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Mateus Capítulo 1

CAPÍTULO 1 - (25 versículos)


  1. A LINHAGEM DE JESUS

  2. A ORIGEM DIVINA DE JESUS - A CONCEPÇÃO PELO ESPÍRITO SANTO

  3. A DÚVIDA DE JOSÉ E A REVELAÇÃO DO ANJO

  4. JESUS O PRIMOGÉNITO DE DEUS

GENEALOGIA DE JESUS POR JOSÉ

-Versículo 1 ao 17- 


[1,1] BIBLOS GENESEÔS IÊSOU KHRISTOU UIOU DAUID UIOU ABRAAM

[1,2] ABRAAM EGENNÊSEN TON ISAAK ISAAK DE EGENNÊSEN TON IAKÔB IAKÔB DE EGENNÊSEN TON IOUDAN KAI TOUS ADELPHOUS AUTOU

[1,3] IOUDAS DE EGENNÊSEN TON PHARES KAI TON ZARA EK TÊS THAMAR PHARES DE EGENNÊSEN TON ESRÔM ESRÔM DE EGENNÊSEN TON ARAM

[1,4] ARAM DE EGENNÊSEN TON AMINADAB AMINADAB DE EGENNÊSEN TON NAASSÔN NAASSÔN DE EGENNÊSEN TON SALMÔN

[1,5] SALMÔN DE EGENNÊSEN TON BOES EK TÊS RAKHAB BOES DE EGENNÊSEN TON IÔBÊD EK TÊS ROUTH IÔBÊD DE EGENNÊSEN TON IESSAI

[1,6] IESSAI DE EGENNÊSEN TON DAUID TON BASILEA DAUID DE EGENNÊSEN TON SOLOMÔNA EK TÊS TOU OURIOU

[1,7] SOLOMÔN DE EGENNÊSEN TON ROBOAM ROBOAM DE EGENNÊSEN TON ABIA ABIA DE EGENNÊSEN TON ASAPH

[1,8] ASAPH DE EGENNÊSEN TON IÔSAPHAT IÔSAPHAT DE EGENNÊSEN TON IÔRAM IÔRAM DE EGENNÊSEN TON OZIAN

[1,9] OZIAS DE EGENNÊSEN TON IÔATHAM IÔATHAM DE EGENNÊSEN TON AKHAZ AKHAZ DE EGENNÊSEN TON EZEKIAN

[1,10] EZEKIAS DE EGENNÊSEN TON MANASSÊ MANASSÊS DE EGENNÊSEN TON AMÔS AMÔS DE EGENNÊSEN TON IÔSIAN

[1,11] IÔSIAS DE EGENNÊSEN TON IEKHONIAN KAI TOUS ADELPHOUS AUTOU EPI TÊS METOIKESIAS BABULÔNOS

[1,12] META DE TÊN METOIKESIAN BABULÔNOS IEKHONIAS EGENNÊSEN TON SALATHIÊL SALATHIÊL DE EGENNÊSEN TON ZOROBABEL

[1,13] ZOROBABEL DE EGENNÊSEN TON ABIOUD ABIOUD DE EGENNÊSEN TON ELIAKIM ELIAKIM DE EGENNÊSEN TON AZÔR

[1,14] AZÔR DE EGENNÊSEN TON SADÔK SADÔK DE EGENNÊSEN TON AKHIM AKHIM DE EGENNÊSEN TON ELIOUD

[1,15] ELIOUD DE EGENNÊSEN TON ELEAZAR ELEAZAR DE EGENNÊSEN TON MATTHAN MATTHAN DE EGENNÊSEN TON IAKÔB

[1,16] IAKÔB DE EGENNÊSEN TON IÔSÊPH TON ANDRA MARIAS EX ÊS EGENNÊTHÊ IÊSOUS O LEGOMENOS KHRISTOS

[1,17] PASAI OUN AI GENEAI APO ABRAAM EÔS DAUID GENEAI DEKATESSARES KAI APO DAUID EÔS TÊS METOIKESIAS BABULÔNOS GENEAI DEKATESSARES KAI APO TÊS METOIKESIAS BABULÔNOS EÔS TOU KHRISTOU GENEAI DEKATESSARES

A contagem das Gerações em descrição, referentes à genealogia de Jesus por José; A referência no primeiro versículo: "Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão." (BIBLOS GENESEÔS IÊSOU KHRISTOU UIOU DAUID UIOU ABRAAM) diz respeito a 2 nomes importantes da tradição e cultura Judaica, ambos tendo um estatuto digno de honra para todo o Judeu;


Refere "Filho de David", como a linhagem real de Jesus; "Filho de Abraão" como a linhagem Ancestral ou Patriarcal; Estas duas referências certificam a legitimidade de Jesus como Autoridade sobre os Judeus e a Nação de Israel e servem particularmente para testemunhar e registar aos Judeus não só a autenticidade das afirmações de Jesus como certificar as profecias a Seu respeito; Não é David e Abraão que "honram" a Jesus estando na sua genealogia, mas é Jesus que os honra, nascendo dela, contudo aos judeus incrédulos, a referência a estes 2 nomes pede reverência.


Por isso João o Baptista disse: "eis que após mim vem Aquele a quem não sou digno de desatar as alparcas dos pés." (Atos 13:25). João sabia que Jesus era maior que ele, que David e que Abraão.

