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APOCALIPSE 21 -10 a 27

- APOCALIPSE 21:10


E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu.” (Apocalipse 21:10)

João recebe aqui o privilégio de testemunhar em visão, da Glória da Cidade Santa, tendo um pequeno vislumbre da promessa de Jesus de (João 14:1-3) concretizada no futuro que nos aguarda.

A "Casa do Pai", a que Jesus se refere em (João 14:2), trata da Cidade celestial, chamada de "Nova Jerusalém" (Apocalipse 21:2) que Jesus também refere quando reforça sua promessa logo no início do Livro de Apocalipse aos Seus fiéis (Apocalipse 3:12); Este é o lugar onde Deus tem o Seu Trono (Apocalipse 21:5) (Apocalipse 7:15) (Salmos 103:19);


A ideia de "um grande e alto monte", serve no discurso como um reforço visual que nos ajuda a entender que João foi colocado estrategicamente numa posição onde a Cidade Santa estava em destaque em toda a sua dimensão, por isso a cidade também é referida como "a grande cidade".


O Diabo também levou Jesus a "um monte muito alto" (Mateus 4:8) para lhe prometer os reinos do mundo e a glória deles, como simbolicamente faz com os Homens quando lhes promete a glória nesta terra por meio de prazeres e riquezas; Porque Jesus sabe que o Diabo age desta maneira com cada um de nós em constante tentação, nos deixa as seguintes palavras: "que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro se perder a sua alma?" (Mateus 16:26)


Assim como Jesus resistiu ao Diabo, perfeito e sem pecado, nós também devemos resistir, pois os reinos deste mundo em nada se comparam ao "Reino dos céus", que João ali vê também do cume de um grande e alto monte.


À semelhança de João, um dia também veremos essa cidade, não somente como uma breve visão temporária, mas habitaremos nela eternamente.


A Ideia da Santa cidade "descendo do céu" passa a ideia de que a Glória de Deus descia em direcção a ele em opulência.

Ao longo do processo descritivo daquilo que João observa em sua visão, é possível ver uma associação da glória da grande cidade, à Glória do Próprio Deus (Isto é importante reter logo desde o princípio do capítulo) (Apocalipse 21:2).


Convém ressaltar que esta visão da "Nova Jerusalém Celestial" não é a mesma que Ezequiel viu na sua visão que ocorre de maneira semelhante em (Ezequiel 40:2).Esta visão de Ezequiel trata da Jerusalém do Milénio na Terra, totalmente transformada (Isaías 2:2-4) (Zacarias 8:2-8) (Miqueias 4:1-2); A visão é igualmente de "um monte muito alto" para colocar estrategicamente em perspectiva o leitor, e dar-lhe uma amplitude de visão espiritual da grandeza dos conteúdos revelados. Porém a visão de João embora semelhante à de Ezequiel trata de uma visão da "Jerusalém eterna dos céus" que desce à Terra somente depois do Milénio.


- APOCALIPSE 21:11 


E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente”. (Apocalipse 21:11) O início deste versículo seguinte, atesta para a conclusão que tiramos do versículo anterior ao lermos "e tinha a glória de Deus"; A glória da cidade Santa, refletia a Glória do Próprio Deus.


A "sua luz" (referindo-se à luz da cidade) assemelhava-se a "uma pedra preciosíssima, como a pedra de Jaspe, como o cristal resplandecente", de modo a que seja passada a ideia de algo luminoso e brilhante, de aspecto belo e valioso.

Esta "Luz" que a cidade reflecte, é uma referência directa à Luz da Glória de Deus espelhada no Filho - A Shekinah - (Apocalipse 21:23-25) (Apocalipse 22:5).


Esta é a primeira referência a uma das muitas pedras preciosas citadas nesta passagem, e elas têm um aspecto interessante na forma como são utilizadas na narrativa. (na análise dos versículos seguintes veremos isto em maior detalhe).


A Pedra Jaspe, é de variação criptocristalina de quartzo de coloração vermelha ou amarela, podendo assumir tons mais alaranjados variando até ao castanho dourado, ou ainda, nuances de tom rosado, púrpura ou verde.

A sua natureza criptocristalina, é o que muito provavelmente leva João a descrevê-lo como "Cristal resplandecente".


Na bíblia as únicas referências ao Jaspe, ocorrem em 3 circunstâncias diferentes; Para descrever o peitoral do Sumo-Sacerdote do templo (Êxodo 28:20) (Êxodo 39:13); Para descrever as roupas que cobriam Lúcifer de honra diante de Deus em (Ezequiel 28:13-14); E no Livro de Apocalipse para descrever primeiro o aspecto e aparência do Próprio Deus (Apocalipse 4:3) depois a luz da cidade Santa (Apocalipse 21:11) e por fim os muros e fundamentos da própria cidade (Apocalipse 21:18-19);


À medida que a descrição da visão de João relata mais detalhes começamos a ver uma sintonia entre algumas referências e elementos, de modo que a obra de Deus eterna, Seu plano em Cristo, os fundamentos passados ao povo Judeu, começam a fazer mais sentido, e tudo isto para nos dar uma visão mais completa e clara sobre a Glória de Deus e a eternidade que nos espera ao Seu lado.


Vamos observar cada versículo até ao fim do capítulo sempre lembrando que a Glória de Deus em Cristo é o propósito principal da narrativa bíblica, e quanto mais nos aproximamos do fim das Escrituras, sendo este o penúltimo capítulo, mais vemos essa evidência.


