APOCALIPSE 21 -8 a 9
- APOCALIPSE 21:8
"Mas, quanto aos covardes, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte."(Apocalipse 21:8) Se por um lado, os "Filhos de Deus" e "vencedores" têm entrada garantida nessa nova Criação e Reino de Justiça, os restantes que não recebem o título de "filhos de Deus", ficarão de fora.
Há quem pense ainda, que "todos sem excepção são filhos de Deus", incluindo até os que praticam fé noutros deuses em suas religiões pagãs.
Ainda há aqueles que professam fé em "outro jesus" que não O verdadeiro, crendo assim que estão incluídos na promessa de Deus do versículo anterior, embora estejam altamente equivocados caminhando para a perdição.
Crer que existe um "deus" não é a mesma coisa que crer no "Deus" que existe; da mesma forma que Jesus salva todo o tipo de pessoas, mas não é todo o tipo de "jesus" que salva;
Somente O Jesus Filho de Deus tem poder para salvar (Hebreus 4:14).
Nós sabemos que "a vitória é a nossa Fé em Cristo Jesus" (1 Coríntios 15:57) (1 João 5:4), e que "quem não crê Nele já está condenado" (João 3:18), contudo o versículo aqui não se refere propriamente aos que ficam de fora como "os que não crêem", mas sim, lista uma série de pecados que descrevem o carácter de quem não é considerado "vencedor".
Isto para que fique evidente que os "vencidos" são aqueles que em vez de se entregarem a Deus em sujeição para serem libertos da corrupção da carne, são aqueles que se entregaram ao mundo para viverem em pecado.
Pedro diz: "Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo." (2 Pedro 2:19).
O propósito é mostrar o carácter natural daqueles que rejeitam a Jesus, entregando-se invés ao serviço do pecado, para justificar e esclarecer de seguida o destino que lhes está reservado.
A Lista refere portanto:
-Os "Covardes" (deilós) também traduzido por "tímidos" como alguém que tem vergonha de assumir a sua fé em Jesus, ou receio de se posicionar com firmeza acerca do conhecimento de Deus e da Sua Palavra, diante do mundo (2 Timóteo 1:7). Este pecado é o que está descrito em (Apocalipse 13:8-15) que fará com que muitos adorem o Anticristo por covardia, sendo descritos como aqueles "cujos nomes não estão escritos no Livro da vida".
Os "covardes" aqui descritos não são meramente pessoas de pouca coragem para enfrentar situações de perigo em circunstâncias banais, mas especificamente aqueles que quando é pedido deles fidelidade para defenderem sua fé e convicções, por medo, cedem à pressão do mundo para com ele se conformarem.
Isto é o que vai fazer com que muitos aceitem a marca da Besta na Tribulação com medo da morte (Apocalipse 13:15). Aqueles que temem o mundo e não temem a Deus (Mateus 10:28) receberão de Jesus, ou a honra, ou a rejeição (Mateus 10:32-33).
Como aconteceu nos dias de Jesus, ainda hoje acontece porque muitos homens têm por mais importante serem bem vistos diante dos outros, do que serem bem vistos aos olhos de Deus, e acerca deste tipo de cobardia lemos: "Apesar de tudo, até muitos dos principais creram Nele; mas não O confessavam por causa dos fariseus, para não serem expulsos da sinagoga. Porque amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus." (João 12:42-43).
Paulo por certo quando disse "não me envergonho do Evangelho" em sua mensagem de encorajamento (Romanos 1:16) tinha em sua lembrança as palavras do Senhor Jesus que disse: "Porque, qualquer que de Mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará O Filho do homem, quando vier na sua glória, e na do Pai e dos santos anjos." (Lucas 9:26).
- Os "Incrédulos" (ápistos) são os que estão "sem fé"; os descrentes, ou resistentes à Verdade, relativistas, e duros de coração (Actos 7:51) (Filipenses 1:28). Na bíblia eles também são vistos como aqueles que não confiam em Deus (Salmos 78:22) e têm prazer na iniquidade (2 Tessalonicenses 2:12).
A Bíblia indica que "sem Fé é impossível agradar a Deus" (Hebreus 11:6), e que na verdade quem não crê, é porque não faz parte dos que são Seus (João 10:25-26).
Os filhos de Deus sinceros, não só crêem, mas vivem na fé diariamente ao contrário dos incrédulos, que vivem entre a fé e a dúvida, preferindo permanecer ou na oposição ou na neutralidade, ora a dar passos em frente ora a retroceder voltando para o mundo, os quais a palavra garante que o fazem para sua própria perdição (Hebreus 10:38-39).
Os incrédulos têm a "sua mente e consciência contaminados" pelo endurecimento do pecado, de tal forma que muitos até se fazem passar por crentes, afirmando "conhecer a Deus" mas "O negam com as suas obras" (Tito 1:15-16) sendo Inimigos da cruz de Cristo, "cujo Deus é o seu próprio ventre" (Filipenses 3:18-19).