É feito ainda uma referência a Abraão, Isaac, Jacó, e Judá (princípio das 12 tribos de Israel) (Mateus 1:2) - Todo este detalhe certifica que O Senhor Jesus era o predito e profetizado Messias e Rei e Senhor de Israel.


Seguindo a descrição da genealogia, de quem gerou quem, até Jesus, vemos no versículo 17 (Mateus 1:17) referência a uma sequência de 3x 14 gerações e lemos: "De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e desde Davi até a deportação para a babilônia, catorze gerações; e desde a deportação para a babilônia até Cristo, catorze gerações."


"Geneai Dekatessares" em grego fala de 14 gerações de memória técnica e registo histórico do povo e cultura Judaica.


-Podemos dividir os 3 grupos desta forma:

  • (1) Desde o nascimento de Abraão até o nascimento de David, tomando as datas fornecido pela cronologia recebida do Antigo Testamento. -B.C. 1996-1085. (14 gerações)

  • (2) Desde o nascimento de Davi até o cativeiro. -B.C. 1085-588. (14 gerações) 

  • (3) Do cativeiro ao nascimento de Jesus. -B.C. 588-4. (14 gerações)

A Bíblia fala de 3 grupos distintos de 14 gerações distintas dentro de cada grupo; Não fala de 42 gerações particulares. As Gerações servem para determinar 3 grupos distintos.

Cristo é o alvo em destaque na referência à Genealogia, e a separação temporal em 3 partes é curiosamente interessante.

Em (Isaías 9:6,7), nota-se no versículo 7 a referência "Sobre o Trono de David e o Seu Reino" referente ao Reino Eterno do Senhor Jesus;


Com base nesta informação notem-se os 3 grupos distintos:


  • (1)- "Do nascimento de Abraão ao nascimento de David": -Descendência directa do Patriarca e Pai das Nações, até ao Rei David, princípio da Glória de Israel e de um Reino próspero abençoado por Deus; (1 parte)

  • (2)- "Do nascimento de Davi até ao cativeiro": -Da Glória de Israel ao seu declínio; (2 parte)

  • (3)- "Do cativeiro ao nascimento de Jesus": -Do declínio à redenção;  Ao nascimento do Rei Eterno, Senhor de Israel e dos Reinos Celestiais. (3 parte)

Se atentarmos às palavras do Senhor Jesus dizendo: "É chegado o reino dos céus" (Mateus 4:17), percebemos o porquê desta sequência de 14+14+14 gerações dividida particularmente em 3 partes e referida logo no início do registo de Mateus; (O número 3 sempre fala simbolicamente da essência Divina e obra soberana da Trindade de Deus em acção).

1- O primeiro grupo é, desde Abraão até David realmente:

"desde Abraão até Davi são catorze gerações"(Abraão, Isaque, Jacó, Judá, Perez, Esrom, Arão, Aminadabe, Nasom, Salmom, Boaz, Obede, Jessé, Davi.)

2- O segundo grupo é de Davi até a deportação na Babilónia:

"desde Davi até a deportação para a babilônia, catorze gerações" (Davi, Salomão, Roboão, Abias, Asa, Josafá, Jorão, Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias, Manassés, Amom, Josias)


Este é o grupo real de quatorze gerações desde que todos neste grupo foram reis. O grupo começa com Davi e fecha com Josias, o último rei do reino.

David é referido no fim da primeira e no início da segunda porque é de evidenciar a ascensão e glória de Israel assim como a sua queda e declínio, antes de figurar o período de vergonha no exílio, culminando em Jesus O futuro e Glória Eterna como a restauração de todas as coisas.


3- Em relação ao terceiro grupo é-nos dito que ele vai desde a deportação da Babilónia até Cristo. Realmente:

"desde a deportação para a babilônia até Cristo, catorze gerações" (Jeconias, Salatiel, Zorobabel, Abiúde, Eliaquim, Azor, Sadoque, Aquim, Eliúde, Eleázar, Matã, Jacó, José, Jesus)


O termo "desde" "Apo" (απο) em grego significa: Algo que parte de; derivado ou revelado a partir de; distanciando-se de; como um resultado de;  O termo "Apocalipse" por exemplo, é a junção de Apo + Kalyptein (Algo revelado a partir de algo que estava oculto)

A revelação de 3 grupos de 14 gerações aponta para o plano de Deus escondido para Israel e o Seu povo, revelado através de Jesus; é disto que trata este grupo de versículos e as 14 gerações referidas em 3 partes distintas.

É sempre bom evidenciar que aqui é descrita a genealogia de Jesus por José; ainda que saibamos que José não teve parte da concepção Divinal de Jesus biologicamente.

Sabemos que Jesus nasceu de Maria por intervenção directa do Espírito Santo de Deus e não das relações físicas entre José e Maria.

José não podia então contribuir directamente para a Linhagem de Jesus (geneticamente falando), pois Jesus não teve José como Pai biológico.


O facto de referir contudo a linhagem pura de Abraão até José, serve para mostrar que embora José não tivesse sido relevante no sentido biológico, ele também havia sido escolhido por Deus, pois da sua linhagem também vinha a linhagem pura do sangue Hebreu, do qual O Senhor Jesus é Rei.