- APOCALIPSE 21:12 


E tinha um grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel.” (Apocalipse 21:12).


Como já vimos no versículo 10, a dimensão da cidade é referida na expressão "grande cidade" em comparação ao "grande e alto monte", lugar onde João estava situado para receber a visão do Anjo.

O termo "grande" (-Mega- em grego) é usado para descrever o monte e o muro, mas no texto original não é usado para referir-se à cidade em si, porém, a tradução assim o faz, porque está implícito no texto as suas proporções em comparação.


Este "grande e alto muro" tinha precisamente "12 portas" cravadas com a imagem de "12 Anjos" cujos nomes representam as "12 Tribos de Israel".

a referência ao Número 12, é repetida 3x; Sendo o Número 12, o número que representa a perfeição de Deus para a eternidade, e o Número 3, a representação da acção do poder da Trindade numa obra, concluímos que esta visão dada a João tinha como objectivo revelar a "Nova Jerusalém" como a morada eterna dos escolhidos e eleitos de Deus. (Por isso a cidade tem o mesmo nome da Jerusalém terrena, capital de Israel) (2 Crónicas 33:4) (Salmo 132:13-14)


Cada porta e seu Anjo depictado visa apontar para cada uma das 12 Tribos de Israel e seus Príncipes; Existe alguma controvérsia em relação a quem são as 12 tribos que fazem parte do plano eterno de Deus e estão representadas no livro de Apocalipse, mas a própria escritura nos esclarece.


Se repararmos na descendência de Jacó através de suas 2 mulheres, e das suas 2 servas, vemos que Jacó foi pai de 13 filhos no total.


OS FILHOS DE JACÓ COM LIA


1-Rúben

2-Simeão

3-Levi

4-Judá

5-Gade (Filho da serva Zilpa)

6-Aser (Filho da serva Zilpa)

7-Issacar

8-Zebulom

9-Diná


 OS FILHOS DE JACÓ COM RAQUEL

10-(Filho da serva Bila)

11-Naftali (Filho da serva Bila)

12-José

13-Benjamim


Por isso é necessário esclarecer, quais as 12 tribos escolhidas finais que se tornarão os 12 Príncipes que farão parte com os 12 Apóstolos dos 24 Anciãos nos tronos de Apocalipse? (Apocalipse 4:4) e que surgem aqui nos murais das portas da cidade santa (Apocalipse 21:11).


-Quem e porquê?


Então se nem todos os filhos de Jacó fazem parte destas 12 tribos para a possessão da Herança da Terra prometida, quem foi inserido ou quem ficou de fora?


Primeiramente vemos que são os 12 filhos de Jacó, excluindo Diná a única mulher que havia ficado de fora (Gênesis 35:22-26) que são referidos como sendo as 12 tribos de Israel (Gênesis 49:1-28).


Então vemos que Diná é excluída não só porque é mulher, mas por causa da vergonha do episódio de (Génesis 34:1-2).

Depois vemos Levi ser excluído por causa de ser escolhido para o Sacerdócio (Números 3:3), trabalhando no Templo (Números 3:7,8) razão porque não recebeu terra própria (Josué 13:14) (Josué 13:33) (Deuteronômio 18:1-5).


A divisão da terra em 12 tribos foi completada portanto com os dois filhos de José, que estava no Egito, Efraim e Manassés, que foram abençoados por Jacó (Gênesis 48:1-6) (Gênesis 48:13-20), e passaram então a ocupar o lugar de seu pai José e de Levi na divisão das terras (Josué 14:4).

A conta seria então 13-2=11 (Diná e Levi ficam de fora) 11-1=10 (José fica de fora para dar lugar aos seus 2 filhos) 10+2=12 (Entram Efraim e Manassés)


As 12 tribos de Israel divididas então para a Bênção da possessão da Terra conforme a Aliança de Deus a Abraão, foram: Rúben, Simeão, Judá, Dã, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, Benjamim, Manassés e Efraim.

(toda a divisão da Terra está bem descrita entre Josué 13 a Josué 19)


A Nova Jerusalém descendo dos céus é o desfecho do cumprimento da promessa de Deus de dar aos Seu povo eleito a Terra por possessão eterna. Esta será a cidade permanente e o centro do Reino perpétuo de Jesus Cristo nosso Senhor.


Os 12 Príncipes de Israel gravados nas portas desta cidade atestam eternamente da fidelidade de Deus e das Suas promessas feitas ao seu povo (Daniel 7:27).


- APOCALIPSE 21:13-21


"Do lado do levante tinha três portas, do lado do norte, três portas, do lado do sul, três portas, do lado do poente, três portas. E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. E aquele que falava comigo tinha uma cana de ouro, para medir a cidade, e as suas portas, e o seu muro.

E a cidade estava situada em quadrado; e o seu comprimento era tanto como a sua largura. E mediu a cidade com a cana até doze mil estádios; e o seu comprimento, largura e altura eram iguais. E mediu o seu muro, de cento e quarenta e quatro côvados, conforme à medida de homem, que é a de um anjo. E a construção do seu muro era de jaspe, e a cidade de ouro puro, semelhante a vidro puro. E os fundamentos do muro da cidade estavam adornados de toda a pedra preciosa. O primeiro fundamento era jaspe; o segundo, safira; o terceiro, calcedônia; o quarto, esmeralda; O quinto, sardônica; o sexto, sárdio; o sétimo, crisólito; o oitavo, berilo; o nono, topázio; o décimo, crisópraso; o undécimo, jacinto; o duodécimo, ametista. E as doze portas eram doze pérolas; cada uma das portas era de uma pérola; e a praça da cidade de ouro puro, como vidro transparente." (Apocalipse 21:13-21)


Dos versículos 13 ao 21 são fornecidas informações detalhadas que nos ajudam a visualizar um pouco a Glória da Cidade Santa e o lugar onde Deus tem o Seu Trono.