Estes os que vivem tanto no ateísmo ou no agnosticismo, assim como os religiosos da emoção que vivem uma fé fingida, todos vivem na incredulidade e dureza à semelhança do povo Judeu no deserto que viu com seus olhos a glória de Deus, contudo permaneceram em resistência, sendo aqueles que Deus garante em tom absoluto que não entrarão no "Seu repouso" (Hebreus 3:19).
Assim como os Judeus viram o poder de Deus e preferiram confiar num ídolo de ouro criado por eles (Êxodo 32:4) hoje também existem aqueles que têm provado da misericórdia e do amor de Deus, mas preferem voltar para o mundo e suas idolatrias (2 Pedro 2:20-22)
-Os "Abomináveis" (bdelýssō) são aqueles que Deus considera como algo insuportável de tolerar; o próprio termo refere-se a algo aberrante, detestável, execrável, repelente e odioso.
O termo aqui no particípio passivo está associado à participação e prática de comportamentos e actividades que Deus considera absolutamente repugnante.
O sentido aplicado também alude à ideia de algo sujo, torpe, imundo, indigno e contaminado, de forma a justificar a razão porque estas coisas não têm de modo algum lugar no reino dos céus (Apocalipse 21:27).
Em (Apocalipse 17:4-5) vemos o "cálice da grande babilónia" cheio de abominações, de tal modo que é comparada a uma "grande prostituta" (Apocalipse 17:1) e chamada da "mãe das prostituições e abominações da terra" (Apocalipse 17:5).
Esta é a Igreja secular, a religiosidade hipócrita e a impiedade disfarçada de santidade, que carrega o nome da cidade da Babilónia do antigo império Persa, conhecida como o berço da idolatria, do misticismo e do paganismo.
Há que entender bem a associação que há entre o termo abominável e a religião morta aos olhos de Deus para se considerar com prudência, que tipo de fé é aprovada por Deus, e qual a diferença da que Deus literalmente abomina.
A Bíblia nos esclarece que Deus claramente odeia todo o pecado (Salmos 5:4-5), contudo, há pecados específicos que Deus não só odeia, como Abomina, adicionando um acréscimo de indignação e afronta a tais pecados; Um belo exemplo está no Livro de Provérbios, que demonstra como Deus odeia certos pecados, citando 6 específicos, contudo o 7º Ele abomina (Provérbios 6:16-19); A ideia do pecado que Deus abomina ser precisamente o 7º, é para demonstrar o "ódio perfeito", buscando o simbolismo do Número 7 na Bíblia que trata da perfeição do carácter santo de Deus e Sua obra, face à realidade temporária da Terra.
Davi, o Homem segundo o coração de Deus, cujas palavras no Livro de Salmos muitas vezes são associadas directamente à voz de Deus, diz acerca dos que se levantam contra Ele: "Odeio-os com ódio perfeito; tenho-os por inimigos" (Salmos 139:22); O mesmo homem que disse: "Abomino e odeio a mentira; mas amo a tua lei." (Salmos 119:163).
Fica evidente que quanto mais amamos a Deus mais partilhamos da Sua mente e coração, ao ponto de odiarmos e abominarmos o pecado, da mesma forma perfeita com que Deus odeia e abomina aquilo que Lhe afronta.
Se alguém diz que ama ao Senhor e Deus eterno, O Deus santo e glorioso, mas não odeia o pecado, nem se incomoda com as afrontas feitas a Ele, na verdade é nada mais que um religioso.
Deus ordena que seja ensinado entre o Seu povo o pêndulo moral correcto que procede da Sua própria Santidade, como diz Ezequiel :"a distinguir entre o santo e o profano, e o farão discernir entre o impuro e o puro." (Ezequiel 44:23), e isto para que nos possamos separar de tudo aquilo que Deus nos mostra nesta passagem de Apocalipse 21, que não tem parte com o Reino de Deus.
Ter uma boa consciência pura que procede da Fé verdadeira (1 Timóteo 3:9) é o que nos impede muitas vezes de "naufragar na fé" (1 Timóteo 1:19); Essa boa consciência é nada mais do que amar as coisas que Deus ama e odiar as coisas que Deus odeia, discernindo se vivemos alinhados com essa ordem natural que o Diabo faz tudo para inverter.
Vivemos num mundo por exemplo, onde é considerado muito pior julgar o mal do que praticá-lo, e isto porque o "mundo que jaz no maligno" (1 João 5:19) tem uma consciência completamente oposta do que realmente é luz e Trevas.
Por isso Deus nos dá na Sua palavra um alerta do perigo que é inverter os valores morais aprovando aquilo que Deus considera abominável: "Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!" (Isaías 5:20); A esta postura de inversão de valores, convém sempre lembrar que Deus também abomina: "O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, tanto um como o outro são abomináveis ao Senhor." (Provérbios 17:15).
