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Génesis -Capítulo 6

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CAPÍTULO 6 – (22 Versículos)


  • A MULTIPLICAÇÃO DA INIQUIDADE; -vs 1 a 4


-Passaram-se desde a criação de Adão e Eva até ao fim do capítulo 5, 1555 anos.

Aqui já eram nascidos os 3 filhos de Noé, Sem, Cão e Jafé e eram relativamente adultos.


A fórmula cronológica de sabermos estas datas está nas genealogias bíblicas de Adão a Jesus e de Jesus a Adão, cuidadosamente inseridas na narrativa para a credibilidade histórica.


Análise cronológica:

Criação da Terra em 7 dias (ano 0 do Anno Mundiano 4004 a.c); Adão e Eva lançados fora do Jardim (ano 33 do Anno Mundiano 3971 a.c); Nascimento de Sete quando Adão tinha 130 anos, 96 anos depois (ano 129 do Anno Mundiano 3875 a.c); Sete gerou a Enos aos 105 anos de idade (ano 234 do Anno Mundiano 3770 a.c); Enos gerou a Cainã aos 90 anos de idade (ano 324 do Anno Mundi ano 3670 a.c); Cainã gerou a Maalalel aos 70 anos de idade (ano 394 do Anno Mundi ano 3610 a.c); Maalalel gerou Jerede aos 65 anos de idade (ano 459 do Anno Mundiano 3545 a.c); Jerede gerou Enoque aos 162 de idade (ano 621 do Anno Mundi ano 3383 a.c); Enoque gerou Matusalém aos 65 anos de idade (ano 686 do Anno Mundiano 3318 a.c); Matusalém gera Lameque aos 187 anos de idade (ano 873 do Anno Mundiano 3131 a.c); Lameque gerou a Noé aos 182 anos de idade (ano 1055 do Anno Mundi ano 2949 a.c); Noé tinha 500 anos no final do capítulo 5 (ano 1555 do Anno Mundi ano 2449 a.c); Até aqui passaram-se 1555 anos;


-Através da ordem de Deus passada a Adão para procriar e se multiplicar, a terra já estava bastante povoada; Assim houve também um aumento da malignidade sobre a Terra; Isto aponta para o mal que há no mundo como uma directa consequência da multiplicação dos Homens sobre a terra.


-O caminho de Caim descrito por Judas (Judas 1:11) tinha dado origem a uma sociedade sem Deus, porém Deus tinha garantido em Sete uma descendência de pessoas que se dedicaram a “Invocar o nome do Senhor”;


-O início deste capítulo descreve uma realidade evidenciada antes do relato do Dilúvio, como se fosse relacionado de alguma forma; Como se uma coisa levasse à outra;

A narrativa parece realçar que os primeiros 6 versículos são a última gota na paciência de Deus e o transbordar para a ira;

Se repararmos são 6 versículos do capítulo 6, a demonstrar a queda tendo o número 6 na bíblia esse mesmo valor simbólico. O versículo 7 entra o Juízo perfeito de Deus na realidade temporária da Terra, e no versículo 8, entra a “nova vida” pela Graça associada a Noé.

Os simbolismos numéricos do 6,7,8 estão bem evidentes aqui na narrativa sequencial da Bíblia;


O Capítulo 6 de Génesis retrata o cenário da queda do Homem em pecado e a multiplicação da iniquidade sobre a Terra; O Capítulo 7, retrata a obra perfeita de Deus em aplicar o Juízo com o dilúvio mas ainda assim fazer uma Aliança com os Seus Eleitos para poupá-los; O Capítulo 8 retrata o fim do Juízo, a maldição revertida e a nova vida num novo começo;


  • OS NEFILIM


-O Versículo 2 faz a descrição de um cruzamento genético entre 2 espécies que não era suposto se cruzarem; Os “Filhos de Deus” descritos (VËNEY-HÅELOHYM) refere-se aqui a Anjos, como “Filhos imortais de Deus”;

Esta mistura entre mulheres humanas, e Anjos Celestiais, é uma afronta contra a ordem da natureza e a hierarquia que Deus instituiu; A própria narrativa parece apontar esta mistura como uma das principais razões porque o dilúvio foi necessário (como uma espécie de purificação genética).


A ideia destes primeiros 6 versículos é evidenciar o formato de rebelião e perversão que o pecado gerou na natureza e na ordem estruturada por Deus;

Passa a ideia de Caos, e de total anarquia, e é necessário que sejam passadas estas ideias pois o episódio do Dilúvio também é uma figura para o futuro, para descrever o que Deus já fez com a rebelião uma vez, e que voltará a fazer;


É um relato de “aviso e alerta” para os homens futuros para que ninguém duvide do Juízo de Deus enquanto Ele estende o tempo da misericórdia (2 Pedro 3:3-9)

Nos dias actuais, a Cruz é a nossa Arca, e Jesus o novo Noé, que a está a preencher com as vidas de todos os santos convertidos, até que novamente vier a mão de Deus e fechar a porta pelo lado de fora. (Gênesis 7:16)

Assim como Noé enchia a arca de animais, Jesus enche a arca da Cruz com os salvos convertidos.