João em sua visão é assistido por um Anjo que tem "uma cana de ouro para medir" (Apocalipse 21:15) o que nos revela que as medidas que são referidas foram propositadamente dadas para registo, para que nós os leitores das escrituras pudéssemos agora contemplar, ainda que num pequeno vislumbre, o que nos aguarda em Galardão de Glória.


João recebe a visão com o propósito de registar e comunicar posteriormente, pois Deus nunca deixa o seu povo ignorante acerca dos Seus planos e todas as Suas promessas são acompanhadas com exemplos de fidelidade e de revelação, para que possamos confiar plenamente naquilo que Ele nos comunica na Sua palavra (Deuteronómio 29:29).


O curioso é que O Anjo que está a assistir João é 1 dos 7 Anjos que tinham as "7 taças cheias das últimas 7 pragas" (Apocalipse 21:9);


-Com tantos Anjos nos céus, porque existe a referência a 1 destes 7 Anjos saindo do seu lugar para conceder a João esta visão particular da cidade Santa?


Embora este Anjo faça parte de um sistema de Juízo sobre a terra na figura das "7 taças da Ira de Deus" (Apocalipse 15:1) ele aparece agora aqui num contexto de descanso depois da vitória em registo de recompensa.

A visão da Cidade como prémio leva-nos a contemplar o lugar onde viveremos para sempre ao lado do nosso Senhor e Rei Jesus!


Duas descrições no início do capítulo são melhor esclarecidas aqui neste momento.

Referindo-se à cidade Santa, A Nova Jerusalém diz: "Eis aqui o tabernáculo de Deus com os Homens" (Apocalipse 21:3) expressando que Ele "habitará" e "estará" connosco eternamente.

No Versículo anterior, a Cidade Santa é comparada a "uma esposa ataviada para o seu marido" (Apocalipse 21:2), que é simultaneamente a mesma figura para a "Igreja" (Apocalipse 19:7) (Apocalipse 22:17).


O Arrebatamento que acontece antes da Tribulação (Apocalipse 4:1-2) tem o propósito de nos unir a Cristo como a Noiva Virgem adornada (Mateus 25:1) como Deus sempre prometeu o mesmo tipo de união a Israel a virgem que afinal se provou adúltera (Isaías 61:10) (Ezequiel 16:14-20).

O Arrebatamento é a ida e chegada da Noiva, aos céus, para começar o período de 7 dias das celebrações para as Bodas do Cordeiro! (Apocalipse 19:7-9)

Por isso a ideia de Virgem ou esposa e o esposo (João 3:29) (Mateus 25:10) (Mateus 9:15) ou a noiva e o noivo em alguns simbolismos, usados para descrever Deus e Israel (Oséias 2:19,20) (Ezequiel 16:8-13), e Cristo e a Igreja  (Apocalipse 19:7) estão presentes nesta promessa de Jesus.


Tanto A Igreja A noiva Fiel, como Israel a noiva adúltera, recebem a promessa da eternidade ao lado do de Deus e de Jesus Seu Noivo.

Israel porém, só é redimido e salvo (totalmente) durante a tribulação (Romanos 11:26), quando os ciúmes incitados que Paulo refere (Romanos 11:11-24), produzem efeito, debaixo da perseguição do Anticristo (Apocalipse 12:12-17) quando se apercebem que a Igreja recebeu o arrebatamento como galardão da Sua fidelidade (Apocalipse 3:10), enquanto eles ficaram para trás para serem moídos em sua resistência e dureza de coração (Zacarias 12:10) (Zacarias 13:8-9).


Esta cidade que desce dos céus - "A Nova Jerusalém", está na sequência dos eventos finais da Terra; Primeiro vemos no capítulo 19, a descida de Jesus com a Igreja arrebatada na figura da Noiva ataviada (Apocalipse 19:7) para julgar a Terra (Apocalipse 19:11); No capítulo 20 encontramos o momento em que o Diabo é preso (Apocalipse 20:2) e o reinado Milenar de Jesus na Terra (Apocalipse 20:6), até que o Diabo é novamente solto (Apocalipse 20:7) para a última batalha (Apocalipse 20:8-10) e o Juízo final toma lugar (Apocalipse 20:12-15);


Agora o capítulo 21 traz os "Novos céus e nova Terra" (Apocalipse 21:1), como promessa dada já a todos (Israel e Igreja) cujos nomes estão escritos no Livro da Vida (Apocalipse 21:27); Os que estavam sem Cristo no capítulo anterior e que não tinham os nomes escritos no Livro (Apocalipse 20:15) foram lançados no lago de fogo, na figura da eternidade longe de Deus e do Seu favor.


A figura da Cidade Santa então aqui é a símbolo da bênção e do favor de Deus em contraste com os capítulos anteriores, que descreve o juízo de Jesus sobre a Terra, um reino de justiça, e um julgamento final para determinar quem ficará de fora.