A bíblia segundo a Lei de Moisés passada por Deus no Antigo Testamento nos dá uma vasta lista de pecados e comportamentos considerados abomináveis, em alguns exemplos como: comer a carne de animais ilícitos (Levítico 11:10-43); a prática da homossexualidade (Levítico 18:22); a prática da bestialidade ou sexo com animais (Levítico 18:23-26); o acto de trasvestir (Deuteronómio 22:5); o consumo impróprio do sacrifício (Levítico 19:7); A adoração de ídolos (Deuteronómio 7:25-26); o sacrifício de crianças (Deuteronómio 12:31) Oferecer um sacrifício imperfeito (Deuteronómio 17:1); Adorar outros deuses incluindo os astros (Deuteronómio 13:13-14) (Deuteronómio 17:3-4); a feitiçaria, magia, adivinhação ou consultar os mortos (Deuteronómio 18:10-12); Oferecer ao templo dinheiro ganho através de práticas pecaminosas e ilícitas (Deuteronómio 23:18) aceitar de volta uma mulher depois do divórcio (Deuteronómio 24:4) entre outras.
Alguém podia dizer que estas proibições estavam associadas à Lei de Moisés, e nós estamos debaixo da Graça para tentar aligeirar o termo "abominável", e quem sabe até desculpar alguns destes pecados, hoje modernizados e culturalmente aceites, contudo, a Graça somente veio trazer o perdão dos pecados por meio do arrependimento, e não abolir o pecado para aprová-lo aos olhos de Deus (Romanos 6:14-15); Ele continua sendo O mesmo Deus, e aquilo que outrora era abominável, ainda permanece abominação; por isso Jesus afirma que "não veio destruir a Lei, mas cumpri-la" (Mateus 5:17).
(UM APARTE DE ALERTA)
Sim, é verdade que certos "legalismos" do Antigo Testamento, debaixo da Graça não têm mais o seu peso (Como o que comer e não comer -1 Coríntios 6:13 -1 Timóteo 4:3-5-), pois faziam parte do plano de Deus de saturar a vida do povo Judeu com imposições da Lei de modo a que percebessem que o pecado traz jugo de servidão, e que não se podiam salvar a si mesmos, pois a salvação sempre esteve na Graça pela Fé que há em Jesus O Cordeiro de Deus, e não na observância da Lei (Gálatas 3:21-26) (Romanos 3:19-31) (Romanos 8:1-4).
Contudo, e é importante que fique claro, que isto não se aplica, de forma a que a prática do pecado fique desculpado ou permitido debaixo da Graça (Romanos 6:1-2).
Todos os pecados que envolvem idolatria, promiscuidade sexual, perversão da ordem de Deus na natureza, práticas ocultistas de invocação de espíritos, adoração pagã, homicídio, contaminação com qualquer prática que envolva uma má consciência, rebelião contra a Santidade de Deus ou participação voluntária com qualquer coisa que Deus odeia, são e serão sempre pecados condenáveis.
A razão porque os "Abomináveis" "ficarão de fora" é porque o que todos têm em comum é o facto de estarem em rebelião professa contra a Lei de Deus, não só a escrita nas tábuas da Lei, como a gravada em seus corações (Romanos 2:14-15); Isto porque esta Lei é a expressão do carácter de Deus Santo, razão porque no contexto da aplicação da Lei dada ao povo, é dito: "Porque Eu sou O Senhor, que vos fiz subir da terra do Egito, para que Eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque Eu sou santo". (Levítico 11:45).
Os abomináveis portanto, são aqueles que acima de tudo cometem os pecados de abominação pois primeiramente não obedecem à Lei da separação que Deus institui para o Seu povo (Deuteronómio 18:9) (Ezequiel 44:23) não amam a Santidade nem a Santificação, sem a qual "ninguém verá a Deus" (Hebreus 12:14) e têm suas consciências por isso contaminadas (Tito 1:15-16).
-Os "Homicidas" (phoneús) são literalmente aqueles que atentam contra a vida dos outros; João, contudo, dá ao termo "Homicida" uma conotação ainda mais dramática, associando-o não só aos criminosos assassinos, como igualmente aos irmãos que odeiam outros irmãos, esclarecendo a razão porque os homicidas estão incluídos nesta lista dizendo: "vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele" (1 João 3:15).
Por alguma razão, vemos que o Homicídio é o primeiro pecado praticado assim que o Homem é expulso do Jardim do Éden (Génesis 4:8). Da "desobediência" ao "Homicídio" foi apenas um passo, e desde o livro de génesis que a humanidade diante de Deus é descrita como "criminosa" (Romanos 3:9-12) apontando para a transgressão da Lei como a natureza do pecado e da rebelião (1 João 3:4).
