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ROMANOS 1

CAPÍTULO 1 - (32 versículos) - Versículos 9 ao 15


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Versículo 9 Versículo 10 Versículo 11 Versículo 12 Versículo 13

Versículo 14 Versículo 15

-Versículo 9- "Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, me é testemunha de como incessantemente faço menção de vós." (Romanos 1:9)


[1,9] MARTYS GAR MOU ESTIN HO THEOS HÔ LATREUÔ EN TÔ PNEUMATI MOU EN TÔ EUANGELIÔ TOU HUIOU AUTOU HÔS ADIALEIPTÔS MNEIAN HYMÔN POIOUMAI


–“Deus A quem sirvo em meu espírito” - Paulo faz questão de referir a quem Ele serve primeiro, para que fique evidente que o seu serviço aos Homens a quem “é devedor” (Romanos 1:14) vem no seguimento do seu serviço a Deus em prioridade; Paulo tem o desejo de servir a Igreja, anunciando O Evangelho de Deus e as Verdades Divinas, primeiramente por causa do Amor a Deus a quem serve em espírito de sujeição e dívida.


O termo “Sirvo” (LATREUÔ) significa Adoração em primeiro lugar; Adorar a Deus na observância dos rituais instituídos para o serviço; A palavra “Idolatria” (Junção de EIDOS + LATREIA) literalmente significa: prestar serviço, ou adoração a outro que não a Deus; A adoração da forma; serviço ou escravidão à coisa criada;

Paulo adora e serve ao único Deus que é O Deus e Pai do Senhor Jesus Cristo a quem ele se refere igualmente na sua carta aos Coríntios (1 Coríntios 8:6)


Paulo sabia bem que “não se pode servir a 2 senhores” (Mateus 6:24), e ele bem demonstra que não despreza ao Deus a quem serve e honra.

Para Paulo a adoração era um acto de serviço, e o serviço, um acto de adoração; Toda a vida de Paulo se centrava em servir e adorar através da obra do Evangelho entre os gentios para a qual tinha sido chamado. (Gálatas 1:15-24)


O termo “em meu espírito” (EN TÔ PNEUMATI MOU) refere-se a uma devoção espiritual, e não de uma forma carnal ou meramente religiosa, como se via nas práticas superficiais da maioria dos Judeus (Isaías 29:13) ou ainda dos pagãos aos seus deuses que não são nada (Jeremias 16:20).


Paulo sabia bem quem era O Deus que Ele adorava e Servia, e toda a sua fé, devoção e serviço eram fruto do Espírito de Deus agindo sobre o seu espírito; Uma comunhão espiritual com Deus, como falta a muitos crentes dos dias actuais, que vivem debaixo de uma fé de mornidão centrada na emoção da carne.

Paulo estava em perfeita sintonia com as seguintes palavras do Senhor Jesus:


Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.

Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.

João 4:22-24


–“no Evangelho de Seu Filho” (EN TÔ EUANGELIÔ TOU HUIOU AUTOU) Paulo reconhece e descreve o Evangelho como uma obra que não é sua propriamente, mas do Senhor Jesus que o enviou nessa obra.

Reconhecer que a obra não é nossa, dá-nos um espírito de temor e sujeição diante de Deus, e também de humildade diante dos outros. Muitos crentes ficam obcecados com a ideia de “ministérios” dos quais querem fazer parte, para sentirem relevância pessoal e mérito diante da Igreja.


Como diz Paulo aos Coríntios: “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!” (1 Coríntios 9:16)

O Evangelho é nossa obrigação em registo de privilégio, não como algo que é feito em contrariedade. Não nos devemos gloriar em nós mesmos, porque o Evangelho é obra de Deus para a Glória de Deus!


Infelizmente hoje muitos homens atribuindo-se o título de “Mestres” ostentam os seus diplomas e currículos para se gloriarem em si mesmos; fazem do Evangelho uma profissão para obterem certificação académica ou estatuto espiritual, sem verdadeiramente honrarem o Evangelho que pregam.


O Termo Evangelho aparece referido no Novo Testamento de várias formas: O Evangelho de Cristo (Romanos 15:29) O Evangelho de Deus (2 Coríntios 11:7) O Evangelho da Glória de Deus (1 Timóteo 1:11) O Evangelho da Glória de Cristo (2 Coríntios 4:4) O Evangelho do Reino de Deus (Marcos 1:14) O Evangelho segundo o poder de Deus (2 Timóteo 1:8) O Evangelho do Filho (Romanos 1:9) O Evangelho da Paz (Efésios 6:15) O Evangelho da nossa salvação (Efésios 1:13)


Fica portanto claro que O Evangelho é obra de Deus, segundo a Sua mente, respectivo a Seu Reino, segundo O Seu poder, para a Sua Glória e de Seu Filho, pelo qual nós pecadores recebemos a paz e a salvação.