Esta realidade de perverter a pureza genética do Homem, continua sendo uma agenda de satanás ainda nos dias de hoje, com as mudanças de sexo, a ideologia do género, e o trans-humanismo. Assim como a rebelião da Torre de Babel e a ideia de um só governo Mundial para o homem “fazer para si mesmo um nome”, ainda persistem nos ideais humanistas.


-O versículo 4 fala então da realidade humana rebelde, e como a visão de Deus estava a ser substituída com a ideia de que os Homens também podiam ser “deuses”; Para não haver confusão na interpretação do versículo é preciso entender as realidades distintas das declarações que são aqui feitas:


  • 1ª declaração - “Havia naqueles dias “Gigantes” na Terra; Aqui é feita uma referência a Homens Humanos (sem mistura com Anjos); Estes Homens eram provavelmente fruto de relações de consanguinidade que hoje sabemos serem a fonte de inúmeras deformações genéticas; Sempre houve e ainda hoje existem pessoas assim porque ainda nos dias actuais acontecem casos de relações entre pessoas da mesma família; Talvez por isso na Bíblia se refira também aos gigantes como vindos de uma mesma família quando os chama de “Filhos de Anaque” (Números 13:33); Pessoas que muito provavelmente nasciam com deficiências como o “Gigantismo” e “Acromegalia” que são 2 doenças que podem provocar o hipertrofismo físico desmedido; Então estes gigantes eram apenas Homens deformados que pela sua aparência estranha eram temidos pela superstição;


  • 2ª declaração - “também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; Então, também depois do surgimento dos Humanos de tamanho anormal, vieram outro tipo de Homens semelhantes em tamanho (como gigantes) mas a estes é descrito que sua origem não é a mesma dos anteriores; Se os anteriores eram gigantes, possivelmente fruto de relações consanguíneas humanas, estes últimos são fruto de relações ainda mais abomináveis; A descrição aponta para um cruzamento genético entre mulheres humanas e os “Filhos de Deus” (VËNEY-HÅELOHYM) que aqui refere-se a Anjos, como “Filhos imortais de Deus”; Estes homens não só tinham aparência de gigantes, mas eram sobredotados de poder sobrenatural por causa da sua herança genética. Aqui a superstição vai buscar a realidade para se desenvolver em todos os "mitos" dos super-heróis que a nossa cultura ainda hoje venera.


A descrição deste segundo tipo de Gigantes que à semelhança dos anteriores eram também venerados, é o alvo desta narrativa particular.

A distinção entre os primeiros e os segundos, serve para associar o tom de “grandeza” e veneração que lhes era dirigida;


-3 descrições os distinguem dos anteriores:


  • gigantes” (HANËFILYM) (da raiz Nefel = Aborto ou fracasso/ ou de Nafal = caído) O próprio termo tenha origem numa ou outra raiz, descreve algo que não vem da Graça, mas do pecado, indo completamente contra a natureza perfeita de Deus; algo pervertido; Algo que fracassou naquilo a que se propunha; Se os primeiros gigantes eram "abortos" no sentido de deformações genéticas, os segundos eram "caídos", no sentido de serem fruto de concepção de seres celestiais caídos do céu.

  • Valentes da Antiguidade” (HAGIBORYM ASHER MEOLÅM) (da raíz Giber = reforçado ou fortificado) este reforço ou força adicional, parece apontar para capacidades sobrenaturais; “Mais do que o normal”;

  • Homens de fama” (ANËSHEY HASHEM) (alguém de grande nome como um Homem campeão, nascido para vencer); passa a ideia de alguém impossível de derrotar, de renome e reverenciado)


"Gigantes na Terra" como Homens fora do comum aparecem algumas vezes descritos no velho testamento como:


-“Gigantes” (HANËFYLYM) (Gênesis 6:4) (HÅRËFÅYM) (Deuteronômio 3:11-13);

-“Filhos de Anaque”; “Homens de grande estatura” (HANËFYLYM) (Números 13:31-33); -“Zamzumins” (ZAMËZUMYM) (Deuteronômio 2:20,21);


Golias o Gigante dos Filisteus que David derrotou (1 Samuel 17:4-7) é um destes gigantes colocado em destaque na narrativa bíblica, para demonstrar que os maiores dos Homens são pequeninos diante do poder do Deus dos exércitos; Aliás sempre que Homens deste porte e natureza notáveis são descritos como “gigantes” poderosos, é sempre no contexto de sua derrota por meio dos Filhos de Israel abençoados pelo favor de Deus. (2 Samuel 21:15-22) Estes homens eram exaltados do ponto de vista do reconhecimento humano, mas num contexto onde eles são abatidos pelo povo de Deus.


