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Génesis -Capítulo 5

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CAPÍTULO 5 – (32 Versículos)


  • A LINHAGEM PROFÉTICA DE ADÃO A NOÉ -vs 1 ao 32


-Agora aqui a Linhagem de Adão foca-se em Sete o filho mais novo, que a bíblia indica vir substituir Abel que foi morto; Eva diz: “Deus me deu outro filho em lugar de Abel” (Gênesis 4:25)

Curioso que o relato torne a citar a criação de Adão por Deus, para logo a seguir citar Sete como “feito à sua semelhança, conforme a sua imagem” (Gênesis 5:3); Da mesma forma que Adão foi feito “à imagem e semelhança de Deus” (Gênesis 1:26), Sete aparece feito à imagem e semelhança de “Adão”; (Esta referência da imagem e semelhança visa simbolizar o segundo Adão que é Jesus)

Curioso que esta referência de “imagem e semelhança” não é feita nem para Caim nem para Abel, e é exclusiva para identificar Sete e o seu papel distinto na narrativa bíblica;


Ora o que está aqui simbolicamente evidenciado, é Sete como a Igreja (uma nova descendência que invoca o nome do Senhor) sendo criada a partir do Segundo Adão que é Cristo!


-Da linhagem de Adão por Sete, até Noé, existe uma mensagem implícita codificada que revela o plano e a obra de Deus já em acção desde o princípio, apontando para o papel futuro do Senhor Jesus e a criação da Igreja como o povo eterno; a família de Deus a quem a promessa de redenção foi feita na Eleição ainda antes da fundação do mundo.


Muitas vezes na Bíblia certos textos descritivos e históricos como a contagem das descendências pode parecer aleatório e de pouca relevância, mas nada na bíblia está registado sem fundamento.

Aqui na descrição desta genealogia (Gênesis 5:3-31) é possível retirar uma mensagem interessante a partir da tradução original dos nomes de todos os Homens descritos nesta sequência:


  • Adão (Adamá que significa pó) = Homem

  • Sete (Seth) = Apontado/ Aquele que foi definido

  • Enos (Anash) = frágil mortal

  • Cainã (Kenan) = Adquirir /tomar posse

  • Maalalel (Maalal + El) = O Santo Deus/ O Deus bendito

  • Jered (do verbo Yaradh)= descerá

  • Enoque (Enoch) = ensino; instrução ou começo de pregação

  • Matusalém (Muth + Shalach) = Sua morte trará

  • Lameque (Lamech) = Lamentação; desespero; falta de esperança

  • Noé (Nacham) = descanso; alívio; repouso;


Criando uma frase a partir destes simbolismos podemos então ler algo do género:

(Ao) Homem (está) determinado a frágil mortalidade pelo pecado; (mas) adquirindo para si um povo eleito e escolhido (O) Santo Deus descerá, ensinando (que) Sua morte trará (a esses) que estavam sem esperança, (o) alívio do repouso e redenção.


Há uma particularidade interessante em Enoque, Matusalém e Noé especificamente que a nós convém atentar; Enoque profetizou ao dar o nome a seu filho, que sua morte traria o dilúvio sobre a Terra; Enoque então descrito por Judas como “O 7º depois de Adão” (Judas 1:14) é o Homem perfeito no simbolismo do número 7; é o primeiro pregador do arrependimento e do juízo de Deus, ficando claro que Enoque profetiza do primeiro juízo de Deus sobre a Terra (o dilúvio) dando ao seu filho o nome de “Matusalém” e profetiza igualmente da segunda vinda do Senhor Jesus para o Juízo final (Judas 1:14,15);

Analisando o nome de “Matusalém” = “Sua morte trará”, Refere-se a quê propriamente?