Jesus nasceu de Maria, que pertencia à mesma tribo, tendo os mesmos antepassados, contudo a genealogia aqui está focada em José (O registo patriarcal) para que aos olhos do povo, a credibilidade da linhagem de Jesus não pudesse ser posta em causa.


O registo em (Lucas 3:23-38) mostra outra genealogia, mas aqui registada num sentido oposto. Em Mateus, a genealogia parte do passado, de Abraão a José e Jesus; Em Lucas o registo é feito ao contrário e parte de Jesus por José para trás até Adão e Deus que o Criou.


Ambas as genealogias embora aparentemente referentes a "José", ao primeiro olhar, (pois refere: "Jesus filho de José") apresentam detalhes diferentes em foco, porque esta genealogia em questão é a genealogia de Jesus por Maria (da mesma tribo) mesmo que esta não seja contemplada em destaque.

Isto é evidente na referência do versículo de (Lucas 3:23) quando diz que Jesus era "filho de "José" (como se cuidava)", ou seja, como era tido por todos oficialmente, embora biologicamente falando isso não fosse verdade.


As genealogias dadas em Mateus 1 e Lucas 3 são na verdade referentes e relevantes em propósito a Jesus Cristo, vistas supostamente por "José", (embora claramente a de Mateus seja de Jesus por José, e a de Lucas de Jesus por Maria); mas a referência às genealogias serve o único propósito de mostrar a Linhagem Do Senhor Jesus segundo a Linhagem de Abraão e David e não propriamente de seus "pais" (Maria ou José).

Não devemos achar estranho que tenhamos duas genealogias descritas, afinal toda a gente tem duas genealogias: uma do seu pai e uma da sua mãe.

Agora O pai de Jesus é Deus e, portanto, ele não poderia ter uma genealogia carnal do seu pai natural (Até porque Jesus é O Próprio Eterno Deus encarnado).


Maria também não é a mãe de Jesus no sentido natural que uma mulher é mãe de alguém. Maria foi somente o receptáculo físico onde Jesus veio dos céus fazer-se "Filho do Homem"; (Mateus 18:11) (Mateus 12:8) (Mateus 26:24) (Lucas 22:69), para dar-Lhe esse estatuto na Terra. E são muitas as vezes que Jesus demonstra isto, não se referindo a Maria como "Mãe" (João 2:4) (Mateus 12:48).


No entanto, a sua situação legal na sociedade era dependente do homem que a sociedade reconheceu como sendo seu pai, ou seja, José, e de maria como sua mãe. É por isso que a Palavra de Deus dá duas genealogias.


O facto das 2 supostas genealogias terem sido expressas, gerou alguns problemas entre alguns estudiosos não sensíveis aos propósitos de Deus em registá-las.

O primeiro problema está relacionado com o facto de que enquanto na genealogia de Mateus 1:16 nos é dito que:

"Jacó gerou José, marido de Maria", - Ou seja, que José era filho de Jacó;


Na genealogia correspondente de (Lucas 3:23), lemos que:

E o mesmo Jesus começava a ser de quase trinta anos, sendo (como se cuidava) filho de José, e José de Heli, E Heli de Matã....."


O problema geralmente é criado aqui, porque as pessoas têm tomado esta genealogia como uma genealogia de José. Mas a genealogia não é de José, mas de JESUS.


Jesus, que deveria pela sociedade (Patriarcal) ser o filho de José, era filho de Heli, que era o filho de Matã, etc.

Ele não era filho de Heli de José, já que, segundo Mateus, o pai de José, não foi Heli, mas Jacó.

Através de quem, portanto, Jesus foi filho de Heli? A resposta é através de Maria; -"O filho de Heli" - isto é, o genro (José), do qual Jesus era "filho" como marido de Maria sua filha; Pois Heli era o pai de Maria. Em inglês por exemplo o termo genro é mais revelador; “Son in Law” (Filho na Lei); José era “Filho de Heli pela Lei” após ter casado com Maria, Filha biológica de Heli.


Desta forma:

-Mateus escreve a genealogia de José, descendente de Davi por Salomão;

-Lucas por sua vez, de Maria, descendente de Davi por Natã.


Na genealogia de José (recitada por Mateus), está implícita a de Maria, pois os judeus estavam acostumados (e era de lei que assim o fosse) a casar nas suas próprias famílias, da mesma tribo.

Importante ver ainda a referência de (Números 36:6-13) para se ver como funcionava a união legítima entre as tribos nessa altura.