E isto é importante ter em conta, dado que no ambiente de Génesis parece indicar que os Homens tinham mais temor e reverência aos “Gigantes” do que ao Próprio Deus!

Razão porque o Dilúvio veio para abater a glória da criatura, e dar Glória ao Criador. (Isaías 42:8)


Traz à mente a advertência de Eclesiastes a estes homens que temiam os gigantes mais do que a Deus: ”De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem.” (Eclesiastes 12:13)


-Cada termo descrito, aponta para pessoas com características sobrenaturais ou superiores à dos homens comuns;


-Se olharmos para a História dos povos antigos, facilmente se percebe que este relato bíblico é a origem de toda a mitologia de “deuses e semi-deuses” ou do culto a seres espaciais que desciam à Terra, que perduram até aos dias actuais;

A Mitologia grega, romana e egípcia, e a ideia de mistura entre homens e deuses produziu figuras como Hércules, Teseu, Perseus, Diana, etc que representam os Nefilim (esses tais gigantes valentes da antiguidade).

Na disciplina esotérica da Angeologia e do Raelianismo ainda se cultuam estes seres místicos actualmente;


-O que se entende é que este capítulo quando descreve “filhos de Deus entrando nas filhas dos homens” muito provavelmente se refere a um grupo selecto de Anjos caídos possuindo aspecto humano que tendo caído da graça perverteram os seus corpos como Judas descreve (Judas 1:6); Se os “filhos de Deus” aqui descritos fossem homens normais, não faria sentido usar a expressão “filhas dos homens” como contraste.


O termo usado por Judas, “Archḗ”, como “Habitação”, fala de os Anjos deixaram o seu “corpo” como princípio da sua existência ou origem; Este é o corpo de Glória de que Jesus também se privou quando estava em Glória junto do Pai e se fez homem para vir à Terra (João 1:1) (Filipenses 2:7)


Paulo fala de nós como filhos de Deus estarmos “desejosos de sermos revestidos da nossa habitação que é do céu” no mesmo sentido de obtermos o “Corpo de Glória” (2 Coríntios 5:2)


Muitos têm dificuldade em associar “Filhos de Deus” a Anjos caídos aqui, porque a Bíblia refere que no céu os Anjos não têm o hábito de casar (Mateus 22:30);

(e nem poderiam pois não existem Anjos do sexo feminino);


Contudo essa referência não fala que biologicamente eles não possam procriar havendo sido despojados do corpo de Glória, mas que espiritualmente eles estão acima dessas necessidades carnais; A Bíblia sempre demonstra Anjos aparecendo como Homens normais, como um corpo físico como aconteceu em Sodoma (Gênesis 19:5) de forma a que muitas vezes se misturam com os humanos sem distinção (Hebreus 13:2)


-Uma boa passagem que associa os Anjos caídos ao episódio de Génesis 6, dando um enquadramento ao cenário do Dilúvio a este favor é (2 Pedro 2:4,5);

Este “pecar” dos Anjos descrito por Pedro fala exactamente desse acto de “não manter o seu principado e habitação original” descrito por Judas.


Eles eram vistos pelos homens da antiguidade como deuses, pois eles eram seres celestiais; Na bíblia vemos um bom exemplo de que na presença de um anjo, João pretendeu adorá-lo imediatamente (Apocalipse 19:10); esta é a postura natural dos homens fracos na presença da sobrenaturalidade;


Então estes Anjos e seus filhos “gigantes” eram “deuses”, somente na medida que eram favorecidos com poder sobrenatural que os homens normais não tinham.

Só há um DEUS acima de todos os “deuses”! (Êxodo 15:11) (1 Coríntios 8:4-6)


-Então estes “Filhos de Deus” que desceram e tiveram relações sexuais com as filhas dos homens, são considerados como sendo muito provavelmente alguns Anjos caídos da 3ª parte que o Diabo levou consigo na rebelião dos céus (Apocalipse 12:4) e esses anjos específicos, segundo Pedro (2 Pedro 2:4,5), estão presos aguardando juízo, enquanto que os outros anjos caídos estão livres para servir ao Diabo;


-Quando a bíblia descreve que esta iniciativa partiu dos anjos caídos é para realçar que estes têm uma particular atenção sobre os Homens, e o seu objectivo é corromperem a humanidade.