–“Deus me é testemunha” - Quem melhor do que Deus para ser testemunha das nossas acções e intenções?


O termo “Testemunha” (MARTYS) deu origem à palavra “mártir” como aquele que tem informação de algo ou de alguém e portanto pode trazer à luz a confirmação daquilo que sabe. O termo não fala de um expectador mas alguém que testifica activamente daquilo que presencia, ouve e vê.

O termo passou a ser usado para representar aqueles que não deixavam de falar do que tinham visto e ouvido, ainda que suas vidas estivessem em jogo.

Na Bíblia um episódio específico representa bem o verdadeiro sentido deste espírito de testemunha que deu origem ao termo (Atos 4:17-21)


O termo testemunha tem 2 aplicações segundo 2 campos de visão: a testemunha que vive, e participa de algo que depois relata, e alguém que não participa activamente mas observa e presencia o que se passou e depois o descreve segundo o seu campo de visão.

Nem todas as testemunhas são sempre 100% credíveis, porque muitas vezes, se alguém não participa mas somente observa, falta-lhe a sensibilidade da participação.


Quando Paulo afirma ter Deus por testemunha, ele está a referir-se à capacidade infalível de Deus de ver e participar de todos os eventos que se passam na vida dos homens, em todos os lugares ao mesmo tempo.

O testemunho de Deus sempre é fiel (Salmos 19:7); e está centrado em Jesus que é a plenitude da Divindade, também chamado na Bíblia como a Testemunha fiel e verdadeira (Apocalipse 3:14) (Apocalipse 1:5).


Ainda que todos os homens duvidem da nossa palavra, ou do nosso coração, O Nosso Deus nos dá toda a credibilidade diante dos homens, quando vivemos uma vida honesta de adoração e serviço. Ele é a única testemunha que pode atestar para a Verdade das nossas intenções.

Deus era testemunha de Paulo que embora ele não tenha estado presente junto aos irmãos Romanos, seu bom exemplo de Fé era sempre mencionado por ele a todos os que podiam ser edificados com esse exemplo.


Quem dera que todos nós fôssemos cristãos merecedores de sermos mencionados como um “Bom exemplo de testemunho” de Fé ao serviço do Evangelho, do qual Deus não se envergonha. (Hebreus 11:16)


como incessantemente faço menção de vós Paulo faz questão de deixar claro que a menção dos irmãos de Roma era algo habitual para ele, como exemplo de testemunho de fé.


Quem dera que todos nós fôssemos cristãos merecedores de sermos mencionados como um “Bom exemplo de testemunho” de Fé ao serviço do Evangelho, do qual Deus não se envergonha. (Hebreus 11:16)


Nós sabemos que o testemunho é algo importante na vida de um crente, pois ele é a janela do mundo para a vida Cristã.

Quem não lê a bíblia, lê o cristão, de tal forma que se a leitura do crente for apelativa, luminosa e coerente, ela pode trazer homens perdidos à Bíblia.


-O que é o testemunho?


O testemunho é a passagem de informação do interior para o exterior, que demonstra, declara, ou esclarece tudo acerca da consistência do nosso carácter, conduta, filosofia de vida, valores morais, personalidade, e educação.

Testemunhar é aplicar todas estas coisas à prática da defesa e da proclamação da Verdade. Só há testemunho, quando nós entramos em contacto com o mundo, e é pela forma como nós lidamos com ele, que o testemunho é difundido.


Por isso o Cristão deve saber, que sempre que age, pensa, fala, comenta, critica, aconselha, educa, ele está a transmitir o seu carácter e valores aos outros, e sobretudo qual é a sua posição em relação à Verdade externa com a qual interage.

Se a Verdade interna (o carácter da identidade moral e pessoal) estiver em sintonia com a Verdade externa (o domínio de Deus em justiça sobre a realidade colectiva), então o testemunho é perfeito e agradável a Deus. De outra forma não o é.


Portanto no que diz respeito ao testemunho de Cristo, não só é importante a parte de anunciar a Verdade acerca da obra gloriosa da Salvação que foi feita para nos transformar, como é de igual importância demonstrar com naturalidade durante o dia a dia, o poder eficaz dessa transformação. Só assim pode um testemunho ser verdadeiramente bíblico e credível.