A CONCEPÇÃO DE JESUS

-Versículos 18 ao 25-


[1,18] TOU DE IÊSOU KHRISTOU Ê GENESIS OUTÔS ÊN MNÊSTEUTHEISÊS TÊS MÊTROS AUTOU MARIAS TÔ IÔSÊPH PRIN Ê SUNELTHEIN AUTOUS EURETHÊ EN GASTRI EKHOUSA EK PNEUMATOS AGIOU

[1,19] IÔSÊPH DE O ANÊR AUTÊS DIKAIOS ÔN KAI MÊ THELÔN AUTÊN DEIGMATISAI EBOULÊTHÊ LATHRA APOLUSAI AUTÊN

[1,20] TAUTA DE AUTOU ENTHUMÊTHENTOS IDOU AGGELOS KURIOU KAT ONAR EPHANÊ AUTÔ LEGÔN IÔSÊPH UIOS DAUID MÊ PHOBÊTHÊS PARALABEIN MARIAN TÊN GUNAIKA SOU TO GAR EN AUTÊ GENNÊTHEN EK PNEUMATOS ESTIN AGIOU

[1,21] TEXETAI DE UION KAI KALESEIS TO ONOMA AUTOU IÊSOUN AUTOS GAR SÔSEI TON LAON AUTOU APO TÔN AMARTIÔN AUTÔN

[1,22] TOUTO DE OLON GEGONEN INA PLÊRÔTHÊ TO RÊTHEN UPO KURIOU DIA TOU PROPHÊTOU LEGONTOS

[1,23] IDOU Ê PARTHENOS EN GASTRI EXEI KAI TEXETAI UION KAI KALESOUSIN TO ONOMA AUTOU EMMANOUÊL O ESTIN METHERMÊNEUOMENON METH ÊMÔN O THEOS

[1,24] EGERTHEIS DE O IÔSÊPH APO TOU UPNOU EPOIÊSEN ÔS PROSETAXEN AUTÔ O AGGELOS KURIOU KAI PARELABEN TÊN GUNAIKA AUTOU

[1,25] KAI OUK EGINÔSKEN AUTÊN EÔS OU ETEKEN UION KAI EKALESEN TO ONOMA AUTOU IÊSOUN

Nestes versículos vemos a dúvida de José em receber Maria por saber da inusitada gravidez, pois pelos costumes judeus, um homem nas condições de José podia repudiar e condenar Maria debaixo da Lei (Deuteronômio 22:23,24); Maria estava grávida, e José sabia que o filho não era dele; Como resposta aos pensamentos de José, um Anjo aparece em sonhos e revela a Divindade de Jesus e a graça dada a Maria; Jesus é o cumprimento das profecias acerca do Salvador enviado por Deus para reinar (Isaías 7:14) (Isaías 9:6,7) (Isaías 11:1-4) (Isaías 61:1,2) (Miquéias 5:2-4) (Jeremias 23:5,6)

Em relação ao nascimento de Jesus é descrito:

"Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Que estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo." (Mateus 1:18)

JESUS E A ORIGEM DIVINA

Este "achou-se" refere-se ao estado surpreendente em que ela foi achada grávida, (forma sobrenatural), sendo ainda virgem.

O termo “achou-se" é “EURETHÊ” que vem da palavra grega “Eureka”.

Toda a gente conhece este termo imortalizado por Arquimedes o célebre Matemático grego; é uma espécie de grito de triunfo, e de deslumbre por algo que era desconhecido, ser esclarecido/descoberto/revelado.

A concepção de Jesus é obra Divina determinada por Deus, levada a cabo pelo Próprio Espírito Santo e revelada pelo Anjo conforme a vontade de Deus;


Maria é o Veículo usado por Deus para trazer ao mundo o Salvador; Maria é abençoada e santificada por Deus para tal, mas ela não tem nenhum papel de co-agente, ou co-auxiliar como autora dessa obra. É obra da Trindade, e Maria não faz parte dela. (A essência de Deus é Uma -Trindade- e não "um quarteto").

(O “Achar-se grávida” sobrenaturalmente foi a Razão pela qual o próprio José intentou deixá-la, no Versículo 19).

Neste "Achou-se" está inerente o espanto inexplicável do ponto de vista humano.

Ninguém naturalmente se "acha grávida"; Maria não precisou fazer absolutamente nada; Maria teve uma prestação meramente passiva, obedecendo e sujeitando-se à vontade de Deus de fazer dela Nascer o Messias.


O nascimento do Senhor Jesus não foi uma "decisão" de Maria, mas ao contrário, um Decreto Divino, ao qual ela se sujeitou em obediência. (isto é notoriamente comprovado na sua resposta ao Anjo Gabriel que a visitou) -"Disse então Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela. (Lucas 1:38)


Por isto rejeitamos todo o objecto de culto "mariano" do catolicismo Romano, que a "entroniza" e "adora" como a "mãe de Deus" (sendo isto uma blasfémia terrível).

A DÚVIDA DE JOSÉ E O ANJO GABRIEL

José intenta deixar Maria, por causa da sua própria Justiça, como refere a Palavra: 


-"José, seu marido, sendo justo" - o termo (Dikaios de Dike) Significa: Correcto, íntegro, com padrões altos de rectidão; esta justiça aponta para o acto de que embora ele soubesse não ser o Pai biológico daquela criança, ainda assim não a imputava nenhuma ofensa.


José não queria infamar Maria segundo o termo (deigmatizo de deigma ou deiknuo - Expor, anunciar para todos, exibir em público; Literalmente quer dizer "fazer uma cena").

José não sabia como era possível Maria estar grávida, ainda assim, não a queria expor publicamente como era o costume; Antes queria protegê-la disso.


-"Intentou deixá-la secretamente"- O termo aqui "deixá-la" (Apoluo) fala de: Desconsiderar, deixar para trás, desprender-se; "Secretamente" (Lathra) de Lanthano - de forma escondida ou encoberta; sem que ninguém repare;

outros usos deste termo podem ser observados nas seguintes passagens: (Mateus 2:7)-(João 11:28)-(Atos 16:37).