A grande razão por trás desta corrupção genética, era impedir o nascimento de Jesus por meio de uma descendência "pura".

Uma das muitas tentativas do Diabo de travar a obra gloriosa de Deus da salvação. Por isso o Dilúvio tem como maior objectivo fazer uma purga da Humanidade corrompida, sendo que Deus escolhe uma família de genes puros e intactos (não misturados) e deles torna a povoar a Terra.


  • A ANARQUIA E O JUÍZO DE DEUS -vs 5 a 7


-Dos versículos 5 ao 7 é feita uma referência à omnisciência e domínio da autoridade de Deus observando a condição humana caída; Deus viu a maldade desde Eva até ali, e só viu rebelião e afronta; A pequena decisão de Eva aparentemente inofensiva, condenou todo o mundo! (Romanos 5:12)


Não podemos relativizar nenhuma desobediência como inofensiva, pois a semente do pecado rapidamente se torna em desgraça total. Muitos poderiam achar que Deus foi muito severo condenando Adão e Eva por comerem um fruto apenas, mas ao chegar a este capítulo vemos, que essa pequena decisão que parecia irrisória, realmente é a causa da nossa desgraça.


Isto aponta para a realidade de um Juízo iminente de DEUS pendente sobre todos os homens vivendo debaixo da sua própria autoridade sem Temor ao Deus Vivo;

O Dilúvio já provou isto mesmo e por isso é tão importante entender bem a narrativa bíblica que o descreve.

Leia-se: “O temor do Senhor aumenta os dias, mas os perversos terão os anos da vida abreviados.” (Provérbios 10:27); e ainda: “Ao Senhor dos Exércitos, a Ele santificai; e seja Ele o vosso temor e seja Ele o vosso assombro.” (Isaías 8:13)


Versículos sobre temor a Deus: (Provérbios 1:7) (Provérbios 9:10) (Provérbios 14:27) (Provérbios 19:23) (Salmos 111:10) (Salmos 86:11)


O Senhor Jesus faz referência aos dias do fim, à semelhança dos dias de Noé (Lucas 17:26) para espelhar o ambiente descontrolado e maligno que pede juízo e intervenção da parte de Deus; Os dias de hoje não são muito diferentes dessa perversão que é descrita em (Gênesis 6:5);


Ainda assim, a misericórdia e paciência de Deus são associadas à ira e ao Juízo para que fique bem claro que Deus é justo e bom, na aplicação das medidas severas;

Nos dias de Noé, Deus também estendeu o tempo da misericórdia até aplicar o juízo (1 Pedro 3:20), como ainda faz nos dias actuais antecedendo o juízo final. (2 Pedro 3:9-12)


-A associação dos dias de Noé aos dias actuais, serve para demonstrar a iminência de um novo juízo caindo sobre toda a Humanidade.

Nos dias de Noé, a terra estava totalmente depravada e corrompida, e nos dias de hoje está pior do que nos dias de Noé.

A prática do pecado não gera mais culpa por causa das distrações carnais e por isso O Senhor Jesus descreve que nos dias de Noé as pessoas: “Comiam, bebiam, casavam, e davam-se em casamento” (Lucas 17:27) na figura de puro deboche. (Tudo isto descrito são prazeres carnais de antigamente que hoje se repetem)


Esta é a descrição das pessoas amarem somente os prazeres da carne; de serem “Mais amigos dos deleites do que amigos de Deus” como Paulo também refere o perfil dos homens nos últimos dias (2 Timóteo 3:4)


-Por isso Pedro diz que Deus não perdoou o mundo antigo, mas poupou a Noé que é descrito como um pregador da justiça de Deus (2 Pedro 2:5);

A ideia era que o mundo de então era naturalmente desinteressado de ouvir o apelo à consciência e a mensagem do juízo; Eram pessoas sem fé, adormecidas e frívolas em todos os sentidos, ao contrário de Noé, como figura de um homem verdadeiramente temente a Deus (Hebreus 11:7)


-A referência feita a Deus “se arrepender” no Versículo 6 serve para mostrar um aspecto do coração de Deus, ou do Seu carácter e personalidade; Um Deus que sente pesar em ver as criaturas que Ele criou para adornar a Terra, serem as mesmas que a corrompem;

O arrependimento de Deus descrito não diz que Deus pode se arrepender de alguma decisão Sua como se ela não tivesse sido boa (Números 23:19) (1 Samuel 15:29);


  • NOÉ E A ARCA COMO GRAÇA E MISERICÓRDIA -vs 8 ao 17


-Diz a passagem que Noé “achou” graça aos olhos de Deus; A tradução mais literal diz que “Conseguiu” (MÅTSÅ) alcançar Graça, ou o favor de Deus; (Provérbios 8:35) (Hebreus 4:16)

