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Génesis -Capítulo 7

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CAPÍTULO 7 – (24 Versículos)


  • DEUS FECHA A PORTA DA ARCA -vs 1 ao 24


Deus chama Noé de "Justo" no episódio do Dilúvio, diante de uma arca construída como resposta ao juízo de Deus iminente; Noé é igualmente tido como um “justo no meio de injustos” (Gênesis 7:1) O justo que ia viver, enquanto Deus derrama a Sua ira sobre todos os injustos;

A postura de “estar em Deus” e não somente “com Deus” está implícita na expressão “Noé andava com Deus” (Gênesis 6:9).


-“Andar com Deus” (ET-HÅELOHYM HITËHALEKH) significa: andar com; ir de um lado para o outro ao lado de alguém; Ter parte em alguma coisa com alguém; ser conduzido ou seguir alguém num caminho; comportar-se de igual modo com quem anda; Unido numa mesma caminhada;


Que fique sempre bem claro no nosso pensamento que o nosso “andar com Deus” não seja só um acompanhar externo, mas também internamente.

Não só um “andar físico” de dar passos num caminho determinado, mas de um “andar espiritual” de dar passos internos em direcção à eternidade com Deus.


Só os que Deus tem por “justos” (os justificados em Cristo) é que estão longe da ira para a condenação: “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo,” (1 Tessalonicenses 5:9)


-Nos versículos 2 e 3 vemos uma ordem específica de Deus pedir que dos animais “limpos”, entrassem na arca 7 e 7 (macho e fêmea); O propósito aqui é dar continuidade ao ritual do sacrifício, de forma a que as espécies sejam preservadas, havendo animais para poupar e animais para sacrificar.


-Dos versículos 4 ao 10 entende-se que Deus preparou a vinda do Dilúvio precisamente 7 dias depois da Arca estar finalizada e repleta; Lembramos que estamos no capítulo 7, e o Número 7 simboliza a acção perfeita de Deus na realidade temporária.

É precisamente no Versículo 7 que Noé e Sua família entram na arca (8 pessoas que é o número da ressurreição e nova vida), e é aqui que começa a contagem final para o Juízo.


Os 600 anos de Noé descritos como a altura do Juízo pelo Dilúvio parecem ser um simbolismo representativo dos 6000 anos de História da Humanidade cumpridos, quando vier o Segundo Juízo de Deus.

-Noé viveu 600 anos num mundo caído, até vir o Juízo;

-A queda da Humanidade durará 6000 anos até vir o novo “Reset” (Juízo final).


Até ao versículo 16 prossegue a descrever o tempo em que todos os que tinham de estar na arca entraram, e acaba com um relato que O Próprio Senhor é que fechou a Arca do lado de fora.

Isto reforça a ideia de que é Deus que está no controlo determinando quem se salva ou não.

Caso fosse Noé a fechar a porta, também poderia de novo abri-la quando as chuvas começassem, e alguém viesse bater para entrar.

Quando Deus determina o fim da misericórdia e do tempo concedido, ninguém pode fazer Deus voltar atrás, conforme vemos a mesma mensagem passada na parábola das virgens que ficaram de fora quando a porta se fechou (Mateus 25:10-12).


A PORTA FECHADA E O ARREBATAMENTO


A porta que se fecha 7 dias antes do Dilúvio, conforme descrito, aponta para o arrebatamento da Igreja, 7 anos antes do juízo final; O tempo entre a porta fechar e o início do Dilúvio, é um tempo que descreve a Tribulação sobre a Terra como a contagem decrescente para o extermínio (Gênesis 6:17); As águas vindo 7 dias depois, é um alerta de que no fim da tribulação virá o Juízo final (Gênesis 7:10)


Desta forma o acto de se “fechar a porta”, demonstra o fim de um período ou dispensação. Quando a Igreja for arrebatada, a era da Igreja terminar, volta uma dispensação diferente, semelhante aos dias do Antigo testamento.


-A idade de Noé sendo referida como 600 anos (Gênesis 7:6) na altura da chegada do dilúvio serve para fazer referência também a um tempo de 100 anos desde que Noé entra em cena na narrativa Bíblica e se profetiza sobre a destruição da Humanidade;


Os primeiros 6 versículos então do capítulo 6, refere-se a este tempo de 100 anos, onde Noé era destacado como Justo no meio de uma sociedade injusta diante de Deus.


A idade de Noé de 500 anos referida anteriormente em (Gênesis 5:32) é a base desta afirmação, pois a descrição de Noé gerar seus filhos está semelhantemente no capítulo seguinte logo antes da declaração do Dilúvio (Gênesis 6:10); Este é o tempo evidenciado neste relato; 100 anos de observação da parte de Deus, são igualmente 100 anos de uma vida justa de pregação pública do Juízo de Deus por parte de Noé, sendo desprezada.


Na Bíblia o Número 100 está intimamente ligado ao “cumprimento de dívida”; Quando uma Dívida prometida é cumprida e honrada; O número 100 está também associado ao "valor de abundância";


O Número 100 simboliza muitas vezes o "pagamento devido" em forma de juízo também; E isto é exactamente o que simbolizam estes 100 anos de observação de Deus do comportamento humano sobre a terra (Gênesis 6:5);


-A descrição prossegue em dizer que o dilúvio começa no segundo mês, no dia 17 do mês e que dura exactamente 40 dias e 40 noites; (Gênesis 7:11,12)


Se adiantarmos ao capítulo 8 vemos que a arca pousou no sétimo mês, também no dia 17 (Gênesis 8:4)

O segundo mês aqui descrito é o mês de “Marchesvan” com começo entre fim de outubro e fim de Novembro;


O dia 17 deste mês portanto aponta para algures no mês de Novembro;


-Choveu durante 40 dias e 40 noites (Gênesis 7:4) e durou todo o tempo do dilúvio 40 dias (Gênesis 7:17) estando o número 40 em evidência;

Este número na Bíblia tem também um forte valor simbólico, e aponta directamente para: preparação, expectativa e mudança; Então isto revela no tempo de duração do dilúvio o carácter de Deus preparando essa mudança; Deus estava a preparar um novo começo e a demonstrar a Noé que ainda no meio do Juízo, há protecção para os que temem a Deus. (Salmos 46:2)


-A descrição de romperem-se as fontes do Abismo e abrirem-se as janelas do céu, parece apontar para o relato da Criação onde Deus cria barreiras para dividir as águas (Gênesis 1:6,7) que aqui são removidas para trazer o dilúvio (Jó 12:15);


-É dito que as águas prevaleceram sobre a Terra 150 dias (Gênesis 7:24) e aqui refere-se ao tempo em que somente água era visível pelas janelas da arca.

15 côvados de altura (7 metros) de água submergiu todos os montes durante este tempo (Gênesis 7:20), até que as águas começaram a minguar (Gênesis 8:3).


Se contarmos 150 dias de Novembro (5 meses de 30 dias) vamos dar ao mês de Abril que é a altura em que refere que a arca pousa sobre o cume do monte Ararat.

Isto já é uma subtil evidência de um simbolismo profético oculto aqui no evento do Dilúvio que continua a ser revelado no capítulo seguinte.


Continue o estudo no próximo capítulo


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