Pelas Palavras de Pedro o testemunho de comportamento para nós deve ser de: “Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem.” (1 Pedro 2:12)


Doutrina do Testemunho em Espírito de Verdade: (Salmos 119:46) (Salmos 119:167,168) (Atos 1:8) (Atos 10:42,43) (Mateus 10:32,33) (Mateus 11:29) (Marcos 5:19,20) (João 5:31-36) (João 15:26,27) (João 18:37,38) (1 Coríntios 11:1,2) (Efésios 2:10) (Filipenses 1:27) (Filipenses 4:4-9) (Colossenses 3:23,24) (2 Timóteo 1:7-9) (1 Pedro 2:11,12) (1 Pedro 3:8-17) (1 João 1:2-7) (1 João 5:6-12) (3 João 1:3-6) (Apocalipse 12:11)


(Versículo 10)


Pedindo sempre em minhas orações que nalgum tempo, pela vontade de Deus, se me ofereça boa ocasião de ir ter convosco.

Romanos 1:10


[1,10] PANTOTE EPI TÔN PROSEUCHÔN MOU DEOMENOS EI PÔS ÊDÊ POTE EUODÔTHÊSOMAI EN TÔ THELÊMATI TOU THEOU ELTHEIN PROS HYMAS


–“Pedindo sempre em minhas orações” - O Apóstolo Paulo intercedia a Deus em oração para poder porventura visitar aquela congregação de irmãos, demonstrando o desejo de comunhão com os Santos, que é o desejo natural de qualquer Salvo em Cristo tem por seus irmãos.


A “Oração” (PROSEUCHÉ) (Lê-se Prósiurrei) refere-se a qualquer lugar adequado ao momento de oração, fora de uma sinagoga; Normalmente um lugar reservado, perto da água onde os Judeus podiam lavar as suas mãos antes de orar, como símbolo de purificação, antes de se dirigirem a Deus.


Aqui é demonstrado que sempre que Paulo encontrava um destes lugares para orar, ele pedia a Deus condições ou oportunidade de poder visitar aqueles irmãos. Paulo viajava muito ao serviço do Evangelho, e portanto estava sempre em caminho de uma região para a outra, orando sempre que possível, dando-nos o belo exemplo de que isto é uma acção natural da vida Cristã.

Diz o Livro de Salmos: “Por isso, todo aquele que é santo orará a ti, a tempo de te poder achar;” (Salmos 32:6)


A vida de oração constante como diz: “Orai sem cessar.” (1 Tessalonicenses 5:17) é a única forma de estarmos permanentemente em processo de santificação protegidos do Diabo e fortalecidos em Espírito; A oração livra-nos da tentação (Lucas 22:40); Todas as nossas inquietações, desejos e ansiedades devem ser totalmente dispostas diante de Deus em oração e súplica (Filipenses 4:6); Orar pelos outros, dá-nos saúde espiritual; a oração de alguém que ama a Deus tem muito poder (Tiago 5:16) se for feita em sujeição e de acordo com a vontade de Deus (Salmos 66:18-20) em plena fé, não duvidando (Mateus 21:22) (Tiago 1:6,7); Orar deve sempre ser acompanhado de alegria na esperança, paciência no sofrimento, e perseverança (Romanos 12:12);


Por vezes não nos responde imediatamente às orações, ainda que estejamos aparentemente a fazer tudo correctamente, e isto não é sinal de que Ele não nos ouve, ou que a oração não tem poder, mas simplesmente que Deus quer trabalhar em nós a paciência e a perseverança que nos levam à oração em permanente acção de Graças (Colossenses 4:2); Orar somente quando precisamos de alguma coisa, não é uma oração Bíblica; Orar estando infelizes e insatisfeitos porque Deus não nos concede aquilo que queremos não é a postura correcta que agrada a Deus, para que o conceda.


O termo “Pedindo” (DEOMENOS) de (Déomai) usado por Paulo quer dizer: Implorar; desejar ardentemente; fazer súplica como um mendigo que pede;

Paulo demonstra que o desejo que ele manifesta com aqueles irmãos é um desejo sincero e profundo, mas coloca somente em Deus ser concedido ou não esse tempo ou ocasião para o fazer. Paulo sabia que ele estava ao serviço do Ministério, e a obra era grande como disse O Próprio Senhor Jesus: “Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos” (Lucas 10:2)


–“Pela vontade de Deus” - Paulo tem o espírito de sujeição correcto diante de Deus; Paulo sabia que como a oração modelo apresentada pelo Senhor Jesus: “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;” (Mateus 6:10) a vontade de Deus é soberana.