O termo (CHEN) em Hebraico, significa Graça ou encanto, no sentido que Noé no meio de uma descrição generalizada da Humanidade caída e má, alcançou graça, pela qual se distinguiu, e da qual Deus se compadece (Romanos 9:15);

Se o desejo de Deus é exterminar a Humanidade, Noé porém, não está incluído nesse desejo de juízo; Isto não é porque Noé era melhor que os outros, mas porque Noé era Justo em Deus (Gênesis 6:9) (Gênesis 7:1); Fora de Deus ninguém é justo (Romanos 3:10);

O termo “Destruirei o homem” (Gênesis 6:7) refere-se a toda a humanidade em geral;


-Noé (e sua família de 8 no total) representa a Eleição de Deus para demonstrar a Graça dada aos vasos da misericórdia para a salvação (Romanos 9:23), enquanto que o resto da humanidade representa o juízo de Deus sobre o pecado naqueles que são os vasos da ira para a condenação (Romanos 9:22);

na Bíblia o Número 8 é o número da ressurreição e da nova Vida, e é simultaneamente o Número que representa O Senhor Jesus;


-“Andar com Deus” (Gênesis 5:24) (Gênesis 6:9) é a mesma expressão usada para descrever a conduta de Enoque e Noé, para revelar uma sintonia entre ambos na narrativa à qual devemos atentar.

Curioso que Enoque o primeiro Homem descrito como alguém que “andava com Deus”, andou por esta Terra, exactamente 365 anos (alusão aos 365 dias de 1 ano) (Gênesis 5:23); Andar com Deus portanto, é uma postura contínua, constante e permanente; é uma forma de viver, um estilo de vida que deve se repetir todos os dias;


Ambos representam objectivamente O verdadeiro Filho de Deus, eleito pela Graça para as boas obras, as quais Deus preparou (Efésios 2:10); Homens justos, sujeitos, obedientes, e tementes a Deus;

Andar com Deus” portanto é o requisito para se obter protecção contra o Juízo, também descrito pelo Senhor Jesus como “Guardar a palavra da Sua paciência” (Apocalipse 3:10).

Focando em Enoque e Noé, Um foi arrebatado aos céus e o outro protegido dentro da arca para a vida pós juízo; Ambos evocam simbolismos das bênçãos e protecção de Deus para a Igreja no cenário dos dias do fim;

-“Andar com Deus” (ET-HÅELOHYM HITËHALEKH) então significa: andar com; ir de um lado para o outro ao lado de alguém; Ter parte em alguma coisa com alguém; ser conduzido ou seguir alguém num caminho; comportar-se de igual modo com quem anda; Unido numa mesma caminhada;


Aqui fica bem evidente, que a postura de ambos os Homens que acharam graça aos olhos de Deus, era a de união com Deus em Sujeição. A forma de seguir nos caminhos de Deus sem vacilar está bem expressa nas escrituras: “Os teus olhos olhem para a frente, e as tuas pálpebras olhem direto diante de ti. Pondera a vereda de teus pés, e todos os teus caminhos sejam bem ordenados! Não declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal.” (Provérbios 4:25-27)


-Noé recebe de Deus a mensagem do Dilúvio por vir, e também a instrução de como construir uma Arca para a Sua sobrevivência; Nem uma alma a mais do que Deus designou foi poupada, o que aponta para os decretos da predestinação de Deus; Só serão salvos todos aqueles que Deus quiser salvar, e nem mais um. (Atos 13:48) (João 5:21)


A Bíblia relata 3 filhos de Noé no versículo 10, e descreve 3 gerações no versículo 9 (TOLËDOT) embora nenhum dos seus filhos ainda aqui tivesse produzido descendência;

-Porquê falar das descendências, antes do Dilúvio?

Para mostrar que O Dilúvio nunca nunca teve como objectivo o fim da humanidade. Os desejos de Deus sempre são de abençoar, contudo a maldição dos Homens contra Deus é inevitável.

Existe um plano e ele será cumprido na totalidade, porque ainda que haja rebelião voluntária da parte dos Homens, ela está contemplada como parte do plano.


-3 Filhos e 3 descendências, apontam para o plano de Deus de tornar a popular a Terra após o dilúvio; Desta nova Humanidade Deus levantaria segundo o Seu plano, Israel primeiro, e depois a Igreja mais tarde, para fazer de ambos um povo especial para Se relacionar eternamente.