A sua morte trouxe o castigo de Deus sobre a Terra na forma do dilúvio onde Noé aparece como o Homem a quem Deus demonstra graça e escape ao juízo;


Matusalém tinha 187 anos quando gerou seu primeiro filho Lameque (Gênesis 5:25); Lameque tinha 182 anos quando gerou a Noé (Gênesis 5:28); Noé vive 500 anos quando gerou seus 3 filhos Sem, Cão e Jafé (Gênesis 5:32); O dilúvio vem no ano 600 da vida de Noé 100 anos depois (Gênesis 7:11);

A bíblia diz que Matusalém viveu 969 anos (Gênesis 5:27); Assim, fazendo as contas da sua descendência até Noé, fica claro que: 187+182+500+100 = 969 anos.


-A morte de Matusalém foi um período longo até vir o juízo declarado por Enoque; Sua morte foi cuidadosamente calculada por Deus para passar uma mensagem importante. Matusalém tem o recorde do homem mais velho de sempre, especificamente para apontar para a misericórdia de Deus em relação aos homens. A vida estendida de Matusalém é um sinal de grande misericórdia e paciência da parte de Deus.


Quando Enoque profetiza da segunda vinda do Senhor Jesus e do Juízo que isso acarreta, de igual forma também profetizou do dilúvio como o primeiro juízo (2 Pedro 3:5-7) dando a Matusalém um nome revelador do plano de Deus.

Enoque foi um símbolo da Igreja que prega a Verdade e o juízo de Deus; Ele prefigura a Igreja arrebatada que anda nos caminhos de Deus e que não verá o juízo de Deus cair sobre a Terra; Todo o filho de Deus à semelhança de Enoque não verá tempo de provação e Juízo como também ele não viu por ter sido arrebatado;


Matusalém um símbolo de longanimidade, misericórdia e arrependimento; Noé um símbolo de salvação; Ele e a sua família na arca, 8 pessoas apenas simbolizam os eleitos para a ressurreição da vida; (o número 8 representa isto mesmo)


A arca um símbolo da Cruz; as águas do Dilúvio um símbolo de Juízo; os 7 dias depois depois da porta da arca se fechar até ao juízo do dilúvio vir, é um símbolo dos 7 anos de tribulação na Terra onde a Igreja arrebatada na figura de Enoque está protegida do Anticristo, até que venha o juízo final;


Em (Gênesis 8:4) lemos que: “E a arca repousou no sétimo mês, no dia dezassete do mês, sobre os montes de Ararate.“


O nome do Monte Ararate (Arar+at) traduzido quer dizer = Maldição revertida; Particularmente diz que a Arca repousa no 7º mês no dia 17 do mês, apontando para o Mês de Nissan mediante o calendário Civil Judaico.

Quando Deus institui um novo calendário ao povo Judeu em (Êxodo 12:2) no âmbito da Páscoa, e da passagem do Anjo do Senhor para ferir o Egipto de morte, não o faz à toa; O Dilúvio de Noé e a Páscoa no Egipto são eventos que apontam para o mesmo plano de Deus de revelar O Senhor Jesus.


A ordem de tomar um “Cordeiro” sacrificial, para usar o seu sangue nas portas como protecção contra o Juízo do Senhor em (Êxodo 12:2), aponta directamente para o sacrifício de Jesus na obra da Cruz.

Note-se a particularidade de tomar o cordeiro ao 10º dia e guardá-lo até ao 14º dia, para o sacrificar à tarde;


-A pergunta agora seria como é que o 14º dia liga esta passagem do Egipto ao episódio da Arca repousar no cume do monte, ao 17º dia?


A resposta está nos 3 dias (Mateus 27:63) (Mateus 12:40) em que Jesus O Cordeiro de Deus sacrificado à tarde (Mateus 27:45) ficou morto e ressuscitou revertendo a maldição.

14+3 = 17, revela que a ressurreição de Jesus, assim como a arca elevada ao cume do monte, ambos simbolizam a maldição revertida, e a entrada na Graça para a nova vida.


O capítulo acaba com Noé sendo destacado, e os seus 3 filhos (Sem cão e Jafé) de forma a introduzir na narrativa para o capítulo seguinte o relato do Dilúvio.


Continue o estudo no próximo capítulo



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