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Génesis -Capítulo 28

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CAPÍTULO 28 – (22 Versículos)


  • ISAQUE ENVIA JACÓ PARA PADÃ-HARÃ -vs 1 a 5

  • A ANARQUIA DE ESAÚ -vs 6 a 9

  • O SONHO DE JACÓ EM BETEL -vs 10 a 19

  • JACÓ FAZ UM VOTO A DEUS -vs 20 a 22


Isaque então no seguimento da conversa com Rebeca no final do capítulo anterior (Gênesis 27:46) a dada altura é convencido de que seria boa ideia enviar Jacó a Labão irmão de Rebeca, a Padã-Harã, uma região na Mesopotâmia a norte, à procura de mulher de entre a sua família.


Rebeca já tinha orientado Jacó a ir nessa direcção como estratégia de sobrevivência, ainda antes mesmo de falar com Isaque, o que evidencia um plano da sua parte (Gênesis 27:43,44).


Provavelmente Rebeca pode até ter usado em conversa com Isaque o argumento de que Abraão seu Pai fez o mesmo, enviando o seu servo a buscar noiva noutro lugar para o proteger das mulheres pagãs e da idolatria (Gênesis 24:3,4)


Isaque então nos versículos 3 e 4 reforça a Bênção de Abraão a Jacó, de forma a evidenciar o legado que lhe havia sido passado debaixo da Aliança com Deus de lhes dar aquela Terra por possessão.


Esta é a mesma Bênção, debaixo da mesma Aliança, que é passada de Abraão para Isaque, e agora de Isaque a Jacó.


Esta Bênção que havia sido passada é reafirmada múltiplas vezes como lembrança da fidelidade de Deus nesse sentido; A Abraão (Gênesis 12:2,3) (Gênesis 13:15-17) (Gênesis 15:18) (Gênesis 17:2-9) (Gênesis 22:17,18) a Isaque (Gênesis 26:3-5) (Gênesis 26:24) a Jacó (Gênesis 27:29) (Gênesis 28:3,4) (Gênesis 28:13-15) (Gênesis 35:11,12).


Importante referir a “Bênção de Abraão” ao enviar Jacó para fora da Terra de Canaã; A referência à Bênção na Aliança de Deus com Abraão, profetiza que embora Jacó vá para fora da Terra prometida, ele deve voltar para reivindicar a herança da possessão, e para isto diz: “para que em herança possuas a terra de tuas peregrinações, que Deus deu a Abraão.” (Gênesis 28:4).

A ida de Jacó para Padã-Harã (Gênesis 28:2) é portanto de cariz temporário, até que ele volte para cumprir o plano de Deus traçado (Gênesis 28:15).


Há uma semelhança entre esta fuga de Jacó para a Mesopotâmia por motivos de segurança, e a ida do Senhor Jesus para o Egipto quando Herodes o procurava matar (Mateus 2:13,14)


Da mesma forma que O Senhor Jesus fugiu da “ameaça de morte” por Herodes, vemos Jacó fugir do mesmo por parte de Esaú.

Semelhantemente O Senhor Jesus volta mais tarde à Terra de Canaã para a implementação do Reino (Mateus 3:2) da mesma forma que Jacó voltaria para que por ele fosse levantado


Assim sendo, o versículo 5 mostra que Jacó obedeceu e “se foi a Padã-Harã” (Gênesis 28:5) segundo o caminho que O Senhor traçara para ele andar.


Em Harã, Jacó será provado debaixo da fidelidade de Deus, por meio de Labão irmão de sua mãe.


No versículo 6 a 8 é feita uma referência a Esaú, interrompendo o foco em Jacó, para evidenciar novamente o carácter profano e rebelde dele, fora da Eleição de Deus.


Como se não bastasse ir buscar mulheres hetéias para si, contrariamente à vontade de Deus e de seus pais, agora parece indicar que por provocação ao pedido de Isaque a Jacó, também ele vai buscar uma mulher de fora.

Mas a narrativa porém indica que ele se dirige a Ismael para tomar outra mulher para si (Gênesis 28:9).

O lado de Rebeca onde Jacó vai buscar mulher, revela o caminho que Deus se agrada; o lado de Ismael porém, é o caminho que Deus não se agradou;


Assim sendo, vemos que Esaú continua a ir contra seus pais, dirigindo-se a Ismael o rival de Isaque, a quem Abraão afastou por motivos justificáveis (Gênesis 21:14).