A vontade de Deus é maior do que a nossa, porque Ele sabe mais do que nós acerca da realidade completa das nossas vidas e das vidas de todos que estão interligadas a nós; Por isso diz a Palavra: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor.Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.” (Isaías 55:8,9)


O Termo “Vontade” (THÉLÊMA) fala de: vontade, desejo, inclinação, ímpeto para fazer alguma coisa; mas muito particularmente também, na narrativa Bíblica, de: Aquilo que Deus deseja que já foi predeterminado para que assim seja; uma vontade suprema; a vontade de Deus incontornável;


–“se me ofereça boa ocasião” (EI PÔS ÊDÊ POTE EUODÔTHÊSOMAI) na realidade traduzindo à letra diz: “A ver se agora finalmente farei uma viagem próspera em que Deus me permita ir ter convosco”.

O termo (EUODÓÔ) (Lê-se Youodó-ou) refere-se a: desejar uma “boa viagem” a uma expedição próspera, sem percalços, rápida, directa que permita flexibilidade;

Paulo quer manifestar que a razão porque ele nunca visitou os irmãos em Roma, é mesmo porque não deu, porque nas exigências de Deus para com a Obra, outras coisas tenham sido de tal forma prioridade, que ainda não havia sido possível visitá-los pessoalmente.


–“de ir ter convosco” (ELTHEIN PROS HYMAS) Aqui Paulo está lamentar com algum pesar, não ter ainda por causa da ocasião, ter conseguido realmente cumprir com o seu desejo. Paulo parece deixar a impressão que ele tem algum pesar, como se sentisse um senso de responsabilidade de marcar a sua presença entre aqueles irmãos, ou que a sua ausência pudesse de alguma forma ser a razão porque algumas coisas entre os irmãos de Roma não estivessem como deviam.


Talvez Paulo sentisse que o mau entendimento que se havia instalado ali, era fruto de dessa impossibilidade, ainda que ele demonstrasse de todas as formas, que não era por falta de zelo ou negligências, mas simplesmente porque ainda não tinha sido realmente possível.


Aqui realmente Paulo está a fazer justiça às palavras que ele diz nesta carta mais à frente, não sendo “vagaroso no cuidado, mas fervoroso no espírito” (Romanos 12:11); O Melhor ensinamento é o exemplo!



(Versículo 11)


Porque desejo ver-vos, para vos comunicar algum dom espiritual, a fim de que sejais confortados;

Romanos 1:11


[1,11] EPIPOTHÔ GAR IDEIN HYMAS HINA TI METADÔ CHARISMA HYMIN PNEUMATIKON EIS TO STÊRICHTHÊNAI HYMAS


–“Porque desejo ver-vos” - Paulo usa o termo “desejo” (EPIPOTHÉO) (junção de (EPI) (intensidade de alguma coisa) + (POTHEO (Desejar) para descrever: um sentimento de desejo ardente; um desejo profundo de obter alguma coisa; um aperto no coração que não descansa enquanto não obtém aquilo que deseja; um objectivo cobiçado cujo cumprimento completa aquele que o deseja;

Este é o desejo que todos os crentes deviam ter em relação à comunhão de igreja, e à intimidade e companhia de outros crentes em Cristo. Este é o sentimento de completude que Jesus descreve ao dizer: “Para que todos sejam um, como tu, Ó Pai, o És em mim, e Eu em Ti; que também eles sejam um em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste.” (João 17:21) o desejo ardente de união completa.


9 exemplos deste termo são usados no Novo testamento incluindo este de Romanos, e são traduzidos como: -Desejo (Romanos 1:11) -Gemido (2 Coríntios 5:2 ) -Saudades (2 Coríntios 9:14 ) -Saudades (Filipenses 1:8) (Filipenses 2:26) -Desejo (1 Tessalonicenses 3:6) -Desejo (2 Timóteo 1:4) -Ciúmes como desejo ardente (Tiago 4:5) -Desejo (1 Pedro 2:2)


O número 9 na Bíblia é o número que simboliza: cumprimento;o chegar ao fim de um propósito; a completude de um plano; Isto indica que o verdadeiro desejo ou sentimento de todos os crentes é essa União e unanimidade que O Senhor Jesus descreve que a Trindade tem entre Si, nas Pessoas Do Pai, Do Filho, e Do Espírito. De nos completarmos todos em Cristo e de todos juntos vivermos unânimes para a Glória eterna de Deus Pai em Espírito.