Esta é uma das palavras mais importantes do relato de Génesis, cujo verdadeiro significado aponta para o nome do Livro; (TOLËDOT) Significa: Origens; Começo; Génese; dando nome ao próprio Livro de Moisés;

Este termo é usado logo no início após a descrição do relato da Criação dizendo: “Estas são as origens dos céus e da terra, quando foram criados” (Gênesis 2:4);


Todo o Livro aponta para o princípio e as origens do plano eterno de Deus, como um plano que não pode ser travado, nem impedido de se cumprir; Nem o Diabo, nem o pecado, nem a rebelião, nem o primeiro ou o segundo juízo sobre a Terra impedirão Deus de levantar este povo Seu e santificá-lo para servi-Lo eternamente conforme o plano original.


  • A ALIANÇA DE DEUS COM NOÉ -vs 18 a 22


-Deus faz uma Aliança de fidelidade com Noé diante do cenário da óbvia infidelidade dos homens, na figura de uma rebelião generalizada onde os Homens temiam mais outros Homens do que temiam a Deus. (Gênesis 6:18)


Na Bíblia o termo "Aliança" em hebraico (ET-BËRYTY) referindo-se ao “Pacto” de Deus, é traduzido em Grego, por "Testamento" (Diathḗkē) (Lê-se Diatheikei);

O Velho testamento então é a Velha Aliança, e o Novo Testamento, a Nova Aliança; É disto que se resumem as duas compilações de livros antigos (39) e novos (27), formando toda a Bíblia.

É o livro da queda do Homem e o grande pacto de Deus com os Homens centrado em Jesus para a sua restauração à Graça! Por isso Hebreus refere que Jesus é o Mediador de uma melhor Aliança (Hebreus 7:22) (Hebreus 8:6) (Hebreus 12:24);

Todas as Alianças bíblicas têm como função apontar para Jesus e para a autoridade de Deus em decidir e guiar o destino dos Homens que Ele escolheu para serem Seu povo para a eternidade.


  • O PADRÃO DE 3 MOMENTOS


-Na Bíblia existe sempre um padrão de 3 etapas ou 3 momentos que descrevem a realidade da salvação de Deus para o Homem:


  1. Deus dá ao homem a Liberdade; um conjunto de responsabilidades e deveres onde a hierarquia da autoridade de Deus pede total sujeição e obediência do Homem; Neste ponto a Liberdade humana e suas escolhas evidenciam o que é que o homem pode realmente fazer somente em si mesmo (absolutamente nada);

  2. O homem prova que não consegue viver à altura desse conjunto de direitos e deveres, de privilégios e responsabilidades mediante suas próprias decisões; O homem se prova inútil, e perdido em seus pecados; O Homem prova que não busca naturalmente os caminhos de Deus mas seus próprios caminhos;

  3. Deus reage primeiro com Juízo e depois com misericórdia, concedendo um novo conjunto de responsabilidades, onde agora Ele mesmo intervém na liberdade humana por meio do Seu Espírito para lhes ensinar a dependência como caminho para a restauração. Deus então busca o Homem e os escolhe particularmente.


  • Num momento o Homem tem Bênção em ingratidão; No Outro momento o Homem tem maldição e arrependimento; no outro há restauração da bênção já em gratidão;

  • Num momento Deus prova que o Homem em si mesmo não se pode salvar; No outro Deus determina um modo para salvar o Homem; e no momento seguinte, Ele Salva o Homem por Si mesmo;

  • Num momento o Homem está com Deus, mas distante; No outro momento o Homem está distante longe de Deus; No outro momento o Homem está em Deus;


Nós os crentes que estávamos longe, mas agora pela Sua Graça chegamos perto (Efésios 2:13-19) fomos todos chamados igualmente para sermos feitos um só em Deus por Cristo Jesus. (João 17:22,23)


É difícil nós entendermos que Deus fez o Homem perfeito, ainda assim, formatado de forma a que pudesse ser “aperfeiçoado”.

O Homem é aperfeiçoado somente em Jesus O Filho Perfeito e este sempre foi o plano inicial de Deus.

Ainda que o Homem inicial fosse realmente perfeito como criatura biologicamente falando, ele não era espiritualmente perfeito. Por isso Paulo diz que: “O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual, senão o natural; depois o espiritual. O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, O Senhor, é do céu.” (1 Coríntios 15:45-47);

O aperfeiçoamento em Jesus é descrito assim como ele diz: “E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial.” (1 Coríntios 15:49)


-Para isto, nós encontramos a primeira Aliança entre Deus e o Homem, visando restaurar a humanidade ao formato original;

Porque eis que eu trago um dilúvio de águas sobre a terra, para desfazer toda a carne em que há espírito de vida debaixo dos céus; tudo o que há na terra expirará.

Mas contigo estabelecerei a minha aliança; e entrarás na arca, tu e os teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos contigo.