A única forma de um "Homicida" que tira a vida de outro tem de entrar no reino de Deus, é se Jesus der a Sua vida por ele; Como no episódio de Caim e Abel, vemos um justo morrer às mãos de um injusto, assim a escritura se refere a Jesus: "O Justo pelos injustos" (1 Pedro 3:18) tipificando Abel como O Cristo por vir em tom profético.
Desta forma, vemos que os Homicidas aqui descritos são igualmente pessoas sem Jesus, entregues à violência e ao ódio vivendo como criminosos diante de Deus até o dia do Juízo!
-Os "Fornicadores" (pórnos) Aqui são descritos como os "sexualmente imorais", sendo que o próprio termo no grego original deu origem à palavra "pornografia".
O termo "fornicação" e "fornicadores" na Bíblia tem um sentido amplo e inclui, toda a prática do pecado que envolve a imoralidade sexual, e a entrega à sensualidade, no sentido de alguém que se entrega aos apetites e paixões carnais, por isso está muitas vezes associada à "Impureza" (Efésios 5:3) (Colossenses 3:5) que também produz a "lascívia, luxúria e adultério" (Gálatas 5:19); E ainda, inclui por simbolismo espiritual a cumplicidade com o mundo e sua decadência e corrupção, em traição a Deus e à Sua Verdade (Apocalipse 2:21) (Apocalipse 17:2-4) (Apocalipse 18:3) (João 8:41).
O termo "Sensuais" em grego (psychikós) descrito por Judas quando diz: "Estes são os que a si mesmos se separam, sensuais, que não têm o Espírito." (Judas 1:19), que "andam segundo as suas ímpias concupiscências" (Judas 1:18) descreve a "sensualidade" como a base do carácter animal, quando um pessoa se assemelha em comportamento com os animais que vivem dos seus instintos mais básicos seguindo somente a sua natureza; Por isso na escritura a comparação do Homem ao animal é sempre no sentido da vergonha (2 Pedro 2:12) (Judas 1:10).
Esta "sensualidade animal" é a base de todos os pecados de origem sexual e da decadência comportamental que corrompem o espírito.
Por isso é somente natural que uma sociedade que despreze que somos criação de Deus, para acreditar que a humanidade é fruto de uma "evolução animal", esteja completamente entregue à promiscuidade sexual e à decadência, onde toda a espécie de aberrações e perversões são consideradas "comportamento normal".
Precisamente por serem pecados que dominam sobre a carne na sua natureza mais básica e primitiva, é que são comparados aos animais e à completa ausência de senso de moralidade e dignidade; A fornicação é um pecado gravíssimo que impede a Santificação, sendo descrito como "paixão da concupiscência", a natureza comum daqueles que são estranhos a Deus (1 Tessalonicenses 4:3-5);
Não é à toa portanto que se veja durante a Tribulação e os juízos de Deus na terra, dizer dos Homens que habitarão na terra nesses dias: "não se arrependeram das obras de suas mãos, para não adorarem os demónios, e os ídolos de ouro, e de prata, e de bronze, e de pedra, e de madeira, que nem podem ver, nem ouvir, nem andar. E não se arrependeram dos seus homicídios, nem das suas feitiçarias, nem da sua fornicação, nem dos seus furtos." (Apocalipse 9:20-21).
Por isso Paulo, sabendo que há crentes a viverem no pecado da fornicação, apela ao bom senso em consciência, pois viver nesse pecado sem arrependimento, tem mais em comum com as pessoas da tribulação que sofrerão os juízos, do que com os filhos de Deus santos que escaparão desses dias terríveis; Assim sendo, Paulo após frisar a abstinência da fornicação (1 Tessalonicenses 4:3) adverte com as seguintes palavras: "Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação.
Portanto, quem despreza isto não despreza ao homem, mas sim a Deus, que nos deu também o seu Espírito Santo." (1 Tessalonicenses 4:7-8).
A fornicação é um pecado associado ainda à imundícia, por isso a escritura nos ensina a fugir de qualquer circunstância que nos possa enlaçar a viver dessa forma (1 Coríntios 6:18-20).
A razão porque os "fornicadores" estão incluídos nesta lista é bem clara: "Porque bem sabeis isto: que nenhum fornicador, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus." (Efésios 5:5)
-Os "Feiticeiros" (phármakos) segundo o significado do grego original, de onde vem o termo "farmacêutica", eram aqueles que preparavam e recorriam ao uso de drogas ou substâncias que actuavam pra criar estados alternativos de consciência, e praticarem bruxarias ou outras actividades de cariz ocultista.
O termo não trata de referir pessoas que tomam medicamentos de farmácia, porém o termo pode referir-se também actualmente a todo o tipo de pessoas que vivem permanentemente debaixo do uso de "antidepressivos" que causam torpor ou dormência dos sentidos como supressores da consciência.