Seria tão bom que todos os crentes gemessem e desejassem o convívio em Igreja, tendo ciúmes do tempo que o mundo tira da vida dos seus irmãos, para que congreguem juntos; E ainda que no final de cada culto, cada estudo, cada convívio, ficasse uma saudade permanente que só seria aliviada no encontro seguinte.

Infelizmente muitos crentes têm como hábito comum, chegar atrasado, e ir embora assim que o culto acaba por causa dos seus afazeres mundanos; Muitos só frequentam o culto, mas evitam a escola de estudo bíblico, e o culto de oração, como se fossem momentos desnecessários de comunhão em igreja.


Outros vão regularmente durante algum tempo, depois ficam outro tanto sem ir; trocam o culto por jantares de aniversário, por festas, por eventos sociais ou responsabilidades mundanas. Lembremo-nos do que diz a Palavra: Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.” (Salmos 133:1)


Paulo revela, na simplicidade das suas palavras “o primeiro amor” (que é o amor de Cristo) fervoroso e repleto de desejo de intimidade, partilha e comunhão. Se temos este amor pelo mundo, pelas famílias da carne, cujos laços são perecíveis, não teríamos muito mais este sentimento pelos irmãos em Cristo, os que nos são família pela fé?

Este sentimento de comunhão em Igreja não vem da carne mas do Espírito, portanto saiba que se você não tem este desejo igual ao de Paulo de estar com os seus irmãos, você tem andado na carne, ainda que se tenha por espiritual. (Gálatas 6:8-10)


–“vos comunicar algum dom espiritual” - Paulo usa o termo (METADÔ) de Metadidomi que significa: partilhar, dividir ou repartir do que se tem para benefício de todos; que é traduzido por “comunicar” no sentido de tornar disponível algo que ele tem, para que os outros também usufruam disso.

A Palavra “dom” (CHARISMA) vem da palavra Charis que é “Graça”; ou seja, Paulo demonstra que quer partilhar da Graça de Deus para com ele, e receber também da Graça de Deus dada àqueles irmãos. Quando crentes em Cristo estão em comunhão O Espírito que os une traz benefícios uns para os outros, porque o propósito é a complementaridade para a utilidade (as qualidades individuais para o benefício de todos).


Paulo fala sobre isto também aos Coríntios quando diz: “Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.” (1 Coríntios 12:4-6) e ainda: “Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.” (1 Coríntios 12:11)


As palavras de Paulo servem para despertar na comunidade de crentes em Roma, esse desejo de cumplicidade e edificação no Espírito, debaixo da Graça, para a utilidade na vida em Igreja.

Dons espirituais muitas vezes podem ser apenas características de um carácter santo, que servem para inspirar e influenciar os outros irmãos a desenvolver essas mesmas características que lhes faltam. Se um irmão tem falta de paz, ele pode buscá-la na comunhão com outro Santo que vive em paz abundante, porque a sua vida testificará da paz de Deus na sua vida.


Quando nós podemos ver activamente a obra de Deus na vida dos nossos irmãos, nós ficamos conscientes de que é possível alcançar as mesmas conquistas espirituais.


Por isso Deus dá a cada um em quantidades diferentes, provações e dons, forças e fraquezas, para que na dependência de Deus nos confortemos uns aos outros como diz Pedro: “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons dispenseiros da multiforme graça de Deus.” (1 Pedro 4:10)


Deus dá a cada um dos crentes particularidades diferentes na forma de cada um contribuir para o corpo de Cristo que é a Igreja Unida em Espírito e em Verdade. Como Paulo diz aos Romanos ainda nesta carta, no Capítulo 12: “De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada.” (Romanos 12:6) façamos deles úteis para a vida em Igreja como Paulo também depois passa a descrever um pouco mais à frente na sua carta: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor;” (Romanos 12:10,11)


–“a fim de que sejais confortados” -O termo “Confortar” (STÊRICHTHÊNAI) de (stērízō) quer literalmente dizer: fortalecer ou revigorar emocionalmente; fazer estável; firmar ou fazer constante a mente de alguém;

Paulo sabe que a vida cristã não é fácil neste mundo por causa das perseguições dos homens, e das provações que Deus permite para nos santificar na Fé.


Paulo quer passar àqueles irmãos toda a esperança que ele mesmo tem nas promessas do Senhor para a vida eterna; Paulo quer demonstrar presencialmente que as feridas da batalha serão a Glória no final; Assim como Jesus o fez dizendo: “Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho, Que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições; e no século futuro a vida eterna.” (Marcos 10:29,30)


Paulo demonstra aos Romanos o mesmo espírito de conforto e consolação que demonstrou aos Filipenses dizendo: “Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” (Filipenses 4:12,13)


Os Dons espirituais que Paulo porventura estava a pensar transmitir pessoalmente àqueles irmãos, era esse espírito sacrificial, de satisfação plena nas circunstâncias que Deus determina, e de ousadia em Cristo que é a Sua força!