O que a Bíblia quer deixar subtilmente evidente é que quando Deus Elege e chama, Ele não chama porque um é melhor que o outro, pois conforme se vê, ambos tinham o mesmo carácter duvidoso como homens pecadores; Porém àqueles que Deus chama e Elege, fica evidente o tipo de caminho que eles progressivamente escolhem.

Os que são de Deus, deixam-se guiar nos caminhos do Senhor, e os que não são Dele, acabam fazendo eles mesmos os seus próprios caminhos.


JESUS NO SONHO DE JACÓ


Do versículo 10 a 12 vemos a narrativa focar de novo em Jacó indo para Harã aos 77 anos e a caminho parar num lugar para passar a noite, onde tem um sonho ou visão sobrenatural à semelhança de Abraão seu avô aos 75 anos em (Gênesis 15:12-16).


O Sonho de Jacó em si (Gênesis 28:12-15) consiste numa “escada posta na terra cujo topo tocava nos céus”, onde a presença dos anjos e do Senhor é evidenciada.


2 referências feitas nesta passagem em relação a esta “escada” são importantes a considerar:


1ª – “Os Anjos de Deus subiam e desciam por ela” (Gênesis 28:12)

2ª – “O Senhor estava em cima dela” (Gênesis 28:13)


A escada representa uma ponte entre a Terra e o céu, revelando que Deus está interessado em unir permanentemente estes dois lugares. Através desta escada, é possível o Homem subir para aceder à esfera celestial, como é possível Deus e os anjos descerem à esfera terrena.

O Senhor Jesus faz uma declaração curiosa a Natanael quando ele se apercebe do poder omnisciente de Jesus em (João 1:45-49) que nos ajuda a compreender melhor o sonho de Jacó.

O Senhor em cima da escada, num lugar alto de superioridade estratégica é a revelação da omnisciência de Deus que do alto dos céus olha para nós e nos vê.


Note-se o que Jesus diz de seguida a Natanael quando sua incredulidade (João 1:46) é transformada em (João 1:49) reconhecendo que Jesus é “O Filho de Deus e Rei de Israel“; A passagem da incredulidade à Fé aqui descrita é muito importante em simbolismo.


Jesus faz uma ponte agora entre Ele mesmo e o sonho de Jacó: “E disse-lhe: Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem.” (João 1:51).


JESUS É A ESCADA por onde sobem e descem os Anjos, sendo ELE a ligação entre a terra e o céu! Ele é a linha do horizonte que une as duas realidades da existência (terrena e celestial).


A escada que é Jesus também revela a realidade do relacionamento de Deus com o Homem; é lembrado portanto que O Deus da Criação que criou Adão e Eva, era O Deus que descia todos os dias ao Jardim para passear entre eles buscando comunhão (Gênesis 3:8).

A escada assim sendo revela a iniciativa de Deus de criar um canal pelo qual um dia Ele desceria à Terra para “habitar entre nós” (João 1:14), e nós poderíamos também subir para “estarmos para sempre com Ele” (1 Tessalonicenses 4:17).


Havendo ficado distanciados de Deus pelo pecado e debaixo da Ira e da condenação, a obra de Jesus na Cruz nos dá acesso de novo à Graça e favor Divinos.


O termo Mediador usado na carta aos Hebreus refere-se a: alguém que se coloca no meio de ambos os lados separados, para restaurar a união; A escada portanto como (a ponte ou a ligação) é Jesus mediando para permitir aos perdidos a aproximação com Deus (Hebreus 9:15)


Desta forma quando no sonho profético O SENHOR DEUS repete a bênção de Abraão agora a Jacó, Ele está a evidenciar que essa bênção vem por meio de uma Aliança EM JESUS!


A Bênção para todas as famílias da Terra, não é em Abraão propriamente, mas por Jesus, da descendência de Abraão, e é por Ele que a promessa pela fé, é passada a todos nós!

A descendência de Jesus agora é evidenciada, em todos nós (Judeus e gentios) que pela fé nos tornamos irmãos, e filhos de adopção em Cristo (Efésios 1:5) (Gálatas 3:26) (Gálatas 4:4-7)


Então a 1ª referência– “Os Anjos de Deus subiam e desciam por ela” (Gênesis 28:12) trata de uma ligação aberta por meio de Jesus em que nós temos acesso directo às esferas celestiais, para dar a Deus o nosso serviço e adoração, e receber Dele as Bênçãos e direcção. Através de Jesus nós podemos ver o incansável trabalho que Deus faz através de Seus súbditos a nosso favor. O exército dos Anjos, ministradores e protectores, não param ao serviço do Senhor. (Hebreus 1:14) (Salmos 34:7) (2 Reis 6:16,17) (Lucas 1:19)


A 2ª referência– “O Senhor estava em cima dela” (Gênesis 28:13) revela a autoridade e justiça, a soberania e o domínio do Senhor a quem todos na realidade devemos temer, honrar e servir. (Salmos 96:9,10) O acto de estar em cima, no topo da escada revela a altitude da visão e dos caminhos de Deus que são maiores do que os nossos (Isaías 55:8,9); Esta visão do Senhor elevado acima de nós, nos leva à consciência da sujeição em que nos devemos humilhar diante de Deus se quisermos por Ele ser exaltados (Tiago 4:7-10).