Esta é uma expressão interessante que indica também a honra e a decência de José como Marido e Homem. Como descrito em (Deuteronômio 22:24) vemos que A Lei Mosaica determinava a exposição à vergonha pública e à morte, mulheres no estado actual de Maria;

O deixar secretamente Maria, era sinal da nobreza de carácter de José, que embora sua honra permitisse punir Maria e sua "estranha gravidez" publicamente, ele havia escolhido não o fazer.


Para esclarecer José acerca de tal situação, o anjo o visita num sonho e aponta para a Obra Do Senhor, como o cumprimento das profecias a respeito de Jesus. (Isaías 7:14)


-“E pensando ele nisto”- em grego lemos: (TAUTA DE AUTOU ENTHUMÊTHENTOS) que significa: Trazer à mente; ponderar, reflectir; deliberar; submeter a consideração; denuncia que José não agiu apressadamente segundo a Lei, mas que reflectiu com mansidão "sendo justo".


Sabemos que a Palavra diz que Deus guia e dirige os mansos em justiça; "Guiará os mansos em justiça e aos mansos ensinará o seu caminho." (Salmos 25:9)


"Apareceu num sonho" (KAT ONAR EPHANÊ); O termo "Sonho" (Onar), é a raíz da palavra "onírico" (oneiros) e refere-se a: pensamentos sonhadores, ou ideias que aparecem no período de sono


"Sonhos e Visões" na Bíblia sempre acompanham eventos e circunstâncias onde é visível a acção directa (Presente ou futura) de Deus sobre a realidade Humana; Apontam para a "Vontade de Deus" (tanto de bênção como de juízo) ou a "concretização profética" do Seu plano eterno, segundo a Justiça sendo revelada; Esta foi uma maneira comum de tornar conhecida a soberania de Deus para os antigos profetas e Seu povo, e será ainda também nos últimos dias após o arrebatamento da Igreja e a volta à dispensação antiga; (Joel 2:28) (Atos 2:17) (Daniel 7:1) (Jó 4:12,13) (Jó 7:14) (Gênesis 20:3) (Gênesis 37:5) (Gênesis 41:1) (1 Reis 3:5) (Mateus 2:19); O sonho de José aqui não é um sonho de fantasia durante o sono, mas um evento sobrenatural pelo qual o Anjo comunicou a José a vontade de Deus revelada.

No Versículo 20 ainda, O Anjo referindo-se a José como: "José Filho de Davi" (IÔSÊPH UIOS DAUID) é outra referência relevante de comentar;

O anjo o lembrou da sua relação com Davi (seu antepassado), para consciencializá-lo de que Maria seria a mãe do Messias - o herdeiro prometido de Davi nas profecias (2 Samuel 7:16) (Salmos 89:3,4);

Acerca destas profecias, o Apóstolo Paulo mais tarde também faria referência (Romanos 1:2-4).


O Anjo literalmente está a passar a ideia de que ali se estavam a cumprir as profecias e o plano de Deus, de forma a organizar os pensamentos confusos de José.

Isto para que José soubesse que a "sua paternidade" "como se cuidaria" (Lucas 3:23) certificaria que para todos os Judeus, Jesus teria o mesmo estatuto.

Se José sendo “oficialmente” o Pai de Jesus, não tivesse a mesma linhagem e ascendência, Jesus jamais poderia ser chamado publicamente de “Filho de David”.

O Anjo continua em tom profético nos versículos 21,22 e 23, convencendo a José com a autoridade de Deus, de que o plano para aquele Filho, vinha Do Alto, e cheio de propósito a cumprir.

"...E chamarás o seu nome JESUS;..." (Mateus 1:21) é a ordem passada pelo Anjo;


Curioso referir que que na altura, segundo os costumes Judaicos, os Judeus eram contra qualquer comunicação entre a noiva e o noivo durante o período de noivado, daí que encontremos Gabriel (O Anjo) falando com Maria em (Lucas 1:31), dizendo-lhe a mesma coisa: "E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus".


Provavelmente o intuito era uni-los num mesmo pensamento (ainda que distantes e incomunicáveis) e responsabilizar e consciencializar ambos individualmente de que a Obra de Deus para o nascimento do Messias já estava ordenada a cumprir-se exactamente como Deus havia determinado; (nem o Nome era decisão deles).

O Anjo deixa bem claro que eles só têm de obedecer e seguir as ordens de Deus, pois é Ele que está no controlo.

O NOME DE JESUS

O "Nome do Filho de Deus" nunca poderia ser decidido por Maria e José, pois, "O Nome sobre todo o nome" (Filipenses 2:9) tem simbolicamente o propósito de espelhar a obra gloriosa que Deus preparou em Jesus.Aliás O Nome de Jesus é cheio de significado e tem uma história na herança cultural Judaica, mas nem sempre foi um nome especialmente sagrado.

Na sua forma do Velho Testamento encontramos no Livro de Números "Josué" também chamado "Oseias" (Números 13:8) (Números 14:6) ou Joshua, do hebraico יהושוע בן נון, Yehoshua ou Yeshua, que significa Javé (Jeová) Salva ou Javé (Jeová) é Salvação; ou ainda Javé (Jeová) é O Salvador;

Este nome é hoje: Iesous na transliteração para o grego; e na forma latina como conhecemos, é Jesus.