No período da tribulação na Terra debaixo dos juízos de Deus, vemos que as pessoas também não se arrependiam das suas "feitiçarias" (phármakos) em (Apocalipse 9:21).
Vivemos em dias onde é notório o interesse em consultar a "astrologia", e o "Tarot", as idas à "bruxa", a "cartomancia", os panfletos de "mestres espirituais" que curam à distância através de magias, as "regressões às vidas passadas", a "limpeza de chakras" e o culto às "energias" do Yoga, Reiki, Osho e afins; os festivais de transe e o uso de cogumelos alucinogénios, entre muitas outras formas de "feitiçaria modernizada".
Embora achemos muitas vezes que a "feitiçaria" do passado, é coisa do passado, ela está bem presente na nossa sociedade, e na vida de muitas pessoas à nossa volta.
Habitualmente, as mesmas pessoas que aderem a este tipo de práticas, também são as mesmas que têm acompanhamento psiquiátrico e terapêutico permanente, o que não é de estranhar; sendo também o mesmo tipo de pessoas que estão recorrentemente debaixo de "antidepressivos" e "calmantes".
O curioso é notarmos que no Novo testamento, as únicas vezes que vemos este termo e referência a "feiticeiros" ocorre somente no Livro de Apocalipse, no contexto da Tribulação, do juízo do lago de fogo e do impedimento a entrar no reino de Deus (Apocalipse 9:21) (Apocalipse 21:8) (Apocalipse 22:15) e por excepção uma só vez no Livro de Gálatas quando descreve as "obras da carne", referindo que os que "cometem tais obras não herdarão o reino de Deus" (Gálatas 5:19-21).
Será que no contexto destes dias do fim, haverá assim uma abundância tão grande de "Bruxaria" somente no sentido mais literal da tradução, ou que nesses dias, haverá uma aderência grande a este tipo de filosofias místicas, e igualmente um consumo excessivo e abundante de "drogas" e "substâncias" através das quais muitas pessoas no reinado do Anticristo usarão como escape para aliviar suas consciências e entregarem-se à prática da decadência?
Vários estudos têm indicado percentagens inacreditáveis de pessoas a aderir a seitas e filosofias místicas da Nova Era, que usam drogas para entrarem em estados alternativos de consciência como a "Ayahuasca", a "Cetamina" e a "Cannabis" numa espécie de Xamanismo modernizado.
A própria "euforia" que a ideia de espiritualidade mística dá, altera a consciência até na sua forma mais básica, através da adrenalina, dopamina, e serotonina (substâncias que o próprio cérebro produz, responsáveis pela sensação de excitação, motivação e felicidade).
A referência à religião mundial dos últimos dias liderada pelo Falso profeta é comparada à Babilónia Persa da antiguidade (Jeremias 51:7), na medida em que ela foi o berço do misticismo e da falsa espiritualidade que tem influenciado o mundo e sua cultura (Apocalipse 18:1-6); os termos "beber o vinho", "cálice" e "embriagados" são usados para definir a ideia de suas vítimas não estarem com suas mentes no controlo, referindo-se a esse estado alternativo de consciência, em que alguém está sobre influência directa de algo que o domina.
O interessante é ver como Deus usa a ironia para fazer um contraste simbólico entre Babilónia e o "Cálice do vinho da sua fornicação" em tom de afronta (Apocalipse 17:2-4), com o "Cálice do vinho da Sua Ira" em resposta à indignação (Apocalipse 16:19) (Apocalipse 18:6).
A religião da "emoção" e o "emocionalismo" do falso louvor, têm substituído nos dias actuais até a visão que muitas pessoas têm do "Cristianismo verdadeiro" e da "adoração e ministério verdadeiro"; Desta forma vemos claramente uma associação directa entre a prática do esoterismo religioso, da feitiçaria como culto ao místico e os estados alternativos da consciência e da emoção.
A bíblia é mais actual do que o jornal de amanhã, e quando faz referência à "Feitiçaria" associando-a ao uso de "Drogas" ou a "estados de consciência alterados", não o faz por coincidência.
O filho de Deus deve ser conduzido e guiado pela influência do Espírito Santo de Deus (João 14:26), que é O Espírito da fortaleza, amor e moderação (2 Timóteo 1:7).
Ele nos consola (Actos 9:31) e ajuda em nossas fraquezas enquanto intercede por nós (Romanos 8:26); Ele nos guia em toda a verdade (João 16:13) e nos ensina o que falar (Lucas 12:12); Ele nos dá comunhão uns com os outros (2 Coríntios 13:14); Ele enche a nossa vida de maravilhas e dons (Hebreus 2:4) assim como de esperança e poder (Romanos 15:13); Ele nos ensina a discernir com verdadeira sabedoria espiritual (1 Coríntios 2:13);
Por isso o Diabo incentiva os Homens a entregarem-se à carne para estarem debaixo de outras influências, e estados de consciência, de forma a que a voz do Espírito Santo seja emudecida debaixo do torpor que é a diminuição da sensibilidade ou o adormecimento dos sentidos, do qual Paulo refere que convém despertar (Efésios 5:14).