Nós sabemos que "o Galardão" na Bíblia descreve literalmente uma "recompensa" (misthós) dada entre os salvos, e sabemos que fará distinção entre uns e outros (Apocalipse 22:12). E se porventura a promessa de Jesus de uma "Morada particular" em (João 14:1-3) nessa cidade, fosse uma promessa especial dada somente a um grupo particular de pessoas (Apocalipse 3:12)?


Se a promessa de habitar directamente e permanentemente nessa cidade for uma Bênção especial àqueles que aguardam a Sua vinda em perfeita fidelidade, excluindo todos os que nunca atendem verdadeiramente a um serviço e compromisso zeloso para com Ele?


Assim como Moisés ficou do lado de fora da Terra prometida (Deuteronómio 32:48-52) por não ter agido como Deus lhe havia instruído (Números 20:8-12), a morada permanente na cidade Santa pode também ser um privilégio interdito a muitos mediante a sua prestação diante de Deus!


Se meditarmos sobre a Dimensão da cidade, e a Multidão de salvos de todas as tribos, Nações e línguas que nem se podia contar descrita em (Apocalipse 7:9), parece óbvio que embora a cidade seja literalmente gigante, a Terra também será, e ela será totalmente habitada; Ter acesso à cidade, entrar nela pelas portas, e habitar nela, são coisas distintas. 

-Quem habitará então na cidade e quem habitará fora dela? Estará a morada na cidade associada a Galardão? 


-Quem estaria disposto a perder a bênção se suas obras o privarem de receber essa recompensa?


Porque não há resposta particularmente objectiva sobre estas questões, é sempre bom ponderar se a nossa vida não nos envergonhará na altura de receber de Deus o Galardão da Fé e das obras! (1 Coríntios 3:13-15).


A Igreja é a figura da noiva virgem pura (não adúltera) (2 Coríntios 11:2), a virgem preparada e ansiosa de se reunir com seu esposo (Mateus 25:10); Do servo bom e fiel (Mateus 25:20-23) daqueles que realmente vivem pela fé (Gálatas 2:20), que guardam a Palavra (Apocalipse 1:3), que cuidam estar diante de Deus imaculados e irrepreensíveis (2 Pedro 3:14).


Se porventura o privilégio de habitar directamente nessa Cidade Santa que desce dos céus, for um galardão particular concedido mediante uma devoção completa em perfeita sujeição e obediência, não deveríamos almejar essa grande honra como nosso maior e mais precioso tesouro?


Sabemos que nem todos "operam a sua salvação com temor e tremor" (Filipenses 2:12), como nem todos que chamam Jesus de "Senhor fazem o que Ele diz" (Lucas 6:46);

Sabemos ainda que o nosso Deus retribui de forma distinta a obediência e a sujeição mediante um "galardão" particular (Apocalipse 22:12) (2 João 1:8) (Hebreus 10:35-36).


Você, caro ouvinte, é alguém que quer dar o que tem de melhor e mais precioso (Mateus 26:7), e receber do Senhor o inteiro galardão? (1 Coríntios 3:10-14) -Ou você está somente satisfeito em ser "salvo pelo fogo" (1 Coríntios 3:15)?


A CIDADE SANTA - NOVA JERUSALÉM DOS CÉUS


Então, em relação à cidade alguns detalhes são colocados em evidência:


  • Um grande e alto muro com 12 portas, com a imagem de 4 anjos e 12 nomes que representam as 12 tribos de Israel.

  • 4 lados (Levante, poente, norte e sul) passa a ideia de um quadrado com 3 portas de cada lado; é daqui que se entendem as 12 portas (4x3=12).

  • Muro da cidade tem 12 fundamentos; nelas os nomes dos 12 Apóstolos;

  • As medidas para a cidade são de 12.000 estádios tanto em comprimento, largura e altura.

  • O muro tinha 140 côvados;

  • Quanto à construção e seus materiais vemos que o muro era de jaspe, e a cidade de ouro puro, semelhante a vidro puro.

  • Os fundamentos do muro da cidade estavam adornados de 12 pedras preciosas distintas que eram: jaspe; safira; calcedônia; esmeralda; sardónica; sárdio; crisólito; berilo; topázio; crisópraso; jacinto; ametista.

  • As doze portas eram doze pérolas; cada uma das portas era uma pérola; e a praça da cidade de ouro puro, como vidro transparente.


São muitos os detalhes aqui comunicados e convém atentar para cada um deles para se ganhar uma melhor imagem daquilo que é revelado.


A cidade é descrita como tendo dimensões em escala que se assemelham ao formato de um Cubo gigante com aproximadamente 2400 km de cada lado, incluindo de altura. (Apocalipse 21:16). Esta medida é a conversão precisa da medida de 12.000 estádios para Quilómetros.


Lembramos que esta distância é precisamente a distância de Portugal até à Alemanha, e ela se repete não só em comprimento, como em largura e altura; Se notarmos que o diâmetro de toda a Terra tem somente 12.756 Km, ficamos com uma ideia mais concreta da opulência e imponência dessa cidade.

Convém notar que a distância desde a linha do mar até ao "espaço" fora da nossa atmosfera é de 100km, o que indica que a Cidade Santa ultrapassará essa distância por 2300km em altura.


Por isso é necessário a criação de "Novos céus e nova Terra" como refere em (Apocalipse 21:1) e também profetizado por Isaías (Isaías 65:17) (Isaías 66:22) de modo que quando os "céus se rasgarem como um livro" nos dias finais (Isaías 34:4) (Apocalipse 6:14) o "primeiro céu" (A atmosfera), o "Segundo céu" (o espaço sideral) e o "terceiro céu" (a esfera celestial) se unam em 1 só céu.