Gênesis 6:17,18


A ideia de “reset” no Dilúvio, demonstra o desejo de Deus de “um novo começo”, que simboliza o último passo do plano de Deus na História Humana -”os novos céus e a nova Terra” descrito também em 3 momentos bíblicos:

  • A promessa (Isaías 65:17) (Isaías 66:22); “Porque, como os novos céus, e a nova terra, que hei de fazer”;

  • A esperança (2 Pedro 3:13); “Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra”;

  • A concretização (Apocalipse 21:1); “E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram”;


Este é o primeiro passo para a reconciliação, e é um passo dado pela iniciativa de Deus e não do Homem; A realidade bíblica demonstra que é sempre Deus vindo ao nosso encontro e não nós buscando naturalmente a Deus (1 João 4:19) (João 15:16)

Noé e sua família teriam o mesmo fim dos demais se Deus não viesse até eles para os poupar.


Por isso nós vemos em Génesis 9:9-17, 3 referências ao estabelecimento da Aliança, descrevendo 3 tempos:


  • E Eu, eis que estabeleço a minha aliança convosco e com a vossa descendência depois de vós.” (Gênesis 9:9) – Refere-se a um futuro próximo, na iminência de ser estabelecido;

  • E Eu convosco estabeleço a minha aliança” (Gênesis 9:11) – Refere-se ao momento presente do pacto estabelecido;

  • E disse Deus a Noé: Este é o sinal da aliança que tenho estabelecido entre mim e entre toda a carne, que está sobre a terra.” (Gênesis 9:17) – Um tempo de continuidade futura olhando para trás abrangendo toda a realização da obra proposta;


Deus estabelece Ele mesmo a Aliança e a mantém permanentemente estabelecida;

O termo “Estabelecer” (VAHAQIMOTY) -Levantar; erguer; edificar; confirmar; permanecer; constituir; realizar; e “Aliança” (ET-BËRYTY) – Acordo; pacto; tratado; constituição; compromisso; Apontam para a autoridade da iniciativa e da firmeza de Deus nas Suas Alianças; Na Bíblia esta autoridade que é progressivamente realçada, serve para deixar claro o domínio da soberania de Deus em todas as Suas obras, incluindo na obra da Salvação.


A Bíblia nos ensina que: “O segredo do Senhor é com aqueles que O temem; e Ele lhes mostrará a Sua aliança.” (Salmos 25:14)


A Bíblia descreve várias Alianças entre Deus e o Homem de forma a que fique bem expressa essa vontade de reconciliação e relacionamento da parte de Deus; Alianças falam sempre de pactos de cumplicidade; Todos os pactos requerem alguma coisa de ambas as partes, mas o mais curioso é que ao longo da Bíblia fica óbvio que Deus não pede absolutamente nada de nós (em nós mesmos) para completar essa obra perfeita, ao ponto de naquilo que Ele espera de nós, Ele intervém para nos auxiliar a cumpri-lo; de outra forma não poderíamos;

Daí que qualquer decisão humana válida, tenha de ser em total e completa sujeição, negação de si mesmo e rendição ao Espírito de Deus. (isto é a conversão pois ninguém pode fazer isto sem estar convertido pelo Senhor)


Quando na Bíblia nós vemos Deus a pedir dos Homens alguma coisa, mas não os capacitar, é para que fique registado que a “livre-consciência” do Homem em si mesmo é inútil. Só o "Livre-arbítrio" dado pelo Espírito pode capacitar o Homem a fazer escolhas correctas (2 Coríntios 3:17)


Um bom exemplo é a forma como Deus tratou praticamente todo o povo que Ele libertou do Egipto e os levou a morrer no deserto. Ainda que num cenário onde a gratidão e a sujeição deveriam abundar, homens entregues às suas próprias decisões, só demonstraram ingratidão e rebeldia.

A realidade de Deus pedir e capacitar e pedir e não capacitar é uma verdade bíblica histórica.

Isto para chegarmos ao conhecimento correcto da origem da Salvação, e ao conhecimento correcto da origem da condenação.

A salvação vem de graça e misericórdia de Deus (da eleição como uma decisão Divina) e a condenação vem da rebelião e desobediência em pecado (da decisão livre humana para pecar).

Por isso a grande maioria pereceu no deserto, e somente um grupo pequeno de pessoas entraram na terra prometida. (Números 32:11-13)

Assim será no final dos dias quando a história da Terra, ou o "êxodo pelo deserto desta vida" terminar.


Isto é o que Deus quer passar ao povo que Ele está a preparar para a eternidade; Nós seremos os servos, adoradores, Filhos, e Ele nos será por Senhor, Deus e Pai; Tudo aquilo que Deus pede de nós, Ele mesmo nos capacita para nos fazer cumprir. Sem Ele NADA podemos fazer (João 15:5).