-Os "Idólatras" (eidōlolátrēs) São aqueles que praticam o culto aos ídolos, ou consultam os falsos profetas; No último capítulo da Bíblia, deixando o apelo final, novamente refere uma lista de quem não entrará nessa cidade celestial, nem receberá a vida eterna, e os Idólatras de novo são incluídos (Apocalipse 22:15).
O termo "idolatria" é a junção de duas palavras gregas "eidos" (forma ou coisa formada) e "latréia" (serviço ou adoração); Ou seja, trata de dirigir a adoração, o louvor, e o culto, às coisas formadas, e pode ser traduzido também como "a adoração de qualquer forma" como qualquer outro tipo de adoração que não a Deus.
Desta forma, o termo é bastante abrangente e não se refere exclusivamente a adorar estátuas ou santinhos, como fazem os católicos, embora este seja o tipo de idolatria mais básico e rudimentar (Êxodo 20:3-5) (Deuteronómio 27:15) (Salmos 115:2-8) (Isaías 42:8) (Isaías 45:20-22) (Jeremias 51:17-18) (Habacuque 2:18-20).
O "culto" ao corpo tem nos dias actuais os ginásios, e as redes sociais como "templo"; o "Louvor" a Deus deu lugar ao louvor de si mesmos, onde os méritos ou benefícios pessoais têm primazia; da mesma forma, muitos "reverenciam" a ciência desprezando a Deus, fazendo dela sua "religião"; Para outros, sua "fé" não está em Deus mas em si mesmos, nos políticos, na sociedade, nos movimentos humanistas que prometem um mundo melhor; Há quem "idolatre" seus parceiros, fazendo deles a prioridade em relação a Deus que logo é sacudido para segundo plano; Muitos "se curvam" diante do dinheiro em quem depositam sua segurança e estabilidade; E a maioria "serve" o seu patrão ou a si mesmos e sua família, desprezando o serviço ao Senhor Jesus para O qual estão permanente de férias ou várias vezes de folga.
O Senhor diz em tom de juízo: "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom." (Mateus 6:24); Sabemos bem que para os "idólatras" é Jesus quem é sempre desprezado, e "Mamom" como símbolo das riquezas do Mundo, é quem permanece seu senhor; Estes são aqueles que "confessam que conhecem a Deus, mas negam-O com as suas obras" (Tito 1:16).
A escritura nos ensina a "fugir da idolatria" (1 Coríntios 10:14); a "guardar-nos dos ídolos" (1 João 5:21); a "mortificar a idolatria da nossa carne" (Colossenses 3:5); porque "quem pratica a idolatria não herdará o reino de Deus" (Gálatas 5:19-21).
-Então O que é mesmo a Idolatria?
É a substituição da Adoração a Deus pelas coisas vãs, atribuindo-lhes a Glória que é exclusivamente devida a Deus.
É a "fé" equivocada, colocada na submissão ao misticismo e superstição inútil;
É buscar a impressão emocional momentânea de Espiritualidade, sem a presença permanente e sobrenatural do Espírito de Deus;
É a devoção interior pelo culto à superficialidade material, substituindo a busca das coisas eternas, pela dependência das coisas passageiras.
É a excessiva confiança no conhecimento de si próprio e na experiência pessoal e o profundo desinteresse pela Autoridade Soberana de Deus.
Muitos "idólatras" ainda, dizem ser somente "crentes não praticantes" para justificarem a negligência ou ignorância face a qualquer questão espiritual que lhes seja apresentada, defendendo que no fundo e apesar disso (de não praticarem) são pessoas "crentes" ou "espirituais, que "respeitam" a Fé em "Deus".
Fica evidente que a razão pela qual elas não "praticam" a sua fé, é porque estão distraídas ou ocupadas "Adorando" outras coisas que não Deus.
Na verdade a idolatria está intimamente associada à incredulidade pois crer num "deus falso", não é fé, mas auto-indução misturada com superstição; Na realidade, estas pessoas que dizem "crer" e são "idólatras" têm tudo em comum com os "idólatras que não crêem".
Há somente 2 tipos de idólatra neste mundo:
-Os que dizem "crer" em "Deus", mas depois negam a Sua Palavra e se curvam perante estátuas, figuras e símbolos pagãos que Deus claramente condena e odeia;
-E os que não crêem em Deus e na Sua palavra, e idolatram o mundo e a sua carne.