A cidade Santa em toda a Sua Glória descerá refletindo a Luz da Glória do nosso Senhor Jesus Cristo que é a Luz do Mundo (João 8:12) (Apocalipse 21:23).


Uma curiosidade sobre a dimensão da cidade Santa em comparação a algumas estruturas arquitetónicas humanas com as quais se espantam os Homens: (em comparação à Nova Jerusalém, a estátua da liberdade tem 93 metros de altura; a grande pirâmide de Queóps no Egipto tem 139 metros de altura e 230 de largura; E a torre Eiffel tem 324 metros)


Imagine-se o espanto ao contemplar-se o esplendor radiante daquela cidade que nos está prometida morada.


Quanto ao "muro da cidade" vemos alguns elementos interessantes; Assim como as 12 portas têm os nomes dos 12 príncipes de Israel, o muro tem 12 fundamentos com os nomes dos 12 Apóstolos do Cordeiro (Apocalipse 21:14); É desta referência específica que obtemos a conclusão óbvia de quem são os 24 Anciãos diante do Trono (Apocalipse 4:4) sendo a junção de 12+12=24.


A altura do Muro de 140 côvados ou 64 metros é construída em Jaspe com a base adornada de outra variedade de pedras preciosas;

Imagine-se então um muro de 64 metros de altura circundando uma cidade de 2400 Km de altura, largura e comprimento, totalmente construído em materiais preciosos cujo brilho e cor criam um espectáculo de Luz magnífico de se contemplar.


A referência ao "Cristal resplandecente" (krystallízō) de (Apocalipse 21:11), assim como ao "Vidro puro" (hýalo katharō) de (Apocalipse 21:18) e ao "Vidro transparente" (hýalos diaugēs) de (Apocalipse 21:21) associados ao aspecto desta Cidade, descrevem uma cidade cuja construção tem como base o Ouro, em junção com outros materiais preciosos e estruturas semi-transparentes, como as pedras translúcidas que a Luz atravessa revelando sua textura ao detalhe. 


Esta mesma propriedade cristalina e transparente está associada ao Trono de Deus e ao "mar de vidro semelhante ao cristal" descrito em (Apocalipse 4:6).

O termo "transparente" (diaugázō) quer literalmente dizer "deixar passar a Luz", sendo também o mesmo termo grego que se refere à "Aurora", ao momento em que a Luz atravessa as trevas da noite, para iluminar o dia.


O Livro de Provérbios faz uma analogia ao caminho dos Justos, que é um símbolo para Jesus O caminho (João 14:6) de onde não nos devemos desviar (Isaías 30:21) e diz o seguinte: "Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito." (Provérbios 4:18).

A ideia de uma luz que brilha mais e mais, até ao romper do dia perfeito, é uma óptima figura do que é a vida do crente na Terra até chegarmos a esta grande "Cidade nos céus"!

A nossa vida de santidade e santificação é o brilho da Luz de Jesus em nós, até que um dia O veremos o Seu brilho face a face quando vivermos em comunhão eterna com Ele, o símbolo do "dia perfeito".


A referência às 12 portas comparadas a 12 pérolas  (Apocalipse 21:21) também descrevem mais do que a aparência luxuosa da estrutura da cidade, e em figura nos apontam para Jesus "A porta" das ovelhas (João 10:7-9) onde está a entrada para a Vida eterna neste lugar; O número 12 sempre trata da perfeição do plano de Deus para a eternidade, e essa perfeição está em Jesus! 

Ele também é a Pérola de grande valor, que dá acesso ao Reino dos céus (Mateus 13:45-46), por quem vale a pena abdicar de tudo para a obter.

Não é de todo à toa que estas referências estão presentes nesta descrição, e sua função é muito mais do que somente revelar o aspecto da beleza física daquele lugar.

A beleza espiritual presente nestes detalhes é demasiado preciosa para passar ao lado do leitor menos atento.


A referência às Pedras Preciosas que compõe os fundamentos do muro que circunda a cidade (Apocalipse 21:19-20) têm também seu fundamento na interpretação do texto.

Estes 12 fundamentos conforme diz a passagem eram compostos das seguintes pedras preciosas por ordem de descrição: "O primeiro fundamento era jaspe; o segundo, safira; o terceiro, calcedónia; o quarto, esmeralda; O quinto, sardónica; o sexto, sárdio; o sétimo, crisólito; o oitavo, berilo; o nono, topázio; o décimo, crisópraso; o undécimo, jacinto; o duodécimo, ametista."


Há uma curiosidade ciêntifica que associa todas estas pedras preciosas dentro de um aspecto comum a todas.

As pedras preciosas ou gemas, podem ser distinguidas por 2 características particulares, sendo catalogadas por Isotrópicas, ou Anisotrópicas

Gemas isotrópicas e anisotrópicas são classificadas com base na forma como suas propriedades ópticas variam com a direção. As gemas isotrópicas têm propriedades uniformes em todas as direções, como um diamante, enquanto as anisotrópicas, como turmalina, a crocidolita, ou água-marinha, exibem diferentes propriedades ópticas dependendo da direção da luz.