Josué era chamado originalmente de Oseias, entretanto, o seu nome fora mudado por Moisés, em Cades; note-se: "e a Oséias, filho de Num, Moisés chamou Josué". (Números 13:16)

Oseias significa “Salvação”, todavia, seguindo a prática hebraica e semítica de mudar o nome a fim de ratificar a mudança de posição ou destino, Moisés, influenciado pelo Espírito de Deus, muda o nome do primogénito da tribo de Efraim para Yehōshuāh. (Isto não foi ao acaso)

Com a mudança do nome, altera-se também a função e a responsabilidade dele diante de Deus e do povo de Israel. (Curioso ver que a mudança do nome acompanha "um estatuto").

Isto já era o Plano de Deus para a sonância do nome de Jesus (seu futuro cunho Divino) associado ao Cristo (Jesus Cristo ou Jesus O Cristo e a importância magnífica da Sua Obra eterna, séculos antes do nascimento do Messias - em 1513 a.C.).

A mudança do nome do capitão de Israel de Oséias (Hoséia) para Josué (Joshua) não tinha ainda cunho divino, pois Deus havia preparado o nome e o estatuto, progressivamente à medida que também conduzia a história de Israel, e só Após o retorno da Babilónia, é que recebeu uma nova proeminência em relação ao sumo sacerdote Josué, filho de Josadaque (Josedech) (Ageu 1:1) (Zacarias 3:1).


No entanto, não tinha sido ainda associado directamente com as esperanças messiânicas, como indicação de que seria o nome do Cristo por vir (O eterno Sumo-sacerdote)-(Hebreus 4:14) (Hebreus 8:1).


Como bem refere logo no primeiro versículo de Mateus ("Livro da geração de Jesus Cristo"...) A associação do nome Jesus ao Cristo deu um novo carácter aos pensamentos dos homens sobre o reino e um cunho Divino de que Ele, era o Messias prometido.

Ele não vinha para conquista e independência territorial (Como eles desejavam) mas para "Salvação" –"libertação" espiritual; não somente libertação dos inimigos humanos (dos romanos e outros povos que sempre ameaçaram Israel), nem das penalidades do pecado (segundo os costumes da religião Judaica), mas A Salvação e Libertação dos próprios pecados (Justificação) - como bem diz o Anjo a José "porque Ele salvará o Seu povo dos seus pecados". (Mateus 1:21)


Esta é a razão porque O Nome Dele seria Jesus e mais nenhum! O Nome é espelho da Obra que Lhe estava proposta.

Por isso o Nascimento Do Senhor Jesus é anunciado ainda no Velho Testamento profeticamente, para não deixar sombra de dúvida dos decretos Eternos de Deus para O Seu Filho e Sua obra.

Por isso vemos no Versículo 22 referido: "para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz"; (Mateus 1:22,23) (Citando Isaías):

"Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel". (Isaías 7:14).


Voltando à origem do nome de Jesus repare-se na decisão de Moisés, bem lá atrás na História de:

  • -Mudar o nome do primogénito da tribo de Efraim para Yehōshuāh (O nome que viria a ser O nome do Filho de Deus -Yeshua = Jesus;

  • -De Oséias/Josué ser "o primogénito", como Jesus também é descrito como "o primogénito de toda a criação"(Colossenses 1:15); (Mateus 1:25)

  • -E de ele ser da Tribo de Efraim (Fundadores da cidade de Belém Efrata) Onde nasceu Jesus.

- Temos então 3 características comuns interessantes a apontar:

1) Estatuto = Primogénito;

2) Nome e função = (Jesus = Jeová Salva ou é O Salvador; é ainda Emanuel = Deus Connosco) A mudança de nome simbolizava a responsabilidade diante de Deus e do povo Judeu, num novo rumo/destino. (Jesus é Aquele que nos transporta das trevas para a Luz) (1 Pedro 2:9); é Aquele que Tira Israel do declínio e o restaura na Glória!

3) Região/Tribo = Belém, (Fundada pela tribo de Efraim) Lugar onde Jesus estava destinado a nascer).


Na profecia quanto ao nascimento de Jesus (Isaías 7:14) citada por Mateus o foco está em 3 aspectos distintos:


1) Uma virgem (2 Coríntios 11:2) (símbolo de castidade, pureza, incontaminação, que mais tarde passa também a espelhar como símbolo a Igreja de Cristo- A Noiva);

2) Um Filho (Salmos 127:3,4) (Símbolo de prosperidade, de bênção, e Herança);

3) Um Nome (Filipenses 2:9) (Símbolo de Identidade e reconhecimento).