O que ambos têm em comum é o desprezo a Deus e à Sua autoridade, enquanto encontram no mundo e na sua imaginação objectos de culto aos quais se entregam para aliviarem a sua consciência em alguma forma de "espiritualidade" pessoal.
É na verdade a incredulidade que motiva ambos a viver desta forma, descansados, sem a real noção de que sua vida pede juízo da parte de Deus.
Quem não tem um compromisso sério e zeloso de realmente adorar a Deus rapidamente acabará adorando-se a si mesmo, ou qualquer outra coisa que não a Deus!
Cozinheiros que nunca cozinham não são cozinheiros; Músicos que não tocam instrumentos não são músicos; pintores que não pintam, não são pintores; Servos que não servem não são servos; Crentes que não crêem, não são crentes.
Os demónios crêem e estremecem (Tiago 2:19), de modo a que se porventura alguém que diz que crê, mas não estremece, está numa condição bem pior da que dos demónios!
A idolatria pode até ter muitas vezes a imagem de Jesus como estandarte, mas sua fidelidade está somente nos benefícios, sem os sacrifícios! É querer "seguir" Jesus, sem ter obedecido aos passos anteriores, de "Negar-se a si mesmo" e "carregar a cruz" (Lucas 9:23).
Aquele que se serve a si mesmo, a si mesmo se fez de Deus!
-Os "Mentirosos" (pseudḗs) Os mentirosos são aqueles que têm por Pai o Diabo (João 8:44); A escritura é clara em relação aos mentirosos e à mentira, quando diz: "Os lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor, mas os que agem fielmente são o seu deleite." (Provérbios 12:22); Isto porque Deus é um Deus de verdade que odeia a boca que se abre para falar engano;
Note-se o que diz a Palavra a respeito: "Guarda a tua língua do mal, e os teus lábios de falarem o engano." (Salmos 34:13) e ainda: "Porque quem quer amar a vida, e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano. Aparte-se do mal, e faça o bem; busque a paz, e siga-a. Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos às suas orações; mas o rosto do Senhor é contra os que fazem o mal." (1 Pedro 3:10-12).
-Se Deus é por nós, quem será contra nós? Mas se Deus é contra nós, quem será por nós?
Paulo diz aos irmãos de Colossos: "Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos, E vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;" (Colossenses 3:9-10).
Devemos entender que a mentira faz parte da natureza caída, e que aquele que nasceu de novo deve ser santo porque Deus é Santo (1 Pedro 1:15-16); Nós fomos feitos à Imagem do Deus vivo (Génesis 1:27) e fomos gerados de novo pela Palavra de Deus viva (1 Pedro 1:3) (1 Pedro 1:23) para uma viva esperança e herança incorruptível!
Por contraste a Jesus e a nós Sua Igreja que somos feitura Sua, o Anticristo aparecerá nos últimos dias "segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira" (2 Tessalonicenses 2:9) e trará engano com o qual levará aqueles que não tinham "o amor à verdade" para o inferno (2 Tessalonicenses 2:10);
Este amor à Verdade, vem de Deus por Jesus e Sua Palavra; É evidente então, que só se deixa dominar pela mentira, quem não "domina bem a palavra da Verdade" (2 Timóteo 2:15).
Nos últimos dias, muitos mentirosos e enganadores se têm levantado à semelhança do Anticristo para enganar e serem enganados, contudo, os Filhos de Deus não enganam com mentiras, nem se deixam enganar por elas (Mateus 24:24).
Os mentirosos, de alguma forma, não só são aqueles que da sua boca parte a mentira, mas igualmente aqueles que acreditam na mentira e a propagam, dando-lhe uma aparência de verdade; os que vivem "enganando e sendo enganados". (2 Timóteo 3:13-17) Daí que seja importante um compromisso sério e Zeloso com a Verdade como Jesus dá exemplo para Seus inimigos (Mateus 22:16).
A escritura bem ensina que: "nada podemos contra a verdade senão pela verdade" (2 Coríntios 13:8), e que nós somos santificados na Verdade que é somente a Sua Palavra (João 17:17).
O mundo por contraste foi entregue à concupiscência dos seus corações para se desonrarem fazendo o que não convém, precisamente porque "Mudaram a verdade de Deus em mentira" para "honrar mais a criatura do que O Criador que é bendito eternamente" (Romanos 1:25); por isso a Bíblia afirma que desde a nascença os ímpios andam em mentira (Salmos 58:3).
Lembramos porém que a mentira é um dos pecados que está na lista daquilo que Deus especificamente "Odeia" (Provérbios 6:16-19).