O ESTADO CAÍDO DE JACÓ E A MÃO ESTENDIDA DE DEUS


Por isso vemos nos versículos 16 e 17 que ao acordar do sonho e da visão que Deus lhe havia dado, a primeira reacção de Jacó foi de temor e espanto. O medo de Esaú, é agora substituído pelo temor a Deus.

Convém referir que esta é a primeira vez que O Senhor aparece directamente a Jacó, em manifestação sobrenatural como havia feito com seu pai (Isaque) e avô (Abraão)

Por isso lemos: “Acordando, pois, Jacó do seu sono, disse: Na verdade o Senhor está neste lugar; e eu não o sabia. E temeu, e disse: Quão terrível é este lugar!" (Gênesis 28:16,17)


Um temor maior dissipa um temor menor, porque a autoridade e força de Deus prova-se muito maior do que a de Esaú.


A expressão que se segue no mesmo versículo, fala de um estado de reconhecimento da parte de Jacó da presença de Deus diante de Si: Este não é outro lugar senão a casa de Deus; e esta é a porta dos céus.” (Gênesis 28:17)


O interessante é que o aparecimento de Deus a Jacó, vem somente depois de a narrativa nos mostrar Jacó no seu pior; Por uso de engano e oportunismo, Jacó coloca-se numa situação onde é forçado a fugir por temer por sua vida; Seu irmão agora é seu inimigo, e ele havia chegado ao fundo, colhendo aquilo que semeara.


A ideia aqui é revelar que Jacó confiando em si mesmo, havia caído trazendo sobre si um fim inevitável (a morte por meio de seu irmão), só para chegar então a um lugar onde Deus o levantaria, revelando-Se a ele, fortalecendo-o com esperança e motivação por meio de promessas de Bênção, protecção e prosperidade, como lemos: “E eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra; porque não te deixarei, até que haja cumprido o que te tenho falado.” (Gênesis 28:15)


Assim Deus faz com todos nós, para que saibamos a diferença de uma vida de vergonha centrada em nós mesmos, para acabamos por pagar o preço das nossas pobres decisões pessoais, e uma vida onde Deus se revela a nós, conduzindo-nos debaixo da Sua direção e propósito.


As palavras do Apostolo Paulo a respeito dizem: ”E que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte. Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna. Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” (Romanos 6:21-23)


O fim de Jacó era a morte pelas mãos de seu irmão conforme o seu desejo (Gênesis 27:41) “MAS” o “dom da vida“ veio a ele, quando Deus se manifesta, passando-lhe a Aliança de Bênção de Abraão, cujo fim é Jesus Cristo para todas as famílias da Terra;

Não só o dom da vida carnal, de sobreviver ao desejo homicida de seu irmão, mas de “VIDA ETERNA“ que só há em Cristo Jesus debaixo de uma Aliança directa com Deus.


Esta é a Aliança da Eleição, passada na expressão: “Amei a Jacó, e odiei a Esaú.” (Malaquias 1:2,3) (Romanos 9:13)


Desta forma Deus ama todos aqueles que estão debaixo da Sua Aliança em Jesus como a Jacó, e odeia todos os que não estão como a Esaú.


Os que estão debaixo desta Aliança de Bênção em Jesus são por Deus considerados Justos, e são provados para amarem a justiça, a verdade, e a paz com Deus; aos outros porém a quem a Aliança não cobre, permanecem em impiedade e condenação: “O Senhor prova o justo; porém ao ímpio e ao que ama a violência odeia a sua alma. Sobre os ímpios fará chover laços, fogo, enxofre e vento tempestuoso; isto será a porção do seu copo.” (Salmos 11:5,6)


A seguir, dos versículos 18 a 22 vemos que o resultado do temor e sujeição à autoridade de Deus, produz 3 frutos específicos:


-A Convicção-

Como crentes, a revelação que recebemos da parte de Deus faz com que a nossa fé esteja firmada em firmes convicções; A nossa fé e firmeza espiritual centrada em Jesus é fundamentada nas promessas de um Deus que não pode mentir (Tito 1:2) (Hebreus 6:17-20);

A “pedra como coluna” (Gênesis 28:18) é um símbolo do Próprio Senhor Jesus ser levantado diante de nós, Aquele que é a “Principal Pedra de esquina” (Isaías 28:16) (Efésios 2:20) na qual "quem crer não será confundido" (1 Pedro 2:6).