Foco 1 - A "Virgem" - sabemos que o nascimento Do Senhor Jesus, não foi fruto de uma relação carnal, mas Ele sendo O Filho de Deus, fez-Se "Filho do Homem"; concebido sobrenaturalmente pelo Espírito Santo. A Santidade da vida Do Senhor Jesus, começou logo no acto da concepção, e prosseguiu durante todo o tempo da sua vida, até a sua morte. Santo, que não conheceu pecado (2 Coríntios 5:21);


Foco 2 - O "Filho" - lembramos que a Palavra fala que: "Os Filhos são a herança do Senhor"; (Salmos 127:3)

A Herança da qual nós fazemos parte, por sermos feitos através de Cristo, Filhos de Deus, e co-herdeiros da Vida eterna (Hebreus 1:2) (1 Pedro 1:4);


Foco 3 - O "Nome" - O termo: "EMANUEL, Que traduzido é: Deus connosco" deixa clara a Identidade verdadeira de Jesus, como O Deus Santo encarnado. Percebe-se então sem sombra de dúvida que que Este Filho, Santo e imaculado, que Veio trazer uma Herança Eterna, é O próprio Deus Vivo.


Disto falou João quando disse: "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." (João 1:14);

Ele esteve entre nós, (Connosco) fisicamente na Pessoa Do Filho, para ser conhecido por nós, como nós somos conhecidos por Ele. (Efésios 1:11) (Romanos 8:17) (Gálatas 4:7).


Jesus e Emanuel (dois nomes para a mesma pessoa) serve o propósito de Mostrar simultaneamente 2 aspectos Do Senhor Jesus: 


  • Revelar que Ele é Deus; - "Emmanuel" = Deus entre nós / Connosco

  • Que Ele é O Salvador, O único que Salva; - "Jesus" = Jeová Salva/ ou é Salvador

No versículo 24 vemos: "E José despertando do sono" (Terminando a visão do Anjo, a mensagem de Deus havendo cumprido seu propósito José retorna à perfeita consciência dos seus sentidos naturais); Provavelmente o estado de José não era o "dormir" natural mas uma espécie de "transe" (estado semelhante ao de Paulo quando é arrebatado ao terceiro céu e profere com alguma dificuldade não saber distinguir a realidade do seu estado) e diz: - "se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei" (2 Coríntios 12:2); O "Sono" como momento de intervenção sobrenatural, desde Génesis (Gênesis 2:21) tem uma conotação de transe ou "anestesia" dos sentidos;


Assim que José "desperta do sono" vemos que "fez como o Anjo Do Senhor lhe ordenara" (não há dúvida de que José sabia distinguir a realidade de um sonho; José sabia a diferença, o que nos compele ainda mais a acreditar que não era um "sono natural"; O despertar do sono, seguido de mudança de pensamento objectivo e prático, demonstra de facto que José não alucinou.

A VIRGINDIDADE DE MARIA


No versículo 25 diz: -"E não a conheceu" referindo-se à postura marital de José face a Maria;


[1,25] KAI OUK EGINÔSKEN AUTÊN HEÔS OU ETEKEN UION KAI EKALESEN TO ONOMA AUTOU IÊSOUN.


O termo “a recebeu como sua mulher” (do versículo anterior), poderia dar a entender que José teve relações com Maria. Por isso, logo a seguir Mateus faz questão de ressaltar que ele “não a conheceu” (EGINÔSKEN) de (Ginosko) (com intimidade sexual) até quando nascesse Jesus.


O termo “conhecer” (Ginosko) em grego e (YÅDA) em Hebraico, era frequentemente utilizado na antiguidade no sentido de descrever as relações sexuais normais entre marido e mulher, como se refere outra passagem: "Conheceu Adão a Eva, sua mulher; e ela concebeu e deu à luz Caim” (Gênesis 4:1).


O facto de Mateus distinguir "receber" de "conhecer" torna óbvia a distinção entre 2 comportamentos diferentes.


-"até que deu à luz seu filho" (período temporal condicional) ou seja: O acto de "conhecer" Maria, no sentido de envolvimento físico foi algo que José não fez (e agora vem a condição), "até que" Jesus nascesse; Até que Maria "desse à Luz seu filho"; 

O termo usado é “heōs” que literalmente remete para: um estado condicional e temporário; um tempo determinado necessário de espera, retração ou inactividade.


Se Mateus quisesse dar a entender que José não “conheceu” Maria nunca, (que ela teria permanecido intocável por homem para sempre) teria simplesmente escrito que “ele nunca a conheceu” e não que ele somente não a "conheceu" “até” que Jesus nascesse.


A virgindade de Maria é essencial ATÉ ao nascimento de Jesus, porque obviamente, ela havia sido escolhida pela pureza (virgindade), a fim de reter temporariamente dentro de si O Eterno e Santo Deus encarnado.

Maria não foi apenas virgem na concepção, mas virgem até ao nascimento (convém salientar).


Isto é óbvio nesta passagem porque evidencia, que após Maria cumprir o seu propósito como "receptáculo" para O Deus vivo", ela não teria mais necessidade de reter sua a virgindade nem José de esperar.

Mateus poderia ter escrito o mesmo que foi dito em relação a Mical, que “não teve filhos até o dia da sua morte” (2 Samuel 6:23) e vemos que não o fez.


Um breve exemplo do porquê de entender a especificidade do "Até":

Depois da transfiguração vemos que: "Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a visão, ATÉ que o Filho do homem seja ressuscitado dentre os mortos". (Mateus 17:9)


Prova de que Pedro entendia que o “até que” delimitava um limite, é o facto de que ele próprio realmente contou sobre isso depois que Jesus ressuscitou (2 Pedro 1:17,18). Ou seja: ele compreendia que o “até que” era uma restrição meramente temporária e de nada se aproveitaria manter aquela restrição após aquele período.