Esperança, paciência, determinação, motivação, alegria, gratidão, firmeza, estabilidade emocional são tudo características que estão presentes no termo “Confortar”.


(Versículo 12)


Isto é, para que juntamente convosco eu seja consolado pela fé mútua, assim vossa como minha.Romanos 1:12


[1,12] TOUTO DE ESTIN SYMPARAKLÊTHÊNAI EN HYMIN DIA TÊS EN ALLÊLOIS PISTEÔS, HYMÔN TE KAI EMOU.

–“para que juntamente convosco eu seja consolado” (TOUTO DE ESTIN SYMPARAKLÊTHÊNAI EN HYMIN) No versículo 11 que é o versículo anterior, Paulo fala em “Confortar” (stērízō) e aqui usa o termo “Consolar” (symparakaléō) (Lê-se Soompárakáleou) que passa a ideia de: Pessoas ajuntando-se para se fortalecerem em grupo, ou se apoiarem umas nas outras para conforto mútuo;


Paulo aos Coríntios fala sobre este acto de confortar ou consolar mútuo que deve ser prática habitual dos crentes em comunhão: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação; Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus. Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também é abundante a nossa consolação por meio de Cristo. Mas, se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação; ou, se somos consolados, para vossa consolação é, a qual se opera suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos; E a nossa esperança acerca de vós é firme, sabendo que, como sois participantes das aflições, assim o sereis também da consolação.” (2 Coríntios 1:3-7)

–“na Fé mútua” (ALLÊLOIS PISTEÔS) A Fé (PISTEÔS) que conforta e consola sempre trabalha mutuamente entre os irmãos. Tanto aquele que vem consolar, como aquele que é consolado, recebe consolo e consola simultaneamente quando a Fé é activa e dinâmica. Daí o termo “mútuo” (allḗlōn) (Lê-se Alaylone) conforme descreve depois Paulo “Assim vossa como minha” referindo-se ao benefício de todos que partilham da comunhão de fé;


Muitas vezes aquele que vem consolar o que precisa de consolo é consolado ao testemunhar a Fé daquele que sofre ou padece. Em todos os momentos Deus nos dá óptimas oportunidades de dar testemunho da Fé, e da força que há em Cristo, tanto entre irmãos na Fé, como também para os que estão de fora!


A Fé mútua dá prova entre os crentes da forma poderosa como Deus opera e da nossa paciência em lidar com a vontade de Deus sobre a nossa; Sempre iremos ver na fé dos outros os reflexos da nossa própria fé, para reconhecermos o estado em que ela se encontra.


Na exposição da fé mútua os crentes podem discernir sobre o seu processo de santificação ou em evolução ou em estagnação para que no fim sejamos perfeitos e completos sem faltar em nada;


Sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência.

Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma.Tiago 1:3,4


(Versículo 13)


Não quero, porém, irmãos, que ignoreis que muitas vezes propus ir ter convosco (mas até agora tenho sido impedido) para também ter entre vós algum fruto, como também entre os demais gentios.

Romanos 1:13


[1,13] OU THELÔ DE HYMAS AGNOEIN ADELPHOI HOTI POLLAKIS PROETHEMÊN ELTHEIN PROS HYMAS KAI EKÔLYTHÊN ACHRI TOU DEURO HINA TINA KARPON SCHÔ KAI EN HYMIN KATHÔS KAI EN TOIS LOIPOIS ETHNESIN


–“muitas vezes propus ir ter convosco” (HOTI POLLAKIS PROETHEMÊN ELTHEIN PROS HYMAS) A intenção de Paulo é confirmada noutros registos (Romanos 15:22-29) (Atos 19:21) provando que de facto essa era a sua intenção verdadeira. Paulo não estava a dar desculpas para uma possível negligência. O que tinha impedido Paulo de o fazer, era a vontade do Senhor de o conduzir a onde era mais urgente e necessária a sua presença. Tanto que ele bem referiu vontade de ir a Espanha, e nunca por lá passou, visto que não foi da vontade de Deus que assim fosse.