Mas há uma particularidade que só recentemente se descobriu para trazer novas revelações acerca da interpretação deste texto; Os avanços científicos e tecnológicos mais recentes, é que permitiram a criação da luz polarizada cruzada, que pode ser usada para identificar mais facilmente se uma gema é anisotrópica ou isotrópica

Quando vistas debaixo da exposição directa da luz polarizada cruzada (semelhante à luz pura radiante), as gemas anisotrópicas produzem um espectro de cores refletindo todas as cores do arco-íris exibindo uma natureza distinta chamada de pleocroísmo, enquanto as pedras isotrópicas perdem toda a sua cor e aparecem pretas.


A Lista de pedras preciosas descritas por João dos fundamentos do Muro da Cidade, são potencialmente todas anisotrópicas;

É necessário porém fazer uma análise pedra a pedra, com atenção a alguns factos:

"Jaspe" (iaspis); "Safira" (sáppheiros); "calcedónia" (chalkēdṓn) "Esmeralda" (smaragdos); "Sardónica" (sardonyx); "Sárdio" (sardion); "Crisólito" (chrysolithos); "Berilo" (bēryllos); "Topázio" (topazion); "Crisópraso" (chrysoprasos) "Jacinto" (hyakinthos); "Ametista" (amethystos);


3 gemas nesta lista porém que podem variar entre isotrópicas e anisotrópicas dependendo do tipo de composição. A tradução dos nomes destas Pedras particulares não impossibilita a variedade de composições em exclusividade.

A "calcedónia" em si é isotrópica, mas é comumente confundida pela "crocidolita" que é anisotrópica; Na família das calcedónias existem muitas variedades anisotrópicas.

A "sardónica" por exemplo é um tipo de "ónix" da família das "calcedónias", como também a "sárdio" e podem variar entre isotrópicas e anisotrópicas dependendo do tipo de composição; um exemplo disto é a "sardónica cornalina" que é anisotrópica.

A gema "Crisólito" tem no próprio nome o significado de "pedra de ouro" e, ao longo do tempo, foi usado para se referir a diferentes pedras preciosas, incluindo crisoberilo, peridoto e topázio (que são anisotrópicas). O termo crisólito oriental foi usado para se referir à safira verde amarelada e crisólito do Ceilão foi usado para se referir à turmalina verde oliva.

Desta forma, dada a grande e abrangente variedade de tipos de gema, é somente natural que a inclusividade da minoria aponte para a tendência da maioria.


Parece evidente que no contexto da "Luz gloriosa" desta cidade, e da escolha precisa destas pedras preciosas que haja uma ordem planeada segundo a qualidade anisotrópica e o pleocroísmo das mesmas.


O conhecimento desta propriedade das gemas é bastante recente, e o Livro de Apocalipse foi escrito há mais de 2000 anos, o que nos indica que João não tinha conhecimento da natureza destas pedras, ou da sua composição, havendo um certo privilégio em descobrir estas curiosidades que por certo nem João estava ciente na altura que as descreveu para nós. 

Então agora sabendo que estas pedras descritas possuem a característica de reflectir as cores do arco-íris pelo pleocroísmo, debaixo da exposição directa da Pura luz, vamos analisar os versículos seguintes e as descrições feitas por João acerca da Cidade Celestial e da Luz que emana dela.


APOCALIPSE 21:22-26


-"E nela não vi templo, porque o seu templo é O Senhor Deus Todo-Poderoso, e O Cordeiro. E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada. E as nações dos salvos andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra. E as suas portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite. E a ela trarão a glória e honra das nações."  (Apocalipse 21:22-26)


As características da Cidade Celestial deixam de incidir nos detalhes de composição ou arquitetura, para se focarem directamente na figura de Deus e Seu Cordeiro, que é Jesus!

Isto é feito para congregar todas as descrições gloriosas desta cidade na Pessoa do Deus bendito, e na Glória da Sua Trindade que é o verdadeiro Tesouro dos Céus.


A ideia de que a Cidade "não necessita de sol nem de lua", leva algumas pessoas a crer que eles não existirão mais, o que não é verdade, pois a escritura apenas diz, que nessa cidade eles não serão "necessários" no sentido de cumprir com as funções de iluminar o dia e a noite, pois nesta cidade, como também refere "não haverá noite" apontando para a Luz da Glória de Deus em Jesus ali brilhando para sempre. 

Os astros foram criados por Deus para serem eternos (Salmos 148:3-6) havendo nesses dias apenas uma restruturação dos céus, onde continuarão a existir, manifestando e proclamando a glória de Deus (Salmos 19:1).


Não haverá também "Templo" como um templo físico semelhante ao Templo da Jerusalém Terrena, pois não haverá mais distância entre nós e Deus, e nós estaremos onde Ele tem a Sua habitação eterna (Actos 7:48-49). Como diz o versículo "o seu templo é O Senhor Deus Todo-Poderoso, e O Cordeiro", em perfeita comunhão connosco, que também somos feitos templo santo no Senhor por Jesus a nossa Pedra de esquina (Efésios 2:18:22).


A razão porque as pedras preciosas dos versículos (Apocalipse 21:19-20) têm as características de serem anisotrópicas e possuírem pleocroísmo é agora revelada quando a escritura afirma que "a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada";

Esta ideia das Nações do salvos andarem eternamente "à sua Luz" evoca a natureza da "Shekhinah", como a Glória de Deus brilhando por meio de Jesus e do Espírito Santo de um modo que encherá aquela cidade dum espectáculo de cor, brilho e luz sobrenaturais, cuja beleza será por certo indescritível. 