Se a virgindade perpétua de Maria fosse decreto Divino ou assunto pertinente nas Escrituras, Mateus tinha aqui uma bela oportunidade de o manifestar, contudo não o fez. Citando o Velho testamento, Mateus poderia deixar claro em relação a Maria que ela não havia gerado filhos durante todo o resto da sua vida (“até a sua morte”), e isso não é encontrado em lado nenhum nos Evangelhos, nem em nenhuma profecia.


Uma boa pergunta a fazer para provar a legitimidade da pretensão em defender a virgindade perpétua de Maria é: -Em quê propriamente, vemos Deus ser glorificado ou O Senhor Jesus enaltecido no que diz respeito a Maria ser eternamente virgem? Esta perpétua virgindade confere mais Glória a Deus ou a Maria?

A resposta é óbvia, e como tal também o propósito daqueles que a defendem.

Maria era uma mulher normal (sem qualquer cunho Divino, ainda que abençoada por Deus ricamente), e sua virgindade após o nascimento de Jesus, em nada seria relevante (a não ser para o culto herético e idólatra de determinadas religiões pagãs sincréticas como o Catolicismo Romano), e por isso as Escrituras nada evidenciam Maria nesse sentido, aliás são contrárias até em inúmeras passagens demonstrando evidências de que ela havia consumado o seu casamento como seria de esperar na tradição Judaica (1 Coríntios 7:3-5), e de que ela continuou a sua vida sem qualquer relevância adicional.


Por exemplo:

-Jesus teve irmãos e irmãs (Mateus 13:55);

-Jesus não a tratou como mãe ou seus irmãos com especial familiaridade (Marcos 3:32-35);

-Jesus refere-se a Maria como "Mulher" (sua serva) e não como "Mãe" (como se tivesse autoridade sobre Ele) (João 2:4); Ele mesmo deixou claro que "Sua mãe e seus irmãos são todos os que fazem a vontade de Seu Pai" (Mateus 12:47-50) não revelando qualquer afinidade especial a Maria em relação a qualquer outra pessoa que faça a vontade Do Pai. Maria estava na mesma condição que todos nós estamos; A de adoradora, e não de "adorada".


JESUS O PRIMOGÉNITO

-"O primogénito" - em grego (Prototokos) Τονυιοναυτηςτονπρω - οτοκον (seu primogénito) e em Hebraico (‘Bech’or’) בכר


-Qual a relevância deste termo e a razão porque é muito importante sendo aplicado a Jesus?


Na Bíblia, assim como nos costumes antigos, o termo primogénito sempre estava associado também ao estatuto de herdeiro; Estes são 3 Títulos ou estatutos inseparáveis de Jesus como O Filho de Deus!


  • -Primogénito (prototokos) (Colossenses 1:15) (Hebreus 1:6) (Romanos 8:29) (Apocalipse 1:5)

  • -Unigénito (monogenes) (João 1:18) (João 3:16) (1 João 4:9

  • -Herdeiro (klêronomos) (Hebreus 1:2) (Romanos 8:17) (Mateus 21:38) (Romanos 8:17)


Termo de Estatuto, -"O Herdeiro"- Referente ao primeiro filho a "abrir a Madre" (O que tem o direito sobre todos os outros) que também acarreta na cultura patriarcal Judaica o estatuto implícito de Separado/Santificado/pertencente a Deus, que remota até ao Velho testamento, já lá, apontando para Jesus como "O Separado de Deus"/ "Ungido de Deus" (Êxodo 13:2);


Também aqui está implícita a virgindade de Maria (primogénito = primeiro) e o privilégio de direito de primogenitura pela lei concedido a Jesus; claro que a Herança de que Jesus trata é a Herança dada Pelo Pai, a herança dos céus e o Trono Eterno, e não a herança de bens materiais terrenos, embora Ele seja herdeiro de tudo o que existe tanto nos céus como na Terra; contudo é no estatuto que foca especialmente a primogenitura (Hebreus 1:2) -O PRIMEIRO.

O facto de Mateus acrescentar também que Maria deu à luz o seu “primogénito” no versículo 25 também indica que ela teve outros filhos. Caso assim não fosse, teria simplesmente escrito que Maria teria dado à luz o seu “único filho", como a Bíblia frequentemente afirma noutros casos, em que de facto não havia outros irmãos na família (Lucas 7:12) (Lucas 9:38), como o caso da viúva de Naim, cujo “filho único” havia falecido, e do homem que queria expulsar de seu filho um demónio, porque era o seu “filho único”.

-"E pôs-lhe por nome Jesus";

Já vimos anteriormente no Vs. 21 que o nome de Jesus, veio por ordem de Deus, comunicada a José por um Anjo, e tem origem já no velho testamento quando Deus começou a preparar a riqueza do Seu nome gravada na tradição dos Judeus;

O nome foi atribuído oficialmente a Cristo quando aos oito dias de idade (Lucas 2:21); de acordo com a lei judaica, Ele foi circuncidado; assim Ele adquiria O estatuto de "Salvador" no momento do Seu primeiro derramamento de sangue;






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