Diz sabiamente a Palavra de Deus: “O coração do homem planeia o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos.” (Provérbios 16:9)


Paulo fala da dificuldade que tem em visitar pessoalmente aqueles irmãos e justifica que não é por negligência ou falta de interesse, pois ele mesmo quer fazer parte daquela obra entre os Romanos, e contribuir com as riquezas do Evangelho que ele tem anunciado entre todos os povos gentios por onde tem passado.

Pedir que os irmãos “não ignorem” este facto é pedir-lhes que não levem a mal, ou sintam-se desprezados por Paulo, mas que entendam que todos somos instrumentos de Deus, para sermos usados conforme Lhe apraz.

Por isso diz: (mas até agora tenho sido impedido)


–“para também ter entre vós algum fruto” (HINA TINA KARPON SCHÔ KAI EN HYMIN) A intenção de Paulo de ir a Roma não era passear, mudar de clima, ou qualquer outro prazer carnal, mas antes o prazer de fazer parte da conversão de novas almas ali naquele lugar ou de edificar espiritualmente os que andavam menos firmes.

O seu propósito específico era de ganhar almas, edificar a igreja, e anunciar o Evangelho de Deus aos perdidos daquela cidade;

O termo “Fruto” (KARPÓS) aparece inúmeras vezes na bíblia no simbolismo de obras dignas do Espírito; Obras para a Salvação das almas perdidas; Obras de testemunho público para conversão; obras que produzam glória para Deus (Romanos 7:4) (João 12:24) (João 15:2) (João 15:8) (João 15:16) (Mateus 7:19) (Mateus 21:34) (Mateus 3:8) (Efésios 5:9) (Provérbios 11:30) (Isaías 27:6)

Aqui o termo “Ter fruto” usado por Paulo significa: “obter sucesso em levar os homens ao conhecimento de Cristo” como ele mesmo o diz aos Filipenses: “E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo” (Filipenses 3:8);

Note-se também o que ele diz aos Colossenses: “Para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em amor, e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus e Pai, e de Cristo, Em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência.” (Colossenses 2:2,3);


–“como também entre os demais gentios” (KATHÔS KAI EN TOIS LOIPOIS ETHNESIN) O plano da visita devida de Paulo englobava não só toda a comunidade de gentios convertidos ao Senhor Jesus que faziam parte da Igreja em Roma, mas também ainda todos os demais gentios que como eles podiam ouvir o Evangelho e crer para a vida eterna.

Notem-se também as palavras dele aos Coríntios demonstrando este desejo para com todos sem excepção: “E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. E eu faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele.” (1 Coríntios 9:20-23)


Claro que Paulo sabia que não é o Homem que salva (Salmos 3:8) mas suas palavras demonstram o desejo de participar da obra pela qual Jesus salva; Deus dá-nos essa honra de sermos participantes da Sua salvação aos homens perdidos, de tal forma que nós sintamos que a Salvação vem por meio do nosso uso, como instrumentos do Senhor para esse fim.


(Versículo 14)


Eu sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes.

Romanos 1:14


[1,14] HELLÊSIN TE KAI BARBAROIS SOPHOIS TE KAI ANOÊTOIS OPHEILETÊS EIMI

–“Eu sou devedor” (OPHEILETÊS EIMI) Diz Paulo, usando depois os exemplos comparativos de Gregos (HELLÊSIN) e bárbaros (BARBAROIS), sábios (SOPHOIS) e ignorantes (ANOÊTOIS); Vimos já que Paulo sabe que seu chamado para o Evangelho é para pregar especialmente aos gentios (Romanos 15:16) ainda que também não deixando de lado o povo Judeu do qual ele faz parte. Mas Paulo escrevendo aos Romanos cita Gregos e bárbaros na comparação de sábios e ignorantes, porque já era comum naqueles tempos, as pessoas reconhecerem que o povo Grego por meio da Filosofia e Dialética, se havia tornado o berço da cultura Moderna e todos os que não eram gregos eram tidos como "Povos incultos e intelectualmente inferiores".

O Termo gentios (ÉTHNOS) raíz da palavra “étnico” fala de multitude de pessoas ou diversidade de culturas, das quais os romanos também faziam parte, alheios ao povo escolhido de Deus. Paulo então quer dizer que fora do povo Judeu, não importa a cultura, ou o estatuto que os povos gentios têm, sejam de sábios e sofisticados como os Gregos, ou de ignorantes como os bárbaros que eram considerados povos mais rudes e brutos, todos precisam do Evangelho e do poder de Deus para a Salvação pela Graça em Cristo Jesus!

