (Colossenses 3:2).


A mensagem de Pedro sobre a bendita esperança e a herança que nos está reservada nos céus, deve permear os nossos corações e pensamento sabendo que a nossa redenção está próxima (1 Pedro 1:3-7).


A expressão com que termina o versículo dizendo: "Eu serei seu Deus, e ele será meu filho" reforça a ideia de Herança, pois os filhos sempre têm a posse dos pais, como suas, e encontram nisso sua segurança. 

Alguém "ser filho de Deus" portanto presume-se ter "nascido de Deus" (João 1:13) (1 João 3:9) (1 João 5:1), que a bíblia descreve como um nascimento espiritual (João 3:3-7).

Esta conversão está disponível e acessível exclusivamente em Jesus e mais nenhum outro como lemos: "Estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não O conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não O receberam. Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome;" (João 1:10-12); e ainda: "E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos." (Atos 4:12)


Também é referido na escritura que, aqueles que são "filhos de Deus" e que crêem em Jesus, devem igualmente ser "guiados pelo Espírito Santo de Deus" (Romanos 8:14-16), para que seja evidente, que "crer em jesus" superficialmente, cada um à sua maneira, segundo seu modo pessoal e não segundo O Espírito que guia em "toda a verdade" (João 16:13) (1 João 4:6) não dará entrada nem no reino de Deus, nem o acesso à Herança e à promessa.


Esta expressão de alguém ser "Filho de Deus" é uma referência também à promessa que Deus havia feito primeiramente ao povo de Israel, que é a figura do povo escolhido na dispensação da Lei, como é agora a Igreja na dispensação da Graça.

A promessa visa igualmente a ideia de comunhão e relacionamento justificando a razão porque Deus tolera a rebelião da humanidade e prepara uma obra de redenção gloriosa centrada no Seu Filho; e lemos: "E eles serão o meu povo, e Eu lhes serei O seu Deus; E lhes darei um mesmo coração, e um só caminho, para que Me temam todos os dias, para seu bem, e o bem de seus filhos, depois deles. E farei com eles uma aliança eterna de não me desviar de fazer-lhes o bem; e porei o meu temor nos seus corações, para que nunca se apartem de Mim." (Jeremias 32:38-40).


Deus nos predestinou para sermos "Filhos de adopção por Jesus Cristo" (Efésios 1:5) por Seu imenso amor com que nos amou (1 João 3:1), de modo a que saibamos que "ser filho de Deus" na terra, ainda não representa em verdade o que será, ser chamado "Filho de Deus" na eternidade por vir (1 João 3:2); ao Meditar nisto com a devida profundidade que o texto pede, logo vêm à memória as palavras de Paulo falando da "Glória que em nós há de ser revelada" quando nós como "Filhos de Deus formos manifestados" na nova Criação (Romanos 8:18-19).



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