Então a Aliança de Deus feita com Noé é o princípio de muitas outras Alianças designadas por Deus para fortalecer a ideia do pacto que Ele determinou para com um povo escolhido de uma humanidade caída para salvar soberanamente.

Palavras do Senhor: “E Eu serei para vós Pai, E vós sereis para Mim filhos e filhas, Diz O Senhor Todo-Poderoso” (2 Coríntios 6:18).


As 5 Alianças principais da Bíblia são:


  • A primeira Aliança com Noé como uma Aliança de conservação, proteção e resguardo; (Gênesis 6:18); O Símbolo desta Aliança foi o Arco-Íris (Gênesis 9:12,13) as 7 cores do Arco-íris expressam o carácter perfeito de Deus neste pacto;

  • A segunda Aliança com Abraão era uma Aliança de Prosperidade pela Fé na separação do mundo (Gênesis 17:4) (Gálatas 3:8,9); O símbolo desta Aliança foi a circuncisão (Gênesis 17:10) que aponta para o corte com o mundo; As Alianças com Isaac e Jacó são desdobramentos desta Primeira Aliança;

  • A terceira Aliança com Moisés no Sinai era uma Aliança de Liberdade, Fidelidade e Bênção para com Israel particularmente como povo escolhido (Êxodo 19:5,6) (Êxodo 24:7) (Deuteronômio 29:1); O símbolo desta Aliança eram os sacrifícios (Êxodo 24:5-8) apontando para o sacrifício de Jesus como a verdadeira entrada no favor eterno de Deus.

  • A quarta Aliança com Davi era uma Aliança de Autoridade para Reinar, que apontava para Jesus e o Seu futuro Reino de Justiça (2 Samuel 7:8-13) (Salmos 89:3,4); O Símbolo desta Aliança é um Trono ou um Reino (2 Crônicas 7:18) (Jeremias 33:21)

  • A Nova Aliança Final em Jesus Cristo predita ainda no Antigo Testamento aos Profetas referia-se a uma Aliança de Conversão completa, de profunda transformação interior operada soberanamente por Deus através da Obra de Jesus na Cruz e da habitação directa do Espírito Santo no Templo interior (Jeremias 31:31-33) (Ezequiel 37:21-27) (Isaías 55:1-3) (Mateus 26:28); O Símbolo desta Aliança é o precioso Sangue de Jesus (1 Coríntios 11:25) (Hebreus 13:20) (Hebreus 12:24) que une tanto Judeus como gentios numa só família dos céus.


-Esta Aliança Final é o alvo de todas as outras Alianças combinadas; Todas as Alianças embora distintas em natureza, visavam comunicar a obra Divina de apontar para as bênção em Cristo Jesus;

Esta aliança final é dirigida primeiramente a Israel, mas é estendida seguidamente a todos os que pela Fé em Jesus se convertem ao Deus vivo e são santificados (Hebreus 10:14-17);


-Isto é que o escritor de Hebreus descreve como uma “Melhor Aliança” (Hebreus 8:6-10); Por isso diz a Bíblia que: “todo o Israel será salvo” (Romanos 11:26) “salvo pelo Senhor, com uma eterna salvação” (Isaías 45:17); Se ainda Isto não se cumpriu na totalidade, é porque ainda é necessária a Tribulação para que Israel se converta ao Senhor plenamente (Zacarias 13:6-9) (Zacarias 12:10,11);


-A Igreja porém “enxertada na boa oliveira” para incitar o povo judeu aos ciúmes (Romanos 11:10-12) (Romanos 11:24,25) já beneficia deste “novo coração” transformado (Ezequiel 36:26) tendo já recebido conforme a promessa (Efésios 1:13) O Espírito Santo (1 Coríntios 3:16) (1 Coríntios 6:19);


A Aliança feita com Noé, está sobre os seus descendentes, que hoje habitam seguramente sobre a Terra (Gênesis 9:9); Esta Aliança protege a Humanidade de nunca mais ser dizimada por um dilúvio conforme prometido; Esta é a razão pela qual nós não somos consumidos vivendo em pecados piores aos daqueles dias; somente por misericórdia (Lamentações 3:22); Deus nunca mais enviará um juízo semelhante ao Dilúvio (Salmos 104:6-9), porque a Sua misericórdia suportará a afronta até ao Juízo Final.

Mas é bom que todo o mundo vivendo em segurança na prática do pecado, saiba que a Aliança feita com Noé, ainda que possa poupar a humanidade de um juízo por meio de água, não dá imunidade ao juízo de fogo que em breve chegará para o reset final (2 Pedro 3:4-9); Por isso foi feita essa tal melhor Aliança em Jesus (Hebreus 8:6-10);


Continue o estudo no próximo capítulo




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