Paulo está em dívida para com estas pessoas, pois O chamado de Deus o responsabilizou desse compromisso;

Quando testemunhamos a verdadeira conversão de alguém por meio do evangelho pregado, a primeira decisão invariavelmente é demonstrar um desejo de dívida para com alguém que ele conhece; por isso logo dão referências de pessoas na sua vida a quem gostariam de partilhar aquelas palavras, ou de convidar para irem à igreja e pedirem intercessão a quem os evangeliza por aqueles a quem amam. É óbvio que alguém que ame e ganhe consciência real do céu e do inferno, logo contemple a ideia dos seus amados e queridos num lugar de perigo espiritual.

O que é comum sempre é que a pessoa que se converte, rapidamente começa a pensar em fazer dos descrentes à sua volta, pessoas convertidas como ele. A segurança que ele tem na sua salvação, é algo que ele naturalmente deseja para os outros. Ainda que Paulo saiba que “A salvação vem do Senhor” (Salmos 3:8) (Jonas 2:9), ele fala dos esforços pessoais sentidos, que ele faz para tentar ganhar almas perdidas: “Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns.” (1 Coríntios 9:22); “Para ver se de alguma maneira posso incitar à emulação os da minha carne e salvar alguns deles.” (Romanos 11:14);

Noutro momento ele associa os esforços pessoais ao poder de Deus, revelando que no fim do esforço pessoal de cada um, é a vontade de Deus que permanece na salvação dos homens perdidos: “Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade, e tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos.” (2 Timóteo 2:25,26)

A sensação de dívida que um crente sente imediatamente para os outros na sua conversão, está intimamente ligada à Dívida eterna que nós temos para com Deus em Jesus. (Colossenses 2:14) (Romanos 4:4-8) (Mateus 18:27)

A dívida para com Deus em primeiro lugar, está implícita na dívida que Paulo diz ter para com os homens; Ele bem fala desta dívida a Timóteo (1 Timóteo 1:12-17) reconhecendo a Graça em Jesus e a Glória que Lhe é devida somente A ELE.

O termo (OPHEILETÊS) usado por Paulo, fala de uma dívida de como alguém que deve dinheiro e sente aquele peso de responsabilidade constante e permanente até que ela é saldada; Mas aqui esta dívida, é no sentido de estar debaixo da obrigação moral de fazer o que é correcto para os outros; Se alguém tem uma dívida e é uma pessoa honesta, embora haja a possibilidade de fazer o que não é correcto e ignorá-la, é impossível não ceder ao peso moral que nos compele a cumprir com a nossa responsabilidade.

É assim que os crentes devem ver a sua responsabilidade diante de Deus de Evangelizar, cumprir compromissos e honrar as nossas obrigações morais e espirituais para com Deus e os Homens.

Paulo antes de terminar a sua vida, mais tarde diz a Timóteo: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” (2 Timóteo 4:7) deixando a ele o consolo e o conselho que foi o seu exemplo de vida: “sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faz a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.” (2 Timóteo 4:5)

Quem dera que todos os crentes vivessem, segundo este sentimento de Dívida para com Deus e para com todos os homens que sabem ainda estar debaixo da ignorância, do pecado e da condenação.


(Versículo 15)


E assim, quanto está em mim, estou pronto para também vos anunciar o evangelho, a vós que estais em Roma.

Romanos 1:15


[1,15] HOUTÔS TO KAT´ EME PROTHYMON KAI HYMIN TOIS EN RHÔMÊ EUANGELISASTHAI


“Estou pronto” - Paulo demonstra-se predisposto e preparado para cumprir com todas as suas responsabilidades envolvendo O Evangelho como Sua missão de vida; O termo usado (PRÓTHYMOS) fala de disponibilidade imediata para cumprir com qualquer necessidade;


Esta prontidão é entendida melhor na raiz da palavra usada: Junção de (PRÓ) Antes + (THYMOS) Paixão; Esta é uma palavra forte que inclui a ideia de: ânimo, entusiasmo como um estado empolgado de interesse; O termo ainda passa a ideia de “estar preparado” como atento para aquilo que é necessário; Jesus usou este termo para os discípulos descrevendo um “Espírito pronto” (PNEUMA PROTYMON) em contraste com uma “carne fraca”. (Mateus 26:41)


Este devia ser o estado natural e voluntário de todos os homens que nasceram de novo para uma viva esperança em Cristo, estando prontos ao serviço do reino dos céus, e do Senhor Jesus Cristo para a Glória de Deus Pai.

Para que Paulo afirma estar pronto? Para anunciar e pregar o Evangelho! A pergunta feita a todos os crentes em todos os lugares é esta: - Você está igualmente preparado e pronto?



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