Nós somos testemunhas de Jesus (Actos 1:8); Testemunhas da Verdade à Sua semelhança (João 18:37) ao contrário do mundo cujas bocas estão cheias de mentira (Provérbios 14:5). Sabemos que vivemos num mundo que prefere ouvir o engano e a mentira porque suas consciências estão cauterizadas para ouvir a Verdade (1 Timóteo 4:1-2);
Dizer a Verdade faz inimigos daqueles que amam a mentira, por vezes até dentro da Igreja (Gálatas 4:16); Porém como filhos de Deus, devemos permanecer fiéis, pois sabemos que Deus destruirá aqueles que falam a mentira (Salmos 5:6) e se alegra daqueles que andam na verdade (2 João 1:4).
Para você que porventura sofre do pecado de ser "mentiroso", saiba que você não teria nenhum prazer em mudar a Verdade, se já tivesse sido mudado por ela primeiro.
Dentro daqueles que herdarão o reino de Deus, e entrarão na cidade celestial pelas portas, há muitos mentirosos, como idólatras, fornicadores, com toda a espécie de pecados desta e outras listas, PORÉM, arrependidos, que mudaram de rumo, havendo sido justificados para uma vida de santidade e santificação, conforme lemos:
Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus?
Não erreis: nem os fornicadores, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.
E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus.
Se alguém está a viver dominado pelo pecado, lembre-se da advertência que segue logo nesta passagem, quando Paulo diz: "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma." (1 Coríntios 6:12)
Quando no final deste versículo de (Apocalipse 21:8) lemos dizer: "a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte." entendemos serem somente aqueles que permaneceram no seu pecado, que viviam praticando aquilo que Deus odeia, rejeitando a Santificação, e desprezando a autoridade de Jesus sobre as suas vidas.
Este Lago é o "INFERNO FINAL" onde "a morte e o inferno" referindo-se ao "Inferno temporário" (Hades) foram lançados (Apocalipse 20:14) aludindo para a ideia de que a "rebelião" finalmente terminou.
Ainda sabendo que do Hades ninguém pode sair, como inferno temporário, a referência ao lago de fogo como O último lugar, serve o propósito de frisar o fim do pecado, da rebelião, da afronta, e das hipóteses dadas por Deus durante todo o período da Terra em que Deus com muita paciência suportou com indignação os "vasos da ira" (Romanos 9:22) e o inferno temporário foi se enchendo de almas perdidas.
Todos os que não tiverem o seu nome escrito no livro da vida estarão um dia neste lugar (Apocalipse 20:15), e lembrar-se-ão dos seus pecados eternamente, e das motivações egoístas e rebeldes do seu coração que impediram o seu arrependimento enquanto a Graça de Deus ainda estava de mão estendida.
A "segunda morte" é a morte eterna em oposição à vida eterna que há em Cristo Jesus (Romanos 5:21)!
E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em Seu Filho.
Quem tem O Filho tem a vida; quem não tem O Filho de Deus não tem a vida.
- APOCALIPSE 21:9
"E veio a mim um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro. " (Apocalipse 21:9) Estas 7 taças cheias das últimas 7 pragas, carregadas por 7 Anjos, referem-se ao momento em que "cálice da Ira de Deus" se encheu até à última gota para ser despejado na Terra como vimos em (Apocalipse 15:1) dizendo que "nelas é consumada a ira de Deus".
Este Anjo que se deslocou para ir até João neste capítulo, é um desses Anjos que despejaram as taças sobre a Terra, muito provavelmente o 7º Anjo que depois de derramar a sua taça no ar, refere-se à consumação da ira de Deus dizendo "está feito" colocando a "grande Babilónia" na mira da atenção de Deus para juízo (Apocalipse 16:17-19).
Este momento é novamente uma lembrança de que os juízos ficaram para trás, e que a rebelião terminou, marcando agora a entrega das recompensas daqueles que "venceram o mundo" (1 João 5:4-5).
O versículo seguinte trata de descrever a Cidade Santa em toda a sua glória, espelhando a morada final, e o cumprimento da promessa de Jesus em (João 14:1-3).
Quando o Anjo diz a João: "Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro" ele está de imediato a fazer um contraste entre o período das taças da ira, e a referência à "grande Prostituta" como última vítima da ira de Deus (Apocalipse 17:1) em oposição à "Esposa mulher do Cordeiro" agora o alvo da Glória e dos benefícios eternos (Apocalipse 22:3-5).
Uma com o perfil de meretriz, recebe juízo e condenação eterna, e a outra como a fiel esposa recebe a Glória do Seu marido!
Em (Apocalipse 19:7) vemos o cenário onde a Igreja surge das "bodas do Cordeiro" como a "esposa" já aprontada ao lado de Jesus seu marido, nos céus diante das Nações da Terra.
Aqui o Anjo faz referência a ela, mas pela continuação do capítulo é evidente, que ele a compara à Cidade celestial que agora passará a ser descrita em toda a sua opulência.
Fica claro que esta é a morada final destinada à Igreja dos Santos, e que a sua glória parte igualmente de Jesus (Apocalipse 21:23-24)