-A Conversão-

A mudança de Nome de Luz para Betel, aponta para a conversão por meio de uma revelação transformadora. Antigamente a mudança de nome de pessoas ou lugares, estava intimamente associada à mudança de papel ou estatuto e era com o propósito de reconhecer publicamente uma nova identidade ou posição.

Vemos que foi Jacó que dera o nome a este lugar, ainda que Moisés tenha usado o termo na narrativa anteriormente, relatando a história de Abraão.

Betel (Bêṯ-ʼĒl) significa “Casa de Deus” e este era o lugar onde Abraão no início da sua jornada havia edificado um altar ao Senhor (Gênesis 12:8) e para onde também voltou depois do episódio vergonhoso no Egipto (Gênesis 13:3,4).

Naquele lugar, nada havia mudado, senão numa perspectiva espiritual, tanto na consciência de Jacó de quem Deus era, como na visão daquele lugar pagão, tornado num altar de adoração ao único Deus.

A influência do poder de Deus em Abraão, Isaque e agora Jacó estava progressivamente a produzir frutos naquela região para testemunho perpétuo às Nações da obra preparada por Deus.

Jacó também estava agora a ganhar consciência através deste sonho, de que embora ele tivesse tomado a primogenitura e a bênção de seu irmão por meio de estratégias pessoais, que era Deus que estava realmente no controle.

A própria expressão de Deus no fim de reafirmar sua Aliança e promessa, naquele lugar dizendo: “até que haja cumprido o que te tenho falado.” (Gênesis 28:15) indica que a Palavra de Deus é fielmente cumprida ao mais pequeno detalhe e que Jacó podia confiar plenamente naquilo que lhe era prometido; (Isaías 55:11) (Mateus 24:35) (Josué 21:44,45) (Josué 23:14) (Isaías 14:24) (Isaías 14:27)


-O Compromisso-

Como crentes, à semelhança de Jacó, também deve haver um voto da nossa parte para com Deus, de retribuirmos a Ele tudo aquilo que Ele nos dá debaixo dessa Aliança eterna. A descrição específica do “Dízimo” referida no versículo (Gênesis 28:22), antes de sequer existir a Lei Mosaica, visa revelar que a Lei Divina ainda que não estivesse ordenada e regista em papel, ela está gravada nos nossos corações pela fé e temor a Deus (Romanos 2:14,15).


O voto de Jacó aqui visa demonstrar que após a iniciativa de Deus de criar uma Aliança com ele, a fidelidade do Senhor gera fidelidade no Homem; O Homem não é fiel até que receba, experimente, e reconheça a fidelidade de Deus primeiro; Tudo isto é a Graça irresistível a trabalhar.


Quando Jacó diz: “O Senhor me será por Deus” (Gênesis 28:21) naquele momento, é evidente que até ali, O Senhor era somente aos seus olhos O Deus de seu pai.

A promessa de fidelidade (Gênesis 28:15) feita pelo Senhor naquele sonho, é o que impulsiona o voto de Jacó quando ele acorda e teme.


A convicção, a conversão e o compromisso demonstrados, são a constatação de que Jacó estava debaixo da Graça desde o ventre da sua mãe, eleito para a salvação, e isso é evidente desde o momento que Deus anuncia a Rebeca que “o Maior serviria ao menor” (Gênesis 25:23).


Paulo fala disto mesmo no contexto da Eleição e predestinação de Jacó dizendo: “Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama);” (Romanos 9:11); e ainda aos Gálatas ensinando a mesma doutrina, diz que também ele foi eleito assim: “Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça” (Gálatas 1:15).


Que as palavras do Senhor Jesus a Natanael em (João 1:51) despertem a nossa consciência enquanto homens e mulheres a quem a Eleição foi dirigida e a revelação foi dada, para vermos a ligação entre a Terra e o céu, e O Senhor no topo dela como a autoridade a quem devemos servir e obedecer.


Servi ao Senhor com temor, e alegrai-vos com tremor.

Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em breve se acender a Sua ira; bem-aventurados todos aqueles que Nele confiam.

Salmos 2:11,12


Continue o estudo no próximo capítulo




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