Jesus é a Luz do mundo (João 8:12), não só deste mundo que conhecemos mas igualmente do vindouro que ainda não podemos contemplar.

A Sua pura luz, incidindo sobre os fundamentos do muro da cidade e suas pedras preciosas, reflectindo as cores do arco-íris por milhares de quilómetros fará com que aquela cidade seja visível praticamente de qualquer lugar da Terra habitada.


Por isso lemos novamente no último capítulo a repetição desta afirmação de Jesus ser Aquele que a iluminará: "E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os ilumina; e reinarão para todo o sempre." (Apocalipse 22:5). 

A referência de não "haver mais noite", indica que naquela cidade, ainda que continuem a haver os ciclos de noite e dia, a cidade em si não será afectada, pois o resplendor da Glória de Deus fará dela um farol para conduzir todas as Nações da Terra até ao Senhor Jesus que ali terá o Seu Trono eterno junto a Deus Pai!


A indicação subliminar ao brilho do arco-íris por meio das pedras preciosas (Apocalipse 21:19-20) e do "arco celeste" junto ao trono (Apocalipse 4:3) relembram da Aliança eterna feita entre Deus e a Terra (Génesis 9:12-13) que permanecerá eternamente evocada no brilho daquela cidade que permanecerá para sempre como um símbolo da fidelidade de Deus em toda a Sua Glória.

Agora já no fim da Bíblia voltando para trás até ao primeiro capítulo de Génesis, podemos entender melhor o simbolismo e significado das Palavras do Senhor Deus, quando diz ao Filho para "resplandecer a Sua Luz" sobre a Terra em Trevas (Génesis 1:3).

A tradução hebraico do versículo diz: "VAYOMER (E disse) ELOHYM (Deus:) YËHY OR ( haja luz) VAYËHY-OR (e houve luz)".

Nas Escrituras e na declaração dos profetas é fácil entender-se como é que “A Luz” aqui revelada é O Próprio Senhor Jesus;

A primeira evidência está nas palavras de João que trazem literalmente luz ao mistério deste versículo de Génesis e é nessas palavras que vamos começar a ver a associação da Luz de (Génesis 1:3) ao Próprio Filho de Deus ali representado Junto do Pai e do Espírito no princípio da Criação.


No princípio era O Verbo, e O Verbo estava com Deus, e O Verbo era Deus.

Ele estava no princípio com Deus.

Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez.

Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.

E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.

João 1:1-5


"Haja Luz" (Gênesis 1:3) – Do verbo הָיָה “hayah“ significa: ser; estar; vir a ser ou a se tornar; vir a aparecer;

O significado de qualquer termo em Hebraico depende da voz da forma verbal (activa; passiva; reflexiva) e do modo verbal (Exortatório; Imperativo; Jussivo).

Aqui neste versículo em questão, este verbo está conjugado na forma activa e no modo Jussivo -יְהִי “yehi“ = "que apareça a luz".


A tradução mais correcta seria portanto algo do género:

"E disse Deus: apareça a Luz e apareceu a Luz" ou ainda "E disse Deus: manifesta a tua Luz e a sua luz se manifestou";


O modo Jussivo usado no termo hebraico original faz parte dos modos volitivos do Hebraico que expressam a vontade do orador, e possuem significados de ordem, juramento ou desejo.

O modo jussivo demonstra o desejo do orador em relação à terceira pessoa do singular (ele) – e é justamente esse modo que o verbo do verso em estudo, “yehi“, está conjugado.

Os modos exortatório e jussivo geralmente são traduzidos como modos subjuntivos, no presente ou no futuro.

Então vemos que o modo jussivo dá ordem a uma terceira pessoa, e também pode ser traduzido no modo subjuntivo, dizendo objectivamente “que Ele faça aparecer“ ou “que isto seja feito (por Ele)“.


-Ele quem? Agora faz todo o sentido voltar a João capítulo 1;


"Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez." (João 1:3)


-“Que ELE faça aparecer a Luz” é a ordem da 1ª Pessoa à 3ª Pessoa. (Do Pai ao Filho)

Assim sendo, leiam-se agora as passagens de Jesus sendo figurado como a própria Luz nas Trevas:


Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.

João 12:46


Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.

João 9:5


Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.

João 8:12


E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.

João 3:19


Quando Jesus deixou Nazaré para habitar em Cafarnaum, foi cumprida uma profecia de Isaías (Isaías 9:2) a Seu respeito que a escritura declara em (Mateus 4:13,14)

O povo, que estava assentado em trevas, Viu uma grande luz; aos que estavam assentados na região e sombra da morte, A luz raiou.

Mateus 4:16


Jesus é a Luz num mundo de Trevas desde o princípio da Criação!Ninguém verá a Luz da cidade celestial, em toda a sua opulência e Glória, sem primeiro abrir os olhos nesta Terra para ver brilhar a Luz de Jesus!


APOCALIPSE 21:27


-"E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro." (Apocalipse 21:27) Ainda que esta cidade tenha as portas abertas "de dia e de noite" (Apocalipse 21:25), ou seja permanentemente abertas, há no último versículo deste capítulo uma "condição de negação" à entrada nesta cidade. 


A pesar das descrições maravilhosas deste lugar celestial, a escritura faz questão de deixar sempre um "alerta" à consciência do leitor, para que ele considere os seus caminhos, sua vida diante de Deus, e tenha em peso a perda desta bênção.


A expressão "não entrará nela coisa alguma que contamine", já por si só, exclui todo o pecado e todo o Homem que é pecador por sinal; Mas sabemos porém, que o pecador que foi lavado e Justificado (1 Coríntios 6:11) tem acesso directo, e livre entrada nesta cidade.


O Senhor Jesus falando simbolicamente da "impureza espiritual", faz uma declaração sobre o "interior do Homem" como a fonte da contaminação (Mateus 15:18-20).

Ainda que o versículo só dê depois 2 exemplos sucintos, como o que comete "abominação" e a "mentira", sabemos que a lista de pecados que contaminam o homem é bem mais abrangente: Os Covardes, incrédulos, abomináveis, Injustos, fornicadores, idólatras, adúlteros, efeminados, sodomitas, ladrões, roubadores, avarentos, bêbados, maldizentes  os cães, feiticeiros, homicidas, mentirosos, invejosos, glutões, e todas as coisas "semelhantes a estas" NÃO HERDARÃO O REINO DE DEUS (Apocalipse 21:8) (Apocalipse 22:15) (1 Coríntios 6:9-10) (Gálatas 5:21);


Para que não haja ninguém a desculpar pecados que não são aqui descritos, lembramos que, as "coisas semelhantes a estas" refere-se aos pecados não listados, mas que têm em comum com esta lista a prática de tudo aquilo que é contrário à santidade de Deus.


Se não houvesse a esperança da Salvação por meio da Graça em Jesus, cada um de nós iria facilmente se enquadrar nesta lista, somente pelos pecados aqui descritos, quanto mais aos que não foram listados. 

Damos graças então ao Deus Bendito, porque Ele também apresenta na Sua palavra a condição necessária para que alguém possa entrar, e não somente a condição de negação aos que ficam de fora. 


O próprio versículo termina apresentando a condição daqueles que podem entrar: "só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro." que é outra maneira de descrever os "Salvos", pessoas convertidas verdadeiramente ao Senhor Jesus por meio do Espírito Santo, mediante uma eleição planeada pelo Pai desde a fundação do mundo.

Muitas doutrinas fazem parte desta obra, e da verdade contida nesta condição, mas pelas palavras do Senhor Jesus, uma declaração básica dada aos discípulos é suficiente, e diz: "E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus." (Mateus 18:3).


A "conversão" (stréphō) literalmente descreve uma virada de 180 graus, uma mudança de direcção de rota ou rumo, para o lugar oposto ao que se dirigia; E reflecte a mudança de vida, de visão do mundo e de todas as coisas terrenas, para uma visão espiritual (Romanos 12:2), em que as coisas celestiais são a prioridade (Colossenses 3:1-2).

A conversão é um modo de viver coerente e contínuo, que é não segundo a carne (como o mundo sem Deus anda) mas segundo O Espírito (Romanos 8:1).


A ideia de alguém se "fazer como menino" aponta para um carácter de inocênciahumildade e , 3 características típicas das crianças que os adultos perderam por causa da contínua prática do pecado.

Também há subentendida a ideia de que devemos estar diante de Deus em sujeição e obediência, como um menino está diante da autoridade de seu pai a quem respeita e reverencia. 


O Reino dos céus, e a Cidade Celestial são o lugar de morada do Deus eterno, e de todos os que são feitos Filhos de Deus! Aqueles que têm seu nome escrito no Livro da vida do Cordeiro, são igualmente aqueles que João descreve da seguinte forma: "Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome;" (João 1:12). Estes que igualmente "guardam os seus mandamentos", são aqueles que poderão "entrar na cidade pelas portas" (Apocalipse 22:14).


As portas dessa cidade jamais se fecharão, para deixar evidente para todo o sempre que todos os que habitam no céu são somente os crentes convertidos, fiéis, obedientes, que foram glorificados com corpos perfeitos e imortais onde o pecado que está associado à morte, não existirá jamais (1 Coríntios 15:53-54). 


O velho testamento dá testemunho profético de que Sião, a Nova Jerusalém vindoura, seria um lugar santo, onde os "estranhos" não passariam jamais por ela. Esta profecia trata de um tempo depois do Juízo de Deus se levantar sobre a terra, e O Senhor Deus se exaltar sobre todos, habitando eternamente com o Seu povo na Cidade que Ele escolheu para o centro desse Reino eterno (Joel 3:17); Lembramos ainda que muitos ditos "crentes" também ficarão de fora desta cidade, como os Homens de (Mateus 7:23) que eram religiosos, porém "estranhos" aos olhos de Jesus, que deles dizia: "nunca vos conheci".


Isaías fala de um "Caminho santo" destinado a todos os que Deus chama, que leva a Sião, o nome dado à Jerusalém eterna:


E ali haverá uma estrada, um caminho, que se chamará o caminho santo; o imundo não passará por ele, mas será para aqueles; os caminhantes, até mesmo os loucos, não errarão.

Ali não haverá leão, nem animal feroz subirá a ele, nem se achará nele; porém só os remidos andarão por ele.

E os resgatados do Senhor voltarão; e virão a Sião com júbilo, e alegria eterna haverá sobre as suas cabeças; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido.

Isaías 35:8-10


Ainda que você se diga "crente", se o lugar por onde os seus pés têm andado, não pode ser chamado de "caminho santo", saiba que você não está a andar no caminho que leva a esta cidade neste lugar!

Aos restantes "caminhantes", que não têm "errado no caminho", a promessa de Jesus ainda permanece garantida:


Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.

Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.

E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.

Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho.

Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?

Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.

João 14